OS SOCIALISTAS

VIENA (e agora veio a chuva) – Não vinha sendo lá um dia muito emocionante. Se fosse preciso editar os melhores momentos até as 5 da tarde, um deles seria o embate na garagem do hotel que quase resultou num Trabant arrancando uma cancela em Bratislava. Culpa exclusiva dessa falta de padrão mundial no uso de cartões para abrir cancelas. Alguns são engolidos pelas máquinas e está tudo resolvido, a cancela abre e você vai embora. Outros engolem e cospem, e só quando cospem você pode sair.

No caso eslovaco, a cancela era do modelo engole-e-cospe. Mas no que engoliu, arranquei com meus 26 cavalos sem perceber que a cancela não tinha aberto, e foi graças aos excelentes freios de Gerd que uma tragédia não aconteceu. Passado o susto, deixei o carro voltar um pouco para trás, peguei o cartão que fora devolvido e, aí sim, saí.

Um problema, isso. Ou engole, ou cospe. Não dá para ficar nessa indefinição a vida toda.

O outro momento digno de nota foi a ultrapassagem inapelável sobre um Daewoo na estradinha que liga a capital da Eslováquia à capital da Áustria — de novo, registre-se, sem nenhum controle de fronteira, uma vergonha, um carimbo a menos no passaporte. Salvo engano, foi a primeira que Gerd fez em condições normais de temperatura e pressão, pegando o vácuo de uma perua Audi que por pouco eu não jantei também, graças ao limite de 70 km/h naquele trecho, limite que eu estava firmemente disposto a desrespeitar.

Felizmente, no meio do caminho apareceu um sítio arqueológico que eu, sendo muito sincero, desconhecia. Era preciso sair da 9, a estradinha, para ver de perto. Como não tinha pressa e a tarde estava agradável, fui ver de perto. Me senti numa aventura de Asterix. Carnuntum é o nome do lugar, um centro militar romano cujas primeiras referências datam do ano 6 d.C., antigo pra cacete, estabelecido por Tiberius e, depois, sede de duas legiões daquelas que os gauleses adoravam detonar depois de tomar a poção mágica.

Foi um lugar importante, porque entre os anos de 103 e 107 acabou se transformando na capital da Panônia Superior (Panônia é um ótimo nome) e virou base central das frotas do Império Romano ao longo do Danúbio. Para se ter uma ideia de como a região era promissora, a capital da Panônia Inferior se chamava Aquincum e ficava onde hoje é Buda.

Se Aquincum prosperou, casou-se com Peste e virou a capital da Hungria, o mesmo não aconteceu com Carnuntum, apesar de alguns momentos de exuberância, como o período em que lá se instalou ninguém menos do que Marco Aurélio, ele mesmo, aquele Marco Aurélio, por três anos, para comandar os exércitos de Roma numa guerra qualquer. Nessa época, estamos falando dos anos 170 d.C., Carnuntum chegou a ter 50 mil habitantes, e como essa gente precisava de circo, além de pão, construíram dois anfiteatros para entreter a turma com gladiadores se espetando e bestas-feras despedaçando pobres coitados na arena. A farra acabou uns 200 anos depois, quando Roma largou mão de Carnuntum e foi cuidar de outras glebas, e aí os bárbaros germânicos tomaram conta do pedaço.

O que sobrou é, hoje, o sítio arqueológico, e fui a um desses anfiteatros, mas estava fechado. Só que tinha uma pequena passagem no meio dos arbustos e consegui entrar para fazer uns retratos.

E depois de conhecer Carnuntum, ainda que superficialmente, achei que nada mais iria acontecer no trajeto até Viena, muito curto, menos de 70 km, “doispaliten”, como disse Gerd quando saímos de Bratislava.

Viena é uma cidade grande, ampla e feia quando se chega pelo leste, cruzando vasta área industrial cheia de depósitos, refinarias e chaminés. Zentrum era o caminho das pedras, como quase sempre, e lá fomos à cata do hotel, sem mapa ainda, mas confiando no instinto gerdiano de achar tudo. Nos perdemos na primeira tentativa, mas tínhamos passado por outro hotel da mesma rede pouco antes, voltei pelo caminho que havia feito e pedi ajuda na recepção. O cara pegou um mapa, rabiscou o caminho certo e não teríamos muitos problemas para achar.

