O FIM DO TAZIO

Tazio Nuvolari: o grande piloto dos anos 30 foi a inspiração para o nome do site que hoje encerra suas atividades
Tazio Nuvolari: o grande piloto italiano dos anos 30 foi a inspiração para o nome do site criado pelo jornalista Fábio Seixas, que hoje encerra suas atividades

SÃO PAULO (acaba logo, 2013) – Sete anos atrás, pouco mais, pouco menos, o amigo Fábio Seixas veio ao meu escritório, na Paulista, no maior formalismo do mundo. Só faltou colocar terno e gravata. Achei aquilo esquisito porque se tem uma coisa que eu e o Seixas nunca exercitamos foi qualquer traço de relação formal. Fala logo, meu filho, o que aconteceu? “Eu e o Odinei vamos montar um site”, ele disse.

Foi, talvez, a única vez em que o Seixas se dirigiu a mim sem me chamar de “anão”, “seu bosta” ou “seu merda”. O Fábio se achou na obrigação de me comunicar que dali a alguns meses colocaria no ar o Tazio, em sociedade com o narrador da Rádio Bandeirantes, Odinei Edson. Por quatro anos, nas temporadas de 2002 a 2005, nós três formamos o time da emissora na cobertura e transmissão das corridas de F-1. O site seria um novo negócio dele, que passaria a ser meu concorrente. Daí ele ter se sentido obrigado a me dar alguma satisfação. Que me lembre, o único comentário que eu fiz, na hora, foi: que porra de nome é esse?

Esse tipo de coisa é muito rara, dar satisfação, ser leal, honesto e transparente. E foram estas as características do Tazio e de todos que nele trabalharam nos anos seguintes, inclusive depois de ser vendido ao empresário Caio Maia: um site feito por gente leal, honesta e transparente.

O Tazio sempre foi um rival de peso, entre outras coisas por estar hospedado no UOL, portal concorrente do iG e do MSN — no primeiro, onde o Grande Prêmio esteve de 2000 a março de 2012; no segundo, onde está desde então. Na estrada havia muito tempo (o site Warm Up estreou modestamente em 1996, quando a gente não sabia direito o que seria a internet, mas por via das dúvidas foi entrando), o Grande Prêmio não foi propriamente afetado pela chegada do Tazio. Nossa audiência sempre foi muito sólida, formada por leitores chatos e fiéis, nossa reputação, idem, e o modelo de negócios que adotamos desde o início não se alteraria em função de qualquer espécie de concorrência. Mas a gente se aprumou, claro.

Melhoramos, passamos a observar atentamente o que “eles” faziam, criamos algumas coisas novas e fomos em frente. Dividimos audiência e notícias nesse tempo todo e os dois sites acabaram praticamente monopolizando a informação sobre esportes a motor na internet brasileira. Sem que um tirasse leitores do outro, diga-se. Público de automobilismo é sedento por informação boa, de qualidade. Quanto mais, melhor. Ambos, Tazio e Grande Prêmio, ofereciam isso.

Pois o Tazio não vai oferecer mais. A empresa que assumiu o site alguns anos atrás decidiu concentrar suas atividades em outras áreas e nosso concorrente sairá do ar hoje, dia 31 de dezembro como informa a equipe do site neste link.

Não cabe aqui discutir as razões dos novos donos. Cada um sabe o que faz com seus negócios. Mas cabe, sim, lamentar e refletir sobre o fim de uma página importante, conduzida desde o início por profissionais sérios, competentes e comprometidos com o bom jornalismo. Viabilizar qualquer projeto editorial na internet, hoje, é um exercício de criatividade e sacrifício. Sei bem do que estou falando. O mercado publicitário relutou durante muito tempo em entender o que significa a rede, ainda reluta, e as mudanças na própria são muito velozes e por vezes difíceis de acompanhar.

Aos trancos e barrancos, o Grande Prêmio sobreviveu a um período muito difícil entre 2002 e 2005, mais ou menos. Só não fechou as portas por insistência deste que vos fala, pela competência e dedicação dos que aqui trabalharam e ainda trabalham e por uma crença cega no futuro da internet. Não erramos em insistir. Não há dúvidas de que é aqui que as pessoas passaram a se informar, embora a solidez financeira de negócios independentes seja semelhante à de uma gelatina Royal. No fim das contas, quem continua ganhando dinheiro e concentrando investimentos na internet são os grandes grupos de comunicação e tecnologia, com seus portais e aplicativos. Isso não mudou muito. E o crescimento arrasador de ferramentas como o Facebook e outras redes sociais achatou os valores da publicidade, fez com que gigantes como o Google atacassem esse mercado e passassem a concentrar verbas que foram matando páginas independentes e passaram a ameaçar até os grandes portais.

