INTERLAGOS, 70

SÃO PAULO (grazie) – Interlagos completa hoje 70 anos de vida. É tema da capa da edição #2 da Revista Warm Up, que você pode ler clicando aqui. Pode baixar em PDF, também. A revista está demais. E a matéria sobre o aniversário do autódromo, um primor. Praticamente toda nossa equipe participou: Victor Martins, JP Borgonove, Fernando Silva, Marcus Lellis, Evelyn Guimarães e Luana Marino mergulharam na história do autódromo. Há revelações importantes, como da ex-prefeita Luiza Erundina, que contou que Interlagos por muito pouco não virou um conjunto habitacional, e foi salvo por ela e pelo então presidente da CBA, Piero Gancia. Tem entrevista exclusiva com Barrichello sobre o autódromo, e depoimentos de familiares de Louis Romero Sanson, o criador do autódromo. Fora o resto.

Eu participo com míseras e incompreensíveis linhas, nas páginas 98 e 99. O texto está aí embaixo. Aproveitando, peço desculpas aos amigos Roberto Seixas e Chico Rosa, que administram o autódromo, pela ausência na festa de hoje à noite. Estarei no ar na rádio, futebol, coisa e tal. Mas sintam-se abraçados.

Agora, digam vocês: quais suas grandes lembranças de Interlagos neste dia de parabéns-a-você?

Um, Dois, Retão, Três…

Para entender Interlagos, e lamento pelos que não têm a chance, é preciso enfiar um carro no seu asfalto. O carro que for, de preferência um de corrida, mas é preciso sentir seu cheiro e enxergá-lo de dentro, trepar nas zebras, ver a curva chegando, subir o Laranjinha, despencar no Mergulho.

Sou um sujeito de sorte, porque já guiei na pista antiga, no finalzinho dos anos 80, e igual àquela nunca haverá nenhuma outra. Nós, que fazemos de Interlagos um quintal, sabemos declamar sua sequência de curvas e retas como se declama um poema infantil, batatinha-quando-nasce: Um, Dois, Retão, Três, Quatro, Ferradura, Lago, Oposta, Sol, Sargento, Laranja, S, Pinheirinho, Bico do Pato, Mergulho, Junção, Café, Boxes, Um, Dois…

A reforma que trouxe a F-1 de volta a Interlagos tirou parte do seu encanto, isso ninguém nega. Mas Interlagos é um organismo vivo, recuperou seu charme apesar do S do Senna e dos trechos agora percorridos na contramão, continua fazendo grandes corridas, continua emanando história e o asfalto antigo está lá, para quem sabe um dia uma alma caridosa olhar para o autódromo com o respeito que ele merece e refazer o traçado, usando pedaços da velha pista que ainda são recuperáveis. Dá para fazer, é só querer, e se quiserem podem me chamar que tenho o desenho prontinho na cabeça, é só colocar os tratores e os caminhões e lhes dou uma pista nova em um piscar de olhos.

Mas eu dizia que para entender Interlagos, e etc e tal, para jurar de pés juntos que um dia gostaria de colocar cada um que sonha com essa pista do meu lado num carro de corrida, pode ser a trapizonga do meu Lada, que não faz feio, sendo o que é, para dar uma volta. Porque nunca consigo descrever direito o que sinto quando saio dos boxes para mergulhar no infinito, pois que é isso uma corrida, navegar pelo infinito, as voltas que se sucedem para não levar a lugar algum, até que alguém venha para avisar que acabou, com uma bandeira xadrez em preto e branco, nos trazendo de volta à vida conhecida e aborrecida.

Porque a vida lá dentro é outra. Uma pista de corridas é um túnel habitado por seres solitários que conversam com máquinas barulhentas num silêncio ensurdecedor, viram como não consigo descrever?, e com alguma sorte enxergam fantasmas e revivem momentos que só existem na imaginação, cada centímetro daquele asfalto carrega esses momentos e essas vidas que por ele passam, atrás não se sabe bem do quê.

Interlagos não tem só 70 anos, nasceu há dez mil anos atrás, só quem enfia um carro lá sabe do que estou falando.

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gustavo
gustavo
13 anos atrás

Parabéns INTERLAGOSSSSSSSSSSSSS……..

FG, belo texto, só quem já andou tem o prazer de saber o que é interlagos, tive esse prazer de andar no antigo e novo traçado. Antigo fui de carona com pai de um amigo meu que era navegar de rally, isso no fim da decada de 70 e inicio de 80, fomos varias vezes para assistir Formula HOTCAR, SPEDD 1600, STOCK, FORD, MARCAS etc………..tanto no anel externo como inteiro, lembrar de ver um uma etapa de marcas se nap me engano Edgar de Mello Filho e Aloysio Andrade descendo o retão quando um dos carros que estava na frente deles bateu e o piloto ou o capacete (não me lembro direito, se alguem lembrar me informe) saiu pelo pará-brisa, nossa que emoção lembrar dessas coisas.
Sei que uma amiga de minha mãe morreu em interlagos quando uma roda de um carro saiu e pegou ela que estava em uma arquibancada, minha mãe estava la junto, por sorte ela saiu sem um arranhão e hj posso desfrutar de varias idas pra esse TEMPLO ver GRANDES pilotos de tds categorias. Qdo andei em Interlagos em um STOCK não foi apenas uma volta rápida tive o prazer em dar mais de uma na sequência e vc realmente entra em outro mundo onde o barulho do motor é silêncio, Obrigado Carlao e Aloysio Andrade por essa experiência.

Gente vamos LEVANTAR ESSA CAMPANHA PRA REVITALIZAR PISTA ANTIGA E FAZER ETAPAS DE STOCK, LINEA ETC LÁ…………….

