CARRO DA FIRMA (11)
AQUI NÃO TEM (desses, não se veem) – Vou abrir uma exceção na série. Afinal, polícia não é firma. Mas o uso de modelos da Gurgel para serviços diversos é algo que sempre achei legal. Quem mandou a foto dupla foi o Valério Paiva. Um Carajás da Polícia Florestal e outro dos Bombeiros. Bonitos e imponentes.
Já dei minha opinião aqui sobre os carros da Gurgel, tive dois, um Carajás e um X-12. Repito: São projetos bem intencionados mas com muitas falhas. O melhor carro da Gurgel, sem dúvida, foi o jipinho, primeiro chamado de Xavante e depois de X-12. Na verdade, era um Fusca todo-terreno, perfeito para pegar no pesado ou diversão na praia ou na trilha. Não muito mais que isso. Era barulhento, apertado, gastador e… divertido!!O Super-mini era um guarda-chuva sobre rodas. Valeria a pena se fosse vendido muito, muto barato – impossível no Brasil dos impostos exorbitantes. Quanto a lógica da compra de carros pela polícia o que eu posso dizer é..não tem lógica, tem interesses. Um velho amigo, policial recém-aposentado, diz que os únicos carros que prestaram na ativa foram as Veraneios – Grandes, imponentes, rápidas, robustas. Há poucos anos a polícia militar do meu estdo comprou uma carrada de Ecosport e Fiestas (!). com menos de um ano, começaram as críticas de falta de policiamento nas ruas. Um dos jornais pesquisou e de 700 viaturas compradas, 90 estavam em operação. A desculpa do comandante, publicada nos jornais era: os carros estão fora de ação porque não tinham resistência para o trabalho policial. Oxe, e por quê compraram??? Faz algum tempo, o Governo de Pernambuco resolveu o problema de viaturas assim: Vendeu toda a sucata e alugou, isso mesmo, alugou carros novos com equipamento policial. O custo caiu e acabou a prática de policiais desonestos que quebravam o carro deliberadamente, deixavam encostado na oficina e ficavam sem fazer nada nas delegacias e batalhões. Hoje. por contrato, as locadoras que atendem as policias de Pernambuco, tem 2 horas para repor uma viatura danificada. Ah, hoje são utilizados, Gols, Paratis, e Picape L-200.
Esses veículos não eram utilizados em ocorrências que envolvessem perseguições, (note que um dêles é da polícia militar florestal) e o dos bombeiros não possui giroflex (provávelmente utilizado pelo comando de grupamentos para acessar locais de terreno difícil) O que não que dizer que eram adequados para operações policiais. Acontece que os responsáveis pela compra de veículos para as polícias, raramente (nunca) consultam aqueles que os utilizam (os policiais de campo). Tive um amigo na polícia militar que utilizava um Gurgel de modelo menor. Dizia ele que pagava todos os pecados em dia de plantão.
Tinham motor na frente e cambio atras, deram muitos problemas e a policia foi abandonando e canibalizando os outros com as peças, tenho um amigo meu tem um destes com motor , cambio e diferencial de opala ficou muito bom, talvez esta não seria uma boa solução na época para estes carros, o governo não acabou com a gurgel, quem acabou com a gurgel foi o mercado, quem compra um carro não quer ficar pulando e nem torrando dentro de um br800, quem fala que é bom, ou não andou todo dia num destes ou nunca teve um, o fato e que ele fez o moto-machine tarde quando estava já afundando, este sim acho que seria uma solução boa de carro para o nosso pais, leve, bem ventilado e só cabem duas pessoas e economico até hoje não surgiu um carro nacional assim, ele falava tanto que o governo ferrava ele, mas o governo comprava carro pra caramba dele.
Passei na Bomer, e o João têm lindas fotos dos nivas homologados para polícia. ” Subia onde Land Rover não consegue”
Imponentes sim.
Pena que não tinham um motor diesel de macho no lugar daquele VW mequetrefe!
Bonitos? Imponentes? São dois patinhos feios com mecânica subdimensionada para qualquer operação oficial, seja de polícia ou de bombeiros. Alguém já imaginou essas coisas perseguindo algum carro? Será que esse jipes tem eficiência para se apressar devido a um incêndio?
como o espaço aqui é democrático, e com a proximidade do aniversário do falecimento do Gurgel, proponho discutirmos sobre essa pessoa, tão injustiçada no Brasil.