É um mundo novo e incerto, que vai deixando mortos e feridos pelo caminho. Os jornais e revistas impressos que o digam. São abatidos como moscas, muito em função da enorme oferta gratuita de informação (nem sempre boa e confiável) na internet, muito em função do mau jornalismo que passaram a praticar quando tiveram de cortar custos para enfrentar a concorrência das novas mídias.

A verdade é que ninguém sabe direito onde isso vai parar. Com a popularização dos smartphones e tablets, então, arrisco dizer que a imensa maioria dos consumidores de informação, hoje, não se importa muito com a origem dela. Batem o olho rapidamente em manchetes e se sentem informados, sem a menor profundidade. Todo mundo virou especialista em generalidades. E esses novos dispositivos, igualmente, concorrem com quem produz informação na medida em que oferecem muito mais entretenimento do que leitura — a saber, coisas como Instagram, Whatsapp, Snapchat, YouTube, Twitter, joguinhos e sei lá mais o quê. Que ninguém se iluda achando que as pessoas hoje leem tudo nos seus celulares, que passaram a ser todos eruditos bem informados e atualizados sobre as coisas do universo. Antes, esses pequenos brinquedinhos do capeta se tornaram centrais de entretenimento, mesmo. Quando se vê alguém com fones de ouvido mergulhado numa telinha de celular dentro de um ônibus ou metrô, num restaurante ou mesmo caminhando na calçada — e todo mundo fica assim o tempo todo —, pode ter certeza: não é Saramago que está chegando ao povo, nem a versão em português do “El País”, muito menos um concerto da Filarmônica de Berlim; é alguém que está vendo um vídeo idiota do Danilo Gentili, lendo notícias sobre o vestido da Claudia Leitte, se informando sobre o próximo Big Brother, ou escrevendo “adorooooo” para uma foto de joelhos bronzeados em Caraguatatuba.

Assim, produzir conteúdo, conquistar leitores e fazer com que o mercado publicitário aposte em páginas que têm como função primordial informar não é fácil. Talvez por isso o Tazio esteja se despedindo hoje. Claro que é legislar em causa própria, mas me parece evidente que as empresas que poderiam e deveriam investir em sites de nicho, que têm milhares de leitores fiéis e exigentes, têm sido muito contemplativas diante desse cenário. As agências que cuidam das contas desses clientes preferem o mais fácil, que é torrar fortunas em comerciais na TV ou nas páginas de uma ou outra revista ou jornal, porque é igualmente mais fácil apresentar resultados genéricos. “Olha aqui, a ‘Veja’ tem um milhão de assinantes, então seu anúncio foi visto por um milhão de pessoas”, dizem. Ou: “O ‘Jornal Nacional’ teve 20 milhões de telespectadores, então seu anúncio foi visto por 20 milhões de pessoas”.

Foi assim por um tempo, mas quem tem noção do que é retorno concreto e da eficácia de qualquer peça publicitária, ainda mais com os recursos que a internet oferece, sabe que não é dessa maneira que as coisas funcionam no mundo real. Primeiro, que os números muitas vezes são inflados ou, simplesmente, inventados. Depois, que nada garante que os 20 milhões de telespectadores estimados de determinado programa de TV tenham visto o comercial X. Ou que o milhão inteiro de leitores (se eles existirem, claro) da revista capenga tenha prestado atenção no anúncio Y. E desse milhão, quantos se interessam realmente por um pufe ou um sofá? Qual o resultado, enfim, além de poder mostrar o anúncio publicado ou gravado num clipping para o cliente?

Na internet, os resultados são mais precisos. Ontem, por exemplo, mais de 300 mil pessoas acessaram o Grande Prêmio para ler notícias sobre Michael Schumacher. É mais do que a tiragem diária da “Folha”. “Ah, mas a ‘Folha’ tem 300 mil leitores diários e vocês só tiveram ontem’, dirá alguém. OK. Mas quantos desses 300 mil leem diariamente o que sobrou do caderno de Esportes? E desses, quantos leem notícias de F-1? Faz sentido alguém pagar caro por um espaço na página do jornal onde se encontra o noticiário de F-1 sem saber quantas pessoas vão, efetivamente, passar os olhos por ali?