ABRAÇOS PARA OS APAIXONADOS

Romeu
Romeu
13 anos atrás

Puxa vida! Já vi muita coisa em Interlagos. A ultima lembrança é a de ontem, na festa de 70 anos do nosso Templo. Ao lado dos amigos e dos pilotos que conheci na infancia e que hoje compartilham suas histórias, suas lembranças, suas aventuras e desventuras. Pisei naquele autódromo pela primeira vez em um ensolarado domingo de1955, para dar uma volta pela pista em um Standard Vanguard 51, dirigido por um tio fanático por corridas. Fiquei impressionado com a inclinação da curva 3 e a sequencia Laranja, “esse” e Pinheirinho. Depois vi corridas de carros Esporte com as lendarias Maseratis 300 e 450S e provas de Mecanica Nacional pilotados por Celso Lara Barbéris, Chico Landi, Ciro Cayres, Camilo, Antonio Mendes de Barros, entre outros. Tive o prazer de assistir a I Mil Milhas Brasileiras em 1956. Conheci as carreteras e pessoal do Sul, Andreatta, Fornari, Bertuol & Cia. E o DKWzinho 2 portas, dos Iwers.E veio a fase da adolescencia descobrindo jeitos de entrar no Autódromo, pulando cercas, se ralando em arames farpados, fugindo dos cavalarianos da Força Publica e até tomando cacetadas.A chegada da Industria Brasileira com os Vemags, Marinho, Bird, os JKs de Landi, Heins. A explosão das corridas de Estreantes e Novatos com os Fuscas, DKWs, Simcas, JKs a maioria correndo com os carros dos pais, mães, tias ou vizinhos. Emerson, Wilsinho, Pace, Lameirão, Lian Duarte, Carol Figueiredo, Charles Marzanasco, Volante 13, Jaime Silva, Toco Martins, Dal Pont, Nilo Vinhais, Aguia, Dante de Di Camilo, Oswaldo Barros e mais um monte de gente que fazia a alegria dos finais de semana dos aficionados pelo automobilismo. As Alfas da Equipe Jolly,de Piero Gancia, e Emilio Zambello, a entrada da Dacon e os KGs/Porsches, as Simca Abarth, o protótipo Tempestade, os GTs Malzoni e até o Caçador de Estrelas do Bica Voitnamis. As provas Internacionais, as Lolas T70 e 210, a Ferrari 512, as Alfas P33, a Formula Ford, a Formula 3, a Formula 2 e a chegada da Formula 1, as vitorias de Emerson, Reutemann, Prost, Lauda, as inesqueciveis de Senna 91 e 93, Barrichello, Massa, Vi tambem as motocicletas de Gualtiero e Paolo Tognocchi, Adu Celso, Denisio Casarini, Tucano, Jacaré, Alexandre Barros… Vi de tudo um pouco. Já vi até o Flavio Gomes acelerando um Lada Laika…

Paulo Franco
Paulo Franco
13 anos atrás

Eu tambem tenho várias lembranças.
Nos meus early years, quando ia com a Itália 1 assistir os pegas do Adu Celso, Carlos Lavado, Walter Villa (grande traçador de curvas).
Depois vieram os pegas do Tucano de Honda 550 e do Denísio Casarini de Honda 1000 e mais alguma coisa.
Mas acho que a lembrança mais poética que eu tenho, foi a de um treino de motos, com Interlagos totalmente imersa na neblina…e o som da TZ 250 (ou era 350, foi o ano do acidente) do Antonio Jorge Neto, na época só Netinho, descendo o retão gritando e depois o silencio,….. aí as levantadas de giro… a reaceleração na Tres, sobem os giros e as marchas e, de novo o silencio,….. as levantadas de giro, a reaceleração na Ferradura, o som do cruzamento dos fluxos dentro do motor limpando o escape e a TZ urrando de novo….volta após volta.
MARAVILHOSO!

Romeu
Romeu
13 anos atrás

Puxa vida! Já vi muita coisa em Interlagos.
A ultima lembrança é a de ontem, na festa de 70 anos do nosso Templo.
Ao lado dos amigos e dos pilotos que conheci na infancia e que hoje compartilham suas histórias, suas lembranças, suas aventuras e desventuras.
Pisei naquele autódromo pela primeira vez em um ensolarado domingo de1955, para dar uma volta pela pista em um Standard Vanguard 51, dirigido por um tio fanatico.
Fiquei impressionado com a inclinação da curva 3 e a sequencia Laranja, “esse” e Pinheirinho.
Depois vi corridas de carros Esporte com as lendarias Maseratis 300 e 450S e provas de Mecanica Nacional pilotados por Celso Lara Barbéris, Chico Landi, Ciro Cayres, Camilo, Antonio Mendes de Barros, entre outros.
Tive o prazer de assistir a I Mil Milhas Brasileiras em 1956.
Conheci as carreteras e pessoal do Sul, Andreatta, Fornari, Bertuol & Cia.
E o DKWzinho 2 portas, dos Iwers.
A chegada da Industria Brasileira com os Vemags, Marinho, Bird, os JKs de Landi, Heins.
A explosão das corridas de Estreantes e Novatos com os Fuscas, DKWs, Simcas, JKs a maioria correndo com os carros dos pais, mães, tias ou vizinhos.
Emerson, Wilsinho, Pace, Lameirão, Lian Duarte, Carol Figueiredo, Charles Marzanasco, Volante 13, Jaime Silva, Toco Martins, Dal Pont, Nilo Vinhais, Aguia, Dante de Di Camilo, Oswaldo Barros e mais um monte de gente que fazia a alegria dos finais de semana dos aficionados pelo automobilismo.
As Alfas da Equipe Jolly,de Piero Gancia, e Emilio Zambello, a entrada da Dacon e os KGs/Porsches, as Simca Abarth, o protótipo Tempestade, os GTs Malzoni e até o Caçador de Estrelas do Bica Voitnamis.
As provas Internacionais, as Lolas T70 e 210, a Ferrari 512, as Alfas P33, a Formula Ford, a Formula 3, a Formula 2 e a chegada da Formula 1, as vitorias de Emerson, Reutemann, Prost, Lauda, as inesqueciveis de Senna 91 e 93, Barrichello, Massa,
Vi tambem as motocicletas de Gualtiero e Paolo Tognocchi, Adu Celso, Denisio Casarini, Tucano, Jacaré, Alexandre Barros…
Vi de tudo um pouco.
Já vi até o Flavio Gomes acelerando um Lada Laika…

