SÃO PAULO (vai dar merda) – Mais um acidente no Paulista de Marcas, visto de camarote no finalzinho do vídeo. Ninguém se machucou, mas parece que os dois pilotos discutiram nos boxes depois da corrida. Essa categoria, com grids lindos, mais de 40 carros, está seguindo por um caminho muito perigoso. Ou a FASP toma as rédeas (punindo, orientando), ou alguém vai acabar se arrebentando. E o campeonato some. Neste blog, do piloto Claudio Roscoe, o pessoal tem conversado bastante sobre o assunto.
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OUTRA PANCA
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MEGAPANCA
SÃO PAULO (cacilda) – Um acidente muito perigoso aconteceu na largada da prova do Paulista de Marcas neste fim de semana em Interlagos. Há muitos outros vídeos postados neste blog aqui. É o caso de apurar responsabilidades, é o caso de avaliar o atendimento médico e resgate e é o caso, sobretudo, de se conversar com os pilotos. A categoria é legal, os grids são enormes, mas o que há de relatos de pilotos malucos, desleais e despreparados é algo que preocupa demais.
Gente que corre de carro precisa compreender que esse negócio é perigoso, machuca e mata. Um dos pilotos quase ficou aleijado, me contaram. Felizmente se salvou. Outro quebrou a clavícula. Desse jeito não tem graça nenhuma.
E é claro que essas merdas não são privilégio do Brasil. Abaixo, vídeo que o Denisson Gervásio me mandou de uma prova da Copa Clio inglesa, em Brands Hatch. Grid grande, se os pilotos não forem civilizados, dá nisso. As imagens do acidente na Inglaterra são boas também para se comparar o atendimento aqui e lá. Me parece que um dos envolvidos foi o irmão do Hamilton.
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FOTO DO DIA
Poderia se chamar “O Gol que queria ser Lada”. A dupla Carlos Asciutti/Luiz Leite, do Paulista de Marcas, viu a pintura dos soviéticos no WTCC e fez igualzinho! E quer saber? Ficou lindo. O Meianov poderia adotar…
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E AÍ, VICAR?
SÃO PAULO (mais um) – O Thiago Camilo ganhou ontem o título brasileiro de Marcas em Curitiba. Bem legal, foi talvez o melhor piloto de Turismo do ano, tendo perdido a Estoque apenas por conta do regulamento esdrúxulo. Mas o assunto aqui é outro. O Francis “Poeira na Veia” Trennepohl me mandou o relato de três amigos que foram ao autódromo ver a corrida. Está aqui. Acomodados na arquibancada do fim da reta com mais uns 30 gatos-pingados, foram retirados do local para fazer volume na arquibancada em frente aos camarotes dos patrocinadores. Chamaram até policiais. Está tudo documentado com fotos e vídeos no blog.
O campeonato de Marcas é bacana, tem carros bonitos e tal. Mas foi um completo fracasso de público. Eu já tinha dito isso na etapa de Londrina. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. E tratar os parcos fãs de automobilismo desse jeito é uma burrice sem tamanho.
Não, não acho que a Vicar vai vir aqui se manifestar. E se vier, virá com o papo furado da segurança usado para remover a turma da área onde estavam. E não, não precisa me processar, Vicar. “Fracasso de público” e “tapar o sol com a peneira” não é ofensa. Meu advogado não aguenta mais receber meus e-mails.
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BYE, LONDRINA
LONDRINA (até o ano que vem) – E terminou o 5° GP do Café, nossa etapa londrinense da Classic Cup. Vimos aqui desde 2007 e é sempre muito gostoso. Risadas a granel e mentiras de pilotos a torto e direito. O único que conta a verdade dos fatos sou eu.
E a verdade dos fatos é esse belo troféu aí embaixo. Algo que nem o carcamano Marcelo Giordano, meu companheiro de equipe, nem o prolixo Rogério Tranjan, meu adversário, conseguiram. Para variar.
