SÃO PAULO (vejam logo) – Para fechar o barraco, torcendo para que não tirem do ar logo, vejam as largadas de Barrichello, Kimi, Button e Hamilton on-board. A largada de Rubens, depois que o carro saiu do lugar, foi esplêndida. Lembrou muito o Meianov em Interlagos. A do Raikkonen, idem. E pela câmera do brasileiro muita gente vai rever o que falou do Grosjean. Ele não bateu mesmo no Button. Foi acertado pelo inglês. Vou ter de refazer a nota que dei para o francês. Ele não teve culpa.
Comentários (154)Arquivo para agosto 30th, 2009
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CANADÁ DE VOLTA
SÃO PAULO (allez, Montréal!) – E saiu um calendário provisório para o Mundial do ano que vem. Serão 18 corridas, as mesmas deste ano, com a volta do Canadá. Abertura no Bahrein, em vez da Austrália. Catei no blog da US F1. Estou com preguiça, vai em inglês mesmo:
March 14 – Bahrain (Sakhir)
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March 28 – Australia (Melbourne)
April 4 – Malaysia (Sepang)
April 25 – Turkey (Istanbul)
May 9 – Spain (Barcelona)
May 23 – Monaco (Monte Carlo)
June 6 – Canada (Montreal)
June 27 – Europe (Valencia)
July 11 – Great Britain (Donington)
July 25 – Germany (Hockenheim)
August 1 – Hungary (Budapest)
August 22 – Belgium (Spa-Francorchamps)
September 5 – Italy (Monza)
September 19 – China (Shanghai)
September 26 – Singapore (Singapore)
October 10 – Japan (Suzuka)
October 24 – Brazil (Interlagos)
November 7 – Abu Dhabi (Yas Marina) -
BELGICANAS (11)
SÃO PAULO (vixemaria) – Ah, esse Twitter é uma delícia, não? Mais pistas de que algo vai acontecer na Renault esta semana vieram de breves “twittadas” de Lucas di Grassi, terceiro piloto do time. Agora à noite, antes de sair de Spa para voltar a Londres, onde vive, Lucas escreveu que teremos grandes novidades nos próximos dias e que o domingo “foi longo para mim e para a Renault”.
Encaixando as peças, é claro que o dia foi longo para a Renault, pois o time está sendo investigado por algo muito grave, a acusação (que pode ter partido dos Piquet) de que Flavio Briatore planejou o acidente de Nelsinho no GP de Cingapura para que Alonso vencesse a corrida.
Alonso pode ser anunciado pela Ferrari, algo que, se for mesmo acontecer, é de conhecimento de todos na Renault, Lucas inclusive, e seria uma das “grandes novidades” da semana, assim como uma possível confirmação de que o brasileiro, que já está lá mesmo, poderia ser o novo titular, ao lado de Romain Grosjean.
Por enquanto, apenas especulações. Mas que alguma coisa séria vai acontecer, vai.
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BELGICANAS (10)
SÃO PAULO (dia quente) – Fim de semana agitado, esse de Spa. Depois da corrida, Stefano Domenicali disse que a escolha do piloto para Monza tem relação com os planos da Ferrari para 2010. Pouco depois, o “la Repubblica” se saiu com essa: Alonso seria escalado já para o GP da Itália. No bolo dessa conversa está, claro, a investigação que a FIA faz “sobre uma corrida do ano passado”, sem especificar o que todos já sabem — possível armação da Renault em Cingapura, Nelsinho batendo de propósito para Alonso vencer.
Alonso, nessa história toda, é o único que pode alegar inocência. E poderia, assim, rasgar o contrato com a Renault caso a equipe seja punida duramente, o que vai acontecer se for provado que houve a ordem para a batida voluntária do brasileiro.
O que se diz na Itália é que na terça-feira pode ser feito um anúncio sobre Fernandinho em Maranello.
Já em 2010, depois da vitória de hoje de Kimi, não tenho a menor ideia do que vai acontecer na Ferrari.
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BELGICANAS (9)
SÃO PAULO (a ver…) – Longe de mim duvidar de uma informação do Reginaldo Leme. E a que ele deu na transmissão da TV é das mais graves. Resumindo, para quem não ouviu. O comentarista da Globo (e colunista do Grande Prêmio e d'”O Estado de S.Paulo”) contou que a FIA abriu uma investigação independente sobre o GP de Cingapura do ano passado. Na ocasião, Alonso tinha acabado de fazer seu pit stop, ele que largara lá atrás, quando Nelsinho Piquet bateu. Assim, todos pararam aproveitando o safety-car e Alonso, que já tinha trocado pneus e reabastecido, apareceu de repente em primeiro.
Na época, a batida foi tratada com ironia e curiosidade. Fernandito jamais venceria se não fosse o rabo danado de um safety-car ter sido acionado logo depois de sua parada. E justamente causado pelo companheiro de equipe…
Suspeitar de que foi de propósito, na época? Não me lembro de nenhuma desconfiança séria, apenas comentários, como disse, irônicos. E não tinha sido a primeira batida de Nelsinho no ano, afinal.
Agora, surge essa informação: Briatore teria ordenado que o brasileiro se arrebentasse no muro naquele momento e naquele lugar. Assim, Alonso teria chance de vencer, como venceu. Disse o Reginaldo que depoimentos chocantes já foram tomados pelos investigadores.
Nelsinho Piquet não se pronunciou pelo Twitter, como costuma fazer. Aliás, assim que a informação foi ao ar na Globo (estranhamente causando espanto até no narrador Galvão Bueno, que aparentemente não sabia de nada), Piquet-pimpolho desapareceu do miniblog, depois de dar uma zoada básica em Grosjean, seu substituto, que bateu na primeira volta.