Felipe Madsen - Pipe
13 anos atrás

“Porque nunca consigo descrever direito o que sinto quando saio dos boxes para mergulhar no infinito, pois que é isso uma corrida, navegar pelo infinito, as voltas que se sucedem para não levar a lugar algum, até que alguém venha para avisar que acabou, com uma bandeira xadrez em preto e branco, nos trazendo de volta à vida conhecida e aborrecida.”

Não precisa dizer mais nada cara, eu acho que vou imprimir isso e colar na parede do meu quarto. É tudo que penso e o que pude vivenciar essa semana. Diferente da maioria aqui só conheci Interlagos na última terça, na primeira aula da escola de pilotagem. O lugar é mágico e encantador, não dá para explicar.
Nunca tinha pilotado um carro de corrida, e muito menos ido a Interlagos, unir as duas coisas em um dia foi um dos momentos mais marcantes de minha trajetória até agora, pois o próximo será no último dia de aula na semana que vem, quando vou me despedir do circuito e do carro, mas sonhando em um dia poder voltar para acelerar por aquelas subidas e e descidas novamente.

Copio abaixo um trecho do que escrevi no meu blog sobre minha experiência:

“Pilotar um carro em Interlagos já seria demais, mas pilotar um carro de corrida foi incrível. Tubo bem que na verdade são carros de rua preparados, não são tão potentes quanto os que costumam aparecer no blog, mas tinha pneus slick, suspensões preparadas, alívio de peso, bancos concha, cinto de 4 pontas, body kit, shift light, ronco barulhento e tudo que manda o script, então para mim é o carro de corrida mais rápido que já andei, pelo menos naqueles minutos de cada volta, não importa, mesmo porque foi o único também, rs, por enquanto eu espero….

Mas enfim, para muita gente pode parecer um relato idiota, algo bobo e corriqueiro, e para outros um tanto distante de ser atingido, cada um tem suas metas, sonhos e condições de realizá-los ou não, para mim foi perfeito. É totalmente diferente de dirigir em estradas, ruas ou avenidas, requer concentração e atenção aos mínimos detalhes. O jeito de frear, acelerar e fazer curva é único em uma pista, tudo muda, quando parece que o carro não vai parar e vai passar direto na curva, ele pára e gruda no chão de uma forma impressionante. A cada volta você ganha mais confiança e vai tentando ajustar os erros, tentando entender o que o carro está pedindo…”

É isso, gostaria que as pessoas próximas a mim entendessem isso, mas eu acho que nunca entenderão, a gente nasci assim ou não, fico feliz que tenham pessoas como eu.

Grande abraço.

Pipe
http://carrodecorrida.blogspot.com

abay
abay
13 anos atrás

“pois que é isso uma corrida, navegar pelo infinito, as voltas que se sucedem para não levar a lugar algum, até que alguém venha para avisar que acabou, com uma bandeira xadrez em preto e branco, nos trazendo de volta à vida conhecida e aborrecida.”

Copiei e colei. Abraços

Carlos Eduardo Szépkúthy
13 anos atrás

Ótimo texto Flávio!
Realmente não há como descrever o que significa andar em interlagos, participar da história, ver as coisas acontecendo, como disse mergulhar em outro mundo… é de ficar louco mesmo.

E olha que eu ainda sou novato no assunto!

Parabéns mais uma vez!

Nadson
Nadson
13 anos atrás

Já tive a oportunidade de enfiar um carro lá algumas vezes, no evento de uma revista. Quem tiver oportunidade vá. É caro, mas vale cada centavo.

Alexandre
Alexandre
13 anos atrás

Minha grande lembrança é a de quando eu ainda garoto, fui acompanhar meu pai em sua única corrida em Interlagos, traçado antigo. Deu duas voltas (16km) e parou! Chegou na posição 500 e alguma coisa dentre milhares de “pilotos”!! Pois é, foi uma corrida a pé, um frio danado, meu pai era metido a corredor eu ainda moleque torcendo por ele. Não ganhou nada além da satisfação de terminar a prova, mas valeu. Abs.

Fabio de deus
Fabio de deus
13 anos atrás

Gostaria de ter conhecido a pista antiga… Vi em vídeos, e joguei em jogos de computador, mas gostaria de ter estado presente lá, conhecendo pessoalmente… Quando fui a Interlagos pela primeira vez em 2006, confesso que me emocionei de finalmente conhecer o templo sagrado do automobilismo brasileiro… Mas, quando fui ano passado no setor G, e caminhei pelo asfalto do antigo Retão atrás das arquibancadas, confesso que me arrepeiei… Poderiam voltar com pista original, teriamos as 2, já q a original é inviavel para a F1, ficariamos com a atual para a F1 e a original para eventos tipo Stock Car, ou talvez a Indy, dando um jeito no contrato de exclusividade do tio Bernie…

José San Pedro
13 anos atrás

já entrei no site, é um revista digital, acho que não dá para assinar… :(( uma pena pois a revista é show!!!!!