Aqui é importante que se diga. Na minha equipe, a LF, é cada vez mais clara minha posição de primeiro piloto. Afinal, sou eu quem traz resultados. OK, um de nossos novatos, o João Peixoto, venceu a prova hoje na geral. E levou o título na soma das duas baterias. Mas ele é novato, está chegando agora, deu sorte e recebe tratamento privilegiado, como isopor exclusivo para seus gatorades.
Decadente, Giordano sequer largou. Houve um problema na rosca, algo assim. “Giordano com problema na rosca” era o que dizia o press-release de nossa assessoria de imprensa. Procurei não entrar em detalhes. Soube que tudo estava funcionando perfeitamente em seu equipamento, como o rádio, o Turíbio (não sei o que faz esse dispositivo, mas ele tem esse negócio), o Red Hot Chilly Laps, a câmera Go, Speed, Go, as merdas todas que ele coloca no carro. Menos o carro, por causa dessa rosca. Problema dele. Um a menos para passar.
Tranjan, por sua vez, piloto da pequenina Rosinha-Gaydarji, uma espécie de Hispania de nossa categoria, estava radiante porque finalmente seu carro conseguiu se deslocar do box para o grid. O dono da equipe ajoelhou-se no pitlane e ergueu as mãos para o céu. A cena me comoveu, mas percebi pessoas em torno espantadas com o gesto messiânico.
Larguei em 15° na geral, pole na minha categoria, de “Carros do Leste com Estrela Vermelha”. Como de hábito, parti de forma extraordinária, deixando todos no autódromo boquiabertos. Ultrapassei uns quatro ou doze carros, por aí, chegando na primeira chicane em primeiro ou segundo, aparentemente. Tive de cortá-la, inclusive, porque Giordano me espremeu. Sim, eu sei que ele nem largou, mas pilotos como eu chamam todos os outros de “giordanos”, assim como Mané Garrincha chamava seus marcadores de “joões”.
Tive uma boa disputa com dois Passats, um chegou na minha frente, outro atrás, mas o momento mais surpreendente da prova para mim foi ser ultrapassado por Tranjan. Algo inesperado e suspeito. Depois descobri, pela telemetria, que naquele exato momento meu carro estava com apenas um cilindro funcionando. Os mafiosos da Brandini se mandaram lá na frente com métodos espúrios, como sempre. Seus carros, com pinturas novas, ficaram irreconhecíveis. Por isso preferi não ultrapassar nenhum deles, com medo de represálias.
A partir da 14ª volta tive um problema prosaico, cabo do acelerador enroscando, travava a bagaça, tive de controlar meus impulsos e meus tempos de volta, previstos para aquela altura para chegar à casa de 1min18s, caíram para 1min43s. Aí foi só esperar a bandeirada. Minha melhor volta foi registrada pelos satélites da KGB em 1min38s944. Ontem foi melhor no cronômetro, mas pior na posição final.
Terminamos, eu e Meianov, em 11° na geral, o que nos garantiu o troféu “Most Valuable Eleventh Place for Blond and Blue Eyed Drivers”. Tranjan, com atuação medíocre, foi o sexto na geral, uma vez que o nível dos cinco primeiros era muito baixo. Já falei, o Peixoto ganhou depois que o Chambel se enroscou com o enferrujado Fernando Mello quando ia dar uma uma volta nele. Mas como Fernando é irmão do presidente da nossa associação, Chambel nem reclamou e pediu desculpas, ainda.
Na soma das duas baterias, fiquei em quarto na categoria até 1.600 cc e em primeiro, absoluto, entre os “Sedãs de Quatro Portas com Faróis Redondos”, resultado que minha equipe considerou muito bom. Giordano, como já dito, mas nunca é demais lembrar, voltou para casa de mãos abanando, mas deixei ele carregar meu troféu até o táxi. Tranjan, igualmente, como também já dito, e da mesma forma nunca é demais lembrar, está na estrada agora com sua caminhonete C10 sem levar nada na bagagem além do capacete e do macacão puído. Ao chegar ao hotel, fiquei feliz por receber telegrama do camarada Putin e a comenda “Best Autovaz Driver in the Season” graças ao resultado de hoje. O Petrov ficou meio puto.
