O “outro”
SÃO PAULO (Odeio os indiferentes. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida.) – O trabalho que Paulo Trevisan realiza em Passo Fundo é de uma tenacidade exemplar. Ainda bem que ele existe. Só porque ele existe, esse Casari A1 está desse jeito aí, nas fotos enviada pelo Ilustríssimo Sr. Caíque Pereira.
Que está desde já convocado a contar o que esse “outro” #96 andou aprontando pelos asfaltos brasileiros.
Bom dia Flávio Gomes, gostaria de saber se tem como vc passar meu e-mail para Fred Coutinho postado dia 11/07/2006, onde ele fala sobre a competição de Buggies na areia, para eu passar mais informações. Sou da BUGRE e tenho todos os detalhes desta competição . Grata
esses carro esta inteiro em condicoes de corrida aki em passo fundo-rs no museu do automobilismo do sr. paulo trevisan esse e o carcara, e nao sao replicas sao os originais, podem conferir no http://www.museudoautomobilismo.com.br qualquer coisa pode entrar em contato comigo.
O capacete do Casari era uma viagem. Vi de pertinho, no começo dos anos 70, quando fizeram uma corrida de bugui (como é que se escreve mesmo?) na areia da praia
do Leme, em Copacabana, que o
Casari ganhou. Era o primeiro capacete integral que vi na minha vida, branco, e com uns desenhos psicodélicos, parecido com desenho de quem fuma unzinho e sai desenhando. Era lindão. Lembro que tinha um cara que perguntou quem tinha vencido a corrida, cuja organização era uma certa zona, não tinha informação nenhuma, e eu respondi que era o Casari o vencedor, daí o cara falou: “Pô, com um capacete desses até eu.”
A corrida era uma espécie de oval na areia, uma piração sob qualquer ponto de vista de hoje em dia, seja de segurança do piloto, do público, da agressão ao meio ambiente, muito doido. E ainda por cima tinha um morrinho onde os caras vinham pisados e eram obrigados a pular, o carro dava um pulo e aterrisava uns 4 metros na frente. Um deles aterrisou do lado do carro do Casari,
que ainda abanou a mão pro cara, como quem diz, tudo bem, não foi nada. Nunca vi foto ou matéria sobre esta prova.
As 3:30 da manhã, meio deprê (nada anarmal para um início de uma previsível semana) e derepente protótipos.br, Jan Balder, as preciosas informações dos incríveis Matuzas, os Gol’s, Monza’s, Escort’s, Passat’s, Gol’s fora de série e etc.
Isso já virou caso para o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural. Ou será que somos apenas maníacos e fúteis. Leiam os colegas e verão que patrimônio… IMPAGÁVEL!!!
Obrigado amigos.
Agora, lendo os demais (e todos, claro) posts, com muita alegria ví a avalanche em torno do Jan Balder.
Então vai:
Jan Balder para presidente!
Jan? Polar?
Só pode ser o glorioso Jan Balder.
Eu aqui, moleque, em Minas, sem autódromo mas devorando tudo que era publicado a respeito. E sempre lá estava o notório Jan Balder.
Parabéns “amigo”, felicidades e que tenha o prazer de pilotar o histórico Polar.
PS: Por favor, leia meu post anterior, onde sugiro um site para eternizar estas pérolas, nossos protótipos, tantos projetados, tantos intuitívos, mas todos fantásticos.
Um grande abraço orgulhoso de frequentar o mesmo “ambiente” de um ídolo.
Graças ao impagável FG.
Aos notáveis FG e demais notáveis Matuzas.
Ufa!!!
Enfim a internet novamente após quase um mês “ilhado”. Adivinha onde fui primeiro? Claro, aqui, no reduto dos sábios e prestativos amigos e entusiastas. Só quem gosta muito pode considerar o inestimável valor deste espaço fomentado pelo grande escriba (como se auto-intitula) Flavio Gomes.
Isso tudo é óbvio, notório!
Após fazer minha (justa) média, vou abusar com um pedido e sugestão:
Imagina um site com fotos, histórias, dados técnicos e os cambaus dos incríveis protótipos tupiniquins, das Carreteiras, passando pelos heroicamente projetados e construídos nos idos 60/70/80’s (Divisão 3?) até os atuais.