Nossa audiência de ontem não é um número estimado, é real. Foram 300 mil almas diferentes que procuraram o site atrás de algo muito específico, pessoas que têm igualmente interesses específicos, que formam uma massa de leitores verdadeira, e não chutada. Por valores muito menores do que os praticados na chamada grande mídia, anunciantes podem atingir públicos muito mais promissores. Todos, sem exceção, gostam de carros, de corridas, consomem produtos ligados ao esporte e ao automóvel, colocam gasolina e álcool no tanque, compram pneus, têm perfil muito claro no que diz respeito à faixa etária, renda, gostos, hábitos de consumo etc.

Não é fácil, porém, romper práticas de décadas. Cedo ou tarde, no entanto, isso vai acontecer. Porque os anunciantes vão perceber que gastar uma fortuna numa página de uma revista que ninguém mais lê (porque é ruim e irrelevante, não porque é uma revista), ou num jornal que vai embrulhar peixe (não porque é jornal, mas porque é tão ruim que só serve para isso mesmo), é rasgar dinheiro. O público migrou para fontes mais confiáveis, ágeis e completas. Na internet tem muita porcaria, claro, mas tem muita coisa boa, também. É, hoje, a mídia mais importante para 88% dos consumidores de informação no Brasil, de acordo com o levantamento “Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia” do IAB Brasil. 38% dos 2.075 entrevistados nesse estudo passam, pelo menos, duas horas por dia navegando na internet, sem contar o tempo gasto lendo e-mails ou trocando mensagens instantâneas; 27% deles gastam o mesmo tempo vendo TV e apenas 7% lendo revistas ou jornais.

O problema é que nem todo mundo tem fôlego, teimosia e disposição, no caso dos sites jornalísticos, para esperar o momento em que esse jogo vai virar. O Tazio resistiu quanto pôde, e cumpriu sua missão com louvor. Nós, do Grande Prêmio, não temos nada a comemorar com a extinção de nosso maior concorrente. Não vamos herdar audiência, nem verbas publicitárias. Vamos, apenas, perder mais uma referência importante na prática do bom jornalismo. Os leitores, também.

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Eduardo
Eduardo
5 anos atrás

O Tazio nunca foi um concorrente pq ninguém se restringe a abrir um único site por dia e 90% dos leitores do Tazio sempre foram os mesmos leitores do Grande Prêmio. Nós simplesmente abríamos os dois sites, a procura de alguma informação que o outro (ainda) não tivesse dado.

Rodrigo Vieira
10 anos atrás

Triste realidade: Brasil, um país de ilusionistas.

Andre
Andre
10 anos atrás

Lamento tambem.
O Tazio era minha referencia para o esporte automotor.
Um dia volta ! ?
Abs

Ulisses
Ulisses
10 anos atrás

É isso aí Flávio!
Por essa, entre outras, eu dou uma passada aqui sempre que posso, para deixar algumas (humildes) opiniões do que sempre vi e li na vida sobre esse “tema” que nos apaixona.
Nos últimos anos, uma leitura diária no Grande Prêmio e (as vezes) no Tazio, me supre a desinformação da mídia oficial, (superficial e artificial!) sobre esportes a motor.
Uma pena o fim do Tazio!

Igor Canavarro
Igor Canavarro
10 anos atrás

Depois do Jalopnik Brasil, agora é o Tazio que sucumbe frente à concorrencia. Pena.

Anderson
Anderson
Reply to  Igor Canavarro
10 anos atrás

Jalopnik pertencia à mesma empresa que o Tazio. E não foi pela concorrência, como o Flavio expôs no texto

