HELLÉ NICE
SÃO PAULO (gata infeliz) – Faz algum tempo que o Ricardo Divila mandou estas fotos e uma pequena história da linda Hellé Nice, a francesa que ficou famosa como dançarina na louca Paris dos anos 20 mas, depois, foi mordida pelo bichinho das corridas. Era para eu ter publicado em março, o mês das meninas. Mas fui deixando, e março passou.
Pois bem.
Nascida Mariette Hélène Delangle em 1900, Hellé Nice, seu nome artístico, era um sucesso. Amada e desejada, um dia tomou um tombo de esqui, machucou o joelho e resolveu abraçar de vez uma improvável carreira de piloto. Correu na Europa, nos EUA, e em 1936 se inscreveu para duas provas no Brasil. A primeira, no Trampolim do Diabo, na Gávea. Nessa pequena galeria aí em cima tem algumas fotos do circuito carioca. Numa delas, a da largada no Leblon, seu carro é o número 2. Tem uma foto de 1937, também, do Auto Union de Hans Stuck, num dos cotovelos da Rocinha. Hellé Nice não terminou a corrida no Rio. Dias depois, estava em São Paulo para uma prova num circuito montado no Jardim América.
Nessa corrida, Hellé Nice sofreu um grave acidente ao disputar posição com Manuel de Teffé. Seu carro bateu provavelmente em algum bloco de feno, perdeu o controle e foi catapultado em direção ao público. Quatro espectadores morreram e mais de 30 ficaram feridos. Nice voou do carro e caiu em cima de um soldado, que também foi desta para a melhor, mas amorteceu a queda da deusa.
Depois de três dias em coma, dada como morta, a francesa começou a acordar e se recuperou. Virou heroína no Brasil. Se você conhece alguma Elenice ou Helenice, saiba que sua amiga tem esse nome por causa da nossa bela bailarina.
De volta à Europa, Hellé Nice nunca mais foi a mesma como piloto. Mas era uma linda, tinha vários amantes e namorados, e durante a Guerra saiu de cena e mudou-se para Nice. A França vivia seus piores dias, ocupada pelos nazistas e controlada pelos colaboracionistas de Vichy. Fim da Guerra, as competições sendo retomadas aos poucos e, em 1949, Hellé foi inscrita para o Rali de Monte Carlo. Foi quando começou sua desgraça. Na grande festa preparada para sua volta, o almofadinha Louis Chiron irrompeu diante dos convidados e, alto e bom som, acusou a francesa de ser uma agente da Gestapo, apontando seu dedo manicurado para a pilota.
Foi um bafafá danado. Chiron nunca provou suas acusações, mas a vida de Hellé Nice acabou. Há quem diga que o monegasco, grande piloto, estava com ciúmes das atenções dedicadas à rival. Um bundão, em resumo. Porque se é verdade que muitos pilotos franceses se juntaram à Resistência na Guerra enquanto Hellé Nice vivia no bem-bom na Côte D’Azur, o mesmo pode-se dizer de Chiron, que passou os anos do conflito refugiado na Suíça comendo chocolate e tomando leite de vaquinha.
Arruinada, esquecida, Hellé Nice foi abandonado por todos, inclusive sua família. Quando a mãe morreu, deixou o pouco que tinha para a irmã mais nova Solange, com quem ela não se dava. Morreu sozinha em 1984 num fétido apartamento em Nice, vivendo provavelmente da caridade de uma instituição chamada La Roue Tourne, criada para ajudar artistas pobres e aposentados. Enterrada na pequena vila onde nasceu, Aunay-sous-Auneau, a irmã não pagou sequer a inscrição de seu nome no mausoléu da família.
E por que contar essa história? Por nada. É apenas uma boa história, de uma linda garota abandonada pelo mundo. Um mundo que abandona uma garota não vale muita coisa.
Minha mae nasceu a 29/07/1936 e se chama Helenice por conta desse evento. Mas na verdade meu avo achava que ela havia morrido no acidente, pois algumas versoes relatavam assim. Adorei essa historia!
http://zmblackhistorymonth2012.blogspot.de/2012/02/helle-nice-fearless-beauty-behind-wheel.html
http://www.ste-mesme.fr/helle-nice.html
Um mundo que gosta mais do Niccolò Paganini do que do Gianluigi da Palestrina não vale muita coisa.
