ISSO É HORA?

bbnasrSÃO PAULO (ferrando redações)A Williams e o Banco do Brasil acabam de divulgar acordo de patrocínio e a contratação de Felipe Nasr como piloto reserva. Foi o anúncio em horário mais esquisito da história da F-1. O BB publicou a imagem acima em sua página no Facebook. Valores e tempo de contrato não foram revelados. A marca do banco vai aparecer no fardamento dos integrantes da Williams e na carenagem do motor.

Nasr vai participar de cinco treinos livres em finais de semana de GP e também de três testes. Além de comparecer a todas as corridas. Nas declarações oficiais, Felipe diz que não vê a hora de sentar no carro pela primeira vez no Bahrein. Mas não ficou claro se será nos testes da semana que vem, ou no primeiro treino livre do GP das arábias.

Com Massa, Nasr, Banco do Brasil e Petrobras, a Williams se torna uma equipe quase brasileira na categoria. “Ah, é dinheiro público!” Bem, é dinheiro de empresas estatais que concorrem no mercado com empresas privadas. BB e Petrobras também anunciam na Globo, no SBT, na Record, nos jornais e nas revistas. E ninguém reclama. Têm concorrentes pesados, como Itaú, Bradesco, Santander, Shell e Postos São Paulo. Não vejo mal nenhum nisso. Nasr tem boas relações com o BB e se valeu delas. A Petrobras usou muito a F-1 para desenvolver tecnologia nos anos em que lá esteve e a categoria é um grande laboratório. Ambas as empresas têm acionistas, e são eles que devem gostar ou desgostar desses patrocínios.

Claro que a patrulha chiliquenta vai aparecer aqui para gritar que “com esse dinheiro dava para fazer x hospitais”, e é por isso que faço tais observações. Lembrando, igualmente, que muita gente se queixa da “falta de apoio do governo” ao automobilismo (e a um monte de outras coisas), e no fim das contas o que Petrobras e Banco do Brasil, especialmente o BB com Nasr, estão fazendo é justamente apoiar pilotos brasileiros, em alguma medida, na principal categoria do automobilismo mundial.

Isso posto, é uma grande notícia para Nasr. Ano passado eu havia afirmado aqui com todas as letras que ele estaria na F-1. Era uma informação que eu tinha, mas não vou bater bumbo. Na ocasião, a negociação era outra. No fim, por outros caminhos, acabou se confirmando. Mas não é exatamente o que eu fiquei sabendo na época.

Nasr será, doravante, chamado de Felipe II aqui, quando meu estilo literário assim exigir. Falemos dele. Começou no kart muito cedo, como a maioria, e em 2008 foi correr na F-BMW americana. No ano seguinte, já na F-BMW dazoropa, conquistou o título com sete vitórias em 16 corridas. Em 2010 e 2011 correu na F-3 Inglesa. Foi quinto no primeiro ano e campeão na temporada seguinte com sete vitórias. Até lá, tudo ia muito bem.

Na GPs, no entanto, as coisas não foram tão róseas. Pela DAMS, em 2012, décimo colocado; pela Carlin, no ano passado, quarta posição ao final e desempenhos irregulares. Mas ele tem currículo, sem dúvida. É um piloto inteligente, que vai muito bem quanto tudo está bem. Terá um ano sem pressão alguma, de aprendizado e experiência valiosa nos finais de semana de GP. Que aproveite bem.

Ah, e vale ler o post do Américo Teixeira Jr., que cravou a informação no início de novembro. Alguns dias depois, no entanto, seu pai Samir (pai do piloto, não do Américo, que é filho de Américo Vespúcio) negou tudo de maneira tão efusiva que não restou outra opção ao nosso fura-fura que não dar uma atenuada na história.

Que se confirmou hoje exatamente como ele disse que seria em 5 de novembro.

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Roberto Araujo Figueiredo
Roberto Araujo Figueiredo
8 anos atrás

Flavio eu estou preocupado e queria saber sua opinião.
Eu amo a formula 1 e tenho certeza que você também. Eu penso que ela esta acabando, e não é só porque não temos um piloto do nível de Hamilton, Vettel e Alonso e sim porque não temos mais disputas empolgantes como aquela de Dijon em 79 quando Vileneuve e Rene Arnox disputaram roda a roda o segundo lugar daquele GP.
Estou escrevendo isso muito triste, gostaria de saber se você pensa como eu. Se esses caras não fizerem nada, leia-se Eclestone e sua trupe penso que vai ficar cada ano mais chata e sem disputas como essa que eu citei.
Um grande abraço e parabéns pelo seu trabalho, eu te acompanho faz muito tempo.
Obrigado pela atenção!

Luiz Auguto
Luiz Auguto
10 anos atrás

Os Postos São Paulo, através de sucessivas aquisições, hoje pertencem à Petrobras !! Compraram seu principal concorrente !!! rsrsrs

Celim
Celim
10 anos atrás

Se as empresas privadas brasileiras, sobretudo as de telefonia, tivessem o profissionalismo e a seriedade do Banco do Brasil, este país seria uma maravilha.

Mas a política de relacionamento dessas empresas com os clientes consiste em enrolá-los, empurrar produtos goela abaixo, com contratos com cláusulas feitas para serem ignoradas, criam empecilhos e enrolam o cliente quando este quer desistir dos mesmos, desrespeita o consumidor na assistência pós venda, terceirizam serviços com gente sem qualificação, prestam serviços de péssima qualidade, etc

Quem tem um celular, uma linha telefônica e vários outros serviços sabe bem do que estou falando. Ou mesmo lojas, que vendem um produto e quando dá problemas, é um martírio conseguir trocar o produto, fazer valer a garantia ou simplesmente conseguir manutenção.

A.Vandelay
A.Vandelay
10 anos atrás

Caraca, Postos São Paulo!

Falar nisso, uma das excelentes propagandas deles na época:
http://www.youtube.com/watch?v=XojU0g9T5EQ

Bons tempos da publicidade brasileira…

João N Fernandes
João N Fernandes
10 anos atrás

Este ano 2014 é ano de eleições! As estatais já há muito fazendo exaustivas propagandas em todas mídias, canais, rádios etc.. Só não faz em Marte, pois lá ninguém vota, exibindo “bem grande e desproporcional o logo do governo atual e ao que se presume é candidata a reeleição. Agora na F1 com esses rapazes, os “Felipes”. Será uma boa idéia????. Bom ano a todos.

