Vem mais Rússia aí, pelo jeito…
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NAS ASAS
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DICA DO DIA
Aqui tem 25 fotos coloridas (existe “colorizadas”?) por computador da Rússia e da URSS até 1965. A última é essa do Gagarin. Alguém arrisca dizer qual é o carro? O local é onde fica hoje o Museu do Cosmonauta, em Moscou.
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LADALAND
Putin tomou posse ontem para mais um mandato e estreou a nova limusine russa Kortezh (“cortejo”), que será comercializada sob a marca Aurus no ano que vem. Não adianta, não consigo gostar de limusines. Só curto mesmo o velho Itamaraty.
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LADALAND
Vejam o trabalho de restauração de carrinhos russos de pedal que esse cara faz na URSS. Um mais lindo que o outro.
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LADALAND
Onde mais isso seria possível? Bruno De Faria mandou o vídeo do Uber Pool soviético.
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SEM RÚSSIA
SÃO PAULO (menos trabalho) – Marcado para o dia 4 de junho, o ePrix da Rússia foi cancelado pela Fórmula E. Assim, Lucas di Grassi tem apenas mais duas etapas – e três corridas, porque em Londres é rodada dupla — para manter a liderança e conquistar o título.
Boa notícia para o brasileiro, ruim para Buemi.
E pior ainda para a categoria. Não é legal ver etapas canceladas.
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BARATO, HEIN?
SÃO PAULO (será que cabe?) – Enquanto Messi torra 30 milhões de euros numa Ferrari raquítica, uma limusine feita para o camarada Putin em 2012 pela ZiL (e pelo jeito reprovada…) está à venda por módico 1,2 milhão de obamas aqui.
Pelo que entendi no texto enviado pelo Júnior Almeida, é uma espécie de protótipo construído durante seis anos que seria oferecido ao presidente russo. Enfim, tem um vídeo aqui que mostra o carro e dá informações sobre ele. Em russo. Não entendi picas.
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LADALAND/VOU DE TÁXI
SÃO PAULO (sempre atentos) – Adoro quando nossos leitores vão bater perna por aí e se lembram do blog. Vejam o e-mail que o Rafael Felippe Santos Cortez Pereira mandou:
Sou leitor do seu blog há cerca de cinco ou seis anos, acho muito legal. Adoro o conteúdo e sempre estou curioso para ler seus textos, que são ótimos. Parabéns pelo trabalho. Neste momento estou em uma viagem de trabalho na Rússia (Kaluga), e a todo momento que vejo um Lada ou um carro antigo lembro de você… Não pude me conter e hoje vi dois Ladas que tive de fotografar. O mais escuro (foto à noite) foi um táxi que peguei… Na batalha ainda o carrinho! E aqui, no frio de -20°C, o aquecedor dele funciona que é uma beleza! Só pra saber, tenho 30 anos (faço 31 dia 15 de janeiro), sou casado, moro em Curitba, gosto de esportes (entre eles automobilismo) e bom, acho que é isso.
Publico só o táxi, em homenagem à labuta diária do carrinho. As outras fotos, de um Niva branco, estão no meu arquivo. Aproveitando, feliz aniversário antecipado!
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LADALAND
Gente do céu, este vídeo está na fila para publicar há meses e só agora lembrei! Adivinhem com qual carro o Kvyat tirou a carta de motorista na Rússia? Chupa, mundo!
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BUS STOP
SÃO PAULO (quero todos) – De enlouquecer o link que o Ricardo Divila me mandou, de um desfile de clássicos em São Petersburgo, na Rússia. Olha só este ônibus elétrico. E tem muitos outros, além, claro, de Ladas e mais Ladas. Fiquei babando.
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MOTOLAND
Eu já tinha mostrado isso? O Julio Cezar kronnenburg mandou. Ural, não?
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NA RÚSSIA
SÃO PAULO (só cresce) – A Fórmula E ganhou mais uma corrida na sua primeira temporada. A Rússia entrou no calendário, para realizar uma prova nas ruas de Moscou. Será no dia 6 de junho, o que fará com que a etapa de Berlim mude de data, de 30 de maio para 23 do mesmo mês. A Fórmula E é liderada por Lucas di Grassi depois de quatro etapas — Pequim, Putrajaya, Punta del Este e Buenos Aires. A próxima será em Miami.
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NAS ASAS
SÃO PAULO (só lá) – Onde mais alguém colocaria um Tupolev TU-144 no quintal? Na Rússia, claro. Esse é o avião que os ocidentais copiaram para fazer o Concorde. O Márcio Vieira mandou. O que é mais impressionante: alguns sistemas funcionam, como dá para ver no vídeo do post. Coisa estranha…
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LADALAND
SÃO PAULO (triste com meu time) – Tem coisas que só na Rússia, mesmo. Julio Cezar Kronbauer mandou. E eu admito que ri pacas. Salvou minha noite.
