OLHEM PARA TRÁS

92spa

SÃO PAULO (desse jeito, morre) – Embora Bernie Ecclestone não admita, e pode ser apenas que não enxergue, dado o avançado da idade e da arrogância, a F-1 vive sua pior crise. Não, não precisam buscar no passado outras piores. Esqueçam. Crises anteriores eram bem específicas e muito midiáticas, tinham a ver com brigas políticas, como nos anos 80, quando alguns times resolveram peitar a FISA (o braço esportivo da FIA), ou segurança — depois das mortes de Senna e Ratzenberger, em 1994.

Eram, por assim dizer, crises “boas”. Todo mundo falava da F-1, os boicotes dividiam torcedores e fãs, as mortes chocavam e despertavam sentimentos e discussões. E havia ídolos, e eles eram bons.

A crise atual é de outra natureza. É a crise da indiferença.

Com índices de audiência caindo no mundo inteiro, minúscula participação da indústria automobilística, autódromos vazios, países desinteressados por GPs, poucos carros, pilotos inexpressivos técnica e pessoalmente, tecnologia incompreensível, corridas enfadonhas, a F-1 é, hoje, assunto para ninguém. Este é o seu grande problema: ninguém mais liga para ela.

O dinheiro continua sendo volumoso, porque ainda há gente disposta a gastar na F-1. Mas é cada vez menos, e por razões pouco nobres — basta ver a quantidade de países sem a menor tradição no automobilismo que ingressaram no calendário nos últimos anos. Abu Dhabi, Cingapura, Bahrein, Rússia, Índia, Coreia do Sul, Turquia e China desbancaram San Marino (OK, Itália, mas vocês entenderam), França, Portugal, Argentina, até a Alemanha corre o risco de perder seu GP porque não tem ninguém a fim de pagar a conta e assumir os prejuízos.

Estes novos GPs têm muito mais a ver com negócios do que com esporte. Basta ver que alguns deles, como Turquia, Índia e Coreia do Sul, já foram para o vinagre e estes países ficaram com o mico na mão — autódromos suntuosos e caríssimos que não servem para mais nada. E ninguém, nestes países, lamentou a perda de seu GP. Simplesmente se foram como chegaram, sem que alguém se importasse realmente. Falo do público, naturalmente. Quem botou dinheiro nessas pistas e corridas deve estar com vontade de matar um.

O grid de domingo em Melbourne foi das coisas mais deprimentes da história da categoria, mais até do que a corrida de meia-dúzia de carros em Indianápolis em 2005 — ali, outra crise midiática e ruidosa, a história dos pneus Michelin que podiam estourar a qualquer momento, foi notícia no mundo inteiro. Eram 15 alinhados na Austrália. Já se sabia quem ganharia. Já se sabia que a McLaren não faria nada. Dois abandonaram na primeira volta. Foram 90 minutos de nada acontecendo na pista. O mais rigoroso nada. Um espetáculo horrível. E aí?

Aí que, claro, ninguém quer ver um troço desses. A não ser, claro, os fãs de sempre, os antigos, remanescentes de outras eras, que se irritam profundamente com o que estão vendo justamente porque são… antigos. Porque já viram coisa muito melhor. Porque se apaixonaram por esse negócio no passado. E os mais jovens? Como convencer um garoto de 15 anos, um jovem de 25, um rapaz de 35 a ver um treco tão chato? Eles ouvem dos mais velhos que a F-1 era sensacional. Quando se detêm por alguns minutos diante da TV, assistem a algo que de sensacional não tem nada. Desistem antes de ensaiar qualquer aproximação. Têm coisa melhor para fazer durante uma hora e meia aos domingos. Internet, games assustadoramente realistas, Tinder, Facebook, Twitter, GoPro, Instagram, Snapchat. Não adianta. Eles não se conectam com algo que não lhes diz nada. Nem mesmo alguma relação com seus carros de rua, quando os têm, encontram. Automóvel, já escrevi sobre isso, não chega a ser um campeão de audiência para a juventude. É caro, gasta gasolina, paga imposto e seguro, não tem onde parar, não pode guiar depois de beber, é um estorvo.

E os personagens? Quem são esses caras aí? Pérez, Grosjean, Stevens, Magnussen, Kvyat, Ericsson, Verstappen, Sainz Jr., Nasr, Merhi, Van der Garde? De onde vieram, para onde vão, o que comem, o que pensam, onde vivem, como se reproduzem? Que diabos é uma Manor Marussia?