José San Pedro
13 anos atrás

dá para assinar a revista??

pedrão
pedrão
13 anos atrás

FG parabens pelo texto. Trabalhei como bandeirinha em todas as curvas no circuito antigo, grandes corridas, seja de moto ou carro, 25 horas de Interlagos, Mil Milhas, 500 milhas, Taça Centauro, Copa Brasil, F1, otimas lembranças.

juvenal jorge
juvenal jorge
13 anos atrás

Wilson Fittipaldi Jr. na Stock Car, Opala número 77, branco, na subida dos boxes, fungando no cangote do primeiro colocado, não lembro quem, última volta, na garoa forte, meio de lado, meio balançando. Demais.
Deve ter sido em 1984, acho.

Cersão
Cersão
13 anos atrás

Para o FG em especial : Ví as Vemags do Volante 13, Marinho, Charles Marzanasco e os Malzonis desde o início…

Cersão
Cersão
13 anos atrás

Conhecí Interlagos em ” 1956 ”, vi correndo desde Fangio, Celso Lara Barberis, Chico Landi e todos aqueles loucos – até porque só sendo louco para acelerar a barata da maneira que eles faziam naquela pista, a original – ví muitas Mil Milhas, Formula Super V, festivais dos mais variados tipos. Os primórdios Formula Ford, 3, 2 e 1.Curva 1 de pé embaixo, o Sol que era curva pra macho… É melhor eu parar porque o nó na garganta está aumentando !

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
13 anos atrás

Pra quem nunca viu , não custa repetir , imagens da inauguração em 1940 ………….. http://www.youtube.com/watch?v=ekFoP1lFx-s

Janaína
Janaína
13 anos atrás

Não esqueço a primeira vez que vi a F-1 ao vivo, em 1991, em Interlagos. Eu, chegando 6h e pouco da matina na fila, não deixando a polícial revistar minha bolsa na entrada porque o warm-up tinha começado e eu queria ver o Senna. Ao chegar na escada pra subir a arquibancada, a primeira coisa que eu vi foi o Ayrton, fazendo a tomada do S do Senna, com o sol ao fundo. Poético! E depois fiquei sentada na arquibancada de frente ao box, esperando aflita a largada. Ao final, eu estava rasgando com os dentes o saco que coloquei na cabeça para cobrir da chuva das últimas voltas, enquanto o Patrese passava cada vez mais perto do Ayrton. Lembro dos gritos da galera quando o Ayrton ganhou, todo mundo se abraçando, a gente chorando. Depois fiquei com cara de ponto de interrogação porque o Ayrton não terminou a volta da vitória. Mas acabei conseguindo subir nuns canos de suporte da arquibancada e vi todo o pódio, usando binóculos. Foi um dos melhores dias da minha vida.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
13 anos atrás

Peço desculpas aos amigos do meu sumiço. Depois de Passo Fundo e Guaporé, fiquei mudo.
Agradeço as citações da turma aí pra cima.
Ontem estive na festa dos 70 anos – não poderia faltar – e me cobraram o silencio. Um dia volto a mim, quando encontrar graça.
Ontem, depois da festa, dos fogos e de todo mundo sair de lá, por pouco não entrei pelo asfalto como habitualmente faço. Ensaiei, hesitei, cocei a cabeça mas não me enfiei.
Saí lá pelo portão de abastecimento e completei uma voltinha só.
Não de carro, mas à pé na escuridão, no meio daquela noite gelada de ontem.
Pensando nos fantasmas do Templo e nos que me assombram.
Fazia tempo que não me sentia tão bem.

Allan Guimaraes
Allan Guimaraes
Reply to  Claudio Ceregatti
13 anos atrás

Cara, que viagem em ler isso… Só de quem conhece a fundo. Aliás, Interlagos merece há tempos uma reunião de contos de quem andou por lá, de Chico Lameirão até Massa, passando por quem ganhou e perdeu, quem fez curvas e ultrapassagens maravilhosas e quem se esborrachou… Teria a coleção completa, com certeza. Obrigado pelas linhas, Claudião!

Francis Henrique Trennepohl
Reply to  Claudio Ceregatti
13 anos atrás

Seu doente!!!! hehehehe

Zé Alonso
Zé Alonso
13 anos atrás

Lindo texto Flávio, parabéns.
Minhas lembranças de Interlagos vem da infância através das transmissões de F1, quando aparecia a imagem de câmera a bordo a tampa da panela por mágica era volante, a poltrona o cockpit perfeito e as havaianas viradas eram pedais e olhe que o cambio era manual, muito desgastante. Lembro do retão, da curva do Sol, sargento, laranjinha, fazia essas curvas mordendo a zebra, fazia o miolo sem errar, até o diretor de imagem trocar de câmera. Era divertido e didático.
Situação econômica para sair do interior e encarar uma F1 ainda não tenho, mas a esperança é grande.
Em 2002 me presenteei e apresentei Interlagos ao meu filho com 10 anos, foi uma etapa da Stock, mas a minha emoção foi enorme, como já disseram é a mesma de estar em um Templo Sagrado. Aos que tem Interlagos como quintal divirtam-se. Por enquanto eu vou de vídeo game. Abraços.
Neste blog tem muita coisa sobre Interlagos – http://interlagosantigo.blogspot.com/

http://interlagosantigo.blogspot.com/

Diretor
Diretor
13 anos atrás

Conheço Interlagos desde 1961. Tenho muita historia para contar. Ví e vivi muita coisa. Andei muito na pista velha e também na nova. Não gosto da nova. Tudo tem seu tempo, paciência. Mas ele ainda esta lá. É um organismo vivo. Tomara fique pelo menos mais 70 anos.
E não posso deixar de comentar que procurei ontem, noticias do aniversario e mais historias interessantes. Fui ao site da CBA, nada. Fui ao site da FASP, nada. Fui aos sites de clubes organizadores de São Paulo, nada. Lamentável. Se esquecem que vivem em função de Interlagos, e não fazem a menor força para exaltar isso. Lamentavel.

