GERD

byegerd

MUNIQUE (e acabou) – O primeiro encontro foi no estacionamento de uma grande oficina em Düsseldorf. A quarta-feira estava fria e cinzenta, e o carrinho tinha ficado ao relento alguns dias. Estava sujo, tinha marcas de dedos de mecânicos na capota, nas portas, no capô e na tampa do porta-malas. Na canaleta do teto, contornando o vidro dianteiro, havia água acumulada.

Ainda bem que é de plástico, pensei. Abri o porta-malas e nas frestas de encaixe da tampa estava cheio de pequenas folhas molhadas, uma pasta meio amarela, meio marrom, que delicadamente tirei com as mãos e joguei no chão.

Era mais ou menos o que eu esperava. Herr Drösser poderia ter dado um talento no bichinho, uma cerinha, quem sabe um pneu pretinho. Mas estamos na Alemanha, esse tipo de camaradagem não faz parte do cotidiano. Gerd estava ali para receber a TÜV, o certificado técnico de que pode rodar por terras germânicas e da União Europeia sem colocar em risco a camada de ozônio ou os guaxinins do Cáucaso, e recebeu.

Bati na chave, funcionou. Motor dois tempos não é exatamente um segredo para mim, e logo de cara percebi que tinha uma coisinha boa nas mãos. Os rolamentos não roncavam e o barulhinho do escapamento era saudável. Muito prazer, disse. Ele morreu.

Foi o primeiro toque dessa amizade que começava meio desconfiada.

Vai ver a gasolina.

Depois de três ou quatro tentativas, lembrei da torneirinha debaixo do painel. A, Z, R. Coloquei em R. Na chave. Téin-téin-téin.

Veja sempre a gasolina.

Primeira para baixo, como no DKW, mas junto da coluna. Segunda para cima, terceira para baixo, puxando para você, quarta para cima, com roda-livre permanente. A ré, empurrando a alavanca para a coluna, depois para baixo. Muito simples.

Deixamos a oficina pelas ruas de Düsseldorf, onde vivem meus amigos Dom Pedro Von Wartburg e sua esposa, a condessa Julyanna Della Pampuglia, debaixo de chuva fraca e soltando uma deliciosa fumacinha azul. Passa aqui, para ali, abastece acolá, deixei Dom Pedro em Essen, onde foi visitar um de seus castelos de outono, e aí ficamos só nós dois.

Eu e Gerd.

Acho que vamos formar uma boa dupla, eu disse. Gerd não respondeu. Quem é esse cara? Mas um carro se torna dócil quando percebe que quem está ao volante se importa com ele. Acho que ainda mais se for um carro alemão-oriental, que passou os últimos anos escondido numa garagem em Leipzig para sair só de vez em quando e ser alvo de chacota, olhares tortos, narizes empinados, alérgicos a qualquer coisa perfumada que saia de um cano de escapamento.

Testei tudo. Faróis funcionando, alto, baixo e lanterna. Limpador de parabrisa idem, quatro velocidades, normal, rápida, temporizador 1, temporizador 2. Uau. Pisca-alerta. Desembaçador do vidro traseiro. Buzina. Pisca-pisca, os dois lados. Luzes de freio. Rádio, um Blaupunkt com mostrador digital com alguns leds queimados, mas não tinha muita importância, tocava, quatro caixinhas de som, bom demais. Tudo isso foi verificado para tirar a TÜV, menos o rádio, claro, mas eu queria ver com meus próprios olhos.

