Rei dos céus e da água
SÃO PAULO (tudo é belo) – Reproduzo pequeno relato sobre uma das grandes obras da aviação mundial, o DO-X 1929, cujas fotos me foram passadas pelo Mestre Mahar.
Gosto de aviões, e gosto dessas obras monumentais. Ao relato:
Não, não é OVNI. É um hidroavião de 30 toneladas e 12 motores (eu disse 12!) o que vocês estão vendo sobre a Enseada de Botafogo. O flagrante foi obtido durante a escala no Rio de Janeiro do histórico vôo experimental alemão por 45.000 km da África e Américas do Sul e do Norte, em 1931.
Fabricado pela Dornier alemã, o protótipo DO-X era o maior avião do Mundo e jamais entrou em operação comercial, apesar de ter sido testado pela Lufthansa. Tinha três andares com cabine-dormitório, sala de estar, biblioteca, restaurante e bar. Um navio voador de luxo, com tapetes persas, sofás de couro e porcelana fina.
A tripulação era de 14 pessoas e a lotação, de 70 passageiros. Sua velocidade de cruzeiro era de 175 km/h, autonomia de 2.300 km e levava 23 mil litros de combustível. Media 40 m de comprimento e 10 m de largura. Como o projeto não teve prosseguimento comercial, este famoso DO-X 1929 foi desativado em 1934 e levado para o Museu da Aviação em Berlim, onde terminou destruído num bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial, em 1945.
No site da Lufthansa tem um filminho sobre ele. O texto acima, infelizmente me chegou sem crédito. Mas assim que souber, falo aqui quem escreveu, claro.
A fonte…
Flávio, o artigo acima é do pesquisador Celso Serqueira e foi copiado do site Mapas Antigos & Histórias Curiosas ( http://www.serqueira.com.br/mapas/ ) . Abraço!
“Gunar Cukurs é considerado hoje o piloto com maior numero de pousos e decolagens do mundo.”
Esqueceu de citar o recorde na Letônia?!!!
Minha bisavó e demais familiares foram assassinados em Riga, depois de passar 4 dias deportada da Alemanha de trem para Riga.
O MUNDO NÃO ESQUECEU!
“Gunar Cukurs é considerado hoje o piloto com maior numero de pousos e decolagens do mundo.”
Esqueceu de citar o recorde de assassinatos na Letônia?!!!
Minha bisavó e demais familiares foram assassinados em Riga, depois de passar 4 dias deportada da Alemanha de trem para Riga.
O MUNDO NÃO ESQUECEU!
INFORMAÇÃO DE FONTE E AUTORIA:
Caro Flávio, a pesquisa e o texto são de minha lavra. O material foi retirado de http://www.serqueira.com.br/mapas/dox.htm
Abraço,
Celso Serqueira
QUANTOS HIDROS JÁ PASSARAM PELA GUARAPIRANGA !
DE PINEDO E DEPOIS JOÃO RIBEIRO DE BARROS COM O JAÚ EM 1927!
SEA BEES DA FAMILIA CUKURS , ALBATROZ DA FAB QUE ERA A FESTA DA REPRESA NOS ANOS 60 ! O LAKE DO GROSSMAN! ENFIM GENTE , NOSSA REPRESA TEM MUITA HISTÓRIA.
TEMOS QUE VALORIZAR NOSSA MEMÓRIA.
PARTICIPEM DO MOVIMENTO , VAMOS TRAZER DE VOLTA A ESTÁTUA DE PINEDO DE VOLTA PARA A REPRESA, TEM UNS TONTOS QUE A LEVARAM PARA AV. BRASIL , ISSO NÃO É ENFEITE É HISTÓRIA!
Tai,tudo a cerca do Hiro da Guarapiranga e a real historia do aviador letão Herberts Cukurs.
http://herbertscukurs.blogspot.com/
Não acho o velho Gunnar mas o hidro que ele usou na Guarapiranga por décadas – não seia marca – continua na garagem da casa, pintadinho de vermelho mas todo desmontado. Para quem aprecia, vale visita-lo, oGunnar se estiver de bom humor, conta tudo, esplica, discorre e etc
Ponto, conheço o Sucupira, de quando morei em Fortaleza, já que eu voava um DC-3 da Coca-Cola de lá…
Ora, ora, Mr. Ponto…
Nada mais que o Ford Trimotor, investida de Henry Ford no mundo da aviação, lá por 1925. Na verdade, um Stout – fábrica comprada por Ford – que tinha “séria inspiração” nos aviões de Hugo Junker. Na verdade, quase um Junker JU-52. Curiosamente, Ford optou por não fazer motores para esta aeronave, preferindo utilizar três Pratt & Whitney radiais de 9 cilindros e 420 HP cada um. Foi o maior concorrente do Stinson Trimotor e Junkers JU-52 na sua época. Foram fabricadas 199 unidades até 1933, mas hoje se tem catalogadas somente 16 unidades remanescentes, daí o elevado preço de cada uma.