Anchor
Anchor
10 anos atrás

Se são €10 mi por uma vaga de reserva que anda alguns treinos quanto o Bottas paga pra correr? E a Susie Wolff por dois treinos

vitão
vitão
10 anos atrás

A Caixa Economica Federal, que , que tem uma funçao muito mais social, patrocina vários times de futebol, então chumbo trocado não doi. Senta a Bottas, Nasr !!!!!!

Ricardo Talarico
Ricardo Talarico
10 anos atrás

Não sou contra a Petrobras se envolver no automobilismo. Afinal, faz parte do seu negócio, ajuda a desenvolver novos produtos.
Mas, um banco como o Banco do Brasil ??
Temos 2 pilotos pagantes na F-1, e ambos com dinheiro público.
Todas as críticas dirigidas o Maldonado, com seu patrocínio estatal vale também para nossos 2 Felipes.
Engraçado agora alguns acharem normal.

Dyego
Dyego
10 anos atrás

Ano que vem teremos uma dupla brasileira na Williams?? Acho que sim!!

Gabriel 1
Gabriel 1
10 anos atrás

O fato e está mais do claro isso.
É que esse pessoal que critica as estatais, só o fazem porque são de responsabilidade do governo atual.
Se fossem do FHC ou outros da oposição nem tomariam conhecimento.
Para esses coxinhas tudo agora é motivo para falar mal do governo e quando não tem motivo, inventam um.
E parabéns ao Flávio Gomes, mais uma vez pelo ótimo e elucidativo texto.

Daniel Ramos
Daniel Ramos
10 anos atrás

Não vejo problemas, estatais como o Banco do Brasil e Petrobras está patrocinando a Williams ou o Felipe Nasr, no entanto todos estes contratos deve-se está especificado o quanto foi gasto, e o TCU e outros meios de controle do gasto de dinheiro público devem monitorar, e acredito que venha sendo feito, diante do acompanhamento do trabalho do Tribunal de Contas da União que se mostra sério e comprometido com o seu trabalho, se este não bloqueio ou interferiu no acordo, não vejo problema algum.

Cesar
Cesar
10 anos atrás

Não somos Cuba.
Nem Venezuela.
Ainda não.
Não é o governo que deveria fazer isso.
E sim, o BB e a Petrobras são governo.
Hoje em dia bem mais do que já foram no passado.

Ezequiel
Ezequiel
10 anos atrás

A Williams que até agora só revelou seus patrocinadores, e tem escondido o layout do carro p/ 2014, Bem que poderia nos surpreender com algo desse tipo. http://3.bp.blogspot.com/-thYvey2HK04/UnwKxZPmHGI/AAAAAAAABUk/6fE3UOmmbMQ/s1600/Williams+1988.png
Se encaixaria perfeito aos seus novos patrocinadores…

Venax
Venax
10 anos atrás

O problema com as propagandas da Petrobras é que as mesmas são institucionais, ou seja falam apenas da empresa, do orgulho dos brasileiros, etc. Não falam em nenhum momento dos produtos da empresa. Qual é o óleo lubrificante fabricado pela Petrobras? Quem é “mais antigo” sabe que é o Lubrax pois era comum a propaganda do produto, mas há anos que não fazem. Onde fica o incentivo aos motoristas para abastecerem nos postos BR? Quanto ao BB nada contra já que a concorrência na área é muito grande e a mesma é dirigida diretamente aos clientes oferecendo os serviços da instituição. Por falar em bancos não falam mais de baixar os juros? Não se falava em outra coisa e agora esqueceram o assunto completamente e as taxas atuais são praticamente as mesmas de antes.

J Fernando
J Fernando
Reply to  Venax
10 anos atrás

Boa colocação sobre a ausência dos produtos Petrobrás.
Quanto aos juros, depois que a Dilma resolveu abaixá-los de verdade, o mercado e a mídia aliada (uma das maiores fontes de publicidade da mídia são os bancos) perceberam que é melhor ficar calado…

J Fernando
J Fernando
Reply to  J Fernando
10 anos atrás

vixi: é baixá-los e não abaixá-los

Ferrarista
Ferrarista
10 anos atrás

O que são 10 milhões de euros comparando com os lucros multi-bilionários do banco que batem recordes todos os anos? Algum dos que estão reclamando dizendo que é verba pública mal utilizada sabe para onde vai todo esse lucro bilionário anual?? Eu penso que é melhor utilizarem esses 10 milhões patrocinando o automobilismo brasileiro do que todo esse dinheiro ir parar no bolso de alguns espertinhos.

Paulo Travaglini
Paulo Travaglini
10 anos atrás

Bem, vamos lá….
Banco do Brasil, Correios, Ipiranga, Petrobras, Caixa, são todas sim empresas de economia mista, com controle acionário do governo federal. Portanto são empresas estatais brasileiras, e em última análise são de responsabilidade de Dilma Roussef, pelo menos até 31/dez/2014.
Como estatais, tem a obrigação moral de fazer todas as suas compras, inclusive de publicidade, sob a mais estrita igualdade de todos os fornecedores, sob rigorosos critérios técnicos e comerciais. No caso da compra de publicidade ligada a eventos esportivos, dada a inviabilidade de estabelecer licitações igualitárias, estas e demais estatais deveriam se auto-limitar a patrocinar comitês olímpicos, federações de amplo alcance ou competições por inteiro. Simplificado: qualquer patrocinio específico de estatal é imoral. Ex: Petrobras x Rede Globo, Caixa x Coríntians, BdoB x Guga. Moralmente, o que justifica a Caixa patrocinar o Coríntians e não a Portuguesa? O que impede a Portuguesa de requisitar à Diretoria da Caixa um patrocinio proporcionalmente igualitário ao do Coríntians? Somente o favorecimento impede.
Portanto, patrocinio estatal a um piloto é imoral.
Complementando: a Ação Penal 470 estabeleceu punição para um caso análogo: o uso de dinheiro da Visanet (uma estatal, pelo menos na época era) ao bel prazer dos administradores. Os quais gostavam de políticos, e não de pilotos.
Tenho dito.