Não seria fantástico?
Pena que não possuo fotos e meus parcos conhecimentos e memória se limitam ao básico. Mas prometo vasculhar incansavelmente a rede a procura de informação. A 4Rodas e Auto Esporte poderiam colaborar tanto…
Fica aqui meu apelo e sugestão.
Um abraço.
PS: Havia um HEVE F-VW ou F-Ford (frente em cunha, a lá revolucionária Lotus 72)?
Hilário, Sem problemas. Ninguém digita pior que eu. Errar é humano, principalmente digitando.
Abraço.
Obrigado Caique pelas corretas informações, peço desculpas pelo meu involuntário erro ao escrever a palavra informar com e – enformar. Que coisa horrível, me doeu quando eu li, não tinha reparado antes. Desculpem-me.
A Prova de Niteroi foi válida pela segunda etapa do Carioca de F Vê em 1967.
Hilario, A corrida de Niteroi foi ganha pelo Achcar, com o Sprint Vê nº 100, em 2º – Sergio Carvalho (Fitti Vê), 3º – Bob Sharp (Fitti Vê), 4º – Milton Amaral (Sprint Vê), 5º – Norman casari (Fitti Vê) e 6º – Antonio de Souza ( Sprint Vê). O Henrique Fracalanza foi o 10º colocado de Fitti Vê.
Abraço,
Caíque.
Bem, se o numero 100 não era o Fracalanza, então quem ganhou a corrida de Fórmula V em Niterói foi o Ricardo Aschar? Pra quem conhece Niterói, o percurso era descendo pela Miguel de Frias, sentido oposto ao da praia, entrava na Fagundes Varela, subindo para o Ingá, virava a esquerda em diração à praia e então retornava pela praia para a Miguel de Frias. Sou nasc ido e moro em Niterói há 48 anos e essa foi a única corrida de rua, fora umas poucas de kart, que houve em Niterói até hoje. Obrigado pelos que me enformaram o nome completo do Fracalanza, mas se ele não ganhou, algúem me enformou errado naquele dia, que o piloto que liderava que era o de nº 100, era o Fracalanza.
CAIQUE,
É ISSO MESMO. TEMHO ESTA FOTO GRAVADA NA MEMORIA.
OS ASSUNTOS AQUI ESTAO OTIMOS.
GOMES, VAMOS EM FRENTE.
Joaquim, Otima ideia, será que o Trevisan recebe uma tropa dessas lá? Olha, se virar eu estou dentro, pois eu já tinha em planos essa viagem com meu pai, bota fogo no Gomes, quem sabe!!
Bom Joaquim , se a gente pegar o cavalinho do ‘Lada aí embaixo, o jerico a gente já tem. só “farta” ir, intonces, nois vai .
Vou lançar aqui uma idéia de jerico: porque a gente não organiza aqui uma visita em bloco do Blig do Gomes ao museu de Passo Fundo? Já que a gente junta panela, porque não junta, carros, gasolina, caronas e vai uma galera até lá? O que acham da idéia?
Para Jonny´O boa pedida as fotos do Fúria lambo e ferrari, tb estou atras a um tempão !
abraço
3=6,
Vou mandar também uma foto do casari dentro do A1, ou Casari 230 (é o mesmo Carro) com o Capacete. Parece capacerte do Valentino Rossi, tem uma boca cheia de dentes em volta da viseira e dá a impressão que o cara tava sendo engolido.
Jonny, uma amigo meu vendeu um Fúria para o exterior por um boooom dinheiro.
DOCE LEMBRANÇA.
E O CAPACETE DO CASARI ?
ALGUEM AI LEMBRA COMO ERA ?
Grande Caique !
Faz tempo que procuro esses Furias,já gastei horas na internet,vamos ver se o Gomes põe pra gente essas raridades.
Abraços.
Jonny´O,
Eu tenho. Foto em Preto e Branco. Vou enviar ao Flávio.
Abraços,
Caíque.
Quem é o cristão que tem uma foto sequer dos Furias Ferrari e Lamborghini ?
