“ATÉ UM MACACO”

SÃO PAULO (vai lá…) – Em 2002, quando era chefe da Jaguar (hoje Red Bull), Niki Lauda disse que os carros de F-1 estavam muito fáceis de dirigir, e que até um macaco seria capaz de sentar num deles e andar rápido. Aí, ele mesmo foi pilotar e acabou dando vexame. Foi lento e rodou. A história é lembrada pelo Renan do Couto, com vídeo e tudo, aqui.

Agora, o austríaco, tricampeão mundial e chefe da Mercedes, fala algo parecido. Está fácil demais. É preciso dificultar as coisas.

Tendo a concordar, embora “fácil” talvez não seja a palavra mais apropriada para descrever o que é guiar um F-1. Claro que é difícil, não é qualquer mané que consegue, a maioria dos mortais sequer seria capaz de tirar um carro desses do lugar.

Mas entendo o que Lauda quis dizer. Fácil, mesmo, é chegar no limite desses carros. Já falei disso outro dia. Com um pouco de treino e instruções detalhadas, qualquer moleque forjado na F-3, ou na GP3, ou na GP2, consegue virar tempos muito parecidos, quiçá melhores, do que pilotos mais experientes. Coloque Verstappen, o adolescente, na Mercedes de Hamilton. Ele não vai tomar dois segundos. Nem um. Nem meio. Vai virar três décimos mais lento. Talvez menos.

E não pode. Verstappen tem de ser dois segundos mais lento que Hamilton com o mesmo carro.

Ocorre que o carro que uma equipe entra a um piloto, hoje em dia, está perfeitamente acertado para chegar ao melhor tempo de volta possível. Engenheiros, na frente de seus laptops, decidem tudo: pressão dos pneus, cambagem, carga de mola, carga de freio, posições das asas, absolutamente tudo. O cara senta num carro preparado para chegar ao limite.

A sintonia fina, o estilo de pilotagem, a sensibilidade para sacar uma coisinha ou outra, isso tudo acaba dando nos três décimos. Quando dá.

Assim, concordo com Lauda. Os carros precisam ser mais difíceis de tudo: guiar, acertar, entender. Caso contrário, se nivela tudo por baixo.

 

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Eric M. Souza
Eric M. Souza
9 anos atrás

Uma coisa é fato: Senna já meteu dois segundos em Prost com o mesmo carro. Em 94, Senna metia tempo em Hill, fazia pole com Schumacher em segundo. As diferenças eram brutais.

Se bem que após a morte do Senna, o Hill começou a andar junto com o Schumi, então também havia uma falta de atenção com o segundo piloto aí.

Se a F1 quer voltar às raízes, por que não mata as frescuragens? Por que não elimina todos aqueles botões que regulam freios toda hora, tração, etc, deixam um volante com embreagem, rádio, DRS e uso da energia das baterias? O carro precisaria ser acertado nos boxes, veríamos quedas de rendimento abruptas durante a corrida, pilotos precisando adequar a tocada ao desgaste/mudança de comportamento dos componentes.

Eles fazem N coisas buscando aumentar a influência do piloto, creio que a melhor seria diminuir os controles. Isso, por si só, já diminuiria o papel dos engenheiros no rádio. “Mude botão tal para função X…”

Brabham-5
Brabham-5
9 anos atrás

Como disseram Fittipaldi e Piquet, do alto de sua sabedoria:
“Os tempos são diferentes, os carros são diferentes. mas o talento sempre vai falar mais alto. Um piloto campeão de antigamente seria campeão com um carro moderno, atual e um piloto atual, talentoso, campeão, diferenciado, seria também campeão na F1 de décadas passadas.
Se Fangio, Stewart, Fittipaldi ou Lauda tivessem hoje 20 anos e em equipes grandes, seriam campeões como foram no passado.
Da mesma forma que Piquet, Senna, Schumacher, Vettel, Alonso, Hamilton seriam campeões, disputariam títulos com os maiores da F1 antiga.
É muito simplismo, pra não dizer ignorância, alguém continuar martelando que a F1 de hoje é “fácil”. Fácil não é.
É mais segura, tem mais tecnologia, tem mais conforto para o piloto.
Mas, uma curva mal feita, uma suspensão que se quebra em alta velocidade, o piloto ainda pode terminar morto se chocando num muro ou guard-rail..
Como SEMPRE FOI.
E mesmo com tamanha tecnologia, dá para se perceber muito bem, que é diferenciado e quem é piloto “comum”. Independente da limitação e do potencial do carro.
COMO SEMPRE FOI.