Foi aí que aconteceu a coisa mais incrível deste breve passeio pelo Leste. Às margens do Danúbio, pronto para dobrar à esquerda na ponte indicada, notei um carrinho se aproximando pelo espelho, até emparelhar com Gerd. Acreditem ou não, era um Trabi em versão militar, com uma enorme bandeira da Alemanha Oriental espetada no estepe traseiro. O cara fez sinais para mim, acenei de volta, puxa, que coincidência, mas ele insistiu, fez mais sinais, fui atrás e paramos logo depois de atravessar o rio.

Sai um sujeito grande do Trabi militar, vem à minha janela, estende a mão e diz: sou o presidente do clube de Trabant da Áustria. Eu, incrédulo: hã? Ele: presidente do clube, e vai ter um encontro de Trabis. Eu, incrédulo: hã? Ele: e vai ser agora, é aqui perto, me segue.

Parecia mentira. Liguei para o hotel, avisei que ia chegar bem mais tarde e, ainda sem acreditar, saí atrás do Trabi militar pelas ruas de Viena, para um encontro que eu jamais saberia que existiu se não fosse aquele encontro casual de dois Trabants à beira do Danúbio no meio de um trânsito desgraçado.

Na verdade, não era exatamente um encontro de Trabis, e sim um evento sobre a DDR num centro cultural simpaticíssimo, o Aktions Radius, que todo mês escolhe um tema e faz palestras, mostras, exposições, bastante modesto, até, nada de multidões, a chamada cena cultural vienense, se é que vocês me entendem. Para descolados como o Gerd, se é que vocês me entendem. Os Trabis foram chamados de última hora pela organizadora, Martina Handler é o nome dela, e éramos sete na calçada diante do centro cultural. E não é por nada não… Gerd era o melhor de todos, virou centro das atenções, me fizeram ligar o motor umas dez vezes, um cara me explicou que se arrebentar a correia é só colocar uma meia-calça de nylon no lugar, outro me disse para nunca limpar a régua que mede o combustível na calça antes de colocar no tanque, porque a eletricidade estática pode explodir tudo e ninguém se conformava com a história da minha viagem.

Oliver Galler, o presidente do clube, estava animadíssimo. Como todo bom dono de carro velho, falou sobre preços, peças, anos, modelos, me perguntou o que eu faço da vida, se ganho bastante dinheiro, e abriu o coração. Eu era motorista do ministro até hoje, disse Oliver. Pedi demissão. Estou livre, cansei de ser escravo. Vou morar na Síria. Na Síria? É, vou trabalhar para a ONU na Síria.

E o doido sou eu.

O evento da Martina era uma graça, e aos poucos foram chegando várias pessoas empolgadas com os Trabis e as histórias da DDR. Não era muita gente, umas 70 almas, se tanto, mas tinha uns canapés, cerveja, vinho, e até um cara vestido de policial da Alemanha Oriental, Michael Höfler, dono de um Trabi 1975 cinza papirus (fez questão de dizer o nome da cor; Gerd, descobri, é “Sky blue”) e de um blog sobre a DDR.

Lá dentro, painéis com fotos de Berlim, algumas delas recentes, de gente dormindo nos bancos das praças e pedindo dinheiro nas ruas, chamando a uma reflexão sobre as vantagens e desvantagens da queda do Muro, e num determinado momento sobe ao pequeno palco uma moça muito bonita, vestida com o uniforme da FJD (Freie Deutsche Jugen, a Juventude Livre da Alemanha), entidade que reunia todos os jovens da DDR, Doreen era o nome dela, nascida em Berlim Oriental, há alguns anos vivendo em Viena.