É evidente que a F-1 se descolou da juventude. É evidente que precisa angariar novos fãs. É evidente que não pode viver de quem tem mais de 40 anos, principalmente porque quem tem mais de 40 anos faz comparações com o que viu no passado, e é covardia colocar lado a lado essa turminha de desconhecidos aí em cima com Mansell, Piquet, Patrese, Senna, Prost, Berger, Alesi, Fittipaldi, Stewart, Hunt, Lauda, Peterson, Berger, Schumacher, Cevert, Scheckter, Villeneuve, Jarier, De Angelis, Andretti, Regazzoni, Jabouille, Arnoux, Depailler, Laffite, Reutemann, Pironi, Ickx, Jones, Boutsen… Da mesma forma como é sacanagem falar em Toro Rosso, Manor e Force India quando já se teve Brabham, Tyrrell, Ligier, Arrows, Shadow, Alfa Romeo, Renault, até a Minardi. E, assim, que tem mais de 40 anos já está perdendo, ou já perdeu, a paciência e está em outra, não gosta nem de ver o que existe hoje, para não ficar com raiva e excesso de nostalgia.

E é aí que quer chegar. Nostalgia e saudosismo não são necessariamente ruins. Ao contrário, é algo que todo mundo tem, do jovem de 15 anos, que lembra com carinho e ternura dos desenhos que via na TV e dos brinquedos que tinha aos 5, ao senhor de 70 que olha para trás e se lembra de tanta coisa boa por que passou — muita gente, aliás, tem saudade e nostalgia inclusive de tempos que não viveu. A memória afetiva não deve ser desprezada, em resumo. Coisas, lugares, marcas, cenários, sabores, imagens, sons, tudo isso faz parte das nossas lembranças, e não há mal nenhum em revivê-las — quantas vezes, e vindo de gente de todas as idades, já ouvimos a frase “no meu tempo que era bom”?

Se a F-1 foi boa, muito boa, no passado, talvez esteja no passado a chave para que ela renasça. A assertiva pode parecer simplória, mas tem muita lógica: os jovens de 15, 20, 30 anos gostavam da F-1 antes, e eram jovens como são jovens os que têm 15, 20, 30 anos hoje; se gostavam, é porque a qualidade do espetáculo como um todo era atraente; os jovens de hoje são tão jovens quanto eram jovens os de ontem, e se não gostam de algo que a juventude sempre gostou, é porque esse algo deixou de ser atraente. Não é culpa dos jovens, se é que me entendem.

Parece confuso, não? OK, é um pouco. Relendo o que escrevi, é quase incompreensível.

O que quero dizer é que se a F-1 agradava quem tinha 20 anos antes, não há motivo para que não agrade quem tem 20 anos hoje, a não ser que o produto que está sendo entregue seja uma porcaria, muito diferente daquele do passado.

E a F-1 de hoje não tem nada a ver com a F-1 do passado. É uma porcaria. Um amontoado de bobagens do ponto de vista técnico, protagonizado por personagens anódinos que produzem um espetáculo ruim. Simples assim: o espetáculo é ruim. Perdeu todos seus atrativos: o barulho, a variedade de marcas e modelos, os cenários clássicos e históricos, as cores, os personagens, a competição. E no mundo de hoje, com tantas alternativas de diversão e entretenimento, um espetáculo ruim só gera uma coisa nos mais jovens: indiferença. Os jovens não acham a F-1 chata, desinteressante, entediante, aborrecida. Eles simplesmente não acham nada. Nem sabem que existe. Não faz parte de seu mundo. É uma abstração, como um disco de vinil ou um videocassete.

Não é muito difícil fazer uma F-1 parecida com a do passado, de forma a reativar na mente e nos corações de quarentões e cinquentões a paixão que  ela despertou neles quando eram mais novos. Se se apaixonarem de novo, dirão aos mais jovens que estão apaixonados de novo. E esses jovens podem, por que não?, se apaixonar também por algo de que apenas ouviram falar, e nunca viram de verdade.