Paulo Pinto
Reply to  Brabham-5
9 anos atrás

Exatamente!

Segafredo
Segafredo
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

Se mesmo com todos os vídeos que estão aí no YouTube, alguns não conseguem ver o quanto um piloto tinha de trabalho dentro de um F1 tempos atrás……e vem aqui escrever coisas desse tipo?

Roberto
Roberto
9 anos atrás

O Emerson Fittipaldi conseguiu guiar bem em 2013 uma Lotus, aos 66 anos de idade. E parece que ele teve pouquíssimo tempo para andar, e deu poucas voltas. E não rodou! Olhem a reportagem:
https://www.youtube.com/watch?v=SMN2M2vu6qA

Eric M. Souza
Eric M. Souza
Reply to  Roberto
9 anos atrás

Ele virou 6 ou 7 segundos mais lento, se não me engano. Mas com certeza se tivesse mais tempo logo estaria virando no mesmo segundo.

Paulo Pinto
9 anos atrás

No Planeta dos Macacos, o Chimpi Cauda iria se sair com a pérola: os carros atuais estão tão fáceis de guiar, que até um humano pilotaria um deles fazendo tempos rápidos.

“O macaco tá certo!”

Celio Ferreira
Celio Ferreira
9 anos atrás

No ano passado postei um comentário que hoje um F1 é 75%, e o resto
é o piloto, reintero que na verdade já esta em 85%.

Paulo Pinto
Reply to  Celio Ferreira
9 anos atrás

Então, torçamos pelos carros!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

Isso explica os títulos do Vettel. Ainda bem que 2014 as máscaras caíram.

Paulo Pinto
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

A máscara do Alonso ainda não caiu, mas a ficha já está caindo…

Giovanni
Giovanni
9 anos atrás

É o que eu penso há anos. O que mata a F1 é a tecnologia de informação. Hoje, os caras da F1 têm muitos dados de telemetria, então é muito fácil deixar o carro próximo da perfeição. Em 2013, o Vettel cansou de ficar nos boxes nos treinos livres, e na classificação fazia a pole position.

Se a F1 quiser voltar a dar maior importância ao piloto, vai precisar restringir as informações de dados e telemetria dos carros.

Ricardo da Silva
Ricardo da Silva
9 anos atrás

Pingou um texto interessante.

Rodrigo Suardi
Rodrigo Suardi
9 anos atrás

O que aconteceu é que a formação hoje é muito superior a do passado. Na década de 70 os pilotos decidiam que seguiriam essa profissão quando já estavam no final da adolescência, hoje com 18 anos o piloto já possui quase 10 anos de experiência nas pistas, o que acaba tornando-o experiente, ainda que com pouca idade.

Devido a boa formação que os pilotos passam durante toda carreira, quando chegam na F-1 a diferença do ótimo para o bom é de alguns décimos e não mais de dois segundos como acontecia até a década de 80, tendo em vista que a formação dos engenheiros também melhorou, fazendo com que os carros sejam mais parecidos entre si, pois todos sabem como acertar, diferente de antigamente quando pela falta de know how, engenheiros produziam carros totalmente diferentes buscando uma forma de acertar.

Essa discussão já houve com Emerson na década de 70, vencendo sua primeira corrida no ano de estreia, e sendo campeão tão novo para os padrões da época que o recorde durou por mais de 20 anos… Senna também causou esse tipo de discussão, entrando para F-1 com 21 anos, o que na época era considerado absurdo… Depois tivemos Button, Raikkonen… nenhum deles decepcionou no final das contas.