Por fim, algo que não pode deixar de ser dito. Fizemos parte do fim de semana da etapa londrinense do Brasileiro de Marcas, que tem carros legais e bons pilotos, como Thiago Camilo, Valdeno Brito, Ricardo Maurício, Daniel Serra e outros. Londrina não é exatamente um centro internacional de lazer e aventura. Pouca coisa acontece nestes preguiçosos domingos do interior, e portanto uma corridinha no autódromo da cidade deveria ser um bom programa.
Falei com muita gente. Alguns disseram que a divulgação nas rádios e jornais locais existiu. Outros, que não. Não importa. Importa é que na largada da primeira corrida da rodada dupla de Marcas, havia contadas 25 pessoas na arquibancadinha montada na reta oposta, por volta das 10h de um dia ensolarado e de temperatura agradável. A foto aí embaixo, do Luiz Salomão, é a prova inconteste do desinteresse geral. Não deve ter passado muito disso depois, na segunda bateria, logo depois do almoço. No paddock e nos HCs, algumas dezenas de convidados, e nada mais.
Não há esporte que resista a tamanha indiferença do público, ainda mais quando esse esporte é movido exclusivamente por patrocínios. Ou o automobilismo brasileiro se reinventa, ou é melhor parar com tudo de uma vez.
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IN RIO
SÃO PAULO (teen, já…) – Teve Marcas, Brasileiro, no Rio, nas ruínas de Jacarepaguá. Valdeno Brito ganhou tudo. Recebi essa foto do Bruno Terena. Olhando assim, parece que o público foi legal. Problemas iniciais da categoria são as muitas quebras. Quem aí do Rio foi ver? Contem tudo!
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JÁ É ALGUMA COISA
SÃO PAULO (em terra de cego…) – Não fui a Interlagos ontem, mas pelo jeito algumas pessoas foram. Provavelmente o resto das arquibancadas estava vazio, mas só isso aí já é muito mais do que temos em todas as etapas do Paulista somadas em um ano inteiro. É alguma coisa. Alguém aqui foi ver Marcas, o Brasileiro e o Paulista?
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HOJE LÁ
SÃO PAULO (calor danado) - Com um monte de categorias em Interlagos neste fim de semana, foi duro o intervalo entre a classificação, 8h, e a largada, às 14h. Como nosso motorhome ainda não está pronto (deu problema no ar-condicionado e na banheira de hidromassagem), tivemos de queimar a moleira no paddock, andando para lá e para cá, entre um churrasquinho e outro.
Mas foi legal. Muitos blogueiros interesseiros foram ao autódromo com camisetas do Meianov para tentar ganhar uma passagem para Moscou. Eu ia premiar os primeiros dez mil, lembram? Algo assim. Pena que não leram o regulamento direito e foram com as camisetas erradas. Só valiam as produzidas em agosto de 2010. Mas legal, mesmo, foi ver dois Ladas Laika no estacionamento. Um do blogueiro Roger Federer e outro do colega Alfredo Ecclestone Gehre.
Éramos 26 no grid. Larguei em 24º depois de um treino medíocre, 2min18s218. Fui uma decepção. Estreávamos um blocante e algumas peças de fibra que tiraram uns 50 kg do Meianov, e não adiantou nada. O blocante é legal, o carro parou de destracionar, mas fica meio amarrado. Sei lá. Continuo em minha eterna batalha para voltar a virar em 2min15s para, depois, dar o passo seguinte: 2min10s. Mais uns cinco anos e chegamos lá.
A pole ficou com o Cirello, de Puma a ar, que corre na minha categoria: 2min00s499.
Planejei queimar a largada, mas nem isso consegui. Acho que passei só uns dois carros e na segunda volta rodei no Laranjinha. O blocante me traiu. É desculpa, claro. Eu que caguei miseravelmente. Perdi a posição para o Waldevino Jr., a quem deveria marcar para buscar um pódio. Minha sorte, e azar dele, é que seu Puma teve problemas e ele acabou abandonando.
