AINDA O “JB”
SÃO PAULO (ainda não acredito) – O blogueiro Gustavo Guerrante indica e eu repasso este texto do Alberto Dines sobre o fim do “JB” impresso. Um trechinho:
Pífia, lamentável, a repercussão do anúncio do fim do Jornal do Brasil impresso. Ninguém vestiu luto – só os jornalistas – porque há muito aboliu-se o luto. O luto e a luta. Sobreviventes não lamentaram, dão-se bem no jornalismo morno, sem disputa. Juntaram-se para revogar a concorrência e enterraram a porção vital do seu ofício. Esqueceram a animada dissonância, preferiram a consonância melancólica.
Abaixo, a histórica primeira página no dia seguinte ao AI-5. Não pode morrer um jornal desses. Não assim, silenciosamente.
Newsweek deixa de ser publicada no formato impresso e também na versão em espanhol.
http://consumidormoderno.uol.com.br/inovac-o/newsweek-deixa-de-ser-publicada-no-formato-impresso
quem trabalhou ou quem nao gostaria de ter trabalhado no jb …me sinto orgulhoso ter trabalhado…por muitos anos…pena o JB ter ficado com uma pessoa que visa lucro..e so deve ler as paginas de ecomonia…como o globo (jornal grande ) jornal o flunimense (jornal pequeno) sobrevive deve ser de doacao ou uma area comercial otima….??????
O silêncio é sinal de classe.
Tem muita gente de esquerda festejando o fim da mídia independente.
Flavio, sou seu admirador e fã, mas peço que por favor não faça coro com o Dines, a quem também muito respeito. Se há silêncio por conta do fim do JB, é porque esse já é irrelevante há uma década. Já está morto, e criou nos últimos anos uma nova categoria de jornal, o jornal zumbi, e prova como é difícil quebrar uma empresa/instituição no Brasil. De JB só há a marca, tanto que nem dívidas da gestão anterior são pagas. É uma pena, mas não se pode cair nesse chororô de “ninguém vai chorar o fim do JB”. Já choraram, e quem quer luta (como o Dines), acaba por encontrar outros canais, na internet. A imprensa tradicional já está morta. E conformismo sempre existiu. Olhemos para a frente.
Não se veste luto pela morte de nada escrito neste país de analfabetos. E não é só aqui. Infelizmente, embriagados pelos quinze minutos de fama que Andy Warhol previu para cada um, as pessoas escondem sua ansiosa incultura na chamada “escrita expressa” das mídias eletrônicas (vc viu a noticia hj?). E por aí vai. Que descanse em paz o Velho JB. Que apenas não morra a opinião que ele ajudou a formar em cada um de seus leitores. Infelizmente, que desculpe o bom Lulu Santos, mas eu não vejo um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. Eu vejo apenas a pressa vazia para se chegar a lugar nenhum.
Bom dia a todos
ECIdade.
Em minha sincera opinião, não acho que devemos ficar de luto. E o futuro chegando, simplesmente isso. O que vai acabar é o JB impresso. Mas ele continuará existindo, na versão eletrônica.
Na vida tudo se renova. Tecnologias se vão, outras novas surgem. É o ciclo da vida. Lembrem-se que a apenas 15 anos atrás nem poderíamos estar aqui discutindo essas coisas, pois a internet não existia comercialmente no Brasil.
Portanto, vamos renovar nossas mentes também.
Ah, saudosos tempos do regime militar no Brasil…
Pois é, naquela época rico ia para o pau de arara e era tortura, hoje pobre vai preso, apanha e ninguém fala nada.
Naquela época pelo menos a ditadura foi democrática, seja filo de milionário ou favelado, escreveu não leu o pau comeu.
Quanto ao JB faz tempo que aquela porcaria tinha que ter fechado, duvido o Flávio Gomes fazer um tópico perguntando quando o JB vai pagar as CENTENAS DE MILHÕES que eles devem.
aprendi a ler com o Correio da Manhã,continuei com o O Jornal e agora vou parar em setembro com o JB…pô sacanagem hem!!!!!!!não tenho mais jornal para comprar…..
JB para mim sempre foi a opção não Globo de ver o Rio. Melhor, fugir da Globo.
Sucumbe o JB e continua a pasmaceira dos ricos conglomerados e das grandes “famíglias” defendendo seus sombrios interesses e só.
All things must pass. Um dia ate a microsoft cai.
Ao fazer isso eu acho que o JB está é garantindo muito bem o seu futuro. Todos os jornais impressos estão realmente com os dias contados.
Quanto antes estes grupos começem a pensar e concentrar esforços em modelos digitais que sejam viáveis economicamente, melhor para todos.
E o meio ambiente agradece!
vc ja parou para pensar com quantos metais nobres são fabricados os eletronicos e as fabricas e o lixo eletronico são tudo poluentes contra o nosso planeta
A chamadinha acima, na capa: “Ontem foi o Dia dos Cegos”.
Pelo visto, hoje também é.
Pois é FG,
Com o Dia do Cego e a “previsão do tempo” na cabeça da 1ª página…. E os censores deixaram passar…. Histórico!
É uma pena o fim do JB, a Condessa deve estar se revirando no túmulo.
Nossa mídia fica cada dia mais pobre….
Abraços tristes e boa tarde a todos,
Marcelo Foresti
A utopia da nossa profissão acabou faz tempo. Os velhos jornalistas (com exceção do Dines) estão acomodados em seus pijamas ou seus blogs. A nova geração não sabe o que é viver (e trabalhar) num regime autoritário e o que significa estar na trincheira de um jornal. Eu mesmo não sei. Me formei depois da abertura. No máximo fui um cara-pintada anti-Collor. Mas lamento pelo JB. Essa história de passar a existir só na versão virtual não passa de uma crônica de morte anunciada.