Alan
Alan
9 anos atrás

Penso o contrário: qualquer mortal consegue andar num carro de F1; o difícil é guiar no limite.

O fato de um novato conseguir andar rápido na primeira corrida mostra o nível de preparação que os pilotos de hoje em dia estão chegando para a F1. O profissionalismo está maior, por isso o pessoal já chega em um nível bem elevado, tendo horas e horas em simuladores, que são extremamente realistas.

Brabham-5
Brabham-5
Reply to  Alan
9 anos atrás

Você deve se achar um baita motorista ou piloto né?
Ta bom qualquer mortal pode dirigir um F1, até na marcha lenta, sei.

Alessandro Neri
Alessandro Neri
9 anos atrás

Texto perfeito. Concordo com tudo o que vc e o Lauda disseram sobre a facilidade atual de se pilotar um F1. Por essas e outras, que desde o inicio desse seculo, a F1 é somente uma caricatura do que já foi, nos gloriosos anos 70 e 80.

Acarloz
Acarloz
9 anos atrás

Eliminem a assistência eletrônica, reduzam os chassis para 2 fabricantes e voltem pro V8 aspirado. Daí vamos ver quem é piloto.

Gustavo Lucena
Gustavo Lucena
9 anos atrás

Em 1983, Senna, que já era um fenômeno, testando a Brabham-BMW que Piquet fora bicampeão semanas antes, penou e ficou 2s atrás do tempo do carioca.

Carlos Tavares
9 anos atrás

Lembro do Schumacher dizer em 2011 ou 2012, que o talento do piloto não estava fazendo tanta diferença como antes. Dizia que com um carro bem acertado, todos iriam rápido.

Vai bem de encontro com as prematuras boas performances dos novatos e com o que Lauda disse.

Brabham-5
Brabham-5
9 anos atrás

Acho que deveria voltar como era na década de 80.
E a tecnologia só entraria na telemetria (para identificar falhas no carro) e para dar mais segurança aos pilotos.
O resto, era com o piloto, o engenheiro e os mecânicos.
Nada de carro criado em laboratório.
Só na pista. Sem “simulação” pra tudo no computador.
Que voltem os testes para desenvolvimento do carro e levem os computadores embora!
Sem “carro de proveta”!
Só muito trabalho, igual para todos do grid.

Fernando Pessoinha
Fernando Pessoinha
9 anos atrás

Niki Lauda costuma falar muita bobagem. E fazer também. Ficou feio, vexaminoso até, a falação de 2002, aquela que até um símio guiava aquele troço. Daí ele foi lá e… rodou. Naquela época ninguém dizia que os carros eram fáceis ou lentos. Os motores eram V10, minha gente, quase 1000 cavalos de potência. Os carros eram rápidos, muito rápidos. E barulhentos. Muito barulhentos. Uma diliça. Mas hoje Lauda está certo. Max Verstappen, por exemplo, não é braço duro. Dizem que o moleque é fera e coisa e tal. Mas andar do jeito que está andando, rápido, consistente, praticamente sem erros, em pistas difíceis, levanta duas questões: ou ele é um híbrido de Schumacher, Senna, Prost e Fangio ou essas máquinas de hoje são, digamos, soporíferas. O colunista diz que “a maioria dos mortais sequer seria capaz de tirar um carro desses do lugar.” Certo. Mas não estou pensando na velhinha de Taubaté, indo para a feira com a Mercedes de Nico Rosberg. Estou pensando no condutor comum, que sabe guiar direitinho um automóvel de rua, dar partida, arrancar, não deixar o motor morrer na ladeira, essas coisas. Ou seja, o sujeito que sabe dirigir. Esse camarada, garanto a vocês, não decepcionaria a bordo de um F1 atual. Por certo não andaria mais rápido que Lewis Hamilton na Eau Rouge. Mas não faria fiasco. Disso tenho certeza. E tenho outra certeza, daquelas inabaláveis: se Susie Stoddart, a pilota mais linda que já surgiu na face da Terra, estivesse na Mercedes, disputando a atual temporada, não se enganem: chegaria até Abu Dhabi disputando o título. E quem é Susie Stoddart, além de esposa do chefão da equipe alemã, o milionário e sortudo Toto Wolff? Que currículo tem? Que campeonatos de relevo ganhou? Quantos títulos de alguma coisa com quatro rodas já conquistou? Ao que me consta, nada. Mas ela está lá, na Williams, uma das equipes mais fortes do grid. Fernando Alonso já disse o que pensa da atual F1. Sebastian Vettel, idem. Acham um porre, sem mais nem menos. A F1 de hoje é apenas um cadinho de nada mais veloz que a GP2. Comparem os tempos de volta. A FIA ao longo dos anos engessou de tal forma o regulamento ( não pode isso, não pode aquilo, motor com limitação de giro, restrição daquele outro, uso limitado de caixa de câmbio com duração de 1000 corridas cada uma, mais isso, aquilo e blá-blá-blá ) e deu nisso vemos. A coisa está tão desoladora que tem nego achando mais legal corridinha de F-E em Buenos Aires do que F1 correndo em Spa, Suzuka e Monza. Pode isso? Ou a F1 para com essa viadagem em que se transformou ou Bernie Ecclestone já pode se coçar. Porque essa F1 daí, se assim ficar, vai morrer.