Para isso, é preciso simplificar as coisas. Deixar de lado esses motores incompreensíveis, por exemplo. V8 aspirados de 2,4 litros e barulhentos, que tal? Toda fábrica de automóveis é capaz de fazer motores V8 aspirados de 2,4 litros e barulhentos. Qualquer uma. Não custa caro. Muito menos do que se investiu nessas unidades de força que daqui a menos de dois anos serão apenas lixo tecnológico. O som dos motores, ainda que muita gente ache que isso é uma irrelevância, não é. Escutar um motor rugindo, machucar o ouvido, tremer na arquibancada à passagem de uma Ferrari, é experiência que só quem teve sabe o que é, e não pode ser descartada. É como proibir uma torcida de gritar “gol” num estádio. Não faz sentido. Câmbio padrão, com liberdade para escolher relações de marcha. Medidas fixas de comprimento, altura e largura e peso mínimo, e a partir disso cada um faz o que bem entender. Mais de uma marca de pneus. Uso limitado de túnel de vento. Asas dianteiras e traseiras sem apêndices. Fim da asa móvel. Limite de mecânicos em pit stops. Treinos de classificação na sexta e no sábado com soma de tempos. Warm up. Sim, warm up, tinha coisa mais legal do que o treino de domingo de manhã para quem chegava cedo aos autódromos? Possibilidade de fazer testes particulares em pistas que não estão no calendário, mas com limite do número de dias por ano. Venda de chassis do ano anterior para equipes menores. Teto de gastos. Aproximação dos pilotos com o público, sessões de autógrafos, motorhomes menos herméticos e paquidérmicos que custam um absurdo, a inutilidade mais cara do planeta, fim do esquema rígido de entrevistas coletivas, mais liberdade para essa gente falar o que quiser quando quiser, ingressos mais baratos, mais corridas em países tradicionais como França, Portugal, Argentina, Holanda, Suécia, Itália, Inglaterra.

Não é complicado. Basta querer. Mas é um modelo que nada tem a ver com o atual, exige ruptura e, sobretudo, apoio daqueles que, hoje, estão por cima da carne seca e terão de abrir mão da hegemonia que impuseram aos demais — hoje é a Mercedes, mas se eu escrevesse este texto três anos atrás, seria a Red Bull; dez anos atrás, a Ferrari.

Parece muito claro que no formato que a F-1 é disputada hoje, o destino é a morte lenta e melancólica, minguando a cada dia, sendo abandonada pelos velhos fãs e incapaz de seduzir novos. Hoje, tirando aqueles que se encantaram no passado e ainda têm esperança de que os bons tempos — terrível, o clichê, mas é o que temos pra hoje — voltem, ninguém mais liga para ela.

É a indiferença o grande veneno que está matando a F-1. O antídoto está lá atrás. É só olhar no espelho.


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Paulo
Paulo
9 anos atrás

Flávio, sou antigo e assim ainda consigo ver boa parte de uma corrida. Com a mesma paciência de quem dormiu na arquibancada de Interlagos para ver o Pace ganhar. Entretanto, acho que vc está se esquecendo do “tédio” imposto por algumas equipes em muitos campeonatos passados. Já passamos por campeonato em que uma equipe ganhou 15 de 16 provas! Um tremendo saco, não tivessemos o Senna envolvido.
Equipes nanicas sempre existiram. Pilotos “não tão bons” idem. Vários deles listados no seu ótimo texto.
Acho que tem gente da FIA inventando muito. Pôe e tira reabastecimento, troca de pneu, motores 4, 6, 8 e 10 cilindros, tem turbo, não tem turbo, isso tudo é um saco. Mudanças de regulamento penalizam as equipes sem grana e aumentam muito a distancia prás equipes grandes. Talvez esta fosse uma solução. Mexer menos, estabelecer vida útil para um regulamento. Só muda de tantos em tantos anos. Dariam chance para as nanicas investirem com um horizonte mais amplo.

Delano
Delano
9 anos atrás

Belo texto produzido Flávio Gomes,

A Fórmula 1 pode ser menos burocrática se realmente pretende aumentar o grid nos próximos anos, isso se não acabar.

Segue algumas sugestões!

1. Pode alinhar equipes novatas com apenas um carro nas duas primeiras temporadas com menor custo e maior desenvolvimento. Retornar com uma corrida extra campeonato no mês de dezembro só com os piores times da temporada com ingressos pela metade do valor das provas do campeonato e parte da renda possa ajudar estas equipes, além de poder atrair novos patrocínios.

2. Já que tem o mundial de construtores e pilotos, que tal adotar um campeonato de motores, assim pode atrair montadoras desde que possam reduzir custos.

3. Acabar com o sistema artificial do ‘DRS’ e fazer uma mesclagem entre pneus ranhuras com slick. Os pneus de faixas em compostos duros para todos os pilotos são utilizados através da volta do Warm up por tempo de 30 minutos no domingo na parte da manhã e são reutilizados na largada e durante a primeira parte da prova podendo trocar só quando atingir mais de 60% da performance (em caso de um furo troca-se somente o pneu danificado). Fica a tática de cada equipe para quem for fazer duas trocas utiliza-se compostos macios ou quem optar apenas em uma com um composto mais duro e duelo de duas ou até três marcas.
As corridas ganham maior emoção e algumas surpresas dependendo das condições de cada piloto e a variação da temperatura em determinado circuito.

