BETÃO

SÃO PAULO (belos tempos) – A missiva de hoje vai para o príncipe Albert, que assumiu o trono monegasco em 2005, depois da morte de seu pai Rainier. Para lembrar algumas historinhas daquele pedaço especialíssimo do planeta. Um trechinho:

selinhomontecarloLá ia eu percorrendo a reta dos boxes quando passei em frente ao prédio onde vocês montam aquele camarote para assistir à corrida. Eu tinha chegado vários dias antes do GP e já estava tudo pronto. Sempre tive curiosidade sobre aquele prédio e seus moradores. Nem é um negócio muito luxuoso. Um bom edifício, com um agradável recuo no jardim da entrada. O único lugar onde dava para colocar aquele negócio, no fim das contas. Então parei e toquei o interfone. Tinha lá um sujeito na portaria que veio falar comigo e contou uns casos interessantes. Falou, por exemplo, que seu pai nunca ficava lá depois que começava a corrida. Saía de fininho, pegava o elevador e subia no apartamento de um amigo onde via tudo da janela comendo amendoim e tomando umas cervejas compradas naquele pequeno mercadinho Casino que fica no fim da reta, perto da Sainte-Dévote. Eu mesmo deixava uns francos lá, de vez em quando. Pasta de dente, sabonete, essas coisas.

Para ler tudo, é só clicar aqui.

Subscribe
Notify of
guest

20 Comentários
Newest
Oldest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Luis Michielin
Luis Michielin
10 anos atrás

Bom…foi comentado com o Edgard, em um forum, o texto do FG, e ele disse que realmente queria que as cabines caissem na pista mesmo, que era um grande barato as transmissões da F1 e que ele não podia deixar aquela oportunidade passar.
Grande Edgard, alma viva do automobilismo nacional;

Wagner
Wagner
10 anos atrás

Amigo Flávio,

Tenho saudades do Edgard.

Quando ele comandava o programa “Pole position”, veiculado na Rádio Bandeirantes, desmarcava qualquer compromisso somente para ouvi-lo.

Ele tinha alma, opinião e principalmente, gasolina na veia.

João Carlos
João Carlos
10 anos atrás

Muito legal!

Rafael Vieira
10 anos atrás

Flavio, a carta é sensacional e realmente essa volta no circuito a pé é realmente emocionante. Não sou nenhum nascido em berço esplêndido, mas em 2010 após anos de planejamento e economias assisti o GP de Mônaco, realmente a infra que montam para o GP é algo inimaginável, pois a TV não mostra exatamente como é, somente estando lá para ver. Assistindo os vídeos de anos anteriores a coisa era bem diferente, pois hoje as cabines de transmissão não ficam mais na reta, ficam do lado da Marina ao topo das tribunas, onde a imprensa vê todos os boxes, mas a reta só por TV mesmo.

Ainda assim o extra GP, a diversão e a “Balada” que o circuito se transforma após encerrada as atividades automobilística é inesquecível. Como todo turista, tirei foto deitado na zebra da chicane da saída do túnel, Saint Devote, coisa de turistão mesmo. Eita vontade de estar por lá nesse final de semana.

carlos lima
carlos lima
10 anos atrás

Ótima carta, repleta de memoráveis lembranças. Flavio, admiro muito sua escrita. Bravo!

Nelson
Nelson
10 anos atrás

Fantástica carta. Saudades de 73, 79 e 86. O mercadinho é realmente parada obrigatória. Valeu pela viagem no tempo !

Marcog
10 anos atrás

Figuraça… Edgard Mello Filho faz falta. Por onde anda ?

Luis Michielin
Luis Michielin
Reply to  Marcog
10 anos atrás

Edgardzão participa do programa “loucos por automobilismo” no site autoracing (http://autoracing.com.br/). Os comentários da fera são fantásticos, sabe muito de automobilismo e tem grandes histórias pra contar!!

Antonio
Antonio
10 anos atrás

Aquela corrida de 92 foi fenomenal.
O Leão fungava no cangote do Senna que
fazia um traçado que não deixava brechas.
Foi a perfeição em forma de pilotagem.

Ron
Ron
10 anos atrás

Muito bom!

José Carlos Barbirotto
José Carlos Barbirotto
10 anos atrás

Oi Flávio
Passei por lá semana passada, sonho antigo que realizei, engraçado ver seu texto, a gente faz tudo igual, hotel em Nice, passeio a pé pela pista, até no mercadinho Casino eu fui, muito legal!

Filipe Pimenta
Filipe Pimenta
10 anos atrás

“Ele dava cada porrada com os sapatos na bancada que os contêiners começaram a balançar ainda mais e eu pensei: vai cair essa porra toda e vai ser o pior acidente da história do automobilismo, cabines de rádio no meio da pista e carros de F-1 explodindo.”

Só de imaginar a cena eu dei pala de tanto rir! kkkkkkkkkkk

Eduardo
10 anos atrás

Flavio excelente texto, isso nos remete aos anos 90, parabéns

Wellington
Wellington
10 anos atrás

Bela história Flávio! Salvou minha vontade de conhecer Mônaco, que seu amigo Fábio Seixas disse que era chato, que aquilo não é vida…

Nelson
Nelson
Reply to  Wellington
10 anos atrás

Chato em Mônaco é não poder ficar em algum iate, não participar das festanças, não entrar no cassino com uns 10.000 dolares, não se hospedar no Hotel de Paris e principalmente não correr!!!

André
André
Reply to  Nelson
10 anos atrás

Piquet?

Nelson
Nelson
Reply to  André
10 anos atrás

Quem me dera!!!

Contin
Contin
10 anos atrás

Bacana demais essas colunas em formato carta! Parabéns!

Rubem
Rubem
10 anos atrás

Excelente texto! Vc não tem noção de como eu ria lendo o parágrafo a respeito do comentarista da Bandeirantes. Muito bacana as suas experiências. Tive a oportunidade de assistir a apenas um gp, o de valência no ano passado, onde o Fodón de las Astúrias ganhou (com uma sorte daquelas, que ajuda sempre quem faz por onde né não?) e ainda foi comemorar com a galera. O mais bacana que o cabra parou o carro bem em frente à arquibancada onde eu estava. E dali, ele regeu o coro de espanhóis, quebrados, ferrados, mas que tinham um ali da espécie com bolas pra dar e vender. É uma comparação meio chula, mas o Ayrton bebia da mesma fonte. Enfim, uma experiência bacana, ainda mais por ser feita em frente a arquibancada mais baratinha, sem lugares marcados nem nada. Eu até tenho um vídeo no youtube da cena: http://www.youtube.com/watch?v=p_c4ovj79Gc O início é um porre, e relevem as minhas qualidades de cinegrafista com a zorra se instaurando ao meu lado na arquibancada.

Ismail Salles
Ismail Salles
10 anos atrás

Flávio, essas cartas para a coluna semanal são demais. Decisão maravilhosa. Um primor para quem gosta da sua prosa. Fantástico. Do jeito que ficou, me senti lá na cabine, embora tenha visto pela TV na época e somente hoje entenda o que motivou o Edgar a ficar jeito que ficara. Obrigado.