Antes de pegar a primeira estrada, parei já não lembro onde, longe de olhares curiosos, exceto o meu, para conhecer Gerd um pouco mais a fundo. Abri o capô. Localizei as bobinas, duas, as velas, duas, o reservatório de fluido de freio, olhei de novo com mais atenção a reguinha graduada que marca a quantidade de combustível no tanque, dei uma dedada na tensão da correia do alternador, me impressionei com a engenhosidade do sisteminha de refrigeração a ar que dispensa bomba d’água, radiador e essas coisas que só servem para ocupar espaço e aumentar o peso, vi como funcionava o sistema de alimentação de combustível por gravidade, depois voltei para dentro do carro, experimentei as regulagens do banco, para frente e para trás, o encosto idem, sobe ou desce, mais nada, saí de novo e fui ver o que tinha no porta-malas, um estepe em ótimas condições e calibrado, triângulo, estojo de primeiros socorros, macaco, chave de roda. Descobri como travar a tampa do porta-malas, é só empurrar a dobradiça, depois puxar para fechar, tudo muito simples e prático, a mesma forração marrom do assoalho revestindo o porta-malas, nada rasgado, o tecido também marrom dos bancos em perfeito estado, as laterais de porta perfeitas.

Quando encontro um antiguinho pela primeira vez, prefiro ficar com ele sozinho algum tempo do que ter de escutar dos outros os defeitos e qualidades que tem. Eu mesmo descubro, não gosto que fiquem falando mal. Ih, tem um risquinho aqui. Xi, esse botão não é original. Olha bem, a porta não tá alinhada, esse carro já foi batido.

Dispenso.

Quando acabei minha vistoria particular, parei na frente do Trabi, cruzei os braços, olhei bem nos seus olhos, dei um largo sorriso e disse: vamos nessa, rapaz? Bora, respondeu Gerd. Pra onde?

Foi assim que ficamos amigos de verdade, porque tenho certeza que enquanto eu olhava, apertava e beliscava, o carrinho também avaliava aquele sujeito baixinho e escasso na cabeleira, com tênis velhos e calça rasgada, usando apenas uma camiseta de mangas compridas, sem sacar o frio que vinha pela frente, parecia não dar muita bola para isso, e que falava uma língua meio esquisita, mas parecia ter boas intenções. E o sorriso que recebi é diferente, pensou Gerd, esse cara tá feliz.

Encaramos autobahns, percorremos periferias, paramos em lanchonetes, demos voltas em fábricas desativadas, visitamos museus, fizemos muitas, muitas paradas em postos de gasolina e pequenos restaurantes de beira de estrada, ele tomava sempre um café e saía com uma latinha azul e prateada na mão, rodamos por cidades grandes e minúsculas, nos perdemos, nos achamos, cruzamos as largas avenidas de madrugada, com o rádio alto e o motorista também, dormi na rua, em garagens fechadas e aconchegantes, em outras frias e mal iluminadas, nunca tinha estado em nenhum lugar desses, minha vida era Leipzig, daqui até ali, até que me esqueceram num canto, e aí aparece esse cara e me leva para Osnabrück (não sei o que queria ver lá, mas enfim…), Hannover, Wolfsburg, Berlim.

Berlim.

Uma das coisas que sempre quis fazer na vida foi cruzar o Portão de Brandenburgo num Trabant. É uma coisa besta, normalmente as coisas que sempre quis fazer na vida são bestas e “fazíveis”, nunca quis escalar o Himalaia, nem chegar ao Pólo Norte. E mesmo essas coisas bestas não consigo fazer direito, porque o Portão de Brandenburgo já há um bom tempo é fechado para veículos, é preciso contorná-lo por ruas paralelas, no máximo dá para passar em frente.

Passei em frente de Trabant, eu guiando, acho que está valendo para a categoria “coisas que sempre quis fazer na vida e finalmente fiz”, mas não parei para tirar fotos, porque algumas dessas coisas prefiro registrar em outros lugares, não num chip besta.

Berlim foi a única cidade em que ficamos duas noites, eu e Gerd, e ele já no primeiro dia circulava pelos dois lados do Muro com uma baita desenvoltura, é por aqui, dobra à esquerda, vai reto, vai por mim, não tem erro, estaciona ali e vai a pé, eu te espero, não tem pressa, não, não tá frio, eu tô acostumado, tranca direito, você deixou o farol aceso, não esquece de pagar o tíquete antes de sair, e de Berlim seguimos para Dresden, agora já fugindo das autobahns, dorme tarde, acorda mais ou menos cedo, toma um bom café da manhã, dá uma volta, pé na estrada, para pra comer, está escurecendo, estamos chegando, onde fica o hotel?, achamos, se der janta, se não der não janta, escreve, lê, dorme, acorda, banho, estrada.