Paulo "McCoy" Lava
Paulo "McCoy" Lava
10 anos atrás

Hi there! Happy New Year to Flavio, his WU colleagues and you all.
Now on, Portuguese language. Sou mais que lamenta o fim de mais um ‘website’ especializado em Automobilismo. Portanto, ao menos neste quesito, eu pouco tenho para acrescentar.
Gostaria, isto sim, de comentar que o parágrafo no qual o proprietário deste blog alinhava interessantes tópicos sobre o quesito ‘verbas publicitárias’. Até porque, uma das situações ali registradas (“As agências que cuidam das contas desses clientes preferem o mais fácil, que é torrar fortunas em comerciais na TV ou nas páginas de uma ou outra revista ou jornal, porque é igualmente mais fácil apresentar resultados genéricos”) me trouxe à memória situação que presenciei em 2012, mais especificamente, durante ‘weekend’ no qual o ‘circo’ da Stock Car Brazil esteve no RGS. No sábado que antecedeu a prova, compareci, junto de outros jornalistas gaúchos, ao camarote de uma das montadoras que ‘atuam’ na categoria. Fomos bem recebidos por alguns representantes da empresa no RGS e por publicitários. E havia, isto eu lembro bem, gerente de uma revenda situada na cidade de Canoas (região metropolitana). Em determinado momento, dois colegas elogiaram meus conhecimentos e meu estoico esforço em termos de preservar datas e fatos do automobilismo.
“Paulinho, tu tem que montar um ‘site’ de estatísticas e disponibilizar tais dados históricos” – frase de um escriba.
Detalhe: Eu NÃO posso me dar ao ‘luxo’ (!) de pegar meu banco de dados e ‘jogar’ no mundo virtual. De graça? Not on my watch WAY! (= sem essa!)
Aí, my friend… fui falar em valores. Mas… a exemplo de outras ocasiões, ouvi frases do tipo:
“Bah, tu vê. A situação…”
“Orçamento já está comprometido”.
“A crise na Europa”.
“Estamos gastando muito no apoio a candidatos nesta eleição”.
(Só faltou botar a culpa na personagem ‘Nina’, daquela novela que fez sucesso recentemente)
Etc.
Me peguei pensando: será que uma montadora, ou uma revenda, quiça, loja de autopeças, irá ‘falir’ se apoiar um ‘website’? Idem para demais empresas envolvidas com o ramo automotivo? ‘I don’t think so!’
Até hoje, não tenho resposta. E, creio, nem mesmo o Flavio, tampouco os hoje ‘antigos’ proprietários do Tazio obtiveram resposta para a mesma pergunta que eu fiz…
(ouso imaginar que nestes tempos ‘modernos’, patrocinar um ‘website’ de noticias de automobilismo é uma situação amedrontadora. Para os publicitários, então, é como gritar ‘fogo’ num cinema lotado. Muitos deles entram em pânico só de ouvir / ler essa frase…)
Grato pela atenção…
Have a good one.
See ya,

Paulo Lava
Jornalista / Pesquisador

Gustavo Lúcio
Gustavo Lúcio
10 anos atrás

Vai fazer falta. O Tazio bem que podia ter descolado uma verba publicitária de alguma empresa do segmento, como a Petrobrás (ou não segmentada, dos Correios p. ex.) e continuar a existir – pena que os critérios das empresas públicas e mistas federais para distribuição de verba de publicidade não é estritamente técnico, não é mesmo, Flávio?

fernando lopes
10 anos atrás

Sistema da Morte, meu caro. É nisso que estamos todos. E acelerando!
Lamento pelo Tazio, também era seu leitor constante.

f

Gustavo Zapelini
Gustavo Zapelini
10 anos atrás

Que grande merda…
O que tratas no texto é realidade que permeia todos setores da vida brasileira. Oferta de algo com qualidade necessita de consumidores que busquem a qualidade. Óbvio. Mas difícil.
Vejo que o Fabio Seixas tem buscado alternativas. Ele que não desanime. Que continue praticando o bom jornalismo.
E aceleremos rumo a 2014, afinal, tem Copa…

Cristian
Cristian
10 anos atrás

Lindo texto, Flávio!

Eugenio Cesar
Eugenio Cesar
10 anos atrás

Prezado, Flavio! É muito bom saber que o respeito as diferenças, mostram a seriedade em conduzir a informação ,e é por essas e outras que sou cada vez mais fã. Obrigado.

Harry
Harry
10 anos atrás

Oi FG
Coincidentemente a atitude que o Fabio Seixas tomou foi a mesma que tomei ao planejar o primeiro site de corridas de rua do Brasil, o maratona.com.br em 1998/99 (que hoje atende por Running News.com.br). Me dirigi então, ao único veiculo existente a revista Contra-Relógio, e “pedi autorização” ao seu Editor Tomaz Lourenço para poder lançar um veiculo “concorrente”.
Bacana
Feliz 2014
Harry

gustavo terra
gustavo terra
10 anos atrás

“comprando pneu”
Hj em dia compro pneu pelo preço. Não tem propaganda alguma mostrando que tal marca usa tal tecnologia, desenvolvida em tal categoria etc, para me fazer parar para comprar determinada marca. Como disse acima, compro pneu pelo preço, e só.

Roberto Santos
Roberto Santos
10 anos atrás

Caro Flávio,

Concordo plenamente com você;

abçs.

Vitor
Vitor
10 anos atrás

Eu sempre acho meio estranho quando se fala em números de visualizações na internet. No caso do Schumacher, 300k usuários diferentes faz sentido, mas muitas vezes a gente vê pessoas confundindo pageviews com pessoas. E faz diferença, especialmente quando se pensa em retorno publicitário.
É igual um clipe qualquer no youtube do Justin Bieber que bate 50 milhoes de reproduções. É na verdade 1 milhão (se muito) de pessoas, com algumas pessoas assistindo mesmo o clipe várias vezes, e o muita gente tentando inflar o número artificialmente.