4. Utilizar um motor V6 Turbo com 1200HP para durar duas corridas seguidas, mas antes será testado durante a sessão do Warm Up antes da prova de domingo junto com os pneus ranhuras, enquanto isso nos treinos livres e classificação é utilizado um motor V6 Turbo de 1000HP, mas isso só será possível caso tenha sete ou oito montadoras envolvidas no campeonato, cria boas disputas dependo da etapa.

5. Outro detalhe que era bem legal e que poderia voltar é recepcionar os três primeiros colocados no momento do pódio com as famosas “coroas de louros” e claro manter as entrevistas após as corridas.

Fica aí minha sugestão aos amantes da F-1.

Alexandre
9 anos atrás

Belo texto, mas sabemos que a F1 esta afundando nas mãos desse Bernie Ecclestone com suas baboseiras de manter os carros competitivos, não vai sobrar nem os ratos. Ficará só na história. A globo já se movimenta para deixar a categoria e logo logo é interlagos é quem pula fora. Hoje nao temos mais carros pilotados por pilotos e sim pilotos pilotados por carros. Ah, nao consegue ultrapassar, aperta o botaozinho que o carro da frente nao vai nem poder se defender. Poe essa galera pra pilotar com embreagem e cambio manual no assoalho, nao devem nem sair do lugar.

Davi
Davi
9 anos atrás

Ótimo texto

Estevão
9 anos atrás

O novo site da F1 ficou joinha. A sessão de vídeos está muiiiito mais simpática.
Pode ser um começo. E que seja.

marcos carvalho
marcos carvalho
9 anos atrás

´Brilhante texto Flávio!!
Acredito que as coisas ,de fato , são assim mesmo… a F1 está iniciando o seu lento processo de extinção, graças as escolhas que seu atual “patrão” fez, a lista é extensa e já foi colocada por voçê.
Ainda tenho esperança que depois de chegar bem perto do final uma verdadeira revolução será colocada em prática na categoria, a até lá , espero, (sem a presença do Bernie Eclestone) a F1 retornará com uma nova doutrina, desta vez voltada ao esporte,as corridas serão como antes e o talento será a peça principal , os pilotos serão os melhores dos melhores e não os mais endinheirados como atualmente, quem sabe um dia isso aconteça, até lá temos que engolir esta porcaria…

Alberto
Alberto
9 anos atrás

Duas coisas.
1. Você escreve bem bagarai!!!!!
2 As diferenças das listas de equipes e pilotos de agora e antigamente quase me fez chorar…..

Gustavo Gomes
Gustavo Gomes
9 anos atrás

Desculpe, a F1 tá tao chata que nem consegui ler o post inteiro, mas mesmo assim não lembro de um assunto tão comentado em seu blog, 627 comentários até agora.
Estive na Índia a trabalho por longos períodos em 2013 e este ano. A única coisa boa dos GP que lá ocorreu foi a construção de uma estrada de New Delhi até Agra (cidade do Taj Mahal), e no meio do caminho, no meio do nada construiram ou circuito.
A única coisa que citam lá é a tal da estrada que podem andar a incríveis 110 km/h..

tfelsky
tfelsky
9 anos atrás

Quase não comento nenhuma reportagem que leio na Internet, mas essa merece.
Tenho 27 anos, e quando tinha meus 4, 5, 6 anos acordava sedo para entrar embaixo da coberta do meu pai e assistir com ele a F1. Aqueles carros me enchiam os olhos. Depois meu pai passava fitas gravadas de corridas mais antigas e eu ali admirado com toda aquela F1. Por esses motivos hoje gosto de carros e principalmente os antigos. Entre meus amigos sou a pessoa fora da curva, só eu gosto de ferrugem, fico viajando sozinho cada vez que vejo um clássico ou as vezes não tão clássico assim (kkkk). Fico fascinado com cada carro de cada museu que tenho a oportunidade de visitar.
Sou daqueles que ama o automobilismo e o automóvel e fico muito frustrado em ver a F1 como esta hoje, e sempre pensando que não pode piorar, mas cada ano eles conseguem.
Por isso creio que a Nascar consegue ter cada vez mais fãs inclusive no Brasil, pois ela faz de tudo para o seu público, seja ele jovem, adulto ou idoso, homem ou mulher,… . Lá o piloto não se nega em dar entrevista ou reclamar de repórter pois a Nascar e eles sabem que o fã é o que move o esporte. Vale lembrar que a Nascar só possui 2 provas em circuito misto, as outras são em circuito oval, e mesmo assim é muito melhor de assistir do que a F1.
Eles precisam abrir os olhos pois os jovens e os trintões também gastam e muito (muitos gastam o dinheiro do pai, kkkk), público esse que o próprio Bernie falou que não tem interesse.
Abraços a todos e parabéns Flávio pela reportagem.

