SACO DE MALDADES (2)

SÃO PAULO (esse anda por aí…) – O lendário Karmann-Ghia/Porsche da Dacon, com figura conhecidíssima ao lado dele. Hoje de cabelos brancos…

Linda foto, que ajuda a mostrar detalhes desse carro que entrou para a história. Foi a segunda do saco de maldades…

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Roberto Lacombe
Roberto Lacombe
13 anos atrás

Recebi este e-mail (cópia) de uma carta do Bird Clemente ao Chiquinho:
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Caro amigo Francisco Lameirão

Na simplicidade da nossa juventude, não nos dávamos conta de que éramos protagonistas da história do automóvel e do automobilismo brasileiro.

A Equipe Willys era a elite, mas era difícil. Quantos queriam o nosso lugar, mas destino é destino. Não podíamos imaginar que quase todos do grupo iriam tocar um F1, que o Emerson ia ser campeão mundial, que iríamos perder o Moco a caminho, que o Wilsinho iria para a Brabham…

Conheci estes teus prematuros cabelos brancos no teu pai, o meu bom amigo, o fidalgo português Teófilo.

Quando ele teve certeza de que era incontida a tua vontade de ser piloto, foi inesquecível quando disse: “Se é para fazermos, vamos fazer direito, irás morar na nossa quinta, em Vila Real, e vamos tratar para que tu te encaminhes no automobilismo europeu”.

Será que teria sido melhor? Duvido…

Ainda bem que teu Anjo da Guarda é forte e você fez parte daquele treinamento intensivo, num dos maiores times que já existiu. Será? Acho que sim.

Vamos nos dar conta do que o destino te proporcionou…

Emerson, Moco, Wilson, Luizinho, logo depois o Piquet, além do Alan Jones. Seria possível parceiros mais fortes?
Três foram campeões mundiais.
E por quê não os outros?

Para nós, é estranho, mas é assim que as coisas funcionam: sorte, competência e o dedo de Deus.

A ficha caiu, o Luiz se foi.

Sua missa foi na Igreja São Gabriel, no mesmo lugar da do Moco, o que amplificou a emoção no momento de profunda reflexão.

O filme volta para trás.

Entre vitórias, derrotas, alegrias e tristezas, nós vivemos intensamente e sempre juntos, principalmente neste último e sofrido ano, ainda bem que de mãos dadas.

Pensando bem, foram 74 anos bem vividos, e, assim como eu, deu tempo de escrever o livro da sua vida.

A propósito, como anda o seu? Olha aí os bons exemplos. Como seria bom se o Bino, o Ciro, o Camilo, entre tantos outros, também tivessem feito isso.

Seriam mais lembrados. Muitas pessoas importantes estavam na Igreja, nós ocupamos a segunda fila diante do altar, logo atrás da família e, no auge da cerimônia, eu estava em pé, com a mão apoiada no banco da frente, me defendendo da labirintite.

O coração apertou, vieram as lágrimas, mas, quando o queixo tremeu, não deu para disfarçar, e senti a mão forte da minha mulher Luiza me amparando, pois eu balançava…

Olhei ao lado procurando você, que estava na outra ponta e também disfarçava a incontida emoção.
Mas a vida é assim, e a fila anda.

Meus parabéns pelo seu filho Marcos.
Ele ri quando falo que tem o jeitão do avô Teófilo, e que carrega a tradição dos Lameirão no automobilismo. O que não é fácil.

Foi bom ele ter ido à Europa, depois de vocês projetarem aquele kart fantástico e de ele ter trabalhado com o Eduardo Souza Ramos, na Mitsubishi, e com o Zeca Giaffone, nos Stock Car.

Daí, foi à Inglaterra, onde encontrou as pessoas certas e no lugar certo.

Envolveu-se com Lawrence Tomlinson, dono da Ginetta, e o projeto do G50 foi um desafio que, pela falta de tempo, valorizou ainda mais a participação em Nogaro, na França, surpreendendo com o 2° lugar. Em quatro anos, 100 carros foram produzidos e venceram corridas na categoria GT4 no mundo todo, além de a Ginetta ter sido campeã inglesa, espanhola e europeia, inclusive vindo dois modelos ao Brasil, onde venceram as Ferraris logo na primeira prova.