Harry
Harry
Reply to  Flavio Gomes
10 anos atrás

Baita audiência!

Paulo Neves
Paulo Neves
10 anos atrás

Flávio Gomes, você é um dos melhores jornalistas que eu tive o prazer de ler, ultimamente.
Com tanta gente incompetente e enganadora, ou competente e emasculada ou acomodada, você é como o melhor dos velhos tempos.
Acompanho também o seu blog sobre a sua paixão por carros estranhos/feios/clássicos/inesquecíveis.
Por fim,não menos importante, parabéns por ter dito o que pensa e ter perdido o emprego na ESPN.
Por mais que isso possa ter te trazido dificuldades, esta é um atitude para poucos, e um escudo que vale a pena levar no peito.

Venax
Venax
10 anos atrás

Tenho um blog de artesanato na net com média de 4 a 5 mil acessos diários e faturo cerca de 300 dólares mensais com os anúncios do Google. Não é uma fortuna mas gasto cerca de 20 minutos todos os dias então pelo menos para mim a net é algo muito rentável já que a única despesa que tenho é com acesso o que faria de qualquer forma.

Gilmar
Gilmar
10 anos atrás

Flávio.
Como todos que gosta de F!, também lamento muito o fim do TAZIO. Não há muito a mais a dizer depois de todos os comentários aqui expressos.
Assim, permita-me falar sobre você, sim sobre você. Eu acompanhava seu blog desde muito tempo, já fiquei com raiva por seus comentários ou falta deles sobre o Rubinho, mas acho você um grande jornalista, ah…sim, me solidarizo com voce sobre o que ocorreu com sua Lusa.
Um dia me decepcionei ver voce defendendo de forma inflamada, politicos do PT e, como o incomodado é que se mude, deixei de acompanhá-lo assiduamente. De vez em quando venho aqui, como hoje, e me surpreendo, ainda( não deveria já que reconheço a qualidade de seus textos), com esse texto que reputo, um dos melhores de sua grande acervo(eu sei que poderia citar muitos outros). Então, Flávio de Deus, o que sugiro é que voce pense em escrever sempre aqui ou em qualquer outro espaço que seja divulgado para seus admiradores, peças como essa, sobe fatos do cotidiano, da F1, de futebol, ou seja lá o que for, mas sempre com esse traço de paixão que resulta em tão boas leituras. Se eu puder pedir uma exceção, seja a de não falar de política, mas se assim lhe aprouver, que seja,, nesse dia eu não leio.
Abraços, Feliz 2014, eu espero que, entre seus projetos para o ano novo, possa estar a sugestão/desafio feita acima .

Guto
Guto
10 anos atrás

Flavio, muito bom seu texto! Parabens! Trabalho com marketing digital a muito tempo e ainda me impressiona como AINDA alguns empresarios nao se renderam a publicidade online. A capacidade desta midia em atingir publico qualificado e incrivel, maior que qualquer midia disponivel hoje. Uma pena mesmo o tazio estar acabando era meu site de automobilismo favorito. Tanto que nunca tinha acessado o grande premio e foi atraves dos comentarios sobre o fim do tazio que soube de sua existencia. Excelente site por sinal.
Rentabilizar sites de nicho pode parecer dificil, porem, com a utilizacao de estrategias bem definidas pode sim dar certo.
Acompanho f1 desde 1985 e desde la era sedento por informacoes a respeito que so conseguia encontrar através das revistas ou da propria globo que se limitava a epoca em transmitir apenas as corridas. Acho muito legal esses sites pois sempre me lembro desta epoca, do tanto que era complicado para o fã de f1 saber por exemplo o resultado de um treino.
Tenho como projeto para este ano lançar um blog sobre f1 apenas. Hobby. Mas tenho ideia de rentabiliza-lo. Vamos ver..
Abracos em bom 2014 a todos