Mas desta vez, pelo menos, consegui brigar quase a corrida toda com alguém, o Karmann-Ghia do Mauro Kern, que corre na CCC, a categoria mais light, mas estreou na Classic Cup para pegar quilometragem. Guiou muito bem, trocamos de posição umas duas ou três vezes, mas nas voltas finais fui ficando para trás. Meus tempos não estavam bons. Virei 2min17s434 na melhor, e o Mauro fez 2min15s981 na melhor dele. Tinha mais carro, mas eu tinha condições de segurá-lo, e não consegui.
O Meianov voltou a sair muito de frente com o blocante, e algumas curvas são uma tortura, como o Pinheirinho e o Bico de Pato. No mais, até que foi razoável. Na última volta, assim que recebi a bandeirada, o motor apagou estranhamente. Cortei tudo e fui parar lá no S do Senna. Quando cheguei rebocado de volta ao paddock, vi que fiquei em segundo na categoria, porque o Puma do Edson Furrier teve problemas no final. Deu troféu. Na geral ganhou o Cirello de novo, imbatível neste ano. E o Meianov terminou em 16º, apenas uma volta atrás do vencedor.
Como tivemos tempo de sobra, fui dar uma espiada nos carros do Brasileiro de Marcas e gostei do que vi. São bonitos, carros de verdade. Gostei tanto que já nem ligo mais para essa história de motor padronizado, já que não tem jeito de mudar, mesmo. Os tempos de Marcas ficaram entre 1min46s e 1min50s. Achei bem mais legais que os Stock.
E fica a nota triste para a F-3 Sul-americana. Uma categoria que já foi tão importante não teve nem espaço nos boxes. Fizeram um puxadinho com umas tendas atrás do paddock para acomodar os menos de dez carros que estão disputando o campeonato.
Aqui tem um vídeo da corrida da gente, enviado pelo Twitter. E a foto lá em cima é de Dyonysyo Pyerotty — que, como notaram os amigos, engordou 14g esta semana.
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IMPRATICÁVEL
SÃO PAULO (vai bem) - Thiago Camilo, que corre na Estoque e no Brasileiro de Marcas, foi taxativo: a chicane construída em Interlagos, para atenuar os riscos da Curva do Café até que uma área de escape seja construída ali (e só será depois do GP do Brasil de F-1), é “impraticável”.
Segundo ele, quem construiu a chicane não tem noção de automobilismo. Disse ainda o piloto que ninguém de sua classe foi ouvido ou consultado para orientar a obra.
A CBA diz que não é com ela, que quem fez a chicane foi o pessoal do autódromo. E queria que os pilotos assinassem uma espécie de termo de responsabilidade para que o uso da chicane fosse removido nas provas de domingo, de Marcas.
E agora?
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SEMANA QUE VEM
SÃO PAULO (bom programa) - Seguinte, macacada. Semana que vem tem Classic Cup em Interlagos, sábado, dia 16. E no mesmo fim de semana tem Brasileiro de Marcas, segunda etapa do campeonato. A rodada dupla é no domingo. E quem quiser ver de graça pode imprimir o convite no site da categoria, aqui. Segundo a Petrobras, que patrocina a bagaça, os 6 mil primeiros que forem ao autódromo no domingo vão ganhar um boné do campeonato. É uma estimativa otimista, 6 mil pessoas, mas tomara que se cumpra. O boné estará à disposição na bilheteria do Portão A, na av. Interlagos, perto daquele predinho da PM. Fácil de encontrar.
Outra coisa interessante: quem tem Focus, Astra ou Civic, os modelos oficiais da competição (os Corolla, argh, são extraoficiais), pode estacionar de graça dentro do autódromo, entrando pelo Portão 7, na av. Teotônio Vilela.
No sábado, na nossa corrida, não tem nada disso. Mas eu prometo que quem for de Lada ganha um camiseta, um boné, um beijo, um abraço e um aperto de mão. E os dez mil primeiros que chegarem vestindo uma camiseta do Meianov vão ganhar uma passagem para Moscou.
