GRANDE ALEX

SÃO PAULO (realmente, os dias são curtos) – Bom dia, macacada. Sem mais delongas, leiam a primeira parte da Grande Entrevista de Alex Dias Ribeiro, um dos mais queridos personagens do universo automobilístico brasileiro. Felipe Paranhos, nosso homem em Salvador, conversou com o dono do Patinho Feio. A segunda parte, amanhã. A ilustração é do nosso artista Marcel Marchesi.

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Julio Cesar Manfredinni
Julio Cesar Manfredinni
15 anos atrás

Muito bom escutar as histórias vividas pelo Alex. Pena o reporter ser muito fraco, pois não perguntou nada sobre a grande vitória do Alex em Nurburgring pela F2 em 1978. Deixar passar esse fato foi imperdoável para um repórter que deveria conhecer mais sobre a carreira do entrevistado.

Sidney Cardoso
Sidney Cardoso
15 anos atrás

Bela entrevista!

Alex é daquelas pessoas que você conhece uma vez e a amizade fica eterna, nosso caso.

Nos conhecíamos apenas pelas reportagens das revistas Auto Esporte e Quatro Rodas, até que em 1966 nos conhecemos pessoalmente no Rio e essa amizade ficou eterna, nos falamos e nos vemos com certa frequência. Interessante, sempre o achei parecido com o cantor Márcio Greyck, procurem reparar.

Outro que é um doce é o Valdeno Brito, infelizmente, estou apressado porque vou viajar sem tempo agora de explicar o porquê.

Caro Joaquim

Seus esclarecimentos estão corretos, desculpemos o Alex, o tempo costuma trair nossa memória, pode ter certeza de que ele se equivocou por puro esquecimento. Mas é bom que você faça as correções, como vem fazendo, porque assim os mais jovens podem absorver a história do automobilismo mais fidedigna

Só outro esclarecimento, não coincidiu do Alex correr de “Patinho Feio” e eu de Karmann-Ghia Porsche, em relação ao “Jiquica” não posso afirmar, mas também não me lembro de vê-los correndo juntos.

Aliandro Miranda
15 anos atrás

Achei sensacional a história da largada, que ele manjou o cara que dava a bandeirada para dar um “miguer”!

Alex Dias Ribeiro foi um cara que, sem dúvidas, pagou um preço por seu elevado caráter e por não fraquejar quando os fatos ou as pessoas confrontavam sua fé.

Com certeza, ele é “Mais Que Vencedor”!

Joaquim
15 anos atrás

Grande entrevista do Alex, sem dúvida um dos melhores caracteres que já surgiram em nossas pistas.
Mas ele comete algumas imprecisões, naturais até depois de tanto tempo:

1 – Kart no Brasil existia desde a estréia em 1960. Quem trouxe para o Brasil foi Cláudio Daniel Rodrigues, cunhado do Luisinho Pereira Bueno.
Em 62, já se disputou em SP um torneio sul americano com a presença de argentinos e uruguaios.
A Mini Kart foi fundada por Wilsinho Fittipaldi, Totó Porto e Maneco Combacau em 1966,que tocaram o negócio até o ano seguinte, sendo vendida a fábrica para o Mário Japa.
A corrida de kart em Goiânia que o Alex se refere foi o Campeonato Brasileiro de 1967, onde a Mini fez barba, cabelo e bigode frente à Silpo, sua grande rival pertencente a Silvano Pozzi.Os karts FBM nunca foram competitivos.

2 – A temporada brasileira de F-Ford foi trazida para cá pelo ex-piloto Antonio Carlos Scavone, numa joint venture com Jim Webb, um dos criadores da categoria na Inglaterra e gestor do circuito de Brands Hatch. Tinham o apoio da TV Globo e o patrocinio da BUA.
O acordo era que aqui fossem vendidos dez monopostos de F-Ford, mas só me recordo do Lotus 51 do Marivaldo Fernandes, dos Titans do Leonel Friedrich e do Norman Casari, do Macon do Salvatore Amato, e do Lola T-200 do Ricardo Achcar.
Se ficou mais algum, não me lembro.

3 – O Camber-Patinho Feio nunca enfrentou os Karmann Ghia Porsches da dacon. pelo menos, ofifialmente não. Só se foi o KG-Porsche do Jiquica Varanda ou o do Sidney Cardoso, pois a dacon abandonou as pistas em abril de 1967 após vencer os Mil km de Brasilia e o Alex só estreou em setembro do mesmo ano nos 500 Km de BSb.
Eu estava lá nesta estréia e foi minha primeira corrida “ao vivo”.

4 – Francisco Lameirão e Rafaele Rosito não fizeram uma temporada completa na Inglaterra. Em 1970, Chiquinho fez umas quatro provas no início da temporada, quando aliou-se a Rafaele Rosito para dividir as despesas. Rosito deu uma forte pancada numa prova em Oulton Park, comprometendo seriamente o carro e logo depois a perua da “equipe” foi roubada com as peças de reposição e pneus.
Foi o fim da aventura que não durou dois meses.

Apenas alguns esclarecimentos que não invalidam em absoluto os méritos conseguidos pelo Alex Dias Ribeiro, cujo maior feito foi a vitória no Nordschleif em Nurburgring (23 km de extensão) com um March privado de F-2 à frente dos carros oficiais de fábrica.
Esta sim, uma vitória maiúscula!