Manuel
Manuel
10 anos atrás

É uma pena que mais um canal da Internet especializada em automobilismo deixe de existir.
O grupo Estado descontinuou o blog do Livio Oricchio, a descontinuidade do Tazio e outros (RaceTV – com informações sobra automobilismo, kartismo, motociclismo, turismo) tenham sido descontinuados.O Grande Premio e blogs afins (Flávio Gomes, Vitor Martins, etc), sobrevivem brava e heroicamente.
Infelizmente, o brasileiro comum assiste automobilismo (acha que só existe F1) quando temos pilotos vencedores nessa categoria top do automobilismo. Mas automobilismo não é só F1. O amante e aficionado sabe que o automobilismo transcende a F1. Lógico a F1 é a categoria Top de monopostos (o auge da tecnologia), mas temos outras, GP2, F3, Indy, Nascar (Stockcar USA), DTM, Supercars, GT (espalhadas pelo mundo), WEC, Rally, Truck, etc, etc, etc. Enfim não faltam categorias. O que está matando o automobilismo brasileiro e consequentemente os devidos canais de comunicação e principalmente os investimentos necessários para suportar tudo isso, é o descaso das autoridades (em todos os níveis, principalmente a CBA). O Automobilismo Brasileiro não tem planejamento, as categorias de fórmula praticamente acabaram (Formula Ford, Formula V e Super V, Formula Renault, Formula Chevrolet, Diversas categorias de Turismo). Como vamos forjar novos campeões se investimentos para suportar o esporte a motor para incentivarmos e identificarmos novos candidatos a campeões. A maioria dos investidores não recebe incentivos do governo, da CBA para auxiliar os candidatos a novos campeões espalhados pelo mundo). Digamos a verdade, a maioria dos investidores querem patrocinar os Campeões já feitos, depois que os mesmos trilharam os seus caminhos com muito esforço, PAItrocínio, TIOtrocínio, ajuda de amigos, enfim sem a ajuda dos orgãos oficiais quando mais necessitam. Acabaram com o autodromo do RJ, não há investimentos em outros autodromos brasileiros, a exceção de Interlagos por conta da F1 (até que o Brasil venha a perder a F1 definitivamente), aí já era. Estão aniquilando o automobilismo brasileiro. Quando estiver definitivamente MORtO é só encomendar o funeral.

Pedro Miguel Gonçalves
Pedro Miguel Gonçalves
10 anos atrás

Parabéns, texto muito bem escrito, me deu a sensação de estar em uma palestra muito boa, daquelas que quando acaba aplaude-se com entusiasmo e sorriso no rosto e com aquela mistura de felicidade por ter participado e tristeza por ter terminado. Muito bom mesmo, parabéns!

Rafael
Rafael
10 anos atrás

Gostava do Tazio, assim como também gosto do Grande Prêmio e do Total Race…..
Uma pena!
Assim como também gosto dos blogs, esse aqui do Flavio Gomes, o do Corradi, o do Ico entre outros… Se gostar mesmo de F1, não serve apenas as notícias superficiais do globoesporte.com, do terra, uol esporte….tem que ir atrás de sites deste gênero, de gente do ramo e que gosta de F1…. Abraço

Leandro
Leandro
10 anos atrás

Longa vida ao GP, seu blog e do Fabio Seixas.
Eu particularmente gosto muito de posts em que o jornalista da a sua opiniao e a cara a tapa… Informacoes do dia a dia eu acho em qualquer lugar, mas opinioes bem formuladas e respaldadas com bom argumentos, e de quem entende E de forma interessante tem poucos…
Enquanto o blog de voces e os seus sites continuarem cumprindo com isso continuarei entrando todos os dias.
Abs e bom 2014

Obs: torco pra que um dia o Capelli volte a ativa!

Pablo Vargas
Pablo Vargas
10 anos atrás

Que 2014 seja favorável a todos nós, amantes da velocidade e que o automobilismo brasileiro consiga sair da inércia.

Flavio, força, saúde e coragem para mais um ano ! Vida longa ao GrandePremio !

Um feliz ano novo a todos.

Paulo Bala
Paulo Bala
10 anos atrás

Ultimamente Tazio deu umas bolas foras homéricas, mas era um site bem organizado e diagramado. Lamento a falta de concorrência no setor de sites dedicados a automobilismo, como em todos os setores, a ausência de disputa pelo mercado causa, em geral, falta de inovação. Acho que o Tazio ajudou ao GP a ser melhor, mas honestamente, sempre tive a sensação de que a turma do Flavio Gomes, com toda a sua loucura (no bom e no mal sentido) sempre esteve léguas a frente. Espero que surjam outros sites, mas fico sempre com sensação de que a paixão do Flavio pelo automobilismo e pelo jornalismo no estrito senso, a moda antiga, torna o seu (e de toda a sua equipe) empreendimento insuperável. Vida longa ao Grande Prêmio. Vida longa ao automobilismo.

Fernando
Fernando
10 anos atrás

Sou leitor do GP ha anos e nunca ouvi falar desse site concorrente…

Ricardo
Ricardo
Reply to  Fernando
10 anos atrás

Me neither.