JONAS MONTANARO
JONAS MONTANARO
13 anos atrás

Lembranças eu tenho muitas. Se vamos escrever aqui, nao terei tempo, mas algumas: Campeonatos de Divisao 3 e 4, Formula Super Ve, Formula Volkswagen 1.600, Campeonatos de Marcas e PIlotos, Brasileiro de FIat 147, Campeonato Paulista de diversas categorias, Stock Car , Prototipos, Formula Um, tanto corridas como treinos, enfim uma infinidade de corridas, que assisti tanto na arquibancada, como nos boxes e tambem invadindo a pista pelos muros do Kartodromo. Enfim um local que para mim era obrigatorio estar todo fim de semana e espero que apesar d etudo nunca acabe. Um abraço.

Mauro José Santana Júnior
Mauro José Santana Júnior
13 anos atrás

Tenho uma saudades do traçado original de Interlagos que é impossível de explicar!!

O ponto da pista antiga que eu mais gosto é o trecho entre a curva 3 e a ferradura, berando o lago!

É realmente lindo!!!

De presente vai este pequeno video do GP Brasil de 1975!

http://www.youtube.com./watch?v=yUp6GRqZvNE

Parabéns Interlagos, você merece!!!!!

marcio
marcio
13 anos atrás

MilMilhas a noite. Vai largar.Todos alinhados, e eu estou aqui esperando a largada. Poderia estar em casa, sem sofrimento, acho que vou para o box e falar que quebrou.Estou largando aqui atraz, ninguem vai perceber.Opa, acho que vai largar. Acelero fundo, largou. Vou passando 3 na largada. Vai ser um corridão. Acho que vai dar pra chegar bem.Que pena que só vou pilotar duas horas…

João Carlos Bifulco
13 anos atrás

A primeira vez que pisei em Interlagos foi em 1956.
Tinha 8 anos de idade.
Foi um dia inesquecível!.
Alguns mecânicos da Moóca, amigos de meu pai, preparam uma carretera com motor corvete para a corrida daquele final de semana.
Fiquei nos “boxes”, se é que poderíamos chamar de boxes, aqueles “puxadinhos” enfileirados ao longo da reta.
A carretera largou na frente e deu 2 voltas e meia na liderança.
No meio do retão, na 3ª volta, o motor literalmente explodiu, deixando um rastro de espessa fumaça branca que jamais vou esquecer.
O ronco dos motores, o cheiro de óleo de ricino misturado à gasolina, a velocidade dos carros me marcaram para o resto da vida.
Acabei estudando engenharia automobilística na FEI e trabalhei durante vários anos nas principais montadoras.
Fui frequentador assíduo de Interlagos.
Ví várias gerações de pilotos correrem, Celso Lara Barberis e Chico Landi, Bird Clemente, o inigualável “Lobo do Canindé” Camilo Cristófaro e sua “18”, Justino de Maio e Vitorio Azalim na sua carretera 50 vencedora das Mil Milhas de 1965, carretera aliás construida no meu bairro, o Tatuapé, amaciada na rua Tuiutí durante as noites.
Minha corrida inesquecível foi a Mil Milhas de 1966.
Eu, meu pai e o Augusto, vizinho e mecânico amigo, acampamos no retão, numa barraca “Campestre”, ao nível da pista, e presenciamos as espetaculares últimas voltas daquela histórica corrida, com o DKW Malzoni do Emerson e Jan Balder “rateando” com um cilindro à menos tentando manter a ponta enquanto a carretera 18 do Camilo despencava pelo retão para vencer a corrida.
Presenciei todos os GPs de F1 em Interlagos antes da estúpida e famigerada modificação do seu traçado.
Tive oportunidade de andar no antigo traçado testando carros de série e jamais vou esquecer essa experiencia. Fazer a curva 1 “flat”, com bom traçado para emendar com a 2 e entrar no retão com o motor cheio.
Vamos iniciar uma campanha para voltar Interlagos ao seu velho traçado?.

Parabéns Interlagos pelos seus 70 anos.

Parabéns para nós que tivemos oportunidade de conhecê-lo.

João Carlos Bifulco

Paulo Emilio
Paulo Emilio
13 anos atrás

Parabéns Interlagos pelos 70 anos ! Mesmo que mutilada ! Deveriam ter preservado o traçado original , como acontenceu com Nurburgring ! Sou de BH e conheci Interlagos em 1977 no GP Brasil de F1. Aos 17 anos nada me segurava e passando em um buraco na cerca atras dos boxes pude ficar o sábado inteiro ao lado de meus idolos Emerson , Wilson, Pace, Peterson, Regazzoni e outros ! Outros tempos, me lembro de transitar pela pista e da imagem inesquecivel dos carros apontando no inicial do retão , a velocidade , o som inconfundível dos antigos motores 3 litros , o cheiro de gasolina e borracha ! Em 1979 de quebra ainda vi o George Harrison ! Foram lá em Interlagos “antigo” alguns do melhores momentos de minha vida !