Tiago
Tiago
9 anos atrás

Acredito que é tão difícil como sempre foi. Mas agora o piloto deve saber mais seguir ordens do que interpretar o carro. Fisicamente, a demanda aumentou devido a maior velocidade, principalmente em curvas, porém, antigamente, os carros eram mais pesados e muitas vezes apenas uma das mãos ficava no volante. e ainda haviam menos marchas, gerando mais saídas de frente, e menos downforce, ou seja, mais força no braço do piloto. Mas agora evolui muito tb a preparação física, antes os pilotos se preocupavam apenas em pilotar, em guiar o carro. Senna (talvez por ser muito fracote) foi o 1º a perceber que era preciso uma boa preparação física para pilotar um F1 em alto nível a corrida inteira. Hoje, os pilotos são super atletas, com níveis de frequencia cardíaca basal tão baixa quanto os atletas de endurance mais bem preparados que a bibliografia nos mostra. Além disso, treinos funcionais, específicos e aeróbios são a base da preparação de um piloto. O que eles mais fazem é treinar, não com o carro (pq é burramente proibido), mas o corpo. Talvez esse nível tão alto de preparação física ajude na “facilidade” de pilotar um F1 atual. Ou seja, pode ser que não seja o carro que está mais fácil de guiar, e sim os pilotos que estão mais bem preparados para fazer tal ação.
Tiago – Preparador Físico

EduardoRS
EduardoRS
9 anos atrás

Eu imagino que um carro de F1 seja difícil de guiar atualmente, mas por motivos diferentes do que há 30 anos atrás. No tempo do Lauda, o piloto tinha que saber dirigir a máquina, trato fino com volante e pedal, saber levar o carro ao longo de uma corrida sem apertar botões, apenas controlando a velocidade e a agressividade, era no “feeling”. E, claro, entender muito de mecânica para acertar o carro.

Hoje em dia o piloto precisa ter um cérebro preparado para apertar 30 botões diferentes umas 15 vezes por volta, cuidar de pneus que se esfarelam artificialmente e guiar um carro que precisa estar 100% acertado o tempo todo – qualquer asinha fora do lugar, e já fica indomável. Por isso os engenheiros precisam fazer com que tudo esteja correto nos mínimos detalhes, e o resultado é que todo mundo tem um carro bem acertado. Aí neguinho toma no máximo 3-4 décimos por volta do companheiro.

Então eu discordo do Lauda quando ele diz que está muito “fácil”. Eu acho que está tudo muito artificialmente nivelado, isso sim.

Winston
Winston
9 anos atrás

Claro que ninguém quer resolver isso. Se quisesse era só acabar com o telemetria e o rádio, baixava os custos pela metade ou mais e ia separar os homens dos meninos!