Danilo
Danilo
10 anos atrás

É uma pena que o automobilismo tem despertado cada vez menos interesse nas empresas.Poucas se interessam em patrocinar pilotos ou anunciar na mídia especializada. O interesse também tem caído nas emissoras de TV e pela população de modo geral.

Rafael Mafra
Rafael Mafra
10 anos atrás

Parabéns pelo texto Flavio, que venha um 2014 muito melhor. E se possível um dia, a volta do indiana Gomes e é claro do Tazio.

Junior Ribeiro
Junior Ribeiro
10 anos atrás

Conheci o blog na época em que o FG fazia o Indiana Gomes na ESPN, não perdia por nada!! Desde então acesso todos os dias, viciei. Quando o FG “abandona” o blog eu acesso pelo menos umas três vezes por dia pra ver se aparece um novo post, fico ansioso mesmo!

É um prazer fazer parte deste público!!
Vida longa ao GP!!!

Mefistófeles
Mefistófeles
10 anos atrás

Uma pena, vou sentir saudades, pricipalmente da cobertura sobre a Nascar.
Minha rotina diária matinal é ler jornal cedo , e a qualquer hora ler Grande Premio, Tazio e o Blog do Rodrigo Mattar, o A Mil por Hora que é bem forte em Endurance.

Glaucio
Glaucio
10 anos atrás

Pena que o tazio sai do ar…. Menos um (boa ) fonte informação ..

Robertom
Robertom
10 anos atrás

Aproveitando o título, sugiro uma reportagem sobre a estória ou lenda, dos últimos momentos de vida de Tazio Nuvolari.
Agonizante, esperou a chegada de Enzo Ferrari para uma conversa reservada, e depois morreu em paz.

Wesley Baratela
Wesley Baratela
10 anos atrás

Excelente texto, Flávio.
Parabéns!

Christian Bernardi
Christian Bernardi
10 anos atrás

Excelente o texto Flavio!!! Feliz ano novo!!!

conde
conde
10 anos atrás

Belo texto e ótimo ponto de vista . Feliz 2014 a todos os amigos daqui .

jan crispim
jan crispim
10 anos atrás

não sei qtos milhares visitam o Grande Premio diariamente, sei que sou um deles. diariamente
faz bastante tempo. abs e bom 2014 p/vc e equipe

Silvio D. Rodrigues
Silvio D. Rodrigues
10 anos atrás

Bela aula!

nando figueiredo
nando figueiredo
10 anos atrás

Flavio, infelizmente os “profissionais” de mkt das agencias e das empresas na sua grande maioria esta preocupado com a “festa” que há quando se fecha uma propaganda numa rede de TV ou numa revista de “nome”.
Afinal querem dizer pros amigos: – Viram a minha campanha na Globo?
Pois pra eles o que conta é o “historico” pra apresentar em um novo emprego.

Se não funcionar é culpa do produto, da distribuição, o mercado que esta em recesso e por ai vai, eles já aprendem as desculpas na faculdade, pois eles são os “criativos” e “definidores de tendencias”, e o produto e publico alvo, bem isso fica em segundo plano.

Um dos poucos lampejos de criatividade desse ano foi de dois comerciais da cerveja Bohemia, onde justamente fazem o contra ponto de todos os outros comerciais, inclusive da propria Ambev.

Mas como não podemos de deixar de relacionar, somos os velhinhos da propaganda, nos preocupamos com o conteudo, mas a a grande maioria não quer.

Paulo Z
Paulo Z
10 anos atrás

Ótimo texto!

Oi?
Oi?
10 anos atrás

Você esqueceu de mencionar um agravante importante: o interesse pela F1, no Brasil, vem de ladeira abaixo há muito tempo. Preocupante, preocupante.

Ivandro Corrêa
Ivandro Corrêa
10 anos atrás

Torço muito para que o automobilismo e suas vertentes sobrevivam a essa era bizarra. Um exemplo de bizarrice? Os canais de tv a cabo que tem a palavra esporte (ou sport) em seus nomes e no entanto passam apenas futebol 98,8888% do tempo. Acho que nasci no país errado….

Andre
Andre
10 anos atrás

Bom texto.

Um adendo.. Sempre venho aqui ler seu blog.. em nenhum momento busco ou presto atencao em anunciantes (tem? deve ter).

E o mesmo com outros sites.. nunca presto atencao nos anunciantes (alias uso adblock).

Mas claro existe perfis diferentes de usuarios. Mas de 300mil nao da pra dizer que 300 mil vao efetivamente ver um anuncio. No entanto quando folheio uma revista vez ou outra realmente presto atencao o anuncio.