Andre Mentenegra
Andre Mentenegra
13 anos atrás

Estou me sentindo obrigado a ler essa revista. Eu já conheço os nomes dos jornalistas que escrevem aquelas matérias, sempre falando mal dos pilotos e das equipes.

Geraldo
Geraldo
13 anos atrás

Flávio Gomes, você “comeu bola” nesta notícia postada às 18:00 … durante o dia houveram comemorações, com o autódromo aberto ao público …

Mauro José Santana Júnior
Mauro José Santana Júnior
13 anos atrás

E gostaria de recomendar o livro “Interlagos, Um Sonho de Velocidade”, é fantástico!!

Parabéns Interlagos!!

João Vitor
João Vitor
13 anos atrás

Algumas vezes viajo pelo tempo de volta aos áureos anos 70, ou 60, sei la, ouvindo as histórias antes contadas pelo meu já falecido avô paterno (15 anos hoje, infelizmente) e hoje contadas pelos meus tios e o meu pai sobre o autódromo de Interlagos em um tempo mais acessível. Contam das primeiras corridas de F1, que assistiram sentados na grama ou no capo de seus carros, viram de perto os ídolos e as máquinas, tempos este onde eu nem sonhava em nascer ainda. Sinto uma ponta de inveja quando eles contam dos amigos que correram lá com fuscas e até com motos, com karts e etc. Mas, mesmo assim, o momento mais emocionante e de lembranças mais marcantes pra mim ocorreu no já longínquo ano de 1991, em um gp Brasil , já no novo traçado. Na largada ele, sempre ele, na frente, um carro vermelho e branco e um capacete amarelo, era uma dupla perfeita, mas não era imbatível, natureza perfeita essa, se fosse imbatível que graça teria?

A corrida foi emocionante e, no final, teve um Senna com o câmbio travado na última marcha vencendo!! mas, todos já conhecem essa história. Foi, pra mim, as últimas 15 voltas mais emocionantes de todos os tempos, melhor até do que final de copa do mundo.

Depois de mais velho tive o prazer de assistir Stock Car, F1, corrida de moto, sempre lá, no setentão Interlagos.

Saudades, mas

nos vemos em outubro!

João Vitor
João Vitor
Reply to  João Vitor
13 anos atrás

Putz,

errei

“Foram, pra mim, as últimas 15 voltas…”

desculpem.

Francis Henrique Trennepohl
13 anos atrás

Sem dúvida alguma a volta de ‘busão’ na pista ano passado, no “PoeirasTur”.
Emerson, Nelson, Ayrton ou qualquer outro grande piloto jamis fez aquilo de ônibus, e nós fizemos!
Some-se isso ao fato da turma de “Sampa” ser espetacularmente fantástica, não resta mais nada a dizer.
Saudades de vocês!
Abraços

Marcelo dos Santos
13 anos atrás

Vendedor de picolé, anos 70: “Quem não pedioooooo…Pída!”

Jaime Lara
Jaime Lara
13 anos atrás

Nunca nem fui a interlagos no máximo passei na porta e posso afirmar o clima é mágico, o traçado antigo fica como uma sobra na nossa mente em quem assistia pela TV a enorme reta oposta e a linda curva da ferradura.
Parabéns a quem idealizou e a todos que contribuiram para sua continuação.

George Dias
George Dias
13 anos atrás

Valeu, Flávio. Excelentes palavras.

Luiz Schneider
Luiz Schneider
13 anos atrás

Qdo vc falou que só andando em Interlagos para entendê-lo quase chorei ao relembrar a única volta que dei de carro neste circuito. Foi no banco do passageiro, mas num carro de corrida.
É um túnel em que vc entra e não quer mais sair, vício….

Marcelo Wotroba
Marcelo Wotroba
13 anos atrás

Belo texto Flavio. Tem até algumas frases ali que podem ser imortalizadas. Interlagos tá de parabéns, não conheci o traçado antigo, mas mesmo imagino que seria de grande valia refazê-lo.
Abs

joao bosco de souza
joao bosco de souza
13 anos atrás

Me lembro de Interlagos quando era uma aventura chegar até lá. Tenho na lembrança Chico Landi, Catarino Andreatta, Pace, os argentinos Juan Fangio e Jose Froilan Gonzales. Mil Milhas, 24 hs. de Interlagos, Campeonato Triangular (Argentina-Brasil-Uruguai). Bons tempos. Belas lembranças . Parabens pela homenagem,.

Acarloz
Acarloz
13 anos atrás

Parabéns, falou tudo.

Roberto Martinez
Roberto Martinez
13 anos atrás

Interlagos sempre foi um caso a parte.
Lembranças marcantes, impossível só duas:
– A primeira vez que fui lá , no Torneio BUA de Fórmula Ford, vencido pelo Emerson…
– A primeira vez que vi um F1 de perto e pude tocá-lo, num treino da Mclaren no final de 1973, com Emerson estreiando na equipe.
– Inúmeras “perambuladas” pela pista, perto das corujas e quero-queros, assistindo a Divisão 3, Divisão 1, Fórmula Super V, Fórmula Ford, Fórmula 2 Brasil, Turismo 5000, Stock Car (Opalões), Taça Brasil de Moto, Side Car, etc;
– Inúmeras “viajadas” no muro do kartódromo, quando ainda corria de Kart e imaginava como seria uma voltinha no Templo, vendo Paulão e Indo de lado na 2;
– As Mil Milhas, as que assisti, as que participei e a que cheguei ao pódio, inclundo a de 1994 (com Piquet, Ceccoto, Barrichelo, Boesel, Ingo, André Ribeiro, Tony Kannan…) e 2006 (com Piquets, Hélinho, Ferraris, Aston Martin, Saleen, Corvettes, etc)
– Os 500 Km os que assisti ( incluindo o de 1972, o melhor) e os que participei, o que venci na categoria e fiz 3º na geral ao lado do AudiTT DTM e Prótótipo ZF V8;
– Quando andei a primeira vez;
– GPs de F1 que assisti da arquibancada;
– GPs de F1 que trabalhei , guiando Pick-ups “Fire Car”;
– GP de Fórmula 1 de 1994, quando larguei atrás do pelotão, junto com Senna (a última dele aqui) , Schumacher e cia (de Pick-up F1000 cheio de bombeiros);
Enfim, são muitas lembranças, porém , convoco nosso amigo Ceregatti a relatar sobre interlagos. Vai faltar espaço nos comentários…