Eu nunca tinha andado tanto na vida. É só fazer a conta. Quando esse cara sentou aí, eu tinha 50.395 km rodados em 21 anos de uma vida sossegada e previsível. Uma média bem aceitável de 2.400 km por ano, se bem que de vez em quando eu tinha vontade de sair mais um pouquinho, aproveitar os dias de sol na primavera, mas o outro carro é maior, cabe mais coisa, não para de nascer gente nessa família. De qualquer forma, eram 200 km por mês, um pouco mais, um pouco menos, e esse cara está rodando mais de 200 km por dia. Precisa confiar muito, como é que ele sabe que não vou me cansar?

Ele é boa gente, mas se eu cansar, paro e foda-se.

E o carrinho não cansa. Segue com seu motorzinho ronronando a noventaporhora, ritmo que estabeleci como ideal, mesmo sabendo que dava para ir um pouco além. Mas noventaporhora está bom, não temos pressa, a gente só tem de chegar. Toca alguma coisa que presta nesse rádio, não agüento mais ouvir alemão falando pelos cotovelos, nunca vi rádio para ter tanto noticiário, É hora cheia rapaz, aqui é assim, Foda-se que aqui é assim, eu quero ouvir música, Em hora cheia é noticiário, esquece, Então vou desligar, Desliga, ué, Cadê meu cigarro?, Debaixo do painel à direita, E o isqueiro, cacete?, No seu bolso, A máquina, preciso tirar uma foto da paisagem, Debaixo do painel à esquerda, O celular tá tocando, Caiu no chão, do lado do banco, Onde tá a caneta?, preciso escrever um negócio, Atrás do cigarro, escreve quando parar, não dá pra escrever dirigindo, Claro que dá, faz o seu que eu faço o meu, Olha pra frente, Não enche o saco, Não é por aí, Claro que é, Olha o mapa, era à direita, Puta merda, era mesmo, vou fazer o retorno lá na frente, Isso, faz, bem na frente da Polizei, Eu vi, não enche o saco, vou fazer lá na outra frente, Você é muito burro, quer fazer tudo ao mesmo tempo, faz uma coisa de cada vez, Não me enche o saco, eu faço o que quiser, Dá pra trocar a marcha?, são quatro, Eu sei que são quatro, mas gosto da terceira, fica na sua.

Dresden, Praga, polícia, tenho medo de polícia, Brno, Tá parando por quê?, Vou dar carona pras meninas, Nem vem, olha as malas, não cabe, pode ir em frente, Deixa de ser bicha, claro que cabe, Eu não vou sair do lugar, olha o tamanho da gordinha, Cabe, sim, A gordinha vai aí do seu lado, Não faz mal, é a mais simpática, pelo menos a gente conversa, o que importa é a beleza interior, Quem gosta de beleza interior é decorador, Vai se foder, anda aí e não enche o saco.

E Gerd nunca andou tanto, com cinco vezes o peso habitual, duas mochileiras e suas mochilas descomunais, mais do que noventaporhora, não queria fazer feio e não fez, e de lá para Bratislava, no pé do castelo, garagem limpinha, iluminada, acho que foi de onde ele mais gostou, porque a perna foi longa, quase 300 km, e no dia seguinte seria a sopa no mel até Viena, e em Viena não é que aparecem outros Trabis?, e foi aquela noite inesquecível que só acontecem em filmes sobre Trabants.