Sempre achei o Chiron um grande filho da puta, exatamente por causa dessa atitude. E a grande Hellé-Nice também foi namorada dele. Pior ainda.
Aquela estátua dele, em Mônaco, por mim estaria sempre bem cagada pelos pombos…
Fiquei muito Feliz em conhecer a origem real do meu nome, Como não tive oportunidade de perguntar ao meu pai, pois ele faleceu quando eu era muito nova, agora dou razão pra escolha dele. Grande Abraço.
Facebook: Helenice Oliveira
Olá Flavio Gomes!
O soldado que faleceu era meu tio-avô. Ele se chamava Rui Rodrigues Ramos e tinha 19 anos. Não era o seu dia folga no serviço militar, mas estava ansioso em assistir a corrida e por isto trocou o dia com um colega para que estivesse livre e assim poder comparecer ao evento. A família estava acompanhando a corrida pelo rádio, ficou sabendo do trágico acidente mas nem poderia imaginar que entre os que perderam a vida estava o Rui, nem se quer sabiam que ele havia conseguido ficar com o dia livre e, evidentemente, estar presente ao evento. Foi um choque para família, minha avó que era 4 anos mais nova sempre comentava do irmão que a deixara tão precocemente. Uma ferida que só se fechou quando ela veio a falecer em 2008 aos 97 anos.
Equivoquei-me, minha avó era mais velha e não mais jovem como postei!
O jornal O Estado de S. Paulo de 14 de junho publicou:
“Do lamentável desastre o Guarda Civil José Francisco Rodrigues (19 anos), da Divisão Escolar, foi victima de um acidente singular. A automobilista francesa, cuspida violentamente do carro, foi atirada ao ar, vindo a cahir de cabeça sobre seu hombro. Como conseqüência do choque, que lhe fracturou a clavícula, o Guarda foi de encontro a um obstáculo, soffrendo ahí a fratura de duas costellas. É opinião geral que se não fora o corpo do guarda a corredora esmigalharia o crâneo de encontro ao solo. O estado desse guarda é grave.”
Estou fazendo um filme que vai incluir a Helle Nice, que vida incrível ela teve, há um livro muito bom sobre ela chamado The Bugatti Queen. abs
http://www.youtube.com/watch?v=ZLRQJMwtjxI
De acordo com o que vejo nosso amigo postou esta passagem somente para agradar alguém pois omitiu fatos importantes do ocorrido acidente, primeiramente o fato de a corrida ter sido organizada as pressas e realizada sem as mínimas condições de segurança , fato que só por si mesmo já representava perigo depois com relação ao acidente, haviam pessoas de credibilidade no local e que afirmaram que Manoel de Teffé foi quem provocou o acidente pois seria humilhante para ele ser ultrapassado por uma mulher que a quatro voltas atrás estava a 30 segundos dele, não havia nada de fardos de feno na pista e se tivesse porque só apareceu a frente dela? ha alguém jogou? mais uma prova da incompetência dos organizadores que não viram as pessoas entrarem levando fardos de feno, ou será que eles próprios colocaram os fardos de feno ali? é triste saber que mesmo e casos passados a vista grossa do compatriotas livra a cara de governantes e pessoas que tiveram ou tem nome influente, penso que se for pra contar uma passagem que conte-a como realmente foi e não omita os fatos que levam as pessoas a ver a incompetência que já nessa época imperava no meio dos holofotes onde a única intenção é ganhar dinheiro não importando os riscos que a população venha a correr, sinto muito eu gosto de ler blogs mas quando omitem a verdade só por questões de compatriotismos eu não posso aplaudir.
Ok, um absurdo SE for verdade. Mas primeiro, você quer mesmo discutir a segurança das pistas de rua dos anos 30 e 40? E, onde estão as fontes dessa afirmação?
Personagem digna de ser lembrada, mademoiselle não era apenas um rostinho bonito era bota. Apenas com curiosidade, seu apelido Helle Nice aqui se transformou em Helenice, um nome de vovós recatadas e tementes a deus, mas as origens são um pouco mais ligadas a espíritos mais livres como o de mademoiselle e não ao recato das vovós.