Doreen explicou como era a vida do lado de lá, reproduziu a saudação obrigatória nas escolas, todos repetiram suas palavras, estavam lá para aprender um pouco de uma história tão recente e tão viva na memória dos alemães. Uma graça, a menina. Fui conversar com ela depois, e me contou que tinha dez anos quando o Muro caiu, que tinha muita saudade de sua infância, e que para uma criança política não existe, e por isso lembrava com muita alegria dos tempos em que ia à escola e seus pais tinham empregos seguros e estáveis.

Altiva, vigorosa, ar decidido, Doreen falou que vai voltar a Berlim, agora que terminou um longo namoro, e vai tentar reconstruir a vida lá. Foi quando escutei meu nome e era Michael, o policial, me chamando. A gente quer te dar um presente, falou, e me levou lá no palco, eu morrendo de vergonha, mas ao mesmo tempo feliz com tudo aquilo. Contou rapidamente quem eu era, o que estava fazendo ali, deve ter dito alguma coisa gozada porque as pessoas deram risada, e me passou o microfone. Fala em inglês mesmo, todo mundo entende, me tranquilizou, dando uma piscadela.

Aí fiz o maior discurso socialista da minha vida, chamando a todos de camaradas, pedindo desculpas por não falar nada de alemão exceto uma, duas e três cervejas, e assumindo uma certa maluquice na pequena aventura com Gerd. Disse também que por mais de metade da minha pobre existência vivi num mundo dividido em dois por um muro, e que essa história faz parte da vida de todos que estávamos ali, e que talvez uma das melhores formas de conhecê-la longe de qualquer teoria política era fazendo o que estava fazendo, dirigindo um Trabi pelo Leste, e todos concordaram, e disse também que não importava a ideologia de cada um dos que estavam ali, o fato é que estávamos conhecendo um pouco mais de uma história muito recente, e a história não pode ser esquecida, e se é impossível mudar o passado, é importante construir um futuro baseado em valores reais e humanos e danke.

As pessoas bateram palmas e Michael, o policial, me deu de presente uma bandeira da Alemanha Oriental, e foi tudo muito bacana, na hora de ir embora ele me guiou até a rua do hotel, nos despedimos com um abraço caloroso, e no fim das contas foi um dia bom, muito bom.

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Ricardo Soeiro
Ricardo Soeiro
10 anos atrás

Putz, gosto muito de ler o que vc escreve…

“doispaliten” foi de rachar o bico mesmo.

Me mata uma curiosidade, “metade da vida num mundo dividido por 2 mundos?”, fala sobre o que, ditadura militar?

Batista Lara
Batista Lara
14 anos atrás

“achei que nada mais iria acontecer no trajeto até Viena, muito curto, menos de 70 km, “doispaliten”, como disse Gerd quando saímos de Bratislava.”

rachei de rir com o “doispalitten” !!!! ótimo !!!!

Rodrigo Duarte
Rodrigo Duarte
14 anos atrás

Muito legal, muito sensacional. Sem palavras, momentos pro resto da vida, sem dúvida, muitas histórias para os seus netos.

Christian S
14 anos atrás

Muito legais estes diários.

Sobre sincronicidade tenho algumas passagens legais. Mas não vou falar sobre elas. Mas basta cais na estrada, nãu pelas grandes, pelas pequenas ou mesmo de terra (minhas preferidas pois viajo com motos off-road) sem compromiso com prazos e pessoas que as sincronicidades acontecem.

Experimentem! Tipo 20 dias na estrada com uma moto e verão. Em tempo em 20 dias dá para ir de São Paulo a Natal de CG 125.

edilson vieira
edilson vieira
14 anos atrás

Cara, vc encontrou sua turma. Simples assim!

Danilo Albergaria
14 anos atrás

Alguém chegou a ver o video de Enter Sandman no blog do “guarda da DDR”?

Se superou, novamente, Gomes. Esse é o melhor texto de todos os relatos de viagem que você publicou. Fantástico!

Ainnem Agon
Ainnem Agon
14 anos atrás

Caraca, isso aí virou RPG já. Estamos lendo “O Boto do Reno 2” ?

Luis Nunez
Luis Nunez
14 anos atrás

Sensacional!