De Viena a Salzburg também foi mais ou menos desgastante, outros 300 km, boa parte à noite, embora Gerd não tenha dado sinais de fadiga em momento algum. Se cansou, não falou. Ficou quietinho em seu canto durante à noite e parte do dia, enquanto eu passeava pelo centrinho da cidade que respira Mozart por todos os poros — um pé no saco, tem a casa de Mozart, o chocolate de Mozart, o licor de Mozart, a estátua de Mozart, o concerto de Mozart, a bolsa de Mozart, a camiseta de Mozart, o isqueiro de Mozart, o boneco de Mozart, a puta que o pariu de Mozart, parece que a Áustria só teve Mozart de bom até hoje.

Umas três da tarde volto ao hotel, as malas já estavam no carro, tinha fechado a conta antes, desço à garagem para começar nossa última jornada e tem uma pequena mancha no chão, debaixo de Gerd. Tem mesmo, juro. Não é literatura.

Passo o dedo, é gasolina fresca. Eu nunca fecho a torneirinha quando estaciono, não precisa, nunca pingou gasolina. Você tá chorando?, Não, Deixa de viadagem, você tá chorando, É só gasolina, Só gasolina o caralho, nunca pingou gasolina, o que foi?, Não é nada, Vou fechar a torneirinha e te largar aí, Vambora logo, Por que você tá assim?, Não é nada, vamos que tem chão até Munique, Eu sei quanto tem até Munique, Então vamos.

Saímos em silêncio do hotel e do lado tinha um posto grande de gasolina, com lava-rápido e tudo. Coloquei Gerd para lavar, comprei produtos de beleza, um negócio para passar no painel, outro nos pneus, um pano especial para secar os cantinhos que ficaram molhados, fui ao aspirador, um euro por sete minutos, tirei os dois tapetinhos da frente, passei o aspirador por todo o interior, achei amendoim no chão, que a gordinha da carona tinha deixado cair, calibrei os pneus, Gerd ficou brilhando.

Deixamos Salzburg rumo ao oeste, a fronteira com a Alemanha é logo ali, caímos na autobahn, passamos ao lado de um lago enorme, depois de uns 70 km caí fora da autobahn e peguei uma estradinha que terminaria no mesmo lugar, Munique, onde daqui a pouco, daqui a pouco mesmo, pego um voo de volta para casa.

Escureceu rápido e começou a chover forte ainda na estrada, e estávamos sozinhos no meio do nada.

Onde eu vou ficar?, Num lugar que eu arrumei, E depois?, Depois eu vou embora, uai, E não vai voltar mais?, Não sei, tenho coisas pra resolver no Brasil, E eu vou ficar quanto tempo nesse lugar que você arrumou?, Não sei, alguns dias, Onde é o Brasil?, Longe pra caralho, É legal lá?, É, Alguém vem me buscar aqui?, Vem, um caminhão, E depois?, Para de me fazer perguntas, que saco, tá chovendo, preciso prestar atenção na estrada.

Você vai me dar pra alguém?, Não, E daqui eu vou pra onde?, Para o norte, Da Alemanha?, Não, da Dinamarca, Dinamarca?, Claro que é da Alemanha, O que eu vou fazer no norte da Alemanha?, Cuidar das suas férias, E depois?, Depois nada, Como, nada?

Chegamos. Não para de chover. Desliguei o motor, apaguei o farol, tirei as coisas do carro, voltei, sentei no meu banco, no escuro, a chuva batendo no teto de fibra de algodão. No odômetro, exatos 2.126,1 km. Em nove dias.

E aí?, perguntei.

Tudo bem.

Meu voo é bem cedo, não vai dar nem para dormir.

Dorme no avião.

É o que eu vou fazer.

Certo.

Antes de ir venho dar um tchau.

OK.

Ah, mais uma coisinha.

O quê?

Quando for sair de férias, não esquece de levar protetor solar.

Pra quê?

É que lá é quente e faz muito sol.