Gabriel 1
Gabriel 1
Reply to  Paulo Travaglini
10 anos atrás

Mentira deslavada.
A Visanet nunca foi estatal, no máximo era uma empresa de capital aberto.
E se os empresários brasileiros tivessem um pouco mais de amor ao país em que vivem e se enriquecem e tivessem um pouco de vergonha na cara, patrocinariam seus conterrâneos como acontece em todo lugar do mundo civilizado.
Como destetam o pais e seus atletas, as estatais são obrigadas a patrocinar.
Pior, são obrigadas também a emprestar dinheiro para estes mesmos empresários gananciosos que só sabem reclamar e não produzem nada.
Aliás em todo lugar do mundo civilizado, as estatais também patrocinam seus atletas.
Imoral é serem privatizadas a preço de banana.

Maxwell
Maxwell
Reply to  Paulo Travaglini
10 anos atrás

Já vi que não sabe a diferença entre empresa pública e sociedade de economia mista. Memso que o governo detenha o controle do BB e da Petrobras, ele deve satisfações aos acionistas.

Alberto
Alberto
Reply to  Paulo Travaglini
10 anos atrás

Simples e direto!

Eduardo Schmidt
Eduardo Schmidt
Reply to  Paulo Travaglini
10 anos atrás

A Caixa não é de economia mista.

Marcelo
Marcelo
10 anos atrás

Pachecada tem que dar a cara para bater, meteram muito o pau em piloto pagante nos últimos anos…

Fangio foi bancado pelo governo da Argentina da mesma forma que Maldonado é hoje bancado por Hugo Chávez, no final o que prevalece é o talento. É fato, Felipe Nasr comprou essa vaga na Williams, 10 milhões é um preço altíssimo, mas ele não tinha outra escolha. Nasr se junta ao lado de B. Senna e Luiz Razia, entra na F-1 como piloto pagante, isso é um tapa na cara de quem sempre meteu o pau na carreira de Maldonado. Não mudo de opinião: “quando um país começa a depender de pilotos pagantes, pode ter certeza, esta tudo acabado”. Não vejo Nars com um piloto fora de série, acredito que é mais um que fica na F-1 até a grana acabar. Nars precisaria conquistar pelo menos o título da GP2, e se quiser vaga de titular na Williams pode preparar o bolso…

Pagar para correr não é o problema, 70% dos pilotos começaram assim na F-1. Sucesso? Títulos, só se o piloto for um fora de série, basta ver Lauda no filme Rush. Brasil não tem opção, tem que pagar para correr na F-1( talento diferenciado, só mesmo com Fittipaldi, Piquet e Senna. Onde foi parar o apoio nas categorias de base?). Bom lembrar, Rubinho também começou pagando na F-1, e foi assim até 1999. Teve a chance de calar o mundo em 2009, faltou algo a mais para bater Button, que até então, era taxado de mediano.

Muitos filhos de “bacana” já corriam na década de 60, como não existiam patrocinadores a coisa ficava meio “camuflada”, esporte a motor é pra milionários, vai correr de kart pra sentir o drama.

A fama de pagante começou a partir da década 70 com a entrada de patrocinadores, só que a coisa era em menor escala comparada as décadas seguintes. Um bom exemplo foi Gijs van Lennep, através do patrocinador Marlboro, ele correu para o time Iso – Marlboro de Frank Williams, com o qual obteve um ponto em Zandvoort. Isto marcou a primeiro ponto para a equipe Williams em um GP.

Lauda no inicio da carreira, pediu empréstimos bancários para chegar à March, em 1971, e depois à BRM, em 1973. Depois, o seu talento fez o suficiente para que o seu companheiro de equipe, Clay Regazzoni, o recomendasse a Enzo Ferrari, que o contratou no inicio de 1974. Conta-se que com o salário que a scuderia lhe deu, foi mais do que suficiente para pagar as suas dívidas aos bancos. Mas o fato é que Lauda teve que pagar para correr no início na Formula 1.

Peter Revson que também correu nos anos 70, nasceu numa abastada família judia, fundadora dos Cosméticos Revlon. A fortuna da família estava, na altura de sua morte, avaliada em 1 bilhão de dólares. Nesse caso, o rapaz nem precisava de patrocinadores, bancava do próprio bolso da mesma forma que Pedro Paulo Diniz fez nos anos 90, o que importava era correr.

Para Elio de Angelis a Fórmula 1 também veio rápido, em 1978 com um teste para a equipe Shadow, com a qual assinou o contrato para disputar a temporada seguinte. Suas origens, no entanto, mostravam Elio como mais um piloto rico, que só garantira um lugar na Fórmula 1 graças à generosa ajuda financeira de seu pai. Seu desempenho na pista revelou um piloto de certo talento, capaz de dominar facilmente a complexidade dos carros – asa, presença marcante na categoria naquela época. No entanto, Elio não teve talento suficiente para brigar por títulos com feras do nível de: Piquet, Lauda, Prost, etc…

Pra quem vive “carregando caminhões de merda” pelos pilotos dos anos 80, dizendo que nessa época não existia pagantes, Elio é apenas o início, observem abaixo.

Nos anos 80 a coisa se multiplicou, haviam pelo menos 9 equipes “nanicas”, basta observar a temporada de 1987, pagantes era o que não faltava na F-1.

Temporada de Fórmula 1 de 1987
http://pt.wikipedia.org/wiki/Temporada_de_F%C3%B3rmula_1_de_1987

Basta separar os times mais ricos, de fábricas ou bancados por fortes patrocinadores, que vc vai ver quem pagava ou não pra correr. A coisa era tão discrepante em 87 que existia até o Troféu Jim Clark (para pilotos com motor aspirado), vários times sequer podiam sonhar com o caríssimo motor turbo.

Bom lembrar, Nakajima entrou na F-1 apadrinhado pela Honda, logo, a nacionalidade também pesou! Politicagem sempre existiu no mundial.

No meio do campeonato de 1980, Héctor Rebaque foi piloto da Brabham substituindo o argentino Ricardo Zunino e tendo como companheiro de equipe o brasileiro Nelson Piquet. O piloto mexicano trouxe para a equipe o patrocínio da petrolífera mexicana PEMEX. Rebaque permaneceu na equipe para a temporada de 1981 conseguindo seus melhores resultados dentro na categoria.