Boa Caique, belas fotos de um belíssimo carro…
Ao Francisco Neiva,
Sua observação é interessante pois o Casari A-1, assim como o AC de cuja frente é derivado, são inspirados nos antigos Grupo 7 Can-Am, onde as MacLaren predominavam. Abs.
Independente dos resultados, o carro é simplesmente belo!
Se colcoar num museu de Mclarens antigas, por causa da cor, certamente engana muita gente!!!
Grande Jan Balder,
É uma honra ouvir comentários diretamente de quem fez! Obrigado por dividir isso conosco…
As Rodas são da Titânio sim, fábrica aqui do Rio e foram utilizadas nas ultimas provas do A1. O semi eixo está aqui no Rio e o Trevisan vai leva-lo par ficar exposto junto com o Carro. As plaquetas de identificação de alumínio que o Norman utilizava em seus carros estão com o Luis Salomão, O carro bateu o recorde de Velocidade no mesmo local do Carcará, chegando a uma velocidade de 245 km/h na Av das Américas em 72/73 se não me engano. Inicialmente o carro tinha um Motor Galaxie, porém não muito potente, além disso seu cambio não era um Hewland Dg 300 que era o que se tinha de melhor no início dos 70. Os Avallones utilizavam este Cambio. Os melhores resultados do A1 foram conseguidos pelo Jan, pois o Norman havia comprado a Lola T70 dos Irmãos DePaoli. A pintura final do A1, com aquele rato desenhado pelo Jaguar , cujo nome era *Sig*, era muito bonita. Na categoria Divisão 4, acima de 2 litros, além do A1só tinhamos os Avallones, que na realidade eram as Lolas T-220 Can-Am, que utilizavam motores Chrysler, GM Opala e Ford V8. Os Mantas com Motor Alfa e os Furias GM, Alfa e BMW, também apareciam, mas na categoria de 2000 a 3500 cc. Os Furias Ferrari e Lamborghini participaram pouco.
La Fontaine, essas rodas da foto estão pareecendo mais da Titanio, uma fábrica do Rio, que fazia rodas muito legais. Não creio que sejam as da marca, usadas originalmente.
Quanto ao Fracalanza, ele, Henrrique, tinha um irmão, Dante, também piloto, e ambos andavam originalmente de DKW. Seu numeral não era o 100, que quem usava era o Ricardo Aschar.
Qunado gente como o Jan Balder vem nos presentear com sua presença e sabedoria, é que sentimos a qualidade deste blog. Fico honrado com mais este Matuza (e dos ótimos!) a aparecer por aqui e nos ensinar um pouco de nossa história!
Se este carro tivesse nascido uns dois anos antes teria feito o maior sucesso. Infelizmente ele chegou pra brigar com Porsches, GTs-40, Lolas e outros bichos e não teve grandes resultados. Mas acho que foi o último suspiro da engenharia tupiniquim.
Sr. Jan
Brinde-nos sempre com sua presença e preciosos comentários.
Cá entre nós, parece estar mais bonito do que qdo corria…
Embora tarde um grande abraço ao querido Omelete.
PS: Que tal um racha no Morumba?
Caramba, que honra ter o Jan Balder blogando aqui junto com nós, pobres mortais.
Quanto ao A1, parece até die-cast de tão perfeito.
Ao Jan Balder
Puxa, tenho ouvido muito seu nome nos últimos dois anos, sou da geração que cresceu vendo o Senna correr, tenho 29 anos e sou meio xucro em automobilismo nacional, porem meu pai tem seus 55 anos e sempre que falamos de carros Jan Balder é um nome sempre comum, ele ficará muito feliz de saber que esteve por aqui, é prazer em tê-lo conosco, espero que apareça sempre para nos trazer ricas historias também. Abraço
A1 na superclassic já. Quero ver se os APs dão conta dele hehe
FG
Legal o Jan Balder comentando sobre o Casari A1. Esse blog está ficando cada dia melho. Quanto a este carro, bem que poderia participar na superclassic. Seria demais rever este e outros prototipos. Heve, Avallone, Polar, Manta e alguns que agora esqueci. Pbs Flavio, por relembrar o verdadeiro automobilismo brasileiro.