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Thiago da Matta
Thiago da Matta
13 anos atrás

Seus textos sobre a viagem com o Gerd alegraram meu dia. Obrigado.

galileu
galileu
Reply to  Thiago da Matta
13 anos atrás

realmentemuito emocionante o seu texto, seu dialogo com o carrinho é demais, existem coisaS A QUEMA GENTE SE APEGA, e não em jeito, quando se desfaz fica aquele sentimento de perda, muito tocante, esperto que voce tenha trazido essa preciosidade para o brasil

Priscila
Priscila
14 anos atrás

Prezado Flavio Gomes.
Preciso de um e-mail ou algum telefone de contato.
Para conversamos sobre possibilidade de publicação de uma FEIRA de veiculos 4×4 no seu blog.

Atenciosamente,
Priscila Silva

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Priscila
14 anos atrás
Setter
Setter
14 anos atrás

Ducaraleo

Christiano
Christiano
14 anos atrás

Flávio, o seu relato pela Europa foi emocionante!
E o papo com o Gerd foi de chorar!
Que ele venha para o Brasil e que dê um passeio em Interlagos! Com certeza seria a atração principal!

Rodrigo Duarte
Rodrigo Duarte
14 anos atrás

Em um mundo moderno cada vez menos humano, robótico, em que as pessoas tem vergonha de rir, de chorar e exprimir sensações e sentimentos, você dá uma aula de como “ser humano”. Parabéns pelos textos.

alysson santos
alysson santos
14 anos atrás

sufocante a vontade de (re)viver momentos como esse … teve “um dia” que estive dando uns rolês(de punto, eu era careta!) desses ae por lá, begica, alemanha, hungria, austria(vienna e mozart pra caraleo mesmo como FG escreveu), praga, roma, não tão emocionante como FG escreveu, isso da rap jingle ou coisa parecida, COMO FG ESCREVEU, foi entre dezembro 2005 e janeiro 2006, mas FG, esse seu texto é um filme, faça um, se quiser posso fazer dublê de corpo quando estiver de saco cheio de ser filmado dentro do carro … hasta

Heberson Haase Pinheiro
Heberson Haase Pinheiro
14 anos atrás

De chorar…Alucinante!

Abraço!

Pedro Giulliano
Pedro Giulliano
14 anos atrás

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

eu tenho protetor solar fator 180 pra ele usar no guarujá!

ELE VAI VI MSMO FG?

(lagrimas de emoçao!)

Ricardo Laika Azul CCCP
Ricardo Laika Azul CCCP
14 anos atrás

Flávio não dá pra trazer mais um junto!!! diga que sim!!!

Nica
Nica
14 anos atrás

Inspirado no Saramago ou é só preguiça de colocar pontoparágrafotravessão? Parabéns e obrigado por compartilhar a viagem, um prazer a leitura.

Túlio Parodi
Túlio Parodi
14 anos atrás

Caro Flávio.

Bela viagem…

Digamos que “viajei” contigo durante a sua estada na europa. Que venham outras!!!!

Obrigado.

Túlio Parodi.

Lucas
14 anos atrás

Só mão entendi uma coisa; você comprou o Gerd?

Mozart Netto
Mozart Netto
14 anos atrás

Saudações Flávio, depois da crônica da Ferrari dialogando com o Schumi, essa com o Trabi, conseguiu ser ainda melhor !!
Parabéns !

Eduardo-SC
Eduardo-SC
14 anos atrás

É uma desintoxicação necessária para nos livrar do tédio que toda essa tecnologia barata dos anos 2000 nos trouxe.

Christian Baudet
Christian Baudet
14 anos atrás

Parabéns pelo texto Flávio.
Dei sorte de acompanhar seu blog logo antes de começar a série. Você fez uma grande viagem e levou todos nós nesta sua aventura.

Michel
Michel
14 anos atrás

Ai Flavio…foi sensacional…parabéns!!!Bom retorno…

Vinícius
Vinícius
14 anos atrás

Espetacular! Nem sei se você vai ler essa m desse coment, mas tenho a necessidade explodindo de vontade de comentar… putz, q final velho, que história! Quarta feira passada estava eu fuçando no brturbo qndo vi “coluna do Flavio Gomes”… bah, olha só, o cara do Limite! Não vo com a lata dele, mas vamos ver q q esse loco faz… li todos os posts dessa viagem nos meus tempos extras e agora acabo de ler o último.. cara, isso me fez olhar com outros olhos pro meu Volks Sedan 73 prestes a ir a venda… To quase chorando aqui. Mas e enfim… vai trazer o Gerd pra cá mesmo? Parabéns Flavio! E muito prazer!

