ENCHE O TANQUE

MilhoBombaSÃO PAULO (prefiro pamonha) – Na esteira da discussão sobre a adição de álcool à gasolina no Brasil já nos anos 30, recebo mensagem com foto do Jason Vôngoli, que informa:

Não era só o Brasil que abastecia carros com álcool antes da guerra. Essa foto tirada em Nebraska, no início dos anos 30, mostra duas bombas de gasolina pintadas como espigas de milho, num posto sem bandeira conhecida. O objetivo era incentivar o consumo de uma mistura de 10% de álcool de milho na gasolina, em benefício dos plantadores de milho do Meio Oeste estadunidense (conhecido como o “corn belt”). Os agricultores lutavam para sobreviver aos difíceis anos pós-depressão. Num cartaz, o slogan “Development Means Corn Belt Prosperity”.

Como sempre, bem informado meu amigo, que vende milho na praia e também fabrica curau.

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Ricardo Arcuri
10 anos atrás

Mais uma vez somos americanizados. E quem diria, em algo que o mundo todo reconhece ser original do Brasil….

PRNDSL
PRNDSL
10 anos atrás

O próprio Henri Ford era a favor do uso do álcool etílico como combustível. Seus carros podiam quemar este combustível. Por falar em queimar, ele usou uns bons cobres na tentetiva de incenvivo do uso do álcool, tendo plantações imensas. Perdeu feio para a decoberta de petróleo (baratíssimo por sinal) no Oklahoma e Texas…

Carlos Cwb
Carlos Cwb
10 anos atrás

Quando americano mistura álcool na gasolina o povo aplaude porque é pra ajudar os plantadores.
Aqui em Terra Brasilis, todo mundo cai de pau porque o “motorzão” vai perder desempenho e consumir mais…

Minoru
Minoru
10 anos atrás

O período pós depressão foi catastrófico ao Meio-Oeste americano que sem ter para quem vender, simplesmente deixaram pararam de plantar milho e largaram a terra nua o que criou um problema ecológico, o Dust Bowl, que com a terra erodida virando deserto e somado a fortes ventos e seca, se formaram tempestades de poeira tão grandes que algumas literalmente soterraram cidades inteiras e até chegaram a atingir cidades da costa Leste como New York e Washington.

Daí o que era “apenas” um problema dos caipiras do meio-oeste se transformou em um problema nacional e que levou mais de 10 anos para se reverter, através de diversos programas governamentais de replantio de árvores e políticas de estímulo ao plantio e do uso de técnicas de anti-erosão.

Por isso que, até hoje, a agricultura americana do meio-oeste baseada no milho é tão protegida e é um dos motivos das restrições às importações de etanol brasileiro pois eles estão numa situação onde se a terra ficar novamente descoberta eles já sabem o que virá depois.

JOANNIS LYKOUROPOULOS
JOANNIS LYKOUROPOULOS
10 anos atrás

COMO NESTA ÉPOCA EXISTIA A LEI SECA,O JEITO ERA IR AO POSTO E TOMAR UMAS E OUTRAS.

Lucas S.A.
Lucas S.A.
10 anos atrás

Essa página é boa: http://en.wikipedia.org/wiki/Ethanol_fuel_in_the_United_States. Segundo ela, o Ford T já era Flex em 1908.

Martim
Martim
10 anos atrás

Além da pamonha tem a polenta, a maior criação italiana de todos os tempos.

Nelson Barreiros Neto
Nelson Barreiros Neto
10 anos atrás

Meu amigo, se vc gosta de pamonha, quando vier pra Piracicaba te pago uma depois de comer um pintado na brasa (se vc gostar de peixe, o nosso, modestamente não tem igual).

Mas aqui tá tudo tão entopetado de canavial, que até o carrinho com o alto-falante “pamonha, pamonha de Piracicaba, é o puro crime do milho” não escutamos mais infelizmente. Tempos felizes de uma infância que se foi…

Valeu lembrar nos tags a minha cidade…

Marcio Cowboy
Marcio Cowboy
10 anos atrás

Álcool de milho, pra mim, só Jack Daniel´s. Sem gelo, por favor.

Alexandre - BH
Alexandre - BH
10 anos atrás

Sonho de consumo (com álcool de milho, de cana, de beterraba, de qualquer coisa):
http://flaviogomes.warmup.com.br/2012/04/fiat-ou-1800/