Slim Borgudd foi um ex-piloto de Fórmula 1 da Suécia que correu pelas equipes ATS e Tyrrell. Antes de ser piloto, Slim era baterista, tendo inclusive feito trabalhos para o grupo sueco Abba. Ou seja, automobilismo era um passa – tempo, como era famoso, teve facilidade e certo talento pra chegar a F-1.

Andrea De Cesaris, filho de um comerciante abastado, que mais tarde se tornou representante da Marlboro na Itália(precisa falar mais alguma coisa?), o italiano começou a sua carreira nos karts, onde se tornou num rei das pistas. Com apoio da Marlboro, sempre conseguiu uma vaga na F-1.

No ano de 1987, De Cesaris vai para a Brabham que dependia de um patrocinador para disputar todas as provas, na época a Brabham já se encontrava em irreversível estado de decadência. Na véspera do encerramento das inscrições, o italiano chega ao Rio de Janeiro com o patrocínio na mão (naquela época, o Grande Prêmio do Brasil era disputado em Jacarepaguá), e vai logo para a pista. Eddie Jordan queria o piloto romano para o campeonato de 1992, mas o novo patrocinador do time irlandês era a Barclay, o rival da Marlboro, De Cesaris não podia ficar.

Jan Lammers, com o título da F-3 europeia em mãos iniciou sua carreira na F-1 pela equipe Shadow, que já estava em seu estágio final na categoria – mor do automobilismo. Com o apoio dos cigarros Samson (que chegou a estampar um leão na frente do carro), o holandês dividiria o monoposto com o jovem italiano Elio De Angelis. Curiosamente. durante os treinos para o GP de Detroit 82, o acelerador de seu Theodore fica preso e Lammers bate no muro, fraturando o polegar. Após o GP da França, Lammers perde a vaga na Theodore depois que o irlandês Tommy Byrne apareceu com um patrocínio satisfatório, Lammers fica sem correr durante o resto do ano.

Com o apoio da Cerâmica Imola, Alboreto é convidado para um teste com a equipe Tyrrell, em 1981. Completou algumas voltas e logo foi contratado para substituir o argentino Ricardo Zunino no Grande Prêmio de San Marino. Foram dez corridas e um 9º lugar no Grande Prêmio da Holanda, em Zandvoort, como melhor resultado.

Alboreto foi sondado pela Williams, mas as negociações não progrediram e o piloto italiano voltou para a Tyrrell em 1989. Apesar dos problemas, conseguiu o 5º lugar em Mônaco e o 3º no México (último pódio na carreira). Fazia grande apresentação nos Estados Unidos e foi obrigado a abandonar a corrida com problemas na transmissão. Alboreto saiu no meio da temporada com problemas envolvendo a equipe e seu patrocinador. Antes do Grande Prêmio da França, Ken Tyrrell aceitou o patrocínio da Camel.

“Não gosto de quebrar contratos e pedi para a Tyrrell conversar com a Marlboro. Mas Ken disse que o problema era meu.” – revelou Alboreto, que aceita o convite da Larrousse-Lamborghini para disputar a pré – classificação no final do ano.

Para o GP da França 89, Ken Tyrrell dispensava Alboreto e convocava o francês Jean Alesi, vindo da Fórmula 3000 Internacional e com o patrocínio da…Camel.

Thierry Boutsen, em 1983 arranjou 500 mil dólares em patrocínios e comprou um lugar na Fórmula 1, ao serviço da Arrows. A sua primeira corrida foi no seu GP natal, em Spa – Francochamps, onde não chegou ao fim. No resto da temporada, o melhor que conseguiu foram dois sétimos lugares. Thierry, então com 26 anos, não pontuou na sua primeira temporada.

Schumacher foi bancado por uma corrida(GP da Bélgica 91), no valor em torno de 300 mil dólares, mas o alemão era fora de série ao volante, com apenas uma classificação chamou atenção de ninguém menos que Flávio Briatore. Logo o alemão foi contratado para ser titular ao lado de Piquet na Benetton. Se o piloto é fora de série, o apoio financeiro no começo da carreira fica em segundo plano.

Bertrand Gachot tinha uma estrutura profissional, com todo o suporte do patrocínio da Marlboro – que era uma espécie de Red Bull, a Marlboro bancou cifra altíssimas nas décadas de 70/80/90 em cima de vários pilotos, poucos se destacaram.

O dia em que Gachot abriu vaga a M.Schumacher na Jordan!
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertrand_Gachot

Rubinho foi outro caso, ele sempre teve apoio Arisco desde o Kart. Em 1995 trocou a forte Arisco pela gigante Pepsi(patrocínio em torno de 3,5 milhões de dólares, uma fábula na época), depois teve apoio da Davene, Nokia e NET até 1999. Rubinho foi piloto pagante entre 93 e 99, mas se conseguiu patrocinadores, é porque alguém botou fé, vale a pena o investimento! Mesmo caso é com Chilton, seu pai esta investindo no filho, nada mais natural, se o dinheiro é limpo tudo bem…

Ao final de 1994, a Fórmula 1 tinha equipes em estado terminal. Larrousse, Footwork, Simtek, Pacific e a tradicional Lotus procuravam desesperadas por um pay driver (piloto pagante, em inglês) que pudessem contornar a crise financeira que viviam. A Simtek ofereceu um teste para Inoue e Sospiri, que, embora fosse mais rápido, o japonês tinha a seu favor dois fatores: possuir um suporte financeiro maior que o de Sospiri, e o fato da corrida seguinte ser em Suzuka. Vencendo a disputa com o italiano, Inoue teve a primeira oportunidade. Após os treinos de sexta, ficou à frente apenas dos carros da Pacific, embora tivesse ficado a mais de 3 segundos de seu companheiro de equipe, o australiano David Brabham. Para sorte de Inoue, assim que começou o treino de sábado, a chuva caiu em Suzuka.

Em 1995, Inoue chegou a um acordo com a Footwork no valor de US$ 4,5 milhões (supostamente levantados com movimentações financeiras ilegais), ocupando o lugar do brasileiro Christian Fittipaldi, que foi para a CART. Sua temporada foi marcada por uma série de acontecimentos bizarros: No GP do Brasil, um grande incêndio no motor Hart minou a participação de Inoue na prova. No segundo GP, na Argentina, se classificou com um tempo 10 segundos mais lento que o de Gianni Morbidelli, e abandonou após rodar. Em Ímola, bateu. Taki Inoue teve numa situação semelhante a de Razia em 1996, quando arranjou patrocínios de quatro milhões de dólares para alinhar na Minardi, ao lado do português Pedro Lamy. Contudo, no dia em que ele iria ser apresentado, um dos seus patrocinadores voltou com a palavra atrás e cancelou o acordo. Inoue tentou encontrar outro patrocinador, mas não conseguiu. A vaga ficou a um jovem piloto, seu nome Giancarlo Fisichella.