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ONE COMMENT
Vettel andou em Sochi com um Infiniti de rua (bem feio, diga-se). Achei a pista chatinha, mais uma dessas sem relevo, cheia dos muros, feita apenas para exibir trapizongas arquitetônicas. Falta alma.
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LADALAND
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GIRA MONDO, GIRA
SÃO PAULO – O brother Fábio Seixas me ligou agora para falar de alguma outra coisa. E papo vai, papo vem, claro que falamos do MH17 da Malaysia que saiu de Schiphol, Amsterdã, rumo a Kuala Lumpur. Cansamos de pegar esse voo, que era operado em conjunto com a KLM, quando seguíamos para o GP da Malásia em Sepang. Por alguns anos fizemos essa rota pingando na Holanda.
O avião, aparentemente, foi abatido. Caiu numa terra de ninguém, fronteira entre Ucrânia e Rússia, área dominada por rebeldes ucranianos que querem que o país seja reanexado pelos russos, como nos tempos da URSS. 298 pessoas morreram. Quatro meses atrás, o MH370, que seguia de Kuala Lumpur para Pequim, desapareceu misteriosamente. É quase inacreditável que um 777 suma sem deixar vestígios. Sumiu.
Acidentes aéreos sempre causam comoção, pela impotência de quem está a bordo. Todos morrem, sempre. Raríssimos são os casos em que alguém sobrevive. É uma covardia do destino, não há defesa. Cada vez que se entra num avião, não há volta.
Nem sei direito o que dizer do que aconteceu hoje. Ninguém mirou no MH70, não faz o menor sentido. A Malásia não está em guerra com país nenhum, não é alvo. É bem possível que alguém tenha disparado um míssil para acertar outra coisa. Um avião militar ucraniano, por exemplo. Os rebeldes têm armas capazes de fazer isso, fornecidas pelos russos. Esses mísseis terra-ar são guiados por calor, ou radar. Eles são disparados mais ou menos na direção do alvo e o perseguem. Às vezes, não acertam. Depende da distância, da acuidade do equipamento, de sua precisão. Podem passar ao largo e explodir no ar. Mas se um outro avião estiver por perto, o míssil pode achar que o alvo é ele.
Pode ser que tenha acontecido isso hoje.
E hoje, também, Israel partiu por terra para atacar o Hamas na Faixa de Gaza. E hoje morreu Armando Marques. E hoje a CBF escolheu lá o ex-goleiro Gilmar para conduzir a nau rumo à Copa de 2018. Na Rússia.
Dá para ter Copa na Rússia? Dá para ter corrida de F-1 na Rússia, como prevê o calendário deste ano?
Quem lê tanta notícia?
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NÃO CABE
Comentários (11)SÃO PAULO (muito comprido) – Pela bagatela de um milhão de libras esterlinas, que é tanto dinheiro que nem sei quanto dá, a limusine usada por Gorbatchov e Ieltsin entre 1989 e 2007 está à venda neste site de clássicos na Inglaterra. A dica é do Douglas Nascimento, que me garantiu que vai mandar uma proposta. Como a minha vaga no prédio não é muito grande, vou passar.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (sempre fortes) – Vira e mexe são publicadas, no mundo inteiro, listas de fotografias marcantes/inesquecíveis/históricas. Tipo as 10 mais isso ou as 20 mais aquilo. Nesta página aqui tem 30. Algumas são, realmente, impressionantes. Como esta de um veterano de guerra soviético que encontrou, numa pequena cidade russa, o tanque no qual passou praticamente toda a Segunda Guerra. Merece uma visita.
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CAMARADAS
SÃO PAULO (legal) – A Sauber será salva pelos russos. A equipe estava muito mal das pernas, mas foi aos soviéticos buscar a grana que vai garantir sua sobrevivência.
Consequências diretas para 2014, e não tenho muitas dúvidas disso. Hülkenberg sai (Lotus, talvez) e entra Petrov.
Mas as especulações apontam em outra direção. Acho que vou errar meu palpite.
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EU RI
SÃO PAULO (só na Rússia) – O blogueiro Johnny mandou o vídeo. Segundo consta, o motorista do busão é uma espécie de herói local em Zelenograd. Os caras fazem merda na frente dele, ele não perdoa. Apenas fiquei meio assim com a crueldade com os Ladinhas. Mas confesso que ri.
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GIRA MONDO, GIRA
SÃO PAULO (quase) – Se tinha um lugar para cair um meteoro impunemente, era mesmo a Rússia. Hoje pela manhã o bólido enviado por Thor via Unidos da Tijuca adentrou nossa querida e anil atmosfera nos Urais e apavorou a população de Chelyabinsk, a 1.500 km de Moscou. Há relatos de mais de 500 feridos, a maioria atingida por estilhaços de vidro.