Mauricio Camargo
Mauricio Camargo
9 anos atrás

Perfeito

Fernando Passos
9 anos atrás

Para pilotos que tiveram o minimo de carreira de monopostos, sim, é fácil!

Entre os pilotos, essa diferença de décimos de segundo são enormes, realmente, porém para o torcedor / telespectador menos estudado nas corridas é um nada absoluto, o que transparece que são todos carros iguais.

Esportivamente algo tem que ser feito, mas não deixo de admirar a que ponto chega o avanço tecnológico da F1.

Projetista mecânico que sou, contemplo demais a capacidade de avanço como, por exemplo, em 3 ou 4 anos de estudos conseguirem pular de um motor V8 de alta litragem para um motor 1.6 turbo V6 que está conseguindo o mesmo tempo de volta (ou próximo de) gastando 1/4 a menos de combustível.

O que fazer para continuar com os avanços tecnológicos e manter a esportividade do negócio sem ter custos astronômico?

Não sei, mas tem gente que ganha muito bem que poderia descobrir esta resposta!

José Morelli
José Morelli
9 anos atrás

Fácil de guiar é, não tenha dúvidas. Se alguém disser que é “difícil” guiar um F1, pelo amor de Deus……não sabe o que está dizendo.

O problema é guiar em ALTO NÍVEL. Hoje o piloto precisa de um preparo físico bastante puxado pois embora seja fácil, a coisa ganha outros contornos quando falamos de uma prova com 40, 50, 60 voltas em que o fácil acaba se tornando um desafio.

Eu concordo com tudo que os pilotos das antigas dizem, Piquet, Lauda e companhia limitada porque eu óbvio sou muito fã daquela F1 mais interessante porém não dá pra negar que o piloto hoje em dia tem outros desafios.

Quer outro exemplo? Os pneus….não é fácil você fazer 60 voltas em ritmo intenso com o desgaste que os pneus Pirelli proporcionam, isso faz com que o piloto tenha que desenvolver um reflexo muscular extra porque chega nas voltas finais com os pneus desgastado, qualquer distração você perde o controle fácil, fácil.

É claro que hoje em dia os pilotos não precisam conhecer de mecânica, os engenheiros hoje fazem todo o trabalho e com ajuda de computação inclusive. Ao piloto a informação já chega prontinha, ele só tem que sentar no carro e operar a máquina, mais nada. Isso sim eu também acho ruim……fazia parte do espetáculo da F1 até uns 8 anos atrás o piloto desenvolver uma sensibilidade maior com o comportamento do carro, do motor, câmbio, pneu e etc e ele mesmo sugerir ou mesmo efetuar as mudanças. Isso acabou mesmo.

Agora, a F1 de hoje exige fisicamente. Se você acha que não, vá entrevistar algum piloto. O negócio não é tão simples assim.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  José Morelli
9 anos atrás

Se não souber o que está fazendo, mesmo devagar você roda, aquecer os pneus não é tão fácil.
https://m.youtube.com/watch?v=GDFMo41E6-U

rodrigo Luiz Martins
rodrigo Luiz Martins
9 anos atrás

No meu ponto de vista, pra deixar esses carros mais difíceis de guiar é só tirando boa parte de toda eletrônica que os carros tem, Ai sim o cara só vai andar se souber acertar o carro para o seu estilo de pilotagem. Só se manter alguns sensores que possam salvar algum motor ou algo do tipo e rádio, o resto descartar tudo, enquanto o carro estiver cheio de aparatos nada vai mudar mesmo que seja um carro de 3000 cavalos, se estiver cheio de eletrônica pra ajudar acertar o carro ainda vai ser fácil demais.