ALEX B.
ALEX B.
15 anos atrás

Exemplo de ser humano, este meu xará! Não vi ele pilotar, a não ser o medic car na F1, mas as referencias são ótimas!! Parabens pela entrevista, mas bem que ela podia ser maiorzinha, né?

ChristianS
15 anos atrás

“…Vontade de vencer e autoconfiança não me faltavam. Apesar de ser meu primeiro ano na categoria, as coisas estavam acontecendo a meu favor e eu me sentia impulsionado para frenete, correndo no vácuo do Senhor. Deus estava comigo e ninguém podia conosco – pensava eu.”

Passagem do livro “Mais Que Vencedor” do Alex.

Imaginem como um cara pensando isto pode ser insano em uma pista!!!

Eeheheh parabéns Alex!

Paulo César
Paulo César
15 anos atrás

Alex vai bater o record de ” partes ” nas Grandes Entrevistas, se for contar tudo sobre a carreira vai ser necessário 10 capítulos !
principalmente na época da March quando chegou na equipe de F1 oficial.
Ele certamente sabe decifrar como ninguém as atitudes e palavras do Max ” Mouse ” Mosley, dono da March na época.

Estou ansioso pelos próximos capítulos !

Ary Leber
Ary Leber
15 anos atrás

O Alex sempre foi grande, em 1969 nos 1000km de Brasilia, eu e o Ricardo “Ingles” fomos para lá com o Fitti Porsche, nao tinha mais nenhum lugar nos hotéis, e o Alex nos levou para o apartamento dos seus pais, a gente mal se conhecia e ele nos acompanhou todo o tempo por lá, e ainda conseguiu uma condução para facilitar nossa vida, ate para tomar sorvete depois da corrida ele nos levou, Grande Alex, depois mando uma cópia do adesivo da CAMBER que guardo até hoje…

Saulo Novaes
Saulo Novaes
15 anos atrás

Um gênio, um esforçado, um exemplo… Um multi-homem (tem hífen?). Está onde está porque é um self-made man. Não é um borrabotas protegido pela família que ficou na zona de conforto, como alguns pilotos de hoje.

E foi ele ou foi o Piquet que engatou ré numa corrida quando estava na pole e saiu barbarizando o grid todo pra trás? Queria ver se essa imagem existe… alguém filmou, não é possível!

Carlos Pimenta
Carlos Pimenta
15 anos atrás

Legal entrevistar o cheveirinho, quem chamava ele assim era um amigo nosso que quando vi Katr pela primeira vez já era vererano SERGÃO, vai aí negão, dizia que o o chaveirinho era excelente piloto, mas péssimo administrador. Na época VILLENEUVE ainda era vivo, andei no Kartódromo com ele na pista, o sutaque carioca, só o chaverinho.

V. Maghetti
V. Maghetti
15 anos atrás

Bom demais, uma aula de história do automobilismo brasileiro!

Demerval Caixeta Jr
Demerval Caixeta Jr
15 anos atrás

Uma vez atendi o Alex em uma repartição pública na qual eu trabalhava aqui em Brasília. Na oportunidade, lhe pedi um autógrafo e ele, surpreso, perguntou: Eu? Por que? Humildade em pessoa.

Nico Contreras
Nico Contreras
15 anos atrás

Desde de garoto queria ser piloto, mas sem grana estava desistindo, mas em 18/11/1981 fui no salão do automóvel e comprei o livro “MAIS QUE VENCEDOR” com o autografo do grande Alex Dias Ribeiro. Depois de ler o livro cheguei a conclusão que também poderia ser um vencedor e em 1983 e 1984 fui piloto de motovelocidade em Interlagos.
Em 2008 estava fotografando ao lado do baixinho voador na homenagem ao Luis Pereira Bueno o “Peroba”.

Mário Sérgio
Mário Sérgio
15 anos atrás

É um sentimento estranho… uma imensa saudade de tempos que não vivi.
Ótima entrevista.

Hyder
Hyder
15 anos atrás

Gomes,

mais uma vez FANTASTICA !!!!!!

Parabens

Pé de Chumbo
15 anos atrás

Muito boa a história do Alex.
Mostra que quando a gente tem um sonho, não importa se o bolso tá cheio de vento. Tem que lutar porque quando a gente quer, consegue.
Como 99,9% dos leitores aqui talvez estejam com o bolso do mesmo jeito que estava o do Alex, tenho certeza que brilhou uma luzinha na cabeça de cada um…

Humberto Corradi
Humberto Corradi
15 anos atrás

Muito legal mesmo. Parabéns outra vez a todo pessoal do Grande Prêmio.

Eric
Eric
15 anos atrás

A história do patinho feio é sensacional…..tendo em vista o Fitti-Vê que eu andei,acredito que o carrinho era rápido mesmo…..

Aliás,esse emprego de driver do Medical car é um sonho né…..tava bom demais.

Dú
15 anos atrás

Grande Alex, sempre que vai abrir a porta de um carro, lembra do Nick Heidfeld.

duda
duda
15 anos atrás

muito boa a 1a parte. nada como uma pessoa de bem com a vida.
cade as ( muitas ) fotos da carreira do campeão ?