Luiz Gomes
Luiz Gomes
14 anos atrás

Flavio, parabéns pela viagem, estamos todos nos divertindo e esperando os próximos relatos. Hoje não resisti a te mandar um abraço e desejar que voce continue realizando o seu sonho. Muito legal. Até a volta.
Luiz. Chevette 11

roger V
roger V
14 anos atrás

,,,,e eu é que sou louco!!!! (ehehehe, ótima história!!!)

Carlos Donato Júnior
Carlos Donato Júnior
14 anos atrás

Parabéns Flávio, a cada novo texto seu eu me simpatizo mais com a idéia de fazer uma viagem desta.
Não li todos os comentários, provavelmente alguém já deve ter dito isto, mas você deveriar escrever um livro desta aventura, seria uma leitura deliciosa, daquelas que quando se começa a ler, não se pode parar.

Plácido São Bernardo
Plácido São Bernardo
14 anos atrás

Flávio, que aventura !!!!! Estilo Indiana Gomes. Não vejo a hora de ter mais coisas para ler. Gerd tem a ver com Wenzel ????? Boa continuidade de viagem.

Acarloz
Acarloz
14 anos atrás

Cara, tu ficou literalmente como “pinto no lixo”, imagino como deve ter curtido tudo isso, muito bom. Tá filmando ?

Samuca- Puma GTI
Samuca- Puma GTI
14 anos atrás

Que viagem saborosa, em e para todos os sentidos, Flávio !!! Estamos esperando o Gerd por aqui, no Blue Cloud ! Que tal mostrar tudo isso lá em Caxambu ? Continue, companheiro.

Julyana von und zu Pampuglia
Julyana von und zu Pampuglia
14 anos atrás

voce é um sortudo, mas o gerd é mais!

acho que voce tem que fazer uma viagem dessa todo ano! manda o ig patrocinar: IG@ERD

depois dessa da meia-calca esse povo ainda fala que brasileiro é criativo?

beijos

Lucas S.A.
Lucas S.A.
14 anos atrás

Poxa, e pensar que por um segundo eu cheguei a imaginar que você só não acertou essa cancela, porque, convenhamos, com 26cv mal se sai do lugar…

Vitor
Vitor
14 anos atrás

Vale a pena ver como alinharam o capô do GERD na linha de montagem do Trabant:
http://www.youtube.com/watch?v=zBsPFI–muo

Vitor
Vitor
Reply to  Vitor
14 anos atrás

Isso leva à décima potência o “hands made”.
Igual Bentley e Ferrari!

Marcelo (1 Carioca em SP)
Marcelo (1 Carioca em SP)
Reply to  Vitor
14 anos atrás

O da porta é demais…

Bianchini
Bianchini
14 anos atrás

Esse foi, provavelmente, um dos melhores capítulos desse diário de viagem, parabéns, FG.
P.S.: Como se pronuncia Brno?
Abraço!

Marcos
Marcos
Reply to  Bianchini
14 anos atrás

Vai em Brno na Wikipédia que tem um audio lá.
Internet é uma m…. muito melhor seria ir até lá com a desculpa de aprender como se pronuncia.

Lago
Lago
14 anos atrás

parece que estou lendo um livro, imaginando cenários, rostos e situações. que viajem, cara!

Antonio Valdoski
Antonio Valdoski
14 anos atrás

Sobre o episódio da cancela, ainda bem que o carro é um Trabi com sua “arrancada potente”, se não, vc estaria viajando agora num conversível, ( a cancela, com certeza continuaria lá, rsrs).
Outra coisa, depois de ver a pitchula socialista, comecei a simpatizar mais com o regime!

Peter von Wartburg
14 anos atrás

que isso don gomes, desde que saiu de Düsseldorf vc nao trocou de roupa. virou europeu mesmo hein, hahahaha!

tirei foto com o presidente ontem. te mando depois. fantásticas as estórias e histórias. pra isso serve um blog. tenho muito a aprender ainda.

acabei de ler o relato socialista. acho que vc pode morrer amanha, tranquilo e feliz. missao cumprida, kamarada.

vá ao café hawelka e tome um com rum por mim.

recebeu as coordenadas bávaras?! dona fátima na escuta. amanha te ligo.

abracao

ps. vou ler o resto… perdi muita coisa.