Airton Senna por mais talentoso que foi nos tempos de kart, era taxado como filhinho de papai, pra competir nas categorias de base na Europa, dependeu de dois bancos(Nacional e Banerj). Sem esse forte apoio ele nunca chegaria a Formula 1. Estamos no planeta terra e não em um paraíso, quem pode mais chora menos.

Histórias de pilotos sendo “apoiados” são as mais variadas por toda Formula 1, basta pesquisar e ver que isso sempre existiu, uma delas aconteceu com Paulo Carcasci que quase correu no lugar de Rubinho na Jordan.

Essa história da Larrousse eu não conhecia. Foi uma negociação direta com o Gérard Larrousse?

Sim, a gente trocou Fax, Telex, uma coisa assim – não era e-mail ainda, né? -, mas é sempre assim: “Tudo bem, estamos interessados, queremos você, mas precisamos de grana”. Até com a Jordan, na época em que o Rubinho [Barrichello] ainda estava lá, acho que em 94, ele tava pra sair da Jordan e o Geraldo Rodrigues, que era o manager dele, falou: “Bom, vâmo lá, Paulo, porque o Rubinho vai sair e nós vamos pôr você no lugar dele”. Eu fui pra Hungria [no fim de semana do GP] conversar com o Eddie Jordan. Conversamos e, aproveitando que a gente estava lá, o Geraldo me levou pra conversar com o Peter Sauber, mas acabou não funcionando toda a estratégia que ele tinha, em termos de patrocínio. Porque o Rubinho estava pra ir, se eu não me engano, pra McLaren, e não poderia levar os patrocinadores, Arisco e Pepsi. Então esses patrocínios ficariam na Jordan e eu aproveitaria esses patrocínios e iria correr. Era mais ou menos esse o projeto todo e eu era o piloto para seguir levando os patrocínios do Rubinho na Jordan. Mas também não deu certo.

Aceitem a Formula 1 como ela sempre foi, piloto sempre vai depender de apoio, sorte e talento determina quem chega ao título. Brasil não tem mais piloto fora de série, esse é o maior drama! Se Maldonado fosse diferenciado, com 150 milhões no bolso já começaria em time de ponta. O venezuelano é mais um guerreiro que tenta mostrar serviço, esta complicado, a sorte também faz diferença nesse esporte.

Metem muito o pau em Damon Hill, mas ele pelo menos fez o básico na F-1, bateu o companheiro de equipe e foi campeão, coisa que Rubinho não foi capaz em 2009. Barrichello não pode reclamar teve forte apoio de patrocinadores, seu talento o levou pra Ferrari, depois teve chance de ouro na Brawn – GP. Nesse caso, faltou capacidade para bater Button, o inglês até 08 era apenas visto como piloto mediano, tinha apenas uma vitória na F-1.

Erton Leite
Erton Leite
Reply to  Marcelo
10 anos atrás

Nossa! Parabéns pelo relato! Uma verdadeira aula da história da F1!

Herbert
Herbert
Reply to  Marcelo
10 anos atrás

Ô Flavio, transforma esse come tario do Marcelo em Post! Tem informacao pacas pra ficar aqui embaixo….

PC Crusca
PC Crusca
Reply to  Marcelo
10 anos atrás

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Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  PC Crusca
10 anos atrás

Parei de ler no Airton.

Anchor
Anchor
Reply to  Marcelo
10 anos atrás

Caramba, vc conhece mesmo a F1!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Marcelo
10 anos atrás

Essa tedescada vai perder o sono… Pelo menos o melhor motor até agora é alemão. Até agora, pois parece que a Ferrari tava limitada em 14,5 mil giros… Segura a Ferrari, Go Go Marrusia!

gilberto v. de sousa
gilberto v. de sousa
10 anos atrás

Está sobrando dinheiro no banco do brasil,cada ano que passa eles lucram cada vez mais,más para quitar as dívidas,do povo eles não tem dinheiro,e o caso das revisões das poupanças plano bresser,plano verão,e outros,quando eles compraram a nossa caixa nosso banco em são paulo,eles assumiram o ativo e passivo,más na realidade só assumiram o ativo,porque não querem pagas as revisões de poupança,a maioria senhores com mais de 60 anos,que tanto economizaram para ter esse dinheiro,tem processo na justiça que já se arrastam por mais de 15 anos,e dizem que não vão pagar,já estou esperando o calote.

Gabriel 1
Gabriel 1
Reply to  gilberto v. de sousa
10 anos atrás

O Banco do Brasil não é o UNICO banco que deve.
Pelo menos está patrocinando atletas brasileiros.
E os outros???
Para onde vão os lucros absurdos dos outros bancos???

gilberto v. de sousa
gilberto v. de sousa
Reply to  Gabriel 1
10 anos atrás

TEM VÁRIOS BANCOS QUE JÁ QUITARAM A DIVIDA DA REVISÃO DAS POUPANÇAS,O UNICO QUE ESTÁ CRIANDO PROBLEMAS PARA PAGAR É O BANCO DO BRASIL,REFERENTE A COMPRA DA NOSSA CAIXA NOSSO BANCO.ESTÃO PATROCINANDO ATLETAS BRASILEIROS,COM O DINHEIRO DOS POUPADORES,E NÃO DINHEIRO DO BANCO.

Danilo Candido
Danilo Candido
10 anos atrás

Quero ver a pachecada gritando se o Nasr tomar a vaga do Bottas no meio da temporada…

Marcelo Dutra
Marcelo Dutra
10 anos atrás

Primeiro, parabéns pelo seu estilo literário…. “F-BMW dazoropa” foi sensacional. Caguei de rir. Segundo, muito melhor investir no esporte, seja qual for a modaliddade, do que desviar cifras milionária para mensalões (né, Pizzolato) e outras putarias.