Fabio de deus
Fabio de deus
Reply to  Roberto Martinez
13 anos atrás

Emerson estreou na Mclaren em 1974, 73 ainda estava de Lotus, inclusive vencendo no Brasil!!

Roberto Martinez
Roberto Martinez
Reply to  Roberto Martinez
13 anos atrás

Fábio de Deus:
Claro que o Emerson estreiou (em corridas) na Mclaren na temporada de 1974, mas como eu disse, foi no final de 1973 (dezembro), quando a temporada já havia acabado e a então nova equipe do Rato veio ao Brasil testar para a temporada seguinte, lembrando que o GP Brasil naquela época era realizado entre 25/01 a 30/01, no máximo meados de fevereiro.
Impossível esquecer que em 1973 o Rato era parceiro de Ronie Peterson na linda Lotus 72D , com nº 1 estampado sobre um circulo de fundo dourado.
Valeu.

Clauke
Clauke
13 anos atrás

Sexta Mil Milhas Brasileiras. 1961. Domingo de manhã. Eu tinha 13 anos. O primeiro carro que vejo, depois de passar por baixo da cerca de arame farpado, na curva da Subida do Box hoje chamada não sei porque de Café, foi o FNM-JK 2000 do Cristian Heins e Francisco Landi. Até então eu só tinha visto corrida na TV (a largada desta mesma prova tinha sido transmitida na Record a meia-noite pelo Wilson Fittipaldi Pai), no cinema e pelas revistas e jornais e fiquei impressionado com o cantar dos pneus no asfalto, o ronco dos motores e com o cheiro de borracha queimada e dos escapamentos principalmente dos DKWs pois eles colocavam óleo de rícino na gasolina. O Cristian Heins dirigia de camisa pólo vermelha e luvas de dedo cortado. Eles chegaram em 2°. Venceu a carretera Chevrolet-Corvette do Orlando Menegaz e Italo Bertão. O Marinho e o Bird Clemente de DKW chegarm em 6°. Dali prá frente não parei mais de ir ao “Templo”. Matava aula para assistir treino pois naquela época, anos 60s havia treino no meio da semana o dia inteiro e como eu morava na Av. Santo Amaro que era caminho para as máquinas, quando eu ouvia o “berro” na avenida já sabia que tinha treino. Vi a ascensão do Emerson, do Pace (correndo de Fusca), do Piquet. O Bird Clemente dos DKWs e depois das berlinetas e dos Alpines. Os eletrizantes 500 KM corridos pelo anel externo. O Mário César de Camargo Filho o “Senhor DKW”. O Cyro Cayres e as Simca-Abarth. O Camilo Cristofaro e sua carretera, o Anísio Campos de Malzoni e depois de KG-Porsche e outros não notáveis mas que estavam sempre lá e só quem estava com o pé na lama do S, do Pinheirinho, do Bico de Pato (ou Cotovelo), da Ferradura*, do Sargento*, da 1 e 2*, do Retão*, da Três ou Bacião* pode dizer que eles também eram valorosos. E também tive o prazer de andar na pista antiga, primeiro com uma Monareta no fim de um treino em 64 e depois com um Gol quando começavam a reforma que sepultaria a velha pista. Como dizia o Fellini: Amarcord…
*Extintas (por enquanto)

Coelho Voador
13 anos atrás

eh… espero um dia ter esse prazer, de pilotar ali… conheci Interlagos do lado dos mecanicos, dormindo no chao dos boxes, em carretas e motorhomes no estacionamento, trabalhando em equipes, fazendo bico… comecei escrever e acabei exagerando, mas valeu a pena… postei no meu blog, no link ai do nome… tenho umas fotos de la…

e uma ideia: a Indy não traria o investimento necessario para recuperar o traçado antigo? Nao valeria a prefeitura investir nisso, em vez daquele improviso na rua soh pra dizer que tem corrida, mas nao pode nem treinar? O Bernie nao permitiria o uso de um traçado tão diferente?

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Flavio, li a revista só até o seu texto. Depois, não precisei ler mais nada. Me deu um nó na garganta. Como você, gostaria de conseguir colocar em palavras o sentimento que tenho, só de pensar em vestir o macacão, entrar no carro e colocá-lo na pista de Interlagos. Sem sacanagem. Quando eu partir para aquele grande autódromo do outro lado, quero ser cremado e ter minhas cinzas espalhadas sobre o Templo, em um final de tarde depois de corrida. Um grande abraço.

Dú
13 anos atrás

De todas lembranças que tenho, a última que fica de horas atrás. Sexta novamente lá é outra, mas a de hj. foi única.
Obrigado Ingo Hoffmann.