Glauson
Glauson
9 anos atrás

Caramba , quando fui ver tomei um susto: mais de 600 comentários!!!
Acho que é recorde hein, Flavio?

Parabéns pelo post! Você mexeu num ponto nevrálgico, traduziu em palavras o fino sentimento de todos nós que amamos esse esporte. Parabéns!

Ricardo Jesus
Ricardo Jesus
9 anos atrás

Óptimo comentário. Em Portugal a situação ainda é pior, porque se quiseres ver qualquer coisa que seja relacionado com esse desporto que sempre me emocionou tenho que pagar, visto que é transmitido pela televisão em sinal fechado (Sportv). Que saudades dos domíngos à tarde a ver um Grande Prémio do Mónaco, de Imola, até de Portugal e toda a emoção das largadas, das ultapassagens no limite, etc tudo que fazia da F1 aquele espetáculo. Está na hora do senhor Eclestone se reformar e meter sangue novo para revitalizar o desporto. Mas o mesmo problema passa-se nos rali, só com 2 ou 3 marcas, sem emoções, sem luta, sem nomes como Sainz, Mcrae, Mikola, Makinen, e todos os finlandeses voadore. Estão a ficar como pão sem sal.

Juggerbr
Juggerbr
9 anos atrás

Não assisto mais desde que o Massa virou putinha do Alonso. Uns cinco anos? Não me fez nenhuma falta… Só entro aqui neste blog pra ver coisas legais que o blogueiro posta. Tenho 37 e assistia todos os domingos.

Leandro 440 Magnum
Leandro 440 Magnum
9 anos atrás

A queda de interesse é um efeito colateral da própria politica de elitização e do avanço no sentido de dar a sensação de que este é um esporte só para quem pode comprar um Rolex ou abrir uma conta no UBS (segundo mandachuva), não para quem mora numa favela ou algo parecido, pois esporte de pobre é futebol, basquete atletismo…

A partir do momento em que o Don Berne decidiu levar a F1 para fora da Europa, o interesse diminuiu, não por conta das corridas serem em lugares exóticos, mas porque os tradicionais foram abandonados , dando espaço para categorias que estavam em segundo ou tericeiro planos, imagina só que tem até uma divisão da NASCAR na Europa , e que a cada ano aumenta o interesse do público, os caras correm em Spa,

Leonardo
Leonardo
9 anos atrás

Fala Flavio!

Parabéns pelo texto…. Entre suas sugestões (não sei se já falaram, poi não vou ler 600 comentários) eu incluiria a volta do reabastecimento. Carros leves e no extremo da velocidade…. isso é correr. O que estamos vendo hoje é um exercício de economia de combustível. Isso não é corrida.

Henrique
Henrique
9 anos atrás

E se a divisão de renda fosse mais igual?

JSandeo
JSandeo
9 anos atrás

O pior de tudo isso é que parece não haver sinais de que mudanças ocorrerão num futuro próximo. A globo , naquele circo armado para a transmissão, e cortando o treino, está contribuindo também. Um lástima para nós que gostamos de fórmula 1.

Antonio
Antonio
9 anos atrás

Depois de mais de 600 comentários, não tenho muito a dizer, senão dar os parabéns ao Flávio pelo texto que resume todo o nosso sentimento (acompanho assiduamente a F! deste 1972) com a situação atual da categoria que mais amamos.
Assisti e trabalhei em inúmeras categorias do automobilismo e sempre digo que, não importa a velocidade que desenvolvam, corrida de carros, caminhões, carrinhos de rolimã, etc. só são interessantes quando tem um GRID recheado. Bons tempos (alguém se lembra) onde haviam 40 carros inscritos e havia até uma corrida antes dos treinos, para fazer uma pré seleção de quem iria para a qualificação, onde alguns ainda eram eliminados até sobrarem 26. Os custos exorbitantes que cobram de todos os envolvidos (equipes, países sedes, torcedores, etc.) acabou nos trazendo um grid patético na primeira prova da temporada e o cancelamento dos grande prêmio da pátria dos principais atores deste circo. Continuaremos acompanhando por teimosia.