Luiz Morais
Luiz Morais
Reply to  rodrigo Luiz Martins
9 anos atrás

Rodrigo, concordo com seu ponto de vista e acho que a eletrônica embarcada está acabando com a F-1.
Agora a potência não é fator determinante de dificuldade. Os aviões de caça na segunda guerra tinham em orno de 2.000cv e nenhuma eletrõnica para ajudar. A velocidade passava dos 500Km/h e ainda por cima tem duas preocupações a mais, a primeira é termais um eixo para cuidar, a altitude e a segunda é que se o seu oponente te enquadrasse a morte poderia ocorrer em segundos. E os caras pilotavam!
No fundo acho que a F-1 está muito cheia de frescura. Na década de 50 nego pilotava carros com freio a tambor nas 4 rodas e motores de 10L de volume. Aquilo tinha um torque violento, nada de segurança, nada de estabilidade e os caras faziam. Agora, acho que segurança deve ser prioridade mas o resto, é de dar dó.
O Lauda apesar de falastrão, tem 3 títulos na conta e ainda é sobrevivente de um acidente medonho. Pode falar o que quiser.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
9 anos atrás

quem é esse Lauda que tanto falam?

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Esse comentário não é meu!!!
Tem que ver isso aí, já é a segunda vez…
A propósito, o Rosberg disse no fia f1 review de 2014 que a f1 atual está mais difícil de pilotar e de se entender, já que há um terceiro elemento, que influencia tanto quanto os outros dois, aerodinâmica e mecânica. Esse terceiro elemento é a eletrônica, que atua demais nas frenagens.
O piloto não atua mais mecanicamente no freio, que é fly-by-wire e no acelerador que é eletrônico, ou seja, Full trotlle não significa mais pé em baixo, dependendo do mapeamento no volante.
A única parte que o piloto atua inteiramente é virando o volante.

Paulo Pinto
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Adolescente bipolar. Está explicado.

Segafredo
Segafredo
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Vc mora em SP Pinto?

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

?

Paulo Pinto
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Sou carioca e sempre morei no Rio, Segafredo.

Alguém digita um comentário utilizando teu nick e posta o mesmo para posterior publicação, às 22:09 de quinta. O FG (que tem muitos posts para visitar, ler e liberar), lê e libera o comentário para leitura no blog. Você, por coincidência está no mesmo post, lê o comentário fantasma e digita um comentário, reclamando o fato e comentando sobre outro assunto, postando-o às 22;30 da mesma quinta.
Tudo isso em 21 (vinte e um) minutos.

Este sim, é o verdadeiro Multi21!

Celio Ferreira
Celio Ferreira
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Tri campeão mundial de f1 , no tempo que para pilotar um F1
o cara tinha que ser bom , ou melhor fora de série.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Celio Ferreira
9 anos atrás

Sério?

Paulo Pinto
Reply to  Celio Ferreira
9 anos atrás

Só tem uma explicação, Vicellez. A tua Matrix fabricou uma duplicata!

Thiago Barbosa
9 anos atrás

Concordo plenamente.

Joca
Joca
9 anos atrás

Será que o futuro não está em um retrocesso?

alan
alan
9 anos atrás

Niki Lauda e Toto Wolf são dois nojentos!!!!!
a MERCEDES na verdade marcou um gol contra em 2014, depreciou a marca, virou sinonimo de bagunça, pra começar eles encomendaram um regulamento especial pros motores deles…. e a fia acatou, depois vieram com aqueles pilotos nojentos, numa equipe nojenta… O RESULTADO Só PODIA SER NOJENTO!!!!!, os próprios alemães estao boicotando a Mercedes, eles querem qualidade e não torcerão pruma equipe nojenta só pelo fato dela ser alemã!!!! Estão todos torcendo pra nem ter GP de F1 na alemanha este ano!!!!!

rodrigo Luiz Martins
rodrigo Luiz Martins
Reply to  alan
9 anos atrás

Formula 1 é isso, piquet usou muito isso na sua carreira e sempre achava um brecha no regulamento e fazia alguma coisa pra ajudar o carro ficar mais rápido. É parte do jogo e é assim que idéias novas surgem.