Bruno
Bruno
10 anos atrás

Patrocinar um atleta brasileiro, tudo bem, o cara representa o país e, de uma maneira ou outra, isso pode incentivar outros a investir no automobilismo brasileiro, até nos níveis de base.

O que eu não entendo é a Caixa Econômica Federal, que é uma empresa 100% pública, patrocinar 11 clubes de futebol, entre eles o Corinthians, por exemplo. Com certeza o futebol brasileiro não precisa de investimento de base (e sim de organização). Se é pra expor a marca, deviam patrocinar a seleção, ou o campeonato nacional, onde não há clubismos.

Herbert
Herbert
Reply to  Bruno
10 anos atrás

Me parece que quem tem mais recursos, num pais onde tem bolsa familia, deveria investir na base, justamente para justificar o investimento de outros em brasileiros!
Investir em esportista parece, mas não é o mesmo que investir no esporte! A base é bem mais cara e complexa do que o topo! Concordo com o Bruno!

Paulo
Paulo
10 anos atrás

BB e Petrobrás são empresas estatais até a página 3. Ambas tem ações comercializadas no mercado, portanto tem sócios privados também. Não considero que o dinheiro dessas empresas seja estatal. É diferente, na minha opinião, da Caixa que é um banco voltado para o social patrocinar vários times de futebol.

eduardo costa
eduardo costa
Reply to  Paulo
10 anos atrás

Diria eu estatais apenas no prólogo…. o resto é Cash, cash, cash e total interesse privado.

Ariel Lobe
Ariel Lobe
10 anos atrás

Sempre vão existir os mimimis de gente mal informada. Se não me engano, mais de 51% do capital de BB e Petrobras vem de acionistas, fazendo com que o fato de onde vai e deixa ir o dinheiro seja de interesse deles e somente deles

A nós, basta ficar feliz, pois o guri é bom e em certos momentos lembra muito Alonso e Prost, com uma visão global de corrida e vontade de ficar constantemente na zona de pontos.

Paulo Travaglini
Paulo Travaglini
Reply to  Ariel Lobe
10 anos atrás

No dia que 51% forem de acionistas privados, no dia seguinte todos os políticos que ocupam os 3 primeiros escalões seriam defenestrados. Isto seria uma maravilha. Mas na semana seguinte os tais políticos começariam a chamar de “privataria”.

Deficit Cognitivo
Deficit Cognitivo
Reply to  Paulo Travaglini
10 anos atrás

Aldemir Bendine, atual presidente do Banco do Brasil, entrou no banco aos quinze anos em 1978 como menor estagiário. Virou funcionário concursado do banco em 1982 e galgou todos os degrais até chegar à presidência pelas mãos de Lula em 2009. Não é filiado a nenhum partido.

Por outro lado, Guido Mantega foi buscar nos quadros do BB Paulo Rogerio Cafarelli para ser seu braço direito. Mais um que começou carreira no banco como ‘menor aprendiz’.

Pelo visto, esses petralhas andam infiltrando correligionários desde cedo no banco hein? Até mesmo antes da fundação do próprio partido.

Deficit Cognitivo
Deficit Cognitivo
Reply to  Deficit Cognitivo
10 anos atrás

“degraus”.

eduardo costa
eduardo costa
Reply to  Ariel Lobe
10 anos atrás

é justamente o contrário… pelo menos 50%+1ação deve obrigatoriamente estar nas mãos do governo… ou uma golden share

Alberto
Alberto
Reply to  Ariel Lobe
10 anos atrás

Ariel, voce esta mal informado

Júnior
Júnior
Reply to  Ariel Lobe
10 anos atrás

É o contrário… 51% do capital é do Estado, o restante é privado.

Dú
10 anos atrás

O profissionalismo do Américo, divulgando com bases concretas, além de nos orgulhar de um Jornalista Brasileiro furar a imprensa mundial, foi bom também para riscar geral, a trupe de jornalistinhas engomados que o chamaram de “chutador”. Jornalistinhas que nunca sujaram a mão trocando uma fita de máquina de escrever.

Affonso
Affonso
10 anos atrás

Pai Antonio Teixeira Junior de Oxalá acertou mais uma.

Isso sim é jornalismo. E agora tem o caso da Martini, que em questão de dias será “oficializado” para todos.

Vai ficar um tesão o carro da Williams.

José Brabham
José Brabham
10 anos atrás

Petrobras e BB são estatais mas são empresas de capital aberto, com acionistas e ações na Bolsa de Valores. Como bem disse FG, os acionistas que devem estar preocupados (ou felizes) com esta decisão. Nós amantes da F1 agradecemos.

Xilindró Pereira
Xilindró Pereira
Reply to  José Brabham
10 anos atrás

Para uma empresa que lucrou 15 bilhões, esses 10 milhões são troco do cafezinho. E existe o retorno midiático, a exposição da marca e talz.. eles devem pagar bem mais do esse valor por uma propagandinha de 30 segundos no intervalo da novela.

Luiz Evandro Aguia
Luiz Evandro Aguia
10 anos atrás

Caro amigo Flavinho Concordo 100% com o que vc escreveu abaixo,, abraçao e ate dia 15/02 – estarei la em Interlagos ,,,para acompanhar a Classic Cup..

” .Lembrando, igualmente, que muita gente se queixa da “falta de apoio do governo” ao automobilismo (e a um monte de outras coisas), e no fim das contas o que Petrobras e Banco do Brasil, especialmente o BB com Nasr, estão fazendo é justamente apoiar pilotos brasileiros, em alguma medida, na principal categoria do automobilismo mundial.”

Marcio
Marcio
10 anos atrás

Flavio,

Só para constar. o Banco do Brasil patrocina a Seleção Masculina e Feminina de Volei. Robert Scheidt e o EX-Atleta Gustavo Kuerten. Deve ter mais.

Alberto Allatere
Alberto Allatere
10 anos atrás

Em 2008 ele participou da F-BMW européia, e não americana.

FAB1000
FAB1000
10 anos atrás

Bom… falando apenas da hora em que foi divulgado, e não do momento, parece que saiu em primeira mão no Jornal Nacional da Rede Globo, e certamente intencional. ;-)

Marcio
Marcio
10 anos atrás

Ontem dei uma espevitada no Sr. Téo José e o Uol porque os dois fizeram textos dizendo que o “Banco do Brasil, uma Estatal brasileira vai desembolsar nada menos que 10 milhões e blá, blá, blá…”

Texto tendencioso. Ora, porque não escreve a Empresa Brasileira de capital aberto Banco do Brasil vai desembolsar…. ?