Luiz Pupim
Luiz Pupim
9 anos atrás

Tenho 53 anos e já vi coisa muito pior do que agora, por exemplo nós anos 2000 quando aquele enganador do Machael Schumacher, ganhavava todos os campeonatos .. Aquilo sim era ridículo e monotono, foi ali que a F1 acabou. Esse ano ainda vou ver Montreal e São Paulo ao vivo por causa do Naser.

Farid Salim Junior
Farid Salim Junior
9 anos atrás

Ótimo comentário! Traduz tudo o que nós, pilotos de poltrona nos domingos de corridas desde a era Fittipaldi, sentimos hoje! Antes, ficava aquela fissura de aguardar o despertador para ver GPs na madrugada. Hoje, melhor continuar dormindo… Desperta quem é viciado e sonha com dias melhores, que não chegam…
Você só esqueceu de comentar sobre essas novas pistas do Tilk – umas bostas de traçado, apesar da estrutura de conforto.
Se pudesse, sugeriria a criação de uma Fórmula 1 “vintage”. Com características dos carros dos anos 70, 80 e até dos 90, com a segurança de hoje. Apenas a segurança. Deixemos a tecnologia futurista um pouco de lado, para que a emoção que move a categoria volte. Que sejam reduzidos os limites de gastos, democratizando a categoria. Ingressos mais em conta. Cotas de patrocínio limitadas, Como na Fórmula Indy, permitir que cada carro – e não cada equipe – tenha seu próprio patrocinador. Aproximar os pilotos do público…. Enfim, democratizar a categoria. às vezes, o mais simples é o mais indicado. Muitas vezes, a boa e gostosa broa de fubá é mais bem vinda aos olhos e ao paladar do que uma torta cheia de recheios e coberturas exóticas e caras. Como gostaria de conversar com o Bernie!!!…Ah! Se pudesse…

Lucas Ribeiro
Lucas Ribeiro
9 anos atrás

Belo Post ! Tenho 24 anos, sou fã de esporte no geral, incluo automobilismo nos meus esportes favoritos. Hoje assitir a F-E é melhor do que assitir F-1, simplesmente por a corrida ser mais divertida ! A corrida de F-1 é chata, alías tirando uns 2,3 anos, os ultimos 15 anos de f-1 é chato ! A F-1 precisa voltar a ter 26 carros, pilotos de varios paises, acabar com essa historia de piloto pagante ! Precisa aumentar a premiação por posição para equipe querer melhores pilotos, ter piloto bom precisa ser rentavel a equipe. Concordo em 99% do que você escreveu.
Hoje a F-1 tem um Câncer, que é muito facíl de detectar, até esse cancer morrer a F-1 vai estar em decâdencia !

Rodrigo Moraes
Rodrigo Moraes
9 anos atrás

Olha, eu penso num regulamento ainda menos restritivo. Tipo, vocês têm 100 litros de gasolina pra fazer os 300 km da corrida. Virem-se! Aí isso poderia trazer progressos pra indústria automobilística, pois se tem tecnologia pra rodar a 300 km/h percorrendo 3 km/L, rodaria uns 30 km/L a 100 km/h.

Lukas
Lukas
Reply to  Rodrigo Moraes
9 anos atrás

Idéia boa essa.

Al
Al
Reply to  Rodrigo Moraes
9 anos atrás

Era exatamente isso que eu ia dizer…
Dá 100L de gasolina padrão pro cara e ele se vira. Se quiser um bicilíndrico de 3L 2T, ou um V12 2.4 turbo com kers, problema pra ele resolver. Cada fabricante tem uma tradição, um caminho técnico que quer demonstrar como o melhor. Tem quem opte pelo downsizing, outros por kers. Há quem ache que tração nas 4 é melhor. Só teria de haver uma compatibilidade dimensional por razões de segurança.
Tem fabricante que é bom de testes em pistas, outro desenvolveu muito seu túnel de vento, outro tem o CFD mais representativo. Essa conversinha de cortar custos reduzindo testes só está forçando os desenvolvedores a seguir por um caminho só.
E outra coisa… era bacana quando um carro começava o ano uma draga e os caras viravam noite e na segunda metade do campeonato estavam arrepiando. Essa coisa de homologar as partes e não poder mexer não é competição. Quem não tem recursos fica para trás. As equipes tem que gastar muito dinheiro desenvolvendo as melhores soluções, com liberdade, e não gastando milhões para melhorias mínimas e soluções limitadas em um regulamento técnico ultra restritivo.
Custos são um problema, mas arrisco dizer que o maior problema da F1 hoje não é o alto custo, mas o baixo benefício.