E foi pelo Twitter que recebi outro vídeo (desculpe, não sei quem mandou) daquela corrida. Na volta de apresentação, Nelsinho rodou de maneira parecida. Não bateu. Teria sido um ensaio? É conspiração demais, não? De qualquer maneira, apimenta a história toda.
O que é essencial, agora, é ouvir o piloto. Antonio Pizzonia, também pelo Twitter, contou que jantou com Nelsinho ontem e disse que uma bomba vai estourar na F-1 “hoje ou segunda-feira”. Seria essa? “Isso e muito mais”, escreveu Pizzonia. Mas Nelsinho seria capaz de bater de propósito sob ordem da equipe?
É tudo muito pouco verossímil. Uma coisa é dar passagem ao companheiro de equipe, segurar um rival na pista, essas atitudes menos dramáticas e mais corriqueiras. Mas se jogar no muro para obedecer ao chefe?
No fim da tarde, a FIA confirmou que uma prova de 2008 está, sim, sendo investigada. Se houve algo, Briatore será elevado à condição de capeta dos capetas. Mas é preciso que se diga, como bem lembrou meu amigo Teo José. Se isso aconteceu, Nelsinho está no mesmíssimo barco.
Vamos aguardar. É caso que vai dar pano pra manga, como se diz. E muito sério.
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BELGICANAS (7)
SÃO PAULO (ah, os velhinhos…) – Legal demais o segundo lugar de Fisichella. Daqueles históricos. Primeiros pontos da Force India, corrida que dava até para ganhar. Mais uma em Spa para a lista de coisas históricas envolvendo a velha Jordan: primeira pole em 1994, primeira vitória em 1998, estreia de Schumacher na F-1, último ponto com o nome Jordan em 2005, essas coisas que fazem de um circuito um lugar muito especial para certos times.
No fim, tive a impressão de que Fisico tinha carro para atacar Kimi. Não o fez. Ou porque está acertado com a Ferrari para correr em Monza, ou porque Raikkonen tem KERS, sei lá. Mas não importa muito. Acho que seria difícil passar, no fim das contas. Kimi me pareceu ter alguma sobra no carro.
Esse segundo lugar teve cara de canto do cisne para Giancarlo, mais ou menos como a vitória de Barrichello em Valência na semana passada. Mas os dois, em que pese a idade (e idade pesa…), têm lugar na F-1, ainda, com essa história de proibição de testes. Está difícil formar alguém. Sobrevida à vista para ambos, então. E a impressão de canto do cisne pode ficar só nisso mesmo, impressão.
A Force India andou muito bem também com Sutil, que só não pontuou porque largou mais atrás e teve muito mais trabalho que o companheiro. O alemão foi um dos mais combativos da prova, passou muita gente, mas teve um ritmo inconstante.
Vettel é outro que fez um corridão. Inteligente, foi buscar o que dava para quem largava em oitavo, um pódio. Volta a brigar pelo título, mas vai ter de conviver até o fim do ano com o fantasma dos motores quebrantes da Renault. Palmas também para a BMW Sauber. O carro é ruim, mas a pista ajudou. E seus pilotos mostraram dignidade e profissionalismo: quarto e quinto, ninguém esperaria isso de um time cuja morte já foi anunciada.
Webber se afastou um pouco da briga. Não andou bem, e ainda foi atrapalhado pelo time, que o liberou do pit stop de forma atabalhoada. São dois finais de semana ruins acumulados pelo australiano, que vinha fazendo uma temporada muito regular e começa a dar sinais de perda de fôlego.
Finalmente a Toyota, que largava lá na frente. Mas, como quase sempre, se ressente do mau ritmo de corrida de Trulli. Para ele, as coisas sempre dão errado. Tocou em Heidfeld na largada, teve de trocar o bico, depois aconteceu um problema no reabastecimento… Enfim, se tem alguém que pode reclamar do azar nessa F-1, é o pobre do Trulli. Mas ele também não ajuda muito a sorte.
Daqui a pouco eu volto para falar da Brawn e da história de Nelsinho ter batido de propósito em Cingapura no ano passado, história lançada pelo Reginaldo Leme na transmissão da TV.
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BELGICANAS (6)
SÃO PAULO (jornada tripla hoje) – Kimi Raikkonen sempre anda bem na Bélgica. Foi sua quarta vitória em Spa, e esse rapaz sempre impressiona quando encaixa uma boa corrida. Se andasse sempre assim, ninguém na Ferrari estaria pensando em trocá-lo por Alonso. Troca que deve acontecer, no fim das contas.
Mas dá gosto ver Kimi sentando a bota. Sua largada foi fenomenal. Inteligente, esperto, foi para a área de escape, apontou e despinguelou, usou bem o KERS, não deu chance a ninguém, e na relargada resolveu a corrida ao passar Fisichella sem maiores dificuldades.
Depois, andou com o italiano em seus calcanhares a prova toda. E, nessas condições, é realmente o Iceman, um cara frio que não se abala e não comete erros.
Raikkonen não vencia desde a Espanha no ano passado. Tem feito um bom campeonato nesta temporada, no final das contas. Eu não achava que a Ferrari iria conseguir ganhar uma corrida, depois do fiasco da primeira metade do ano. Mas o carro melhorou, a turma trabalhou e Kimi merece todos os aplausos hoje.
Não sei quais efeitos essa vitória terá em seu futuro. Talvez nenhum. Esse moço, normalmente, não parece ligar para nada. Seja lá o que tiver resolvido fazer da vida, não é uma vitória em Spa que vai mudar.
Daqui a pouco eu volto, a corrida foi boa, merece mais posts.
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