TRABI ESPERANÇA

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SÃO PAULO (grande história) – Vejam a foto. É do Rali de Monte Carlo de 1992, etapa do WRC. Quem ganhou? Didier Auriol, com um Lancia Delta. Querem o pódio? Carlos Sainz, de Toyota Celica, em segundo. E Juha Kankkunen, com outro Lancia, em terceiro. Só gente grande. Naquela época, só gente grande disputava o Mundial.

Aí você busca o resultado da prova e aparece lá em 76°, orgulhosamente, este Trabant da foto. “Une Trabant pour la Roumanie” é o que está pintado na lateral. O carrinho, considerado o melhor do mundo por quem entende de automóvel, foi pilotado por Elisabeth de Fresquet e navegado por sua filha, Virginie.

Elisabeth começou a disputar provas de rali aos 30 anos, em 1979. Engajada em causas humanitárias, decidiu correr a etapa monegasca de 1992 com um Trabant para arrecadar fundos para um orfanato da cidade de Gradinari, perto de Bucareste. Aqui na Wikipedia há um breve perfil dela. Acabou seguindo carreira política. Gostaria de conhecer essa figura para que ela contasse como foi a aventura.

Curioso é que procurando vídeos antigos dessa prova, acabei caindo nesse que está aí embaixo. Não é do rali, claro. Mas é de alguém que cruzou com este Trabant numa estrada qualquer de um país que não consegui identificar e registrou imagens, por curiosidade. O vídeo é de 2010. Será que é ele? Ou seria uma réplica perfeita? Mas quem faria uma réplica de um carro que participou do Rali de Monte Carlo para arrecadar fundos para um orfanato? OK, pode ser. Afinal, o Trabi de Elisabeth amealhou certa fama, a ponto até de existirem miniaturas dele (eu tenho uma).

Mas será que ele foi famoso o suficiente para alguém fazer uma réplica? Até com santantonio? Já fui a um encontro de Trabis. Esse carro não estava lá. Pela fama, réplica ou original, deveria.

Muitas perguntas. Acho que jamais terei respostas para elas. Talvez com meus amigos do fórum de Trabis. Vou tentar descobrir algo. E um papo com Elisabeth entra na lista de “coisas para fazer logo”. Quanto ao carrinho do vídeo, observando alguns detalhes fico com a convicção de que é ele, mesmo, e não réplica. Está perfeito demais.

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Adriano
Adriano
9 anos atrás

Didier Auriol. Foi piloto de ambulância antes de competir em rali.
Bons tempos. Se hoje para se competir em kart é preciso desembolsar uma pequena fortuna. Imagina no WCR.

Roberto Zuquim
Roberto Zuquim
9 anos atrás

Não sei não, tem tempo que conheço esse Flávio Gomes…

Não estaria ele manipulando nossas mentes para que ele enfim ponha seu Trabi a correr com um numeral bastante conhecido da Blogaiada?
Seria perfeito, um golpe de mestre: uma categoria de clássicos estrangeiros, uma tacada e tanto!

PS: prefiro o nosso saudoso #69 ao atual bólido russo.

Harerton Dourado
Harerton Dourado
9 anos atrás

E olha só o número que ele usou…

Fernando
Fernando
9 anos atrás

Mais uma pergunta que provavelmente ficara sem resposta: Que trapizonga é essa que o cara que esta filmando dirige?

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
Reply to  Fernando
9 anos atrás

É um Secma F16: http://www.secmavehicule.com/

Não que eu soubesse, tive que pesquisar… :)

Armando Vieira
Armando Vieira
9 anos atrás

Muito legal a história desse Trabi, e conversar com a Elisabeth vai ser uma experiência única, depois faz uma matéria sobre esse encontro. Aliás Flávio, reparou o número dele? Dá saudades do Deca.

Abraços

ze otavio
9 anos atrás

Se nao me engano, voce ganhou em janeiro de 2013… lembro que, na ocasiao, voce disse que ia pesquisar para descobrir se ele havia existido mesmo, e a troco de que teria uma miniatura, qual sua importancia. Estah ai, missao cumprida.

ian
ian
9 anos atrás

Flavio,

E’ o carro mesmo. Essa tal de Willy, colecionador de Alfas, o comprou ha alguns anos. O pessoal do forum argumenta, com razao, que o carro teria que ser aceito no Monte Carlo historico, ao lado de Ferraris, Quattros, Lancias etc…

Abs,

http://alfa-romeo-classique.forumactif.com/t10216-la-trabant-monte-carlo-1992-de-willy