Eduardo
Eduardo
9 anos atrás

FG,

Parabéns! Excelente crítica, memorável nos detalhes do passado e na melancolia do espetáculo presente.
Não admira que eu tenha a abandonado pela MotoGP, essa sim um espetáculo invejável nas pistas – 15 carros na F1 e 25 motos na GP…..e ainda falta a Kawasaki voltar…
O “Berne” Ecclestone que se vire no seu caixão automobilístico!
Abraços

Fabio Tust
Fabio Tust
9 anos atrás

Muito boa a análise e o caminho para a solução Gomes! Gostaria de saber o que acham os outros jornalistas bons, do Brasil e de outros países, também apaixonados pela F1. Tu tens contatos com várias pessoas deste meio, vocês conversam sobre isso. A insatisfação é geral também? Vocês discutem sobre o que poderia ser feito?
Eu acho triste o fim de um esporte do qual eu gosto tanto.
Vi a corrida da Austrália, mas devo passar as próximas noturnas. O foda é notar que fãs d e F1 viraram nicho. Ninguém fala sobre. E quando falam não sabem os nomes dos pilotos, pistas, nada. É como tu mesmo resumiu: as pessoas não acham F1 ruim, elas simplesmente não acham…
Eu ouvi falar uma vez que o baseball passa por algo assim nos EUA: Regras complicadas, partidas longas, não renovaram a base de fãs, pois os jovens não tem paciência para assistir aos jogos e entender as regras. Assim o número de torcedores tende a diminuir conforme as gerações forem passando e pode se extinguir no futuro.
Penso que é para onde a F1 vai, mas não merecia.

Luiz Magina
Luiz Magina
9 anos atrás

Fantástico texto Flavio !
Tomei a liberdade de compartilhar no facebook.
Essa crítica merece ser lida por todos que viram a F1 de SennaxProst e PiquetxMansell pra trás !!

Miguel Direito
Miguel Direito
9 anos atrás

Grande texto. Toda a razão. Acontece que hoje existe uma multiplicidade de atrações para os jovens e penso que o mundo automóvel deixou de ser visto como o vértice tecnológico, deixando de ter a áurea e brilho que tinha até 2000. A própria TV já não manda sozinha. Mas, tendo eu 44 anos, não posso deixar de pensar que os tempos dos Ligier, brabham, tyrrell, Lotus, Ensing, Toleman, Arrows, etc são irrepetíveis
O colorido, os patrocínios, os circuitos, a confusão nervosa das partidas, os “pilotos Homens”, de bigode e com 30 anos de média- e não garotos, o barulho, as pré-qualificações, etc. tudo era essencial, e acabou de vez. Quando, por algum motivo financeiro, acabarem com o GP de SPA, MONZA, Japão ou Mónaco, desligo de vez,

Danilo A.
Danilo A.
9 anos atrás

A F1 piorou e o mundo mudou. Essa porra não tinha como ser legal pra sempre.

Leandro Ribeiro
Leandro Ribeiro
9 anos atrás

613 comentários, como não falar algo que alguém já tenha falado? Sempre leio o blog, todos os dias e não é clichê, realmente leio todos os dias na hora do meu almoço.

Não fórmula para o sucesso, o que impressionava antes, não impressiona mais. Antigamente um disquete de 5 1/4″ era algo maravilhoso, hoje em dia meu filho de 12 fica rindo.

A vida progrediu e o consumidor tb, as necessidades são outras, os anseios são outros. Mas se tratando de carros, há quem babe em um camaro novo (principalmente meu filho de 12 anos), daí eu mostro para ele o “verdadeiro” camaro, da década de 70. Ele ri e me diz: “mas esse não está no trasformers”. Balanço a cabeça de forma negativa e saio de perto enquanto ele joga o XBOX ONE.

Hoje a tecnologia tem necessidade de fazer presente nos carros da F1, mas meu filho de 12 só vai passar a gostar de F1, se o pai dele de quase 40 o chamar para assistir ao lado dele. Assim como o meu pai fazia comigo. Quantas madrugadas meu pai me chamava e falava: “filho a largada e em 5minutos! Levanta”. E assim eu vi as lutas de Senna e Prost. Ali me apaixonei, ali pensei que não perderia mais nenhuma corrida e que eu faria o mesmo com o meu filho.