O anuncio em revista, graficamente e muito mais atraente que na internet.. e na revista nao tem adblock.

Valeu

perna quebrada
perna quebrada
10 anos atrás

Só uma observação em relação ao texto que é impecável. a pessoa que está jogando Candy Crush ou vendo o facebook no metro ou ônibus, há um tempo atrás poderia estar no walkman ou lendo a Contigo, ou o NP; ou poderiam simplesmente ficar olhando o movimento da rua. Não necessariamente estariam lendo o Estadão, Folha ou Istoé.

Não muda muita coisa ter um smart phone na mão se não há o interesse pela leitura ou pela informação.

O que é estranho nisso é que as empresas de publicidade continuem colocando dinheiro em publicações que obviamente não tem o mínimo de compromisso com a qualidade do que é informado e que obviamente não tem o número de leitores que dizem ter.

Depois que a Amazon comprou o Washington Post por míseros 250 milhões de dólares, alguém pagar caro por um anuncio na mídia impressa achando que vai ter o alcance que essas empresas propagam por aí, tem que estar muito por fora.

Carlos Alberto
Carlos Alberto
10 anos atrás

Flávio, acompanho seu blog há anos. Ele sempre foi referência de qualidade para mim, não importa o assunto. Aproveito para lhe desejar um ótimo ano de 2014, com muito sucesso e muita fumaça azul no ar…rs

Encontrei no VocêTubo um vídeo bem interessante, não me lembro de tê-lo visto aqui no blog. O caminho é esse: https://www.youtube.com/watch?v=3FtJiwgP_90&list=WL59725F761D24BDE4

O vídeo é referente a testes para a temporada de 1982 da Fórmula 1, e a pista é Paul Ricard.

Forte abraço!

Marcos Coletta
Marcos Coletta
10 anos atrás

O melhor texto de 2013. PUTA texto. Meus parabéns.
Vida longa e prospera,Flavio Gomes!
Feliz 2014!
Abraços

Jonny'O
Jonny'O
10 anos atrás

Valeu Flávio ,sensacional texto e uma sólida opinião!!!!

Nelson
Nelson
10 anos atrás

A coisa tá feia, vamos de mal a pior, todos preferem ser “surfistas” a mergulhar. Tudo hoje é superficial. Existe algo mais irritante do que estar à mesa com filha, sobrinhos, etc e todos SACAREM de suas modernas armas e esquecer até a comida? haja saco.
Como sempre foi um ótimo texto e pena o Tazio partir, mas não se preocupe, logo logo arranjam outra M para colocar no lugar.

Eduardo Aranha
Eduardo Aranha
10 anos atrás

Você colocou, com extrema pertinência, o desafio enfrentado pelos veículos de nicho ou, os orientados a cobertura intensiva de um determinado segmento de mercado, como o Grande Prêmio. Há quase quarenta anos, quando criei a primeira agência brasileira de marketing direto, defendo, arduamente, que o relevante em comunicação é o retorno (mensurável). E, não o tamanho da audiência de um determinado veículo ou programa. Claro que anunciantes e as suas agências sabem disto. Porém, enquanto a remuneração do mercado publicitário for fortemente impactada pela bonificação de volume – comissão paga pelos veículos às agências do mercado publicitário, a título do serviço de intermediação – a mudança será muito lenta. A sua crítica, “torrar fortunas em comerciais na TV ou nas páginas de uma ou outra revista ou jornal” na prática, gera as bonificações para as agências que nelas têm sua principal fonte de receita. Por sua vez, os anunciantes utilizam esta “distorção” para buscar a redução dos valores cobrados diretamente pelas suas agências pelos serviços prestados. Assim, vai ser difícil mudar este quadro. Infelizmente, Tazio não será uma exceção.

Kaká Ambrósio
Kaká Ambrósio
10 anos atrás

Para resistir às adversidades de mercado e à falta de resultados financeiros sem fechar as portas, é preciso, acima de tudo, prazer e relação de fidelidade com o que se faz. E, tenho certeza, é assim, com muita determinação e conhecimento de causa, que o Grande Premio vem escrevendo sua história ao longo desses 14 ou 15 anos de existência, com total dedicação de seu criador, Flávio Gomes, e seus colaboradores.
Quando um negócio perde a vocação natural e vira apenas um objetivo de números, o risco de virar coisa do passado é grande. Assim vai o Tazio para o mundo dos sites mortos. Provavelmente sufocado pelos números, que anulam a missão e a visão do negócio. Uma pena.