Fernando - Recife
Fernando - Recife
14 anos atrás

Muito obrigado, por nos levar com voce nesta viagem, sensacional

Odair Marcon
Odair Marcon
14 anos atrás

Flávio, vc não sabe a inveja que tenho de vc. É o sonho de minha vida fazer uma viagem do jeito que vc está fazendo. Parabéns rapaz, vc é muito corajoso, por isso fatos como aconteceram ontem vão acontecer sempre, porque premia a sua coragem. Abracos.

Lisa
Lisa
14 anos atrás

Quando leio essas tão bem traçadas linhas sinto pena daqueles sujeitos que vão até uma agência de viagens comprar pacotes turísticos.
Mal sabem eles a quantidade de histórias e situações que deixam de ver e viver.

Parabéns!!

José João Silveira da Silva
José João Silveira da Silva
14 anos atrás

Prezado Flávio Gomes,
Daqui da parte de baixo do mapa do Brasil, tenho acompanhado os teus relatos da viagem .. e permita-me “copiar” um pedaço ..
” … .. não importava a ideologia de cada um dos que estavam ali, o fato é que estávamos conhecendo um pouco mais de uma história muito recente, e a história não pode ser esquecida, e se é impossível mudar o passado, é importante construir um futuro baseado em valores reais e humanos … ”
Parabéns .. nada a acrescentar ..
Divirta-se muito nessa e em todas as outras viagens ..

Roberto Temudo
Roberto Temudo
14 anos atrás

Você vai conseguir se separar do Gerd ou vai trazê-lo para o Brasil? Eu não conseguiria embarcar sem ele.

Antonio
Antonio
14 anos atrás

Flávio, nos blogs esportivos é, de longe, o melhor que tem aparecido; esse teu Diário de Viagem é, simplesmente, maravilhoso. parabéns.

victor freire
14 anos atrás

livro, já! (ou melhor, quando você voltar).

e bonitinha a doreen! sem querer ser vulgar, mas eu pegaria tranquilo!

Marcos Bonilha
14 anos atrás

Bom, muito bom. Estou matando a saudade dos diários de viagem e esta aventura está muito boa.

Pena que parece que está acabando.

Mark Kweirotz
Mark Kweirotz
14 anos atrás

Na foto “A Socialista”, as quatro gravuras atras do palco são um caso a parte!

Rodrigo Nunes
Rodrigo Nunes
14 anos atrás

Arrepiante.

Hugo
Hugo
14 anos atrás

Fala Flávio! Que jornadaculturalbacanasocialistaehistóricaabordodeumtrabant, hein! (perceba que o meu alemão é igual ao seu). Você pretende colocar essa viagem em um livro? Abraços.

Antonio Manhães
14 anos atrás

Estou seguindo a viagem do Flávio Gomes como alguém que lê um livro de aventura. Que maravilha! E o Flávio Gomes é , nostalgicamente falando, surpreendente, no melhor do sentido da palavra.

Luiz
Luiz
14 anos atrás

Que histórias vc vai ter pra contar pros seus netos, heim?
Que inveja…

marcojetta
marcojetta
14 anos atrás

FG,

Sua veia poética esté em alta mesmo. Ótimo texto.
Abs,

Marco Antonio.

Fábio Costa
Fábio Costa
14 anos atrás

Que rapaz sortudo, traz uma lembrança pra mim!

Jorge
Jorge
14 anos atrás

Sensacional!

Cláudio R.
Cláudio R.
14 anos atrás

Legal a história,mas o que são aqueles quadros na parede atrás da garota discursando?

Rodrigo Romão
14 anos atrás

Atônito, hahahahaha.

As coisas realmente acontecem quando menos esperamos, putz.

regi nat rock
regi nat rock
14 anos atrás

Surpreendente e, por isso mesmo, inesquecível.
Cara sortudo vc e sua pena ‘sempre ferina’, em todos os sentidos.