Não aguento mais esse jornalismo do mau.

Drone da Silva
Drone da Silva
Reply to  Marcio
10 anos atrás

Jornalistas esportivos não são exatamente experts em economia, marketing e afins, logo temos que relevar. Foram pelo senso comum do fato do BB ser um banco de capital misto e tal.

Quem joga dinheiro público pelo ralo é o sr. Paulo Skaf, que administra o sistema S como se fosse uma ong particular.

José Morelli
José Morelli
10 anos atrás

Gostei da parceria, sou a favor e acho que era exatamente isso que faltava para o Brasil ter esperança com a F1 ainda, ou seja, não deixá-la morrer em definitivo do imaginário popular brasileiro…como de fato estava acontecendo….É claro que nas pesquisas a F1 ainda segue popular no Brasil, mas comparado com outras época, a queda foi muito grande.

Uma das alternativas que sempre argumentávamos era falta de apoio de empresas brasileiras (privadas ou públicas) e agora parece que algumas delas começaram a abrir os olhos. Espero que dê resultados!

Carlos Viana
Carlos Viana
10 anos atrás

Eu ainda acho o Razia mais piloto, foi muito mais constante em sua temporada na GP2, o Nars teve muitos altos e baixos, mas dizem que o Nars é acessorado pelo Piquet então esta ai o resultado. Mas espero que evolua e represente bem nosso pais.

charles
charles
10 anos atrás

Não vou(amos) questionar o patrocínio do BB, pelo contrário, é muito importante, mas… gostaria de saber a relação do Felipe Nasr com algum diretor/presidente/acionistamaojoritário do BB, só isso.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
10 anos atrás

Parece que ele vai correr a gp2 também, não? Tem pressão sim, tá na hora de ganhar uma.

eduardo costa
eduardo costa
10 anos atrás

Flávio, bom dia.

Muito bem observada a questão societária do BB e da Petrobrás.

Em que pese o fato de parecerem estatais, não são. Ambas sociedades são de economia mista, de capital aberto, naturalmente tendo suas movimentações de ações muito bem observadas pela CVM e que negociam suas ações em Bolsa de valores. Labutam elas em ambiente devéras hostil em seus seguimentos, como vc muito bem frisou e se saem muito bem no que fazem.

O único senão nesta história toda é o rombo equivalente a 5 BNDES existentes na Petrobrás, resultado não de má gestão da atual presidente da instituição, mas da mal-fadada política de preço que não vem de hoje e carga tributária sobre o combustível. Se por um lado o governo foi populista e beirando assistencialista (como de praxe) na questão do preço do combustível, não desonera a carga tributária sobre o produto, ficando numa situação de inviabilidade total de através da venda restabelecer o caixa da Petrobrás.

A Petrobrás tb tomou uma surra financeira na questão do pré-sal. A reserva é realmente muito grande, garantindo não só a autonomia, mas também a exportação por longos 35 anos, mas a tecnologia e investimentos necessário para tirar o petróleo do pré-sal ultrapassaram em muitos bilhões o planejado. Brincar com petróleo não é fácil… Taí o Eike que é a prova e contraprova viva disso.

O curioso, entretanto é que se a Petrobrás detém o monopólio do refino, que é o que dá mais dinheiro na operação dom petróleo, como a Petrobrás está com a dívida do tamanho que está. isso realmente surpreende.

Diferentemente da Petrobrás, o BB tem do seu lado o sistema bancário considerado como um dos três melhores do mundo, protegido por depósitos compulsórios, com juros altos, taxas bancárias que não são administradas pelo governo e de lucros exorbitantes que em 2013 chegou a R$15,8bi. Acho que do BB não precisamos falar nada. Se é de capital misto, o governo, neste caso, administrou muito bem seu (nosso?) dinheiro.

Sérgio Troncoso
Sérgio Troncoso
Reply to  eduardo costa
10 anos atrás

Tem muito errado aí!
A Petrobras não mantém o monopólio de nada, os estrangeiros não vêm porque não querem investir caro, mas sim comprar barato. Principalmente no refino, que é o setor de MENOR rentabilidade, os que dão mais dinheiro são a prospecção e a distribuição.
Quanto a dívida da empresa, ela é fruto de um super investimento feito em função da política de utilizar tecnologia e mão de obra nacionais onde der para fazer aqui, sem contar que desenvolver o pré sal sai caríssimo. Trata-se de um petróleo que não seria viável a 40 anos atrás.
As ações “andam de lado” justamente porque o “mercado” não quer que ela seja usada como estatal, mas sim como uma empresa puramente privada, ou seja, comprando plataformas na Coréia e tecnologia onde for mais barato.
Quanto a política de preços, ela é perfeitamente criticável, inclusive porque o governo não majora os combustíveis para controlar a inflação, mas é fato que a empresa deu 12 bilhões de lucro em 2012 e deverá dar um pouco mais do que isso em 2013. E claro, não há “maquiagem”, ela é uma empresa com ações em bolsa no Brasil e em NY, auditada por vários orgãos privados e estatais em vários países. As críticas feitas sempre são publicadas com liberdade.
Um abraço.

Alberto
Alberto
Reply to  Sérgio Troncoso
10 anos atrás

Como a ação de uma empresa tão “boa” valia R$ 40,00 e hoje vale R$ 14,00 ??????

Sérgio Troncoso
Sérgio Troncoso
Reply to  Alberto
10 anos atrás

A resposta já foi dada, ela opera com lucro, mas não lucro máximo, então o “mercado” a avalia assim ué! Note também que as ações de todas as grandes petroleiras pelo mundo caíram… Deve melhorar quando as refinarias e o pré sal estiverem produzindo mais (hoje 300 mil barris dia, mas tem muitos poços acabando).
Um abraço.

a.m
a.m
10 anos atrás

Quando o Americo publicou a ida do Nasr oara a Willians, nao tinha nada apontando oara esta decisao. Este acerto e deu apos inumeras revira-voltas nas negociacoes.

jung
10 anos atrás

Grande Américo!