Gurgel foi um empresário à frente de seu tempo, um inventor, indevidamente chamado de sonhador…
Por exemplo, o projeto Delta do carro popular, em 1992 ele propunha algo que a indiana tata motors foi fazer somente agora, 16 anos depois, o tata nano, um carro de baixíssimo custo para os mercados emergentes.
Existe muita coisa obscura na história da falência da montadora de Rio Claro, a única genuinamente nacional. Por que o governo não ajudou essa empresa? sendo que em qualquer país desenvolvido é comum esse tipo de ajuda, por exemplo, a Chrysler teve aportes do governo americano na ordem de US$ 1,3 bi no início dos anos oitenta, ao passo que ao Gurgel fora negado R$ 20 mi no ano de 92/3.
Por que os governos estaduais (SP – governo de Fleury / CE – governo de Ciro Gomes) desistiram do projeto delta, sendo que estes aviam apoiado a iniciativa, será que cederam ao lobby das multinacionais? Afinal, eles haviam entrado como avalistas, por que não desistiram no início? o que o Ciro Gomes ganhou com isso? Hoje ele “posa” de desenvolvimentista, mas afinal será mesmo? – cabe ressaltar que nesta época ele era do PSDB….
E o Elcio Alvares (DEM-ES) então ministro, porque recusou o pedido de ajuda? Bom, se fossem políticos de outras legendas, a situação poderia ter sido outra?
Cabe frisar que nos anos 90, a exceção do Brasil (com o Gurgel e Engesa) e da Rússia (com os lada/autovaz), nenhum país dos BRIC possuía uma montadora nacional, atualmente qual o único que não possui? justamente o Brasil…. Então eu pergunto, foi certo a forma como o governo Collor abriu o mercado? Foi certo como o governo Itamar conduziu a situação? E as participações do Ciro Gomes e do Fleury?
Bom, sei que muitos dirão que os carros do Gurgel eram feios, antiquados, etc… mas da pra começar fazendo o top? como começaram os carros chineses/indianos e como estão hoje? Cabe aqui a reflexão, quão desenvolvida estaria a tecnologia da industria automobilística nacional agora, 18 anos depois?
E antes que perguntem, sim, sou um entusiasta da industria nacional e de carros antigos, e logo logo, realizarei meu sonho de possuir um exemplar do Supermini, na minha opinião, o melhor carro urbano dos anos 90.
Muito bem colocado…a falta de uma marca nacional não acontece por incapacidade proficional técnica do brasileiro mas por incapacidade política de um país que se consome em burocracia, leis desatualizadas e, preincipalmente, em uma justiça lenta e ineficiente. Como já disse, aqui tudo é mais difícil. Triste
E como ninguém ainda comentou…
As fotos foram tiradas na própria fábrica, em Rio Claro.
Detalhe… essa foto do florestal, se não em engano está com a fábrica da Gurgel, em Rio Claro, ao fundo !
E como ninguém ainda comentou…
as fotos foram tiradas na própria fábrica ,em Rio Claro.
Hoje não se diz mais “Policia Florestal” e sim Policia Ambiental, e em algumas unidades deles ainda tem uns Gurgelzinhos, é bem raro mais tem
Carro de desenho interessante, acredito que tenha sido o melhor montado pela Gurgel, com mecânica AP.
Vendo assim até parece que o Carajás foi feito sob medida para ser carro policial. Lindão!
A Gurgel foi a grande chance de o Brasil ter uma marca de automóvel nacional. A passagem para o popular foi precipitada. O Sr. João do Amaral gurgel, apesar da centralização e a cabeça dura, foi um grande brasileiro. Aqui tudo é muito difícil e nós acabmos comprando coreanos e até chineses…
A Gurgel foi a´única grande chance de termos uma marca brasileira. Acho que a passagen para o carro popular foi precipitada. Li também que o Sr. João do Amaral Gurgel era muito centralizador o que dificultava outras idéias e a sequencia administrativa da fábrica. De qualquer forma, um grande brasileiro.
Seria muito melhor comprarmos Gurgel que coreano e chinês. Por que será que aqui tudo é tão difícil,,,?