Por enquanto, é só…aguardo os complementos.
Falando em coisas que avuam…
Vejam esta gracinha que um amigo ofereceu:
http://www.ipass.net/ginkgo/N9612home.html
Mas não vou comprar, não !
Estou com problema de espaço.
Prof. Joaquim !!!
Vamos lá ! Aguardamos seus comentários sobre o demônio e os magníficos radiais !
Uau !
Tem gente da antiga por aqui !
Tenho um grande amigo em Fortaleza. O cartão de visitas dele diz:
Cesar Sucupira
Comandante de Aeronave
Na primeira vez que vi, perguntei:
– Cesinha, de que aeronave ?
E ele respondeu, com orgulho:
– DC3 Dakota !!!
Grande Cesinha ! E toma todas !
Gustavo da Rosa,
Aviões Tem realmente muita capacidade para combustível, e para não exceder seu peso máximo de decolagem, o controle é feito pela relação carga útil/combustivel, o que determina seu raio de alcance (destino+alternativa).
hj somos donos da AIRBUS !!!
DC-3 “Dakota”, que tive a honra e o prazer de comandar….
Não foi não, meu caro LBM.
Constellation vem bem depois, já no pós Segunda Guerra. Quem pôs fim aos hidroaviões foram aviões mais eficientes como os tri-motores Fokker FVII, Stinson e Ford trimotor. Logo depois, por volta de 1936, os Boeing 247 e Douglas DC-2 enterrariam de vez os hidroaviões.
Daí em diante foi o reinado da melhor aeronave já concebida para o transporte de massa, o inesquecível Douglas DC-3.
sds. aeronáuticas…
Quem falou em Constellation?
http://br.msnusers.com/fotosdocarlos/shoebox.msnw?action=ShowPhoto&PhotoID=27
Sou aviador aposentado, tenho saudades desses tempos…aqui vão duas fotos:
http://br.msnusers.com/fotosdocarlos/shoebox.msnw?action=ShowPhoto&PhotoID=25
http://br.msnusers.com/fotosdocarlos/shoebox.msnw?action=ShowPhoto&PhotoID=26
Albatroz e Goose, respectivamente…
O Constelation matou os Cliperes…
Pessoal, tenho uma curiosidade inexplicável sobre quantidade de combustível aviões carregam.
Parece estranho, pelo menos para meu limitado conhecimento sobre aviões , ler 23 mil litros de combustível em 30 toneladas de avião. Isto está certo? Esta belezura carregava mesmo perto da metade do peso em combustível?
Lindo avião, realmente parece um navio, achei ele muito bonito, apesar dos motores naquela posição ficarem meio estranhos…;
Sobre as favelas, elas já existiam sim, apenas não tinham ainda começado a engolir as redondezas, então ninguém ligava pra elas.
Já agora, as dimensões estão erradas: as correctas, segundo o filme, são:
comprimento: 40m
altura: 10m
envergadura (largura das asas): 48m
Aparentemente o texto original está em http://www.serqueira.com.br/mapas/dox.htm
Pelo menos em duas coisas este avião inovou: a ausência dos flutuadores nas pontas das asas e os flutuadores ventrais (junto da fuselagem) onde se alojavam os tanques de combustível, e que serviam de ancoragem para os “booms” (vigas? longarinas? hastes?) que suportavam as asas.
Essas soluções foram mais tarde descaradamente copiadas no Boeing 314 Clipper americano da Pan Am.
Jovem amigo Ponto,
A feiúra é apenas uma questão de estética mal interpretada…
Sou fã confesso de alguns hidroaviões, dentre eles o velho e bom PBY Catalina e o Albatross, que não são propriamente modelos de beleza dentro do senso estético comum…rsrsrsrs…
Abs. aeronáuticos.
Péra ai, Joaquim !!!
Menos, menos ! Hahahahahh…
Dizer que o HU-16 é lindo de morrer já é um pouco demais !
Vamos deixar como o “feio-simpático” ? Tá bom assim ?
Mas, afinal, foi ele que herdou o apelido de Goose, né ?
Por outro lado, tb concordo com vc sobre o papai de madeira !
Era perfeito em tudo, só pecou em um pequeno detalhe: VOAR !
E não foi por falta de cavalaria.
Tinha ventilador-prá-mais-de-metro !
Grande abraço !
PS – Há algum tempo, ví 2 HU-16 no aeroporto de Manaus. Abandonados.
Sabe q fim tiveram ?