Não sou especialista em absolutamente nada nesta vida, especialmente na vida propriamente dita, mas estudei astronomia por alguns anos e posso cagar regra sobre algumas coisinhas. Uma delas poderia ser a diferença entre meteoro, meteoroide e meteorito, e todos os termos serão usados nos relatos ao longo do dia. Grosso modo, pode-se dizer que está todo mundo mais ou menos certo e mais ou menos errado. Meteoro está mais para o fenômeno luminoso do que para o objeto em si, que é um meteoroide. Meteorito é quando a bagaça atinge a terra, o que não parece ter sido o caso do nosso meteoro russo. Ele se desintegrou na atmosfera e as vidraças quebradas foram resultado da onda de choque causada pela explosão. Assim, correto seria dizer que um meteoroide resultou num meteoro e não virou um meteorito. Mais ou menos isso, mas não tem importância. Como meteoroide é uma palavra ruinzinha, fiquemos com meteoro, mesmo. Que não é tão amado pelos cientistas quando um meteorito — se tem uma coisa que cientista adora é analisar pedaços de qualquer coisa que despenca do espaço.
Mas eu dizia que tinha de ser na Rússia, porque é lá, e só lá, que um fenômeno desse seria registrado instantaneamente com tantos detalhes. A explicação: todo mundo na velha União Soviética anda com uma câmera de vídeo no carro. Esse voyeurismo asfáltico tem a ver com crise moral do país pós-dissolução da URSS. Se tem um lugar onde o trânsito é uma tragédia, as pessoas dirigem como animais e a polícia é corrupta até o último fio de cabelo, é a Rússia. Assim, muita gente usa essas câmeras para se defender em processos judiciais, seja contra a polícia, seja contra as bestas que cometem barbaridades nas ruas. Além do mais, quem tem câmera no carro ganha desconto no seguro. A GoPro ama a Rússia.
Sendo assim, o meteoro foi gravado por milhares de pessoas. Neste link aqui, enviado pelo Rodrigo Lombardi, ele pode ser visto por vários ângulos em vídeos e fotos. Aqui tem mais. E aqui dá para escutar o estrondo da explosão. O que vai dar mais trabalho para os editores de telejornais hoje vai ser selecionar as melhores imagens entre tantas que, durante o dia, vão pingar no YouTube. Mas se vocês virem essas aí indicadas, provavelmente terão visto quase tudo. Uma das mais legais é a do casal num escritório, o cara aparentemente xavecando a bela moça, convidando-a para um café ou um chocolate quente, quando a onda de choque entra pela janela. O malandrov perde totalmente a pose… Mas ninguém se machuca.
O curioso é que esse meteoro que riscou os céus de Ladaland foi aparecer no mesmo dia em que um asteróide respeitável vai passar ao largo da Terra, coisa de menos de 28 mil km de distância, com diâmetro de cerca de 50 m. Vai ser hoje à tarde pelos lados de Sumatra, mas os astrônomos dizem que ninguém vai ver picas.
Em 1908, lá mesmo na Rússia, mas sem câmeras, um pedregulho semelhante adentrou solenemente a atmosfera e a onda de choque destruiu 2 mil km quadrados (não sei fazer aquele “2″ pequenino no alto) de floresta. Matou guaxinins, ursos, marmotas, lobos e toupeiras. O bonitão que possivelmente extinguiu os dinossauros há 65 milhões de anos tinha 10 km de diâmetro, mais ou menos (esses valores são sempre meio chutados), e caiu na terra da Terra. Abriu um rombo dos diabos, levantou poeira pra cacete e os pobres personagens de Jurassic Park se foderam sem sol e luz. Foram para o saco e para as telas de cinema, o que acabou sendo um bom destino para bichos tão desengonçados, barulhentos e fedidos.
Tudo isso para dizer que não, o mundo não vai acabar por causa desse meteoro, nem por causa do asteróide que vai passar por aqui a caminho não se sabe de onde hoje à tarde, nem por causa da renúncia do papa — figura que, ultimamente, só serve “para dar sentido à famosa expressão usada quando não ligamos para a reclamação de outrem”, como escreveu no Twitter uma guria amiga minha. O que acaba sendo uma má notícia, porque esse aqui já deu faz tempo.
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MANDA UM
SÃO PAULO (encantador) – Descoberta do Jason Vôngoli. A UAZ russa faz lá seus jipes e suas SUVs, afinal de contas é preciso pagar as contas no final do mês.
Mas faz também, até hoje, sua gloriosa linha de veículos comerciais. Se eu tivesse um desses na garagem, nada mais precisaria da vida.
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WILD LIFE
SÃO PAULO (ainda bem) – Digamos que a vida para os motoristas russos não é das mais fáceis. E para as empresas de seguros, também. Felipe Marra, que mora em Londres, foi quem mandou o vídeo. Vejam! Algumas imagens são de rolar de rir.
E é claro que na época da gloriosa URSS essas coisas não aconteciam. Tirar carta não era para qualquer um.
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ONE COMMENT
Em certos acidentes, só certos carros garantem a sobrevivência do motorista.
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