A origem do apelido é do patoá até hoje falado na Riviera, uma mistura de inglês e francês, afinal a Riviera francesa é uma invenção inglesa, Helle Nice vem de Elle est nice, o “Elle est” é francês, “ela é”, o nice não tem nada a ver com a cidade de Nice, é inglês e digamos que significa ela é legal, bondosa, caridosa, simpática, certamente devido aos dotes e à simpatia de mademoiselle para com o ricaços ingleses da Riviera.
Para os que acham que aquele escombro de Caçapava é o carro de mademoiselle lamento informar que o carro de mademoiselle está muito bem na Alemanha restaurado como versão Stradalle e pertence a Herr Hartmut Ibing.
Foi levado pelo inefável Colin Crabbe comprado no Brasil, pelo menos foi o que ele alegou lá na Europa, o Colin levou praticamente todas as Ferraris e Maseratis que corriam aqui como Mecânica Continental.
O carro do museu nunca teve motor Alfa Romeo, pelo que lembro é um Buick, tem câmbio desconhecido e eixo traseiro de carroça de um Studbaker.
Foi emprestado ao museu pelo Dr. Paulo Pestana diretor de detran de São Paulo, pois tinha sido apreendido vindo da Argentina via Uruguai e andava na rua nos anos 60 sem documentos. Legalmente, o carro sempre pertenceu ao Governo do Estado de São Paulo que nunca soube disso e não cuidou.
Alguns ainda falam que esse carro do museu é uma P3, a Globo acaba de veicular uma reportagem no Esporte Espetacular insinuando isso e com o Galvão Bueno narrando, uma enorme barriga. O carro do museu é uma colcha de retalhos, algumas partes da carroceria podem ser de alguma Alfa, o chassis merece uma investigação, pode vir alguma coisa interessante. Confundir essa colcha de retalhos com uma P3 é coisa de maluco ou mal intencionado, as P3 tem dois eixos cardans, um para cada roda saindo do câmbio direto para as rodas traseiras, isso para abaixar o piloto, uma P3 é um carro inconfundível.
Mademoiselle pilotava uma Monza, bem mais humilde que uma P3, e que pertencia ao franco argelino Marcel Leroux, irmão do piloto de GPs Gaston Leroux.
Quanto à história do posto de gasolina para mim é lenda urbana, pode até ser verdadeira, mas fizeram uma mixagem, ela pode se referir ao carro que está na Alemanha restaurado, completo e legitimado por especialistas, o carro do museu veio da Argentina nos anos 60, eu o vi no páteo do detran depois de apreendido, jamais poderia ter corrido na Gavea nos anos 30 e de Alfa Romeo deve ter a água do radiador e um distintivo, provavelmente de algum Jk desavisado.
Vovó recatada uma ova heim. Sou Helenice, jovem e com muito orgulho ;p
Realmente, uma bela história!
Linda.
Por essas e outras histórias que leio o seu blog.
São pessoas de coragem.
FG, eu adoro estes posts sobre assuntos e personalidades históricas. Por que não cria uma categoria específica para eles? Assim ficariam até mais frequentes.
Bela História!
O Alfa Romeo foi parar em Belo Horizonte,ficou um monte de tempo para do no Posto Retiro das Pedras as margens da BR 040 (à epoca BR-3)Quase foi vendido para o alto forno como sucata.Foi providencialmente salvo pelo lendario Robert Lee,levado para Caçapava,restaurado, conforme zelo do Lee.Vi este carro pela primeira vez em 1973 quando ,e mudei para SJCampos e bati um papo fantastico com o Lee que tinha o prazer de restaurar e contar destas preciosidades.Foi salvo tambem do saque ao espolio do Lee e realmente está hoje na Museu do Autovel de Caçapava,graças aos entusiastas do CAAT de Taubaté,liderados pelo excelente Aldo.Estava exposto no domingo na mostra de antigos de Caçapava.Falta um o outro detalhe,mas está salvo.