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ANOTHER COMMENT
Pelo menos cara de carro, tem. Esse aí é o Focus do Brasileiro de Marcas. Que não tem motor Ford, mas tudo bem. Seguimos aqui, torcendo para dar grid grande e corrida boa.
ATUALIZANDO…
A blogaiada atenta avisa que o motor único que será preparado pela Berta na Argentina, no fundo, é um Ford. Portanto, o Focus será o único a usar motor da marca que o colocou no mundo. Menos mal para esse modelo. Assim, teremos Corolla-Ford, Astra-Ford e Civic-Ford! Mas não estou malhando a categoria. Já disse aqui que seria mais bacana se cada fábrica preparasse seu próprio motor, seria algo mais “marcas” de verdade. Essa coisa do motor padronizado, porém, é uma tendência que já se verifica também na Argentina e em um ou outro campeonato no exterior. Que seja. Se o campeonato for legal, as corridas boas, os grids cheios, sem viadagens VIPs/corporativas, com bons públicos, divulgação, ingressos baratos, pilotos de qualidade, custos razoáveis, é o que importa. A gente não quer só corrida, a gente quer corrida, diversão e arte.
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LARGOU
SÃO PAULO (que vingue) - Foram dois dias de testes com o primeiro carro do novo Brasileiro de Marcas no Velopark. Juliano Moro andou com o carro “vestido” com a carroceria do Honda Civic. Ao menos a carroceria é de fato de um Honda Civic, e não uma bolha imitando qualquer coisa. Ponto positivo.
Os componentes mecânicos, já falei aqui, são iguais para todos: motor, câmbio, suspensão. Isso faz com que “Marcas” seja apenas uma licença poética para batizar o campeonato. Não há marcas envolvidas, mas sim carrocerias, ou modelos. Poderia se chamar Campeonato Brasileiro de Carrocerias, ou Campeonato Brasileiro de Modelos. Os outros, além do Civic, serão o Focus, da Ford, e o Astra, da GM. Parece que vai andar algum Corolla, também, mas segundo o release da assessoria “sem chancela oficial”. Não entendi o que isso quer dizer exatamente, mas vá lá.
O campeonato começa no dia 19 de junho em Tarumã. Muito boa sorte aos envolvidos. Tomara que o grid seja grande e que dê tudo certo. Pena, mesmo, que as fábricas participem tão pouco. Seria legal ver um motor Honda de verdade brigando com um Ford, um Chevrolet, um Toyota… Mas não se pode querer tudo.
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VERSÃO OFICIAL
SÃO PAULO (registrada) - Ontem falamos aqui do adiamento da primeira etapa do novo Brasileiro de Marcas. Pois os promotores, os mesmos da Stock, enviaram release hoje para informar que a data da prova inicial agora será utilizada para testes coletivos e apresentação dos carros. Será no dia 29 de maio em Curitiba, com a abertura da temporada remarcada para Tarumã em 19 de junho.
Os carros, como já informado, terão os mesmos motores e chassis, vestidos com carrocerias do Astra, do Focus e do Honda Civic. Confesso que não sei se as carrocerias serão de chapa, dos carros originais, ou de fibra, como na Stock. Se alguém souber, agradeço.
O adiamento se deu por atraso na entrega dos motores, de acordo com o press-release, por conta de mudanças nos procedimentos alfandegários da Argentina, de onde eles vêm. Até agora não se sabe exatamente quem vai correr nesse campeonato.
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MARCA PRA OUTRO DIA
SÃO PAULO (explicações?) – Revela o blogueiro Nei Tessari, um dos mais bem informados sobre automobilismo nacional, que o Brasileiro de Marcas terá sua estreia adiada. Espera-se por um comunicado dos organizadores amanhã. Os organizadores são os mesmos da Stock, a Vicar. Vai-se especular muita coisa: carros ainda não ficaram prontos, motores idem etc. Mas há quem diga que o que está faltando é piloto para gastar cerca de 600 mil reais por ano nessa categoria.
Vamos aguardar os acontecimentos.