No site airliners.net estão à disposição varias fotos de uma versão com seis motores. No histórico das fotos – em algumas pelo menos tem mais detalhes – fica claro que é bem menor que esse DO- X. Se eu não me engano ele foi restaurado pela Lufthansa e está totalmente operacional. Estou com problemas no meu micro, assim que a “bagaça” voltar funcionar direito eu mando umas fotos do Donier Do24.
Que são de arrepiar…
Caro Ponto,
Se estamos falando do Grumman HU-16 Albatross, aí a praia é outra: concordo in teiramente com você, o bichinho é lindo de morrer!!
Agora o Spruce Goose até que não era feio não, só que não funcionava a contento. E olha que o bicho portava oito motores Pratt & Whitney (olha o radial aí!) de 3.000 Hp cada.
Suas soluções para fuselagem eram até inovadoras em termos de aviões – não em náutica, veleiros de cruzeiro já eram construidos em madeira moldada (ou laminada, como queiram) desde o início do século XX.
Abs.
Grande Zampa !
O Gunnar ainda tem aquele Catalina ?
P.Q.P.!!!
Esse blog está cada vez melhor…
Adoro estas histórias.
Informações que não podem ser perdidas e este espaço cumpre a função de reunir.
Parabéns a todos e particularmente ao Flávio.
Grande Joaquim !
Hoje vc está um herege.
Como ousa falar mal de um Goose ?
O de madeira vá lá.
Mas o HU-16 é um trator e tem seu charme.
E sou fã de um radial, na terra ou no ar !
Grande abraço !
Neste site sobre o Herbert Cukurs
tem muita foto legal.
http://www.cukurs.lv/brazil/
Vamos lá que o blog aqui é, antes de mais nada, cultura!!
Só lembrando que até meados da década de 20 a Alemanha, em virtude do Tratado de Versalhes, era proibida de construir aviões ou operar linhas áereas. O Dornier DO-X foi então construido à beira do lago Constance, do lado suíço, descaracterizando assim como construção alemã.
Levou sete anos para ser projetado e dois para ser construido, financiado pelo Ministério do Ar alemão. Após o fracasso da unidade da Lufthansa, mais duas aeronaves foram construidas e vendidas para a Itália para serem usadas pela Força Aérea Italiana e depois no transporte de passageiros, mas nunca chegaram a ser utilizadas em uso civil. Os aviões tiveram destino ignorado
É… Poltronas de veludo, talheres de prata, porcelana, tapetes persas. Hoje temos barrinhas de cereal e talheres de plástico e caso você tenha mais de um metro e setenta se sentirá como um pivô da NBA nas confortáveis aeronaves de hoje.
O Gunnar Cukurs, filho do Herbert Cucuks, que morreu depois de sequestrado por um comando dito israelense mora na Riviera Paulista, uma quadra da minha casa. É um gringo simpático, conversador e até hoje trabalha um bocado. Sabe tudo de mecânica e aviação. vale horas de papo e é fácil acha-lo, Vive de bermudas, sem camisa e tem a pele grossa um bocado bronzeada. É duríssimo mas certamente feliz até falarem do pai. Aí, chora sem parar. Figuraça.
Malditos aliados, tinham que bombardear justo o museu que tava essa maravilha?
Meu caro amigo Vitão,.
Não confundamos as coisas. Clipper era a designação dada pela Pan American aos modelos Boeing 314 (hidroaviões)- esses sim, verdadeiros portentos transoceânicos – numa clara alusão aos clippers da época aúrea da navegação à vela. Somente 12 foram construidos, sendo que nove deles operaram regularmente pela Pan Am de 1939 a 1946, inaugurando as linhas comerciais do Atlântico Norte . Três unidades foram cedidas para a RAF que as repassou para a BOAC.
Operaram regularmente depois por pequenas companhias de charter até 1950.
Quanto ao bilionário Howard Hughes, sua única contribuição no campo dos hidroaviões foi o mal sucedido Spruce Goose (Ganso de madeira), enorme hidroavião feito de madeira moldada (tecnologia náutica, diga-se) capaz de transportar 750 soldados, projeto este em conjunto com Henry Kaiser (o todo poderoso construtor dos famosos navios Classe Liberty da Segunda Guerra). O Spruce Goose foi um tiro na água. Iniciado a construção em 1942, teve o contrato cancelado em 1944 pois com o teatro de operações de guerra virando em favor dos Aliados, não havia mais necessidade de grande transporte de tropas no Atlântico Norte. Mesmo assim, com a saida de Kaiser e após o governo americano ter gasto 18 milhõesde dólares, o excêntrico Hughes resolveu dar continuidade ao projeto, injetando mais 7 milhões do próprio bolso. Enquanto terminava o avião, Hughes teve que se explicar com uma comissão do Senado Americano por malversação de fundos (essas coisas por lá funcionam. Já aqui no Brasil…). Enfim, o Ganso de Madeira, pilotado pelo próprio H. Hughes, finalmente fez um pequeno vôo de pouco mais de um quilômetro e a meros 25 metros de altitude em novembro de 1947.