Acho que lembro de ter visto uns Carajás desses no pelotão da Polícia Florestal que tem no caminho para o Horto Florestal, nos áureos tempos em que eu tinha tempo e disposição física para andar de bicicleta pelas subidas e descidas da ZN umas 2 horas por dia… Por sinal, não é tão estranho ter Polícia Florestal em SP: temos a Serra da Cantareira, o Parque Ecológico do Tietê, aquela parte de SP na ZS que tem uma reserva indígena (e que me esquecí do nome…), portanto torna-se necessária sim a presença da Polícia Florestal.
a reserva é em parelhereiros ou eldorado paulista. Dá para ver itanhanhem de lá. tenho uma prima que foi professora .
É uma pena nosso governo ter matado a Gurgel e tantas outras….
Poderia ter algum incentivo para a Gurgel voltar, incentivo que fizesse ela ter um carro bom, e o mais barato do mercado… certeza que eu teria um.
E muito foda essa estepe na frente.
E outra…. deveria ser proibido empresas estrangeiras comprar fabricantes brasileiras como a Troller.
Nossos governantes fizeram e ainda fazem muitas besteiras, mas não podem ser responsabilizados pelo fim da Gurgel. Acho que ate ao contrário pois apoiaram a industria comprando muitos carros para a frota oficial embora muitas vezes a concorrência tivesse veículos melhores e por um preço mais justo. O que levou a Gurgel a falência foi o projeto do BR-800 e também do Xef pois eram exatamente o oposto do que o mercado queria. O investimento no motor do BR-800 foi absurdo se comprado com o retorno, os caminhões da Volks são lideres de mercado atualmente e usam motores de outros fabricantes sem nenhum problema. Se a Gurgel tivesse mantido o foco em modelos como o Cárajas provavelmente ainda estariam no mercado.
O poder público tem por obrigação dar alguns previlégios especiais para a indústria nacional, Por essa razão devia-se esperar muitas outras aplicações para o poder público (agentes de saúde, universidades, prefeituras, etc) de nossos veículos tipicamente tupiniquins ! ! ! Dias atrás vi um Troller da Receita Federal em Foz do Iguaçú, será que foi comprado ou é produto apreendido?
Lindo. Tinha uma ergonomia medonha para manobrar o volante e pedais. Mas o pedal da embreagem da Pajero é
de péssima ergonomia também. HOje, não sei se devido à praga dos SUVs, acho rodas e pneus muitos pequenos. O pneu em cima do capô – um X12 mais antigo também tinha – dá um charme Land Rover ao jipe. Alguém sabe se restou protótipo do Transa, um anfíbio que o Gurgel projetou para a Amazonia?
Meu Pai ainda tem um destes.
Comprou usado, acho que em 1999, para usar no trabalho e para andar por aí. A manutenção acho meio compliacada, pois ele tem peças de vários modelos de carros de várias montadoras. Outro dia ele teve que comprar uma bomba d’água do Opala para usar apenas o eixo. Fora isso, é um carro muito bom. Muito espaçosso.
FG….aposto se a fabrica da Gurgel..fosse na Argentina…até hoje era fabricado………….no pais dos panetones…o que presta o qu eé feito com estudo o que é justo e profissional, o governo não deixa crescer,,,,,é triste ver algo como a Gurgel acabar como acabou..ja pensou modelos com motor turbo cooler..4×4 integral…capeonato sul americano de off road…já.e quem sabe… um Dakar..por que não…sonhar é liberdade..abraços e bom domingão….
Bem legal mesmo, o vizinho do meu pai é policial florestal, e no batalhao daqui de franca, ainda tem um desses, volta e meia ele ta em casa usando ele em horario de serviço… ja meu sogro que se aposentou na florestal de sao paulo (nunca entendi isso), deve ter usado uma Rural na epoca dele.
É uma pena que o Gurgel não tivesse investido mais nesta linha ao invés de se aventurar no carro popular!
Uma (natural) evolução do Carajás poderia ter chegado aos anos 90 em razoável condição de competição com veículos semelhantes de outras marcas.
Uma coisa não pode ser dita do Gurgel: que ele não teve idéias, muitas idéias.
muitos desses ainda rodam por aí….
Sempre achei o maximo esse estepe em cima do capô!
lindíssimos.