Luiz Morais
Luiz Morais
Reply to  alan
9 anos atrás

De onde vc tirou isso?
A turma da F-1 nem tem tanta influência sim na venda de carros de passeio, mas a Mercedes se aproximou em 2014 da única concorrente deles, a BMW. Ambas se preocupam uma com a outra e descartam qualquer outra marca como concorrente. A BMW estava a frente com o desenho dos carros mais ao gosto dos potenciais clientes e, depois que a mercedes adotou alguns aspectos tecnológicos em motores e transmissões e acertou mais no desenho, deixando os carros mais esportivos, aproximou-se da BMW.
Não consigo vislumbrar esse boicote.
Também não consigo entender o porque o Lauda ser nojento e o Toto idem.
Lauda tem o respeito de quem entende de corridas. Nunca foi desonesto, nunca foi fanfarrão e quando precisou, trouxe resultados, inclusive afastando a morte, o cara é um vencedor!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
9 anos atrás

F1 é fácil, difícil é o 69… Não se trata de ser fácil, diminuíram o nível de downforce ano passado e os pneus eram ainda mais duros, então para quem é piloto é menos difícil ao limite. Ao mesmo tempo os motores atuais entregam muito mais potência muito mais cedo, conte o número de rodadas do Vettel e do Kimi esse ano e compare com o ano passado, está mesmo mais fácil? E qual piloto estreante foi melhor que o experiente? Kvyat, não. Magnussen, não. Ricciardo, não é estreante. Verstapen foi mais lento que o Kvyat.
Se for para exaltar o desempenho de um novato, então Kvyat ano passado foi meio segundo mais rápido em Interlagos que o Vergne! Qual a explicação? Carros mais fáceis? Era o ultimo ano do blow difuser…
http://www.formula1.com/results/season/2013/912/7289/
Guiar um f1 no limite continua sendo difícil, acontece que na f1 atual isso só é feito no q2 e no q3, corrida é velocidade de cruzeiro com momentos curtos de potência máxima.

Cassius Clay Regazzoni
Cassius Clay Regazzoni
Reply to  Allez Alonso!
9 anos atrás

Quando você resolve não ficar lambendo as bolas do Picareta das Astúrias ou destilando sua alienação midiática antitrabalhista, faz comentários bem construtivos. Parabéns, excelente colocação.

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Cassius Clay Regazzoni
9 anos atrás

Faço ótimas colocações mesmo, você nem imagina!

fernando delucena
fernando delucena
9 anos atrás

se fosse fácil resolver a questão, a f1 não estaria nessa crise braba que tá. Mas parece mesmo que o que todo mundo quer ver é o piloto tomar mais decisões sobre o acerto do carro e na pista. junte a essa complexidade, o fato de que a f1 ainda não sabe sequer qual tipo de tecnologia usar daqui pra frente. Então venha de qual categoria vier o piloto e com que idade, chegará sem saber nada da geringonça. Como simplificar sem voltar atrás, eis a questão.

Paulo Pinto
9 anos atrás

Fórmula-1 é talento, trabalho e tecnologia. E ninguém muda isso.

Segafredo
Segafredo
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

F1 é negócio!

Allez Alonso!
Allez Alonso!
Reply to  Segafredo
9 anos atrás

Sega, o Pinto não aprendeu ainda. Quando eu disse que Vettel foi um bom produto e Kvyat vinha aí, quase me matou, hehehe! A realidade dói e eu que vivia numa matrix…

Paulo F.
Paulo F.
Reply to  Segafredo
9 anos atrás

F1 é o MEU negócio.
Bernard Charles “Bernie” Ecclestone

Paulo Pinto
Reply to  Segafredo
9 anos atrás

Depois da tríade citada, temos negócio.

Robertom
Robertom
Reply to  Segafredo
9 anos atrás

Negócio que é bom apenas para o Bernie e seus comparsas.

Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
9 anos atrás

Isto tudo , meu ver, decorrente dos altos custos envolvidos…..nenhuma outra categoria tem tal situação…
O custo/beneficio já não é o mesmo e com a queda de audiência , as alternativas apresentadas (ou não …..) são as mesmas de 15, 20 anos atrás onde se vendeu o conceito da categoria sofisticada e tome blá, blá, blá……