O avião provou ser um retumbante fracasso. Após isso, foi recolhido a um hangar especialmente construido par abrigar a aeronave, lá ficanado até a morte de Hughes em 1976. o Spruce Goose passou então às mãos do Aero Clube da América e daí para o Evergreen Aviation Museum, onde se encontra até hoje.
O alemão dos aviões era o tal Çukrus, se não me engano era na realidade yugoslavo.
Dizem que tinha uns esqueletos no armário. Foi achado retalhado dentro de uma mala no Uruguai.
Acho que o alemão foi preso ou sequestrado por israelenses, ele era ex oficial nazista. Seus filhos continuaram com o hidro um bom tempo, cansei de ve-lo voar quando era criança. No fim da tarde ele ia para o outro lado da represa puxando um monte de barcos, era uma cena legal.
Flávio, uma curiosidade: a Lufthansa foi a primeira empresa aérea da Alemanha. Quando Hilter assumiu o poder, ele fez com quase 90% dos pilotos militares se aperfeiçoassem em seus aviões civis. Depois, eles passarariam a usar este aperfeiçoamento na Guerra Civil Espanhola em tática de guerra. Maligno! Mas este belo avião só poderia ser alemão, mesmo.
Projeto de Claudius Dornier, fez seu primeiro vôo em 12 de junho de 1929, primeiramente equipado com doze motores Bristol Júpiter de 525 cavalos cada um. Mesmo assim al atingia 190 Km/h e 500 metros de altitude. Logo os motores foram trocados por 12 unidades Curtiss de 615 cavalos. No seu vôo inaugural, em 21 de outubro de 1929 transportou 169 pessoas, recorde mundial que só seria batido quatro décadas depois. Mesmo assim era um avião problemático, suas soluções mecânicas e aerodinãmicas estavam muito além do seu tempo. Em 1930, durante essa excursão mundial para mostrar o avião, uma das asas pegou fogo em Lisboa, e os motores precisaram de uma inteira revisão na fábrica quando de sua estadia em Nova York, atrasando a viagem em nove meses. Após isso foi repassado para a Lufthansa que pretendia com ele inaugurar uma linha entre Viena, Budapeste e Istambul mas o bicho soltou a cauda numa aterrisagem em Passau, cancelando a viagem. Era um leviatã dos ares, foi um marco da aviação mundial, mas no fundo era um grande mico.
Nessa época, as empresas americanas, inspiradas pelas cias aéreas , que queriam competir com o trem, construiram esses transatlaticos voadores (Howard Hughes foi o principal). Usava-se o nome de Clipper. Vi um filme em que mostravam uma cozinha a bordo, com fogão e tudo; nada de catering! Aliás, vi uma foto dos primeiros 707 da Lufthansa, que também tinha uma cozinha completa a bordo, com fogão também. Imagina o cheiro de fritura.
O dono do hidro de Interlagos chamava-se (ou chama pois não sei se ainda está vivo…) Gunnar, ele só comprava carros na loja do meu pai.
Quando criança voei várias vezes de “carona” quando os “pagantes” não lotavam o avião. Bons tempos…
Abraços e boa tarde a todos.
Marcelo Foresti
Ao Dú:
Cara, voei naquela coisa. Era o avião do Alemão. Fazia vôos panorâmicos e sempre sobrevoava Interlagos. Parecia grande, mas de perto era bem acanhado.
Quanto a reportagem completa do Dox, a mesma está na revista Asas, porém acho que é na penúltima.
Aproveitem para ver uma rara imagem do Rio sem favela…
Um A380 fica no chinelo perto desse!
Abraços!
Du,
O hidro da Guarapiranga era um Republic SeaBee. Hoje, o avião está desmontado – dizem que um dia a restauração termina.
Ih… Eu já pousei (amerrisei?) na Baía da Guanabara com um Dornier.
Só não era tão grande, e tinha apenas três motores.
Nossa, e o da Guarapiranga. Ia para Interlagos e subia pela avenida que chega na Pça. na época para fugir da polícia, éramos menores, e continua o melhor caminho para se chegar lá na F1. Mas na represa havia um anfíbio, via aquilo, meus filhos viram e nunca tive coragem. Onde estaria hj.? Houve algum acidente? Imaginem hj. colocarem um avião para passeios panorâmicos na Guarapiranga.