Lago
Lago
14 anos atrás

taí, duca! esta viajem, pelas letras, fizemos com você, tenha certeza. a cada pilula diária da avetura contida nos textos torcíamos pelo carrinho. no início, para não quebrar, resistir firme. depois, para que a impressão subliminar contida nas palavras de que ele viajaria além mar, para outro continente, se confirme. e o legal é que após essa viajem, além do dna de sua orígem histórica, é que ele já chega com curriculum. e sorte dele, pois não é para qualquer um ter vaga ao lado do #96, né mesmo? legal fg, muito legal!

Paulo Z
Paulo Z
14 anos atrás

Caro Flávio

Você me deu uma ótimos momentos lendo o que você nos contou sobre a sua viagem com GERD.

Compartilhei minha admiração pela sua viagem com outras pessoas. Meus filhos se interessaram e mostrei para a minha filha como se pode fazer uma viagem absolutamente pessoal e interessante sem ser necessário apelar para o turismo ‘radical’!

Estou esperando o livro: “GERD e EU: uma viagem pela Europa”. A foto da capa pode ser esta acima ou aquela do castelo. PARABÉNS PELO TEXTO.

SAUDAÇÕES

Clezio Soares da Fonseca
Clezio Soares da Fonseca
14 anos atrás

Quem disse que esse motorzinho de 2 cilindros e 26 cv não é potente? Quero corrigir o Luis Fernando Fã do Gerd º###º, além de todos nós 200 caronistas nos bancos de passageiros, havia mais 1 no porta-malas, meu filho Winer de 150kg. Olha! carregá-lo durante toda essa viagem, só pra carro Macho. Permita-me expandir o termo Fã do Gerd º###º a todos nós, esta viagem vai deixar muitas saudades,
espero poder vê-los (FG,Gerd e os 200) nos próximos farneis.

Sergo R
Sergo R
14 anos atrás

Grande cronica de uma viagem, que todos gostariam de fazer. me senti o proprio persongem.
Parabens

Wagner
Wagner
14 anos atrás

Caro Flávio,

Parabéns pelo belo texto.

E após a leitura, estou plenamente convencido que você está fazendo o que meu terapeuta cansa de pedir para que eu faça:

Viver a vida.

Carpe diem.

Abraços

pablorocha
pablorocha
14 anos atrás

Simplesmente o texto mais bonito que li sobre carros em toda minha vida, e quem é apaixonado por História/quatro rodas/motor/saudosismo como eu estou esperançoso que sua viagem vire logo um livro.

PEDRO
PEDRO
14 anos atrás

BRAVO, Flavinho!
Série espatacular.

Luis Fernando - EX-Fâ de romi ISetta º(\*/)º - Fã do Gerd º###º
Luis Fernando - EX-Fâ de romi ISetta º(\*/)º - Fã do Gerd º###º
14 anos atrás

Prezado Flávio (ou como dizem os mais chegados Kamarada Gomes), gostaria de deixar registrado aqui meu sinceros Parabéns pela nossa viagem. Digo nossa, pois você não estava sozinho no Trabant, tinha pelo menos 200 companheiros no banco do carona. Embora todo nós gostaríamos de conhecer o Gerd, acho que ele deve ficar por lá. Algumas partes do texto insinuam que você o comprou, mas no início você diz claramente que por duas semans ele seria seu e ponto final, nas duas semana ele foi seu. Se comprou, se irá trazer, agora é só um detalhe. As viagens que podem ser feitas com ele por aqui, em nada nos vão dar a alegria que tivemos neste dias de leste Europeu. Se o comprou, acho que deve ficar por lá. Mas só até as próximas férias, para que você possa nos levar em uma viagem ao lado oeste daquele continente. Aí sim, depois você resolve o que poderá ser feito com o Gerd. Acho que a maioria dos blogueiros está aguardando seu próximo livro, que contará estas aventuras, pelo menos acho que o nome deste livro todos nós sabemos: BLOKEI NA POKUTU.