Paulo Travaglini
Paulo Travaglini
10 anos atrás

BB confirma patrocinio às 3 de amanhã e as 8 da mesma manhã Felipinhozinho está no carro, com banco ajustado e tudo… Porém de carro azul, sem sinal da Martini. Só dá prá brindar a notícia com um Campari!

thiago
10 anos atrás

No anuncio do jornal da globo disseram q ele tb ira correr o champ da GP2 esse ano. Procede?

Geraldo
Geraldo
10 anos atrás

Nasr, paralelamente, disputará a GP2 com o carro #4 da Carlin, com apoio da Sky e da Azul e já despontando como um dos fortes candidatos ao título em 2014. Carreiras precisam de lastro financeiro e espero que outras empresas nacionais continuem a apoia-lo ao longo dos anos.

Herbert
Herbert
10 anos atrás

Então…..não vou falard e hospitais, mas investir em automobilismo brasileiro não é investir em brasileiro no automobilismo! Se a estratégia das ” empresas na nacionais públicas” for investir no exterior para que os “concorrentes” nacionais invistam no automobilismo daqui, acho que se equivocaram…e feio, pq itau, bradesco e cia estao mais concentrados em bicicletas do que em carros. Dobre desenvolvimento tecnologico, a meu ver, balela propagandista, pois o laboratorio que temos por aqui, com os carros que tm,os por aqui, aliado à producção de petróleo que não é suficiente para o que temos aqui, não justificaria tal investimento, ainda mais em notória crise da empresa. Mas….que os Felipes se beneficiem disso, porque o automobilismo nacional….

Saulo
Saulo
10 anos atrás

Isso é hora para mais um pagante?
Ou não, o brasileiro não é pagante, só os outros?

Antonio Luiz Siqueira
Antonio Luiz Siqueira
10 anos atrás

Em tempos de Copa do Mundo brasilis e furos de reportagem, que tal chamarmos o Américo Teixeira Jr. de “brocador”?
Ou pelo menos o “brocador de Grove”.
Abraços.

Mauricio Cassol
Mauricio Cassol
10 anos atrás

É o nosso Maldonado.

Presentear um piloto mediano com muitos milhões de dólares de dinheiro público para o mesmo figurar como piloto virtual na F1 tem bem pouco a ver com “investir no automobilismo nacional”.

Niva 27
Niva 27
10 anos atrás

Nenhum governo, seja municipal, estadual ou federal deveria fazer propaganda. Nenhuma empresa estatal deveria fazer propaganda. Deveriam sim incentivar o esporte amador, o esporte olímpico e para olímpico. O dinheiro público está sendo usado, mais uma, para benefício da Globo, porta voz oficial de qualquer governo, seja de esquerda ou de direita.

Roberto Mota
Roberto Mota
Reply to  Niva 27
10 anos atrás

Essa foi boa…nenhuma empresa estatal deve fazer propaganda…ah tá,sabichão,e os concorrentes então vão nadar de braçada?

Cilibri Oliveira
Cilibri Oliveira
Reply to  Roberto Mota
10 anos atrás

Pois é, como se o Banco do Brasil não concorresse com os Santander, Itaú, Bradesco, HSBC da vida…
E se a Petrobrás/BR não mantivesse postos de gasolina no Brasil e fora dele.

Sérgio Troncoso
Sérgio Troncoso
Reply to  Niva 27
10 anos atrás

Viajou hein?

Niva 27
Niva 27
Reply to  Sérgio Troncoso
10 anos atrás

O sistema bancário brasileiro talvez seja um dos melhores do mundo. Você consegue transferir valores entre contas instantaneamente. Mas dizer que há concorrência entre os bancos é uma piada. Os custos, taxas de juros, os serviços são padronizados. Nem o horário de atendimento é diferenciado, todos tem o mesmo horário de funcionamento. O cliente, por mais que tente, não vai conseguir exercer o seu direito de livre escolha.

Com relação aos bancos públicos a coisa fica pior ainda. Sou cliente do banco do Brasil por imposição da empresa que trabalho. O atendimento é péssimo, os funcionários não estão preocupados com os clientes, as tarifas são altas, enfim uma porcaria.

Alberto
Alberto
10 anos atrás

Flávio, estão falando em 10 Milhões de Euros do BB, e o cara assinou por 8 treinos! Ou ta pagando muito caro ou tem mais coisa neste contrato que não sabemos

Solange Quinoles
Solange Quinoles
10 anos atrás

O BB dá trinta milhões por ano à federação de vôlei. Em termos de exposição, a Fórmula 1 tem um alcance muito maior. E esse dinheiro faz parte da verba publicitária, não é dinheiro público, mas sim dos correntistas e demais clientes do Banco do Brasil, a despeito do banco ser estatal.

Eduardo
Eduardo
10 anos atrás

Não vejo mau nenhum da Petrobrás patrocinar uma equipe de F1, só não acho correto é ela vender 5 plataformas para empresas estrangeiras alugá las novamente, só para fazer a balança comercial dar positivo…

Sergio
Sergio
Reply to  Eduardo
10 anos atrás

As plataformas são vendidas à sua subsidiária holandesa (Petrobras N.B.V), por questões tributárias….e isso acontece desde o início dos 2000 e só agora falam isso…

Luiz Fernando Niquet Gonçalves
Luiz Fernando Niquet Gonçalves
Reply to  Eduardo
10 anos atrás

Essas empresas sao 100% petrobras. É só uma manobra financeira e fiscal.

Eduardo Britto
Eduardo Britto
10 anos atrás

Me desculpe, FG, mas eu reclamo sim. É dinheiro público sim, ou pelo menos “semi-público”, com “empresas” tipo Sabesp e CEF, que são um misto de empresas públicas e privadas, cujos orçamentos e políticas fiscais são interligadas com o governo federal, dando margem a negociações fáceis, sem grandes investigações, afinal o principal acionista, que deveria “se preocupar”, é o Estado, a União, ou o governo do Estado… ou seja, é nosso! E como cliente do BB. penso que talvez as taxas do banco poderiam ser mais baixas, se menos gastos publicitários ESTUPENDOS, em mil e uma coisas, não acontecessem. A promiscuidade com a coisa pública, favorecendo amigos com “boas relações”, e a baixa produtividade dessas ações, em relação aos custos… etc, etc… são coisas muito óbvias a essa altura da vida…