Regi Nat Rock
Regi Nat Rock
13 anos atrás

eu estive na festa de aniversário e foi muito legal encontrar os amigos e Comparsas de sempre, além das lendas vivas que povoam nossos sonhos e que também compareceram.
Noooooossa que turma da pesada apareceu por lá.
muito legal mesmo, e sai de lá 22,30h depois de engatar longos papos com Bird, Chiquinho, Paulão Gomes, Chico Serra, Águia, Ingo, Bragantini, Alex Ribeiro, visxe, uma lista imensa. Tirando os discursos politicos que foram breves, mas necessarios, afinal o Templo é de responsabilidade da Prefeitura, representada pelo Caio da SPTur (acho que é esse o nome), Mais o Carpinelli, até o Scaglioni apareceu por lá(esse não perde uma boca livre). Valeu demais o evento.
Parabens ao Seixas e ao Chico Rosa que cuidam com deslevo da “nossa casa – nosso play ground”
O Templo fez 70 anos e eu completei 50 anos de minha primeira entrada ali com 12/13 anos. Pelo que se ouviu, renovamos a confiança de que, Interlagos será preservado e cada vez mais transformado numa multi arena, além do automobilismo. Foi dada a partida para o museu do automobilismo além de outras iniciativas bem interessantes.
Ontem estive por lá e, com o Dú Cardim ajudei um cadinho na montagem de paineis com fotos, recortes de jornal de época (que saco de maldades disponível!!) e foi bem legal ver os antigos se achando nas fotos e textos publicados a trocentos anos.
Muito legal mesmo.
Voltei pra casa feliz da vida e estou terminando o dia vendo a entrevista do Bird Clemente no Jô. A história do papa Pio Xll e o Chico Landi também não conhecia. Sensacional.

Gilberto
Gilberto
13 anos atrás

Parece estranha coincidência, mas desde de que mudaram o tracado nao se produziu mais nenhum piloto diferenciado no Brasil.

GERALDO CASSELLI JÚNIOR
GERALDO CASSELLI JÚNIOR
13 anos atrás

Interlagos tem um lugar especial no meu coração . Embora nunca tenha sido piloto profissional , freqüentava assiduamente como se assim o fosse . ( inclusive durante a semana com os treinos privados ). Era o quintal da minha casa . F1, Div.1 , Div. 3 , Hot-Car , Super Vê , Vê , Marcas , Stock etc , etc , corrida e treino pra cacete , passei grande parte da minha vida frequentando aquela maravilha . Só guardo belas recordações ( as ruins eu deleto ) . Carlos Cunha e até Euclides Pinheiro dando shows , Chico Landi acompanhando os carrões que preparava , bandas , shows aéreos , mulherada gostosa , boxes encardidos de graxa , gasolina e alcool e com direito a algumas voltinhas com o meu 250S ( nunca vou me esquecer a primeira vez de chegar na “3” no talo ) . Quem sabe bata o bom senso e reativem pelo menos a maior parte “dormente” de Interlagos . Um santuário do qual eu sou um devoto !!!

Heberson Haase Pinheiro
Heberson Haase Pinheiro
13 anos atrás

Impossível descrever? Bem possível imaginar, graças a seu texto. Abraço!

silveira
silveira
13 anos atrás

Conheci Interlagos num sábado de manhã em 99. Tinha um Stock branco treinando. Fiquei escutando o seis cilindros com 3 weber
percorrer várias voltas na pista e depois parar. Depois ficou o silêncio do autódromo. O silêncio dos Templos.
Parabens Interlagos!

Carlos Bragatto
Carlos Bragatto
13 anos atrás

Flavio, poderia sugerir ao Chico Rosa, conversar com o pessoal que faz os jogos de corridas modernos, a incluirem Interlagos como circuitos nos jogos. Grandes pistas, como Nurburgring com seus vinte-e-tantos quilometros, Laguna Seca (com o sacarolha e tudo), Mid-Ohio, LeMans (circuit de Satre), todos fazem parte de vários games, e Interlagos, não.

Eu imagino que qualquer produtora de jogos adoraria ter as portas de Interlagos abertas para mapearem e incluir o Templo em suas criações.

E seria bacana para divulgar esse traçado para uma geração que não necessariamente se interessa por Formula 1 (ou Classic Cup, com todo o respeito).

Carlão

Regi Nat Rock
Regi Nat Rock
Reply to  Carlos Bragatto
13 anos atrás

a pista já foi toda mapeada, até mais de uma vez só que os games, por razões cibernéticas (/$/$?$?$?$?$) ainda não viraram games. Tem gente trabalhando nisso a um tempão.
Numa hora dessas sai. A referencia é a stock…brirrrrrrr…

Rogério Magalhães
Rogério Magalhães
13 anos atrás

Putz, já começa com a primeira vez que entrei em Interlagos, naquele Classicos de Competição em 2007. Passa por algo debitado na conta deste blog aqui, os gloriosos farneis onde conheci muitos bons amigos. Até mesmo minha primeira vez vendo a Fórmula 1 in loco, em 2008, a emoção de ouvir aquela sinfonia dos carros e mandando às favas ambulante que queria me empurrar protetor auricular.

Mas fico com as lembranças que eu não esqueço:

– minha primeira vez dentro da pista, em uma volta lançada dentro de um certo conhecido Celta com placa de São Bernardo do Campo que dá suas sorrateiras voltas nas alvoradas dos sábados de Classic Cup. Amigo Ceregatti, não esqueço das explicações de como andar em cada trecho dessa pista que conheces bem, até hoje vejo as imagens na mente de cada tomada daquela volta.
– outra obra do mestre, mas com a cumplicidade dos nobres amigos da poeira de Santa Catarina: para um adepto dos ônibus que tanto amamos, uma outra volta por Interlagos, mas a bordo de um imponente Marcopolo Paradiso 1550 LD Volvo. E essa documentada: http://www.youtube.com/watch?v=yjYT3_AdpCA