Sabemos como são difíceis e concorridos os campeonatos na Europa, mas a estrela dele é forte, e, apesar de muito querido pelos experts, acho que ele é pouco conhecido no Brasil. A propósito, vou pedir espaço na Editora Motorpress para fazer uma matéria sobre a carreira do Dr. Marcos Lameirão, filho do Chico e neto do Teófilo.

Meus parabéns, cara, você conseguiu passar o seu entusiasmo e talento para o seu filho, que é mais um brasileiro que certamente fará sucesso na história do automóvel e do automobilismo do nosso país.

CARTAS DO BIRD [email protected]

Vicente
Vicente
14 anos atrás

Nada de motor VW. Também nenhum desses 2 KG-Dacon (o do Trevisan e o dos irmãos Marx) está com motor Porsche 2.0 Fuhrmann (4 comandos). Instalaram motores de 356 (1600 cm3) que também foi utilizado pela Dacon.

Enio
Enio
14 anos atrás

FG, eu tenho o troféu 14º lugar que meu sogro ganhou nas mi milhas de 1967, como fazer para te enviar a foto.Abração

Jorge
Jorge
14 anos atrás

Mas os motores onde estao ? Motor VW nao vale!!!!
Jorge

Vicente
Vicente
14 anos atrás

O KG-Dacon que está com os Marx, que estava na oficina do Marco Antonio (Jacarepaguá), é o que foi do Sidney que comprou do Moco.

FRITZ JORDAN
FRITZ JORDAN
14 anos atrás

fusca 72 no twitter:

Nao e o Anisio. Em primeiro plano, Chiquinho. Atras, Buby Loureiro.

So tem portugues ai.

ARANHA
ARANHA
14 anos atrás

…E o KG Dacon que está com os Marx, e eu vi lá no galpão deles , inclusive , que até está assinado pelo Sidney e pelo Anisio surgiu de onde?????????

Vicente
Vicente
14 anos atrás

Cesar,

O KG-Dacon que foi do Jiquica Varanda foi depois comprado pelo Paulo Scalli, que o vendeu para o João Rocha Lagoa, que o vendeu para o Vicente “Muca”, que o vendeu ao Paulo Lomba, que vendeu para o Paulo Trevisan, num pacote que incluiu o Fitti-Vê.

O KG-Dacon de Sergio Cardoso correu as 1000 Milhas de 1967 com o motor 2000 do Ailton Varanda e capotou sob a condução deste. Varanda, cavalheirescamente, para ressarcir a destruição da carroceria do KG-Dacon de Sergio, ofereceu a carroceria do Lorena. Vide

http://www.obvio.ind.br/O%20Lorena-Porsche%20GT%20-%201968.htm

Se não me engano, o KG-Dacon do Sergio Cardoso era o que pertenceu aos irmãos Fittipaldi e o que pertenceu ao Sidney, era o do Moco (número 2).

Cesar Costa
Cesar Costa
14 anos atrás

Pela numeração este foi parar em Petrópolis e virou o Lorena Porsche.

Filipe W
Filipe W
14 anos atrás

Me lembro de ter visto um dos KG-Porsche, talvez seja esse, há muitos anos atrás na oficina do Zé Miloski perto do Quitandinha em Petrópolis.

CelsOM
CelsOM
14 anos atrás

Grandioso Chiquinho Lameirão ! Grande piloto e pessoa. Mas, gostei mesmo do ” mecanico de gravata” !

fusca 72 no twitter
fusca 72 no twitter
14 anos atrás

É o Anísio Campos??? Figuraça que tive o prazer de conhecer e almoçar junto, durante o Encontro das Carreteras realizado pelo Trevisan em Passo Fundo…. Durante o almoço, nos presenteou contando a história do buggy kadron que ele projeto dentro da oficina da puma e que a mesma não demonstrou interesse em fabricar…