Essa história do posto de gasolina com o carro do museu é lenda urbana. O carro de mademoiselle está muito bem na Alemanha restaurado como versão Stradalle e pertence a Herr Hartmut Ibing. Foi levado pelo inefável Colin Crabbe como comprado no Brasil, pelo menos foi o que ele alegou lá na Europa, o Colin levou praticamente todas as Ferraris e Maseratis que corriam aqui como Mecânica Continental.
O carro do museu nunca teve motor Alfa Romeo, tem câmbio desconhecido e eixo de carroça de um Studbaker.
Foi emprestado ao museu pelo Dr. Paulo Pestana diretor de detran de São Paulo, pois tinha sido apreendido vindo da Argentina via Uruguai e andava na rua nos anos 60 sem documentos. Legalmente, o carro sempre pertenceu ao Governo do Estado de São Paulo que nunca soube disso e não cuidou.
Alguns ainda falam que esse carro do museu é uma P3, a Globo acaba de veicular uma reportagem no Esporte Espetacular insinuando isso e com o Galvão Bueno narrando, uma enorme barriga. O carro do museu é uma colcha de retalhos, algumas partes da carroceria podem ser de alguma Alfa, o chassis merece uma investigação, pode vir alguma coisa interessante. Confundir essa colcha de retalhos com uma P3 é coisa de maluco ou mal intencionado, as P3 tem dois eixos cardans, um para cada roda saindo do câmbio direto para as rodas traseiras, isso para abaixar o piloto, uma P3 é um carro inconfundível.
Mademoiselle pilotava uma Monza bem mais humilde que uma P3 e que pertencia ao franco argelino Marcel Leroux, irmão do piloto de GPs Gaston Leroux.
Voltando à história do posto de gasolina, pode até ser verdadeira, mas fizeram uma mixagem, ela pode se referir ao carro que está na Alemanha restaurado, completo e legitimado por especialistas, o carro do museu veio da Argentina nos anos 60, eu o vi no páteo do detran depois de apreendido, jamais poderia ter corrido na Gavea nos anos 30 e de Alfa Romeo deve ter a água do radiador e um distintivo, provavelmente de algum Jk desavisado.
Sem photoshop….sem silicone….que beleza!
Caramba, aconteceu alguma coisa com o Flávio? O comentário do onurB me deixou preocupado.
onurB disse:
4 de abril de 2012 às 15:37
FG, meus sentimentos.
Gomes apareça!!!
FG, meus sentimentos.
Ué, o que aconteceu?
O que aconteceu?
É inacreditavel:Este povinho que abriu as pernas para os nazi em pouquissimo tempo e adoravam depois lamber as botas deles depois,escolheram alguns para cristo para dar uma de santos.A comida é ótima,o pais é lindo mas……….
Mas nada. O povo também é ótimo, apesar do que os enlatados americanos mostram.
Já morei lá e ao menos é a impressão que ficou. É fácil criticar TODO um povo todo por atitudes tomadas por alguns em um época difícil. Em tempo: eles não se orgulham da postura na 2a. guerra mundial, mas não varrem a realidade para debaixo do tapete.
Realmente o pessoal da Provence até vai,mas o parisience principalmente,fujam.
Belo texto e um história muito interessante.
Os testemunhos de parentes que presenciaram o acidente em São Paulo são um plus a mais sobre o contexto do artigo.
A história é incrível, tanto é assim que virou livro, e quem sabe algum dia vira filme…
Parabéns Flávio
Saudações
Alexander
ninguém tem senso de humor neste blog?
cadê a minha piada?
Devia ser tão engraçada que nem foi publicada. Continue assinando com letra minúscula, é a sua cara.
Minha tia avó foi uma das que se feriu no acidente, como espectadora. Um dos pneus acertou seu braço, e ela sempre usava uma pulseira enorme, de ouro, enrolada, para tapar as cicatrizes.
A história sempre vinha à tona nas reuniões de família, quando eu interrompia tudo, ainda pequenino, para assistir a alguma corrida.
Bons tempos em que se podia usar ouro em SP…
Bem, após ler os vários comentários e perceber muita tensão no ar, vamos relaxar um pouco. Acompanho este blog desde o início e, salvo engano, FINALMENTE APARECEU UMA MULHER NUA POR AQUI. Valeu ,Flávio.
Bela mulher,
se a baixinha da Danica é reverenciada apesar de nada ter feito de expressivo, imagine uma mulher destas nos dias atuais?
Ainda por cima não morre fácil.
Acrescentando imagino o soldado olhando para cima vendo aquele corpo em pleno ar pronto para se espatifar ao solo abre os braços e grita é minha é minha, deixa que eu pego e em um lapso de falta de sorte se atrapalha pela euforia do prêmio e a coitada lhe cai em cima o levando a morte digna tendo em seus braços uma deusa.
Fim.
Pronto por hoje chega, capaz de virar mini-série global.
Nada como uma boa história bem contada…
Meu pai me contou diversas vezes a “panca” que a Helenice deu na prova de São Paulo.
Foi das boas, tanto que ele não a esqueceu até hoje, (ele está com 86 anos!)
Colaboracionistas ainda estão vivos ferrando as vidas das “Elenices”…
…dizem que o nome ELENICE provem daí…
Certamente vem mesmo, as primeiras nasceram nessa época.
já conhecia essa história,tem tambem a história do ARCHIE BROWN…é sensacional…
Ninguem “Anterou” ainda?
Então la vai: She was very “Nice” that lady, very “Nice”!
Divina Dama!
Engraçado como a única coisa que nunca muda no mundo é a existência de diversos “Chiron” espalhados por aí, apontando dedo, destruindo reputações, vidas, famílias. Tudo isso pra após um destroçante processo jurídico que só serve aumentar o “custo Brasil” e pra dar emprego pra um dos 50 mil advogados que se formam todos os anos em terras tupiniquins, em um reles rodapé de jornal, publicarem algumas palavras que dizem meio tortuosamente que tudo não passou de um engano e que o incauto acusado era inocente. Isso se o coitado (a) der muita sorte.
Esse mundo realmente não é um dos melhores lugares pra se viver.
Cada um colhe na vida aquilo que planta. Pelo que diz o texto, ela sempre teve uma vida de excessos, inconsequente, irresponsável e resregrada. Vale lembrar que ser dançarina em Paris nos anos 20 siginificava outra coisa…quem vive assim não pode reclamar do fim que teve. Não é questão de ter pena ou não, de lamentar ou não, mas apenas de ser realista.
Como alguém pode ser tão idiota? E como alguém tão idiota pode ser meu leitor?
realmente, como pode, mas este é um fardo, ou melhor uma mala que voce tem que carregar, paciência.
Falou o Mala Segundo, enzinho pachecaço (com letra minúscula mesmo).
antes que eu me esqueça, o dr jali lhe mandou lembranças.
Essa mulher foi muito corajosa. Só o fato de fazer o que gosta e encarar o preconceito da época demonstra isso.
…CRUZES…ainda existe esse tipo de animal? não havia sido extinto? e sabe ler?e escreve?
Tsc, tsc, tsc…
O cara deve ser um matusa hiper matusa, remanescente da inquisição medieval. Azar o dele…
Às vezes, tenho até vontade de ter vivido na década de 30. E agradeço isso, em parte, à Hellé-Nice.
A sua colheita vai ser esplendorosa.Os homens das cavernas pelo menos sabiam fazer fogo.Voce do alto desta fantástica estupidez consegue pelo menos amarrar os sapatos?
Lamentável, seu comentário…
Esse Ricardo Manfredini deve ser um brochadão ou ter complexo de pau pequeno….só isso explica a implicância com a moça.
Concordo com o Ricardo. Não sou ninguém para julgar a senhorita – nem para o bem, nem para o mal – mas a própria família a abandonou… talvez não fosse muito flor que se cheire. Quantas famílias será que esta senhora ajudou a destruir? Que adianta viver de sexo e tanta farra se não tem ninguém pra compartilhar o fim da vida? Se não fez amizades verdadeiras? É triste, mas serve de lição para cultivarmos o que é certo e não o mero prazer do momento.
Abraços a todos!
Reparação nunca é tarde.
A família a abandonou, a irmã que sobrou, Solange, achava incompreensível a importância de Hellé para alguém se interessar por ela quase vinte anos depois de ter morrido quando Miranda Seymour, biografa de Hellé a procurou: “francamente, não acredito que ela jamais pensou em outra coisa além de sexo e em aparecer”, declarou. Miranda pescou na hora “a fama parece ser passageira, a inveja não”, conclui.
O recalque de muita gente tb é atual.
Toda história deve ser contada, independente de ser boa ou ruim é história. Essa particularmente é excelente e como disse um colega acima daria uma boa película. Você é bom FG, daria um bom Forrest Gump.
Divina a moça, Divila!
Estou tentando lembrar se foi um documentário ou filme que assisti sobre ela. Alguém se lembra?
Não querendo dar uma de moralista, mas essa mocinha era bem prafentex do seu tempo, não a toa que sua mãe não deixou herança alguma pra ela.
“Prefentex” ???? Ah Charles, vc é do balacobaco heinnn !!!
Putz Grila!
“Não querendo dar uma de moralista”
mas já deu, meu filho. e foi muito infeliz.
Meus Avós avó me falavam da Hellé Nice, me contavam da capotada que ela deu na Av. Brasil, era super reverenciada aqui, meu sogro também me falou dela algumas vezes, “A francesa bonita que corria junto com os grandes pilotos da época”!
Quando minha sogra viajava comigo e eu “pisava” um pouco mais, ela me chamava de Pintacuda ….
Apesar da pouca mídia, os pilotos dessa época heróica do automobilismo, no tempo do Circuíto da Gávea (o “Trampolim do Inferno”), eram reverenciados como heróis, personalidades especiais, uma espécie de semi-deuses da direção!
Sobrou muito pouco atualmente no mundo desse tipo de prova, com esse tipo de personalidades “loucas” e colocadas no Olimpo da arte de se dirigir um máquina de competição, talvez o TT Ilha de Man ainda conserve essa aura de desafio à morte através da velocidade e da pilotagem pura!
Viva Hellé Nice!
As mulheres de hoje tem a obrigação de homenagea-la e reverencia-la como uma das precursoras na luta pelosos direitos da mulher.
E, o que da a impressão, é que ela nem estava preocupada muito com isso. Diziam na época que ela queria mais é se exibir, sexo e pilotar automóveis potentes.
Ela era antes de tudo, muito saudável!
Apenas uma pequena correção: Trampolim do Diabo, e não do inferno.
Qualquer hora dessas vou passar por lá, já que a coisa está ficando mais mansa na Rocinha.
Opa!
“Desculpe a nossa falha”, sabia que alguém mergulhava em alguma coisa muito quente …
Flávio Gomes, o escritor do desencanto.
Cacete, texto fóda !
Voce é fóda.
Corria, fazia sucesso… aí um acidente ferrou tudo. Seria ela um Massa de saia?
PQP!!! Dá sossego pro cara!!! Que mala!!!
Hahá, ótima comparação !!!!
Puxa, Excelente história! Daria um filmão…
Se fosse no Brasil de hoje até agora ela estaria presa e o pessoal discutindo se foi homicídio culposo ou doloso.
Leia, babaca.
http://www.antyqua.com.br/Mademoiselle-Helle-Nice.aspx
Grande Ronaldo!
A história dessa mulher é incrível.
O site recomendado é excelente.
Flavio gomes, se estiver lendo, atente para a informação que o DETRAN de São Paulo apreendeu o carro da Musa.
Vai ver não passou no teste da fumacinha!!
Roberto
Hahaha, pior que é mesmo. E estariam falando que era uma burguesa com um carrão, e que os pobres espectadores eram pobrezinhos.
Interessante que pelo menos na última década da vida de Hellé Nice (1974/1984) o mundo das competições automobilística já detinha um grande poder de dinheiro e influência e mesmo sem ser ou ter alguma conotação de instituição de caridade, permitiram que ela tivesse passado todo este tempo na miséria.
Quantos outros esportistas que nos deram tanta alegria no passado, continuam a ajudar a vender jornal com sua história, estão vivendo (ou morrendo) na mais profunda na miséria.
Aqui foi a mesma coisa, e não foi preciso nenhum grande acidente ou acusação.
Vejam como terminaram a vida o Barão de Teffé e o Benedicto Lopes.
Estória muito interessante e triste.
PS. Mudando de assunto: é impressão minha ou vocês evitaram de falar não mais que o necessário sobre o evento automobilístico que ocorreu nesse domingo de uma categoria e cujos direitos de transmissão pertencem a uma certa emissora que prefere exibir outra coisa no mesmo horário?
Falar mais que o necessário nunca é bom.
Ron, é porque existe um certo time de São Paulo que tem prioridade de transmição em todas as emissoras, aconteça o que acontecer no mundo, mesmo que esse estiver acabando, entrará sobreponto seja lá o programa que for de quem quer que seja, baseado na teoria (equivocada) de que é a maior torcida do Brasil, time este que, quando faz um gol, todas as emissoras tocam o seu hino.
Assim como eu, conheço inúmeras pessoas que tem deixado de assistir e acompanhar futebol brasileiro em razão dessa nojeira.
Recomendo fortemente a leitura de sua biografia, The Bugatti Queen, da Miranda Seymour.
Quanto a Chiron, não creio que tenha agido por ciúmes, até porque ele era um dos maiores nomes do automobilismo na época, enquanto Hellé Nice chamava a atenção basicamente por ser uma mulher atuando em um meio predominantemente masculino. Agora, talvez Chiron tenha denunciado a francesa com medo de ser ele próprio acusado de ter mantido alguma forma de colaboração com os nazistas, visto ter sido piloto oficial da Mercedes Benz no final dos anos 30, quando a equipe já funcionava como um dos instrumentos de propaganda do Reich. A acusação teria sido uma forma de ‘tirar o seu da reta’, e Hellé Nice injustamente pagou o pato.
no brasil, na época da ditadura tivemos um cantor que teve quase a mesma sina, o wilson simonal; acusado de colaborador, (nunca provaram nada), também morreu desgostoso com seus amigos acusadores.
O Simonal foi vítima de inveja e racismo.
Muito bem colocado!
Até hoje tem gente que considera o Simonal “X-9”.
Hahaha, sua justificativa no final foi engraçada. “Por que? Por nada…”
Bem como não comentar sobre a Hèlle Nice…a conheci ainda criança com as histórias de meu pai que jurava ter visto essa corrida de São Paulo junto do meu avô, que tinha acabado de chegar da Itália. Meu pai contava entusiasmado que bem pequeno via os carros passando no Jardim América, imitava até o barulho dos motores quando me contava. meu pai sempre foi um fã “doente” de Hélle Nice e Pintacuda. Essa é uma página deliciosa da História do Automobilismo no Brasil, comumente esquecida e relevada a um segundo plano se comparada a História do Automobilismo dos anos 60 pra frente.
Excelente história, já tinha ouvido falar do acidente em SP, parece que foi na avenida Brasil.
Descobri que tem uma biografia sobre ela, acho que ainda não lançado no Brasil, preciso aprender a ler bem inglês urgente:
http://www.amazon.com/Bugatti-Queen-Search-French-Racing/dp/1400061687/ref=pd_sim_sbs_b_1
Ela era chamada de “Bugatti Queen”
Show.
Puxa vida, isso dá um belo de um filme.
Oi, FG!!!
Por coincidência, fui num encontro de carro antigo neste domingo – 01/04 – e o Alpha Romeu, modelo Grand Prix,a no 1932, usado pela Helle Nice estava lá!!! Tirei umas fotos bacanas…
Como faço pra te enviar as fotos?!
Abraços,
Marcelo Rezende
Complementando, o encontro foi em Caçapava-SP!
Alpha Romeu é fogo, o correto é ALFA ROMEO.
Como tem cara chato nessa merda…
Ele grafou como viu no emblema do carro, que por acaso era como se grafava na época em pauta ÔÔÔÔÔ criatura!
Tu é phoda, com ph e tudo!
Comentário chato: Alfa no Alfa Romeo é e sempre foi com F, pois o ‘Alfa’ da marca é uma sigla, que no italiano que dizer “Fábrica Anônima de Automóveis da Lombardia”
Deixa o cara, ele é do tempo que a vovó phodia.
Há controvérsias.
Alguns especialistas dizem que não é o mesmo carro, que o carro original teria sido embarcado para a Europa.