Rodrigo
Rodrigo
14 anos atrás

Meu não pode ser, é coisa do destino mesmo…..só depois que vi as fotos que acreditei numa sorte dessas…

ANTONIO ROD
ANTONIO ROD
14 anos atrás

de fato a àgua corre é para o Mar.
bastante merecido o encontro.

Luca Bastos
Luca Bastos
14 anos atrás

Acho que o Gut to Gomes @Egon Kniggendorf Jr ganhou o dia.

Dia que por aqui no meu PC em Sampa tá com a Internet faiando a correia.

Depois de muito F5 consegui carregar a página e curtir o mais recente episódio.

Valeu! Está muito bom de ler e já estou viciado.

José Brabham
José Brabham
14 anos atrás

Bacana mesmo. Somos da mesma idade praticamente e sei bem o que você quis dizer em crescer em um mundo dividido por um muro.

Fiz viagem semelhante 11 anos atrás (Berlim/Dresden/Praga/Budapeste/Brastislava/Viena/Munique) e várias das impressões que você expôs aqui eu também tive.

Mas, apesar de ter feito a bordo “apenas” de um Opel Kadett, tive a vantagem de receber em meu passaporte os carimbos da Rep. Tcheca e da Eslováquia… rs. Vá em frente!! Qual seu próximo destino?

marcos
marcos
14 anos atrás

Sr Gomes , a sua Sra tem lido estes relatos??

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  marcos
14 anos atrás

Claro.

Maurice Stambouli
Maurice Stambouli
14 anos atrás

Acabou por hoje? PÔ!!! hoje, só amanhã. É o tipo de “livro” que se começa a ler e não quer parar até o fim. Dan Brown que se cuide.

Carlos Pimenta
Carlos Pimenta
14 anos atrás

Impossível não se emocionar.

Tohmé
Tohmé
14 anos atrás

Hum… bela amiguinha soviética.

oroval
oroval
14 anos atrás

Flávio, não sei como vc aguenta essa blogaiada!
Primeiro tem os falsos mecenas te incentivando a escrever o diário – ai de ti se deixar de postar um só dia – os incentivos se transformarão em ameaças. Tenta! No fundo no fundo, o que eles querem é garantir o conforto de ler um livro em confortáveis capítulos-diários-gratuitos.
Daí tem o povo que de uma forma ou de outra te pega no pé por ter bebido duas e não apenas uma cerveja. Depois de duas caipirinhas então, acho que vc vai ser excomungado – Ora! Vão tomar leitinho!
3a categoria – os da revisão “zero”. Não é revisão do carro novo, não! É revisão de texto! Esses maníacos de MSN que mandam prá frente qualquer porcaria sem revisar, e acaba saindo Lambirghini, onibus, napoleão …
Tudo isso sem contar os invejosos, os enrustidos, os por-fora-de-tudo (” velhos se beijando”), os babaca que não gostam de vc, mas que o continuam lendo todo dia (!!!), e os cara-de-pau que te pedem prá trazer isso ou aquilo de lembrança – precisa explicar que lembrança, é LEM-BRAN-ÇA, ou seja, só tem sentido prá quem esteve lá (ou aí).
Mais uma bronca: são os rsrsrs, hihihi, hahaha, kkkkkk – isso é claque! Seus textos não têm e nem precisam disso prá que a gente dê boas risadas.
Te parabenizo pela transparência, pelos teus profundos admiração e respeito por esses povos que um dia se viram aniquilados e que transformaram a Europa no pedaço da Terra mais gostoso de se pegar uma estradinha cheia de curvas e histórias… nem que seja de Trabbi.

Peter von Wartburg
Reply to  oroval
14 anos atrás

só se for de trabi. e se ele chamar Gerd entao, perfeito.

Miguel
Miguel
14 anos atrás

Flávio Gomes, o Saramago dos Trabants… Parabéns pelos registos deliciosos de acompanhar.

Abraço de Portugal,
Miguel