Os carros atuais foram criados para que o piloto tire o máximo dele. Antigamente era o contrário. o Piloto era criado para tirar o máximo do carro. Hoje o limite não é o piloto, mas o carro. Antes o piloto era o limite. Vejam o filme Rush com disputa entre James Hunt e Niki Lauda… tentaram implantar uma rivalidade entre Rosberg e Hamilton, coisa mais falsa impossível.

Quero me apaixonar de novo, quero chamar meu filho para sentar ao meu lado e ver comigo. Mas hoje em dia eu vejo pq não tem mais nada para se ver na televisão no domingo de manhã, mas acordar de madrugada, não, obrigado!

Marcos
Marcos
9 anos atrás

Turfe… simplesmente e futuramente será como um turfe, que já foi a F 1 dos séculos passados.

Rodrigo
Rodrigo
9 anos atrás

A F1 tinha v8 aspirados quando Schumacher começou a ganhar tudo e quase todo mundo no Brasil desanimou com F1. Não é só barulho. Mas também não quer dizer que é só o fato de alguém ganhar tudo que gera desinteresse. Como corinthiano (e vc mais ainda como lusitano) sei bem que um time pode ficar anos sem vencer e ainda assim despertar paixões. Mas veja bem, Flavio, o mundo mudou BASTANTE e a indústria do entretenimento mudou mais ainda! As máquinas dos anos 70 e 80 eram assombrosas não só pelo barulho, pela velocidade e pelo perigo, mas sobretudo também por fascinar um público que não tinha as milhões de outras coisas para assisitir não apenas na TV, mas em aparelhos que se carrega no bolso. E se tinham opções como praias, picnics e viagens, ainda assim corridas eram questões e acontecimentos grandiosos, localmente, e sua conexão com o mundo era pelo fascínio de uma geopolítica mundial conturbada, mas com divisões muito claras: o fascínio de europeus por corridas em repúblicas como Brasil e México e por outro lado o fascínio dos ocidentais por corridas em lugares como a Hungria. A F1 era ponta de lança de uma mundialização capitalista, levando suas marcas de gasolineras, cigarros, relógios e champanhes com seus jovens heróis ingleses, astutos franceses ou apaixonados italianos. F1 era relevante em um mundo que tinha dois lados e disputava em tudo, principalmente no esporte e no entretenimento. Era o mundo da grande aceleração do capitalismo.

Hoje, a F1 não serve a nenhum propósito maior. Não é suficientemente ecológica para levantar essa bandeira. Não é suficientemente inovadora e relevante para questões atuais da vida das pessoas. Sua relevância geopolítica é agradar e servir de palanque para governantes de caráter duvidoso de países periféricos que deveriam estar gastando dinheiro melhor em outras coisas. E recebemos imagens e nos conectamos com esse mundo complicado de milhares de outras formas, muito mais relevantes que a F1. Ela não nos apresenta mais o mundo através do esporte. E um esporte que não extrapola seus limites vira apenas um jogo, uma partida de cartas qualquer.

Não há nada mais desinteressante para qualquer jovem, de qualquer época, que se sentir alienado do mundo. Jovens querem fazer parte do mundo, descobrir o mundo. Hoje, a F1 é um negócio de uns poucos alienados: tarados por luxo ou fama, tarados por aerodinâmica, tarados por marketing, tarados por acidentes. Eles e os saudosistas de tempos melhores que assistem como quem assistia a um episódio de casseta & planeta em seus últimos anos, esperando por brilharecos do passado, mas em geral, dormindo em frente a tv e não achando graça nenhuma.

Eduardo
Eduardo
Reply to  Rodrigo
9 anos atrás

Resumiu bem o que penso, acredito que automobilismo como um todo já não exerce o fascínio de anos atrás, quando o ápice da tecnologia estava em carros e aviões (tecnologia à que o público podia ter contato mais imediato).

Hoje há inúmeras inovações tecnológicas todos os dias em diversas áreas, os jovens estão acostumados a dirigir a ação (vídeo games), não a ficar hora e meia contemplando uma ‘carreata’, um carro atrás do outro como se tem visto.

E mesmo nos vídeo games, os de corrida estão entre os menos vendidos, a não ser que envolvam violência etc (Gran Turismo, por ex).

Carlos Roberto da Silva Junior
9 anos atrás

Para o Velho Gagá do Bernie Ecclestone Presidente da FOM e da FOA que de certa forma se sente dono da F1 isso nunca vai acontecer dessa categoria dar uma olhada pra trