TRI IN SAMPA (5)

SÃO PAULO (quotes) – Algumas coisinhas que aconteceram aqui hoje — e ainda estão acontecendo…

– Pérez deixou escapar que Gutiérrez será seu substituto no ano que vem. Nenhuma novidade, mas a Sauber programou um anúncio oficial com alguma pompa e circunstância. Deve ser amanhã. Ou sábado. Ou domingo de manhã. Pobre Kobayashi.

– Interlagos marca algumas despedidas, domingo. A mais célebre, claro, de Schumacher, que se aposenta pela segunda vez. Falou muito disso na coletiva da manhã. Disse que não está triste, que a segunda passagem não deu muito certo, que está pronto para tentar “uma nova vida de novo”.

– Alonso acha que a Ferrari vai ter mais trabalho que as rivais no inverno para fazer um carro forte para 2013. O time gastou muito tempo e energia tentando melhorar o atual. Não teve muito sucesso. Mas, pelo menos, e graças ao esforço do espanhol, chega à última prova do ano com chance de título. Já é alguma coisa.

– Alonso e Vettel foram instados (ô palavra horrível) a falar sobre Schumacher. Alonso disse que correr contra ele foi e é um privilégio. “Sempre aprendemos muito com um cara como ele, que mudou um pouco a cara deste esporte”, mandou. Tiãozinho foi mais emotivo e prolixo. Lembrou que era um moleque quando Schumacher já conquistava vitórias e títulos. “Sempre foi meu herói, uma inspiração para mim e para outros garotos. Ele era nosso herói. Em Kerpen, ele organizou um campeonato com mais de 100 crianças e entregou os troféus a todos eles, um por um. É uma lembrança muito especial que tenho. E correr contra ele é como um sonho. Estes últimos anos foram muito especiais para mim. Porque quando eu era criança pequena lá em Barbacena…” e foi por aí.

– Instado (ótima palavra, se encaixa bem em tudo) a falar sobre a quebra do lacre do câmbio de Massa em Austin, Alonso se defendeu. Disse que se orgulha da equipe pela transparência. E que outras equipes fazem essas coisas o tempo todo, na calada da noite, e ninguém contesta. “Geralmente, no sábado à noite”, falou, especificando a noite calada. “Foi uma decisão estratégica, e como funcionou, todo mundo reclamou. Nem todas as equipes dizem a verdade quando tomam decisões como essa.”

– Em Abu Dhabi, dois anos atrás, Alonso tinha 15 pontos de frente sobre Vettel. Perdeu o campeonato. “Era outra F-1, não tinha asa-móvel, era mais difícil fazer ultrapassagens.” Naquela corrida, Fernandinho ficou atrás de Petrov por 159 voltas. No check in do aeroporto conseguiu passar, porque tinha um cartão de milhagem melhor.

– Hamilton se despede da McLaren, equipe que defende desde o primeiro ultrassom na barriga da mamãe. Às vezes, parece estar arrependido. Às vezes, empolgado com o desafio. Ele disse que pretende almoçar na McLaren todos os dias no ano que vem, porque a comida é boa. Na Mercedes, dizem, só tem salsicha com salada de batata.

– Na Williams, quem anda amanhã cedo é Bottas. Está no contrato. Bruno fica vendo, mesmo na corrida de casa. Acho meio cruel, isso. Em Interlagos, poderiam ter dado uma canja ao primeiro-sobrinho.