Petrus Portilho
Petrus Portilho
14 anos atrás

É…… 2.126,1 KM em nove dias…. Já da para pensar em uma volta ao mundo, hein???

Já pensou ; Brasileiro da a Volta ao Mundo em carro antigo ( DKW de preferencia)

Parabéns Flavio, mais uma das suas!!!

Seu creyson
Seu creyson
14 anos atrás

Puts, muito engraçado, deve ter sido uma ótima viagem, grande poliglota que fala com calhambeques, :) porra também sou esculachado assim, muito bom… texto muito bem escrito, parabéns

Michel Grando
Michel Grando
14 anos atrás

Incrível como a gente faz amizade com o carro, principalmente nestas situações :)
Abraços

iago villar
iago villar
14 anos atrás

otima a historia.Gerd valentee !!

Danilo Gaidarji
Danilo Gaidarji
14 anos atrás

Cara… Ainda estou chorando….

Lisa
Lisa
14 anos atrás

Adorei essa fotona do Gerd, de boca aberta, com aquele sorrisão de satisfação!

Flávio
Flávio
14 anos atrás

Excelente texto, com métrica, sem rima, mas dá-lhe suingue! (ou swing? o que diz a nova ortigrafia?). Enfim, ótima saga, revitalizou a europa “oriental” e “ocidental” ao seu modo e mostrou que um Trabi aguenta o tranco…

Herzlichen Glückwunsch!

Yuri
Yuri
14 anos atrás

Parabéns! Ótima história!

J. N. Dias
14 anos atrás

E um final feliz com gosto de “To be continued…” nos é descortinado.
Tô até vendo o Flávio desfilando pelas ruas de São Paulo todo contente a bordo do Gerd.
Essa amizade vai longe, isso sim!

Dú
14 anos atrás

Pedro, já que escancarou, caiu na rede ahahah.
O FG é o maior canalha que conheci até hj.

Ivan Alves
Ivan Alves
14 anos atrás

Vai escrever bem assim la na Alemanha…., parabens, todos viajamos um pouco com voce. Um abraco!

Carlos
Carlos
14 anos atrás

Texto fantástico! Uma obra prima pra todos os que considera m os carros mais do que meios de transporte…

Peter von Wartburg
14 anos atrás

don gomes, sua relacao com os carrinhos é uma coisa magica, contagiante, sensacional, unica.

to aqui feito um retardado com os olhos marejados comecando o trabalho. um relatorio no word aguarda pra ser terminado… foda-se dele. viva o Gerd, viva voce!

tentarei colocar no meu blog http://www.trutaphotos.blogspot.com os proximos passos do carrinho. sei que o combinado era ate dezembro, mas nem eu terei coragem de fazer isso com vc. a dupla Gerd & Gomes nasceu pra ficar junta.

fiz uma pequena homenagem a vcs ontem a noite, aprendendo a mexer no imovie. foi logo apos sair do posto, o primeiro de tantos outros, com um sanduba de pao com presunto no banco, uma coca no meio das pernas, a camera numa mao e a outra pra guiar e mudar as marchas.

veja se vcs gostam:

http://www.youtube.com/watch?v=QRaGwS8TmCw

boa viagem amigo e volte todo ano. ou pelo menos ano sim, ano nao.

abracao,
don pedro

ps. Gerd chorando no final foi demais. so vc mesmo!

Alexandre
Alexandre
14 anos atrás

Parabéns!!!