Desculpem a falha, digo 1000 Km de Brasilia, 1969.
Jan Balder, obrigado.
Hilário Alencar, o nome completo do piloto # 100 era Henrique Fracalanza, um dos expoentes da F-Vê carioca dos anos 60. Quanto ao Casari A-1 vi a estréia desse carro nas mãos do Bob Sharp, nos 100 km de Brasilia de 69. Era belíssimo ouvir o ronco do V-oitão desse carro que abandonou na estréia por problemas de suspensão. Bela lembrança.
Que honra ver o Jan Balder postando no blog!!!!
Eu e minha esposa estávamos neste mesmo dia no museu e tivemos o prazer de encontrar com ele . O maravilhoso livro que o Jan escreveu, terminei de ler antes de chegar a São Paulo.
Minha esposa nao é fanatica como eu por carros, mas quando o Trevisan ligou a Carretera 9 do Orlando Menegaz, ela ficou arrepiada; eu…quase chorei.
Graças a esta visita , consegui um material visual de excelente qualidade para meus proximos projetos (de autorama)a respeito do automobilismo brasileiro.
Aliás, pessoas como o Gilberto Menegaz, Paulo Trevisan , etc, estao resgatando de maneira primorosa a memoria de nosso automobilismo, seja restaurando estes carros, escrevendo livros, incentivando ,etc.
Vamos colocar a nossa historia onde merece.
Um abraço
Barbaro a lembrança do A-1.
No ano passado estive lá com o Paulo Trevisan e fiquei impressionado com a perfeição com que ele e equipe restauraram o A-1 r e os carros do museu.
Quando ele ligou o motor quase chorei.
vai ser duro quando ele restaurar o Polar com o qual eu corria pela Equipe Evadin.
ele me prometeu que o dia que estiver pronto vou pilotar o carro em Guaporé. Vai ser demais realizar mais este sonho,
Abração Flavinho e parabéns pelas belas histórias.
Motor ford V8 292 ci do galaxie, comando e cabecote preparados, 4 carburadores weber 48mm duplos
Pro Caique : essas rodas gauchas são as originais ? O cubo de roda era da Ford ?
Afinal o museu já está aberto a visitação publica ?
Lindo demais… vejam que um carro para ser bonito não precisa nada demais… que motor tem a bagaça ae?!
Sinto que o dia em que for ao Rio Grande do Sul, terei que ir a Passo Fundo. Me lembro de uma exposição de carros de corrida no Quitandinha, Petrópolis, quando criança, em que pela primeira e única vez tive a oportunidade de ver ao vivo e a cores uma Lola T70, um Ford GT 40 , esse AC do Norman Casari, assim como também o vi ganhando a primeira e única corrida de buggies nas areias de Copacabana, tudo isso no inicio dos anos 70, eu tinha meus 11 ou 12 anos mais ou menos. A idade de meu filho Pedro hoje, só que o negócio dele é futebol… o meu sempre foram rodas, aonde elas estiverem, todas, rodas rodando, disputando freada, tomada de curva, derrapando, como a primeira e única corrida de Fórmula V nas ruas de Icaraí e Ingá, em Niterói, ganhas pelo numero 100, um tal de Fracalanza, eu tava lá, anos 60, eu devia ter uns 8 aninhos, dia inesquecível pra mim. Talvez, meu primeiro ídolo no automobilismo, Fracalanza, o número 100.
Mudando de assunto, demais o vídeo da morte do Francois Cevert, muito emocionante, essas imagens resgatadas da minha memória, ilustram emoções vividas que foram sentidas sem nunca terem sido vistas. Dmais, pros fissurados por automobilismo, esse blig do Gomes é o melhor lugar do mundo, todo dia ou toda a semana tenho emoções renovadas por vocês. Obrigado, keep pushing hard, long live for all of us. Abraços a todos, Hilario Alencar.
Quero um!!!!!!!
hehehe
-Coisa linda….e graças ao bom velhinho eu os vi correndo!
E os vagabundos destruindo os autódromos no país!!!!!