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VAMOS VER NO QUE DÁ
SÃO PAULO (só torcendo) – Vem aí o Brasileiro de Marcas. A Vicar, dona da Stock, vai promover o campeonato. A Petrobras embarcou e vai patrocinar. Os detalhes estão aqui. Honda, com o Civic, GM, com o Astra, e Ford, com o Focus, vão participar. Os carros, pelo que entendi, serão de verdade. Mas motor, câmbio, freios e suspensão serão padronizados. Portanto, é mezzo Marcas. Só as carrocerias serão de fábricas diferentes. Pelo menos não são bolhas. Mas a parte técnica será tão pobre quanto é a da Stock.
Sei lá, é o modelo que se adotou no Brasil, uma monomarca disfarçada. Não gosto, acho que empobrece a disputa, a participação das montadoras se resume a fazer propaganda de seus modelos, sem envolvimento de engenharia, projeto, nada. Deveria haver espaço para monomarca de verdade (como eram os campeonatos de Clio, Uno…) e para um embate multimarca com carros semelhantes de linha, com preparação limitada — o Paulista de Marcas é um sucesso, assim, com mais de 50 carros no grid.
Vamos ver no que vai dar, se vai ser um campeonato de verdade ou mais um evento corporativo para girar grana de cerveja, energético, banco, essas coisas. Para ser mais uma “plataforma de business e relacionamento”, como adoram os marqueteiros da Vila Olímpia.
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CASCATA
SÃO PAULO (quero ver) – A Vicar, que faz a Estoque, e a CBA, que não faz nada, anunciaram que farão um Brasileiro de Marcas no ano que vem. Não tem calendário, nem TV, nem marcas. Tudo vago e com ar de conversa fiada, como se lê no material publicado hoje via assessoria de imprensa em vários sites. Falam em dar uma chance para os que correm nos regionais de Marcas, falam em “regulamento inteligente” e outras generalidades.
Só não falam o essencial. Alguma montadora foi procurada? Ou acham que vamos acreditar que juntar um monte de Gol bolinha, alguns Corsas e uns Palios que estão espalhados por aí é fazer um “Brasileiro de Marcas”?
Campeonato de Marcas sem participação das fábricas é apenas mais um caça-níqueis que não vai caçar níquel algum, porque quem conhece a realidade do automobilismo brasileiro sabe que os regionais de Marcas são campeonatos baratos. E que eles só existem por isso mesmo, custo baixo, que só é baixo porque ninguém é obrigado a viajar para lugar nenhum com seus carros, mecânicos, pneus, caminhonetes e ferramentas. Quando muito se sai de Porto Alegre para ir a Santa Cruz, ou de Curitiba para Londrina. Em SP é tudo em Interlagos, mesmo. E cada um tem um regulamento diferente.
Achar que essa galera que vive na pindaíba e corre por amor à arte vai ter tempo e dinheiro para disputar um campeonato com etapas no RS, PR, SP, MS, GO, RJ, PE e DF é ser otimista demais. Ou demonstra total desconhecimento da vida real.
Gostaria de saber dos inventores do “novo” Brasileiro de Marcas se eles procuraram a VW, a GM, a Ford, a Fiat, a Renault, a Honda, a Citroën, a Peugeot, a Toyota, a Mercedes, a Hyundai, as fábricas instaladas aqui, enfim, para tratar do assunto. Se procuraram patrocinadores fortes, como foi a Shell nos anos 80/90. Se estão atrás de fornecedores de pneus. Se alguém, além da voluntariosa e internética Race TV, se interessa pelas transmissões.
Ou, ainda, se estão semeando algum assalto aos cofres públicos encaixando o “novo” campeonato nas leis de incentivo ao esporte, que preveem renúncia fiscal em troca de contrapartidas sociais que, no automobilismo, não passam de mentira deslavada. É o caso da fictícia F-Universitária que dá suporte à bem patrocinada F-3 Sul-americana na condição de categoria-escola, formadora de jovens esportistas e sei lá mais o quê. Ela simplesmente não existe, mesmo fazendo parte da programação de todas as etapas, com horários e tudo mais. Não sei como é que empurraram isso ao Ministério do Esporte, mais um dos mistérios da humanidade.
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