Bruno Cardoso
Bruno Cardoso
14 anos atrás

Flávio Gomes, esse com certeza é o melhor Blog de toda a internet. Acompanhei suas aventuras e com isso fiz uma viagem mental para a Alemanha. Parabéns cara, você além de um ótimo jornalista, é também um excelente escritor. Outra coisa legal foi saber um pouco mais da história desse carro, o Trabant. Tenho um em minha coleção de miniaturas em escala e não tinha idéia de sua importancia histórica, por isso estou colocando-o na mesma prateleira do outros carros que marcaram época.

Evaristo Sa
Evaristo Sa
14 anos atrás

Flavio,
Vc eh um pe no saco, mas seus textos sao duca. E eu um leso, postei primeiro na nota errada o.O
Eh empolgante comecar a le-los(tah certo essa porra?) e qd acaba sempre fica um gostinho de quero mais.
Show sua aventura, e foi um prazer ter a chance de acompanhar a vc e ao Gerd por esse giro tao inusitado
abs
Evaristo

Alemones
Alemones
14 anos atrás

Excelente texto, parabéns, queria saber escrever assim….

Gomes, posta o trajeto que fizeste num mapa pra gente ver?

Abs

Alaor Jr.
Alaor Jr.
14 anos atrás

A grande pergunta é…

O Gerd vai chegar a tempo de ir com o FG ao GP Brasil desse ano????

Luiz D
14 anos atrás

Flávio,
Bárabaro o post, poético. Lembou-me o Saint Exupery e seus aviões, mas quando voce deu carona para as moças virou mais Jack Kerouac. Esse “on the road” é aquela mistura gostosa de sair por aí e ver no que vai dar. A última vez que fiz isso foi atravessando parte dos Estados Unidos, mas de Jaguar XJ6 zero bala. Foram 5250 milhas sem nenhum hotel reservado etc… e nenhum problema. Indissiocrasias a parte, dormindo em motéis de 30bucks e a bordo de um Jaguar alugado. Faz parte e isso é viver.
Grande abraço e parabéns de novo pelo post.
Luiz Dranger

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
14 anos atrás

O GERD já virou personalidade obrigatória por esses lados do Atlântico !!! Quem mais além do Camarada FG , pode narrar com precisão as aventuras no Velho Continente ??? E faturar (porque não ?) com a figura do GERD ??? Camisetas,bonés,adesivos,plásticos,chaveiros,canecos,etc,etc,etc………

Edilson Vieira
Edilson Vieira
14 anos atrás

Esse texto de apresentação do Gerd deveria ter sido o primeiro postado da viagem. Deveria, se vc fosse previsível e cartesiano. Felizmente, para nós, seus leitores, vc não é.

…porra, vc me fez chorar com saudades do meu X-12, chuva batendo no teto de lona….

Verde
14 anos atrás

Defintitivamente, vou largar tudo, comprar um Sierra (Trabant é hardcore demais pra mim, hehehe) e rodar o Cáucaso.

Mr Hyder
Mr Hyder
14 anos atrás

Gomes, sensacional… foi realmente emocionante… que legal ver que vc e um cara que tem cultura acima dos carrinhos de corridas e de suas politicagens !!!! Grande abs e venha com Deus. Bom retorno.

Hyder

LORENTE
14 anos atrás

Flavio…realmente uma viagem inesquecivel pra vc e um sonho para muitos das leitores aqui,,,,
A vida e curta demais,,e fazer aquilo que gostamos de fazer e um prazer enorme,,,
Um dia quando voce vier pra a minha ilha,,,,a gente ira fazer uma viagem London-Scotland ida e volta,, o carro voce escolhe,,,podera ser um Belcar,,,Kombi,,,fusca,,,e se for exigente uma Ferrari,,

Boa sorte pra vc grande Gomes.

Daqui da ilha ..

Milton
Milton
14 anos atrás

Bem lembrado…

Se outro veículo tão tovarich (porém racer) quanto o Trabi ouvir tudo isso, quero ver vc depois vir reclamando que deu pau no freio, a alavanca de cambio soltou a bola, que quebrou a usina…

É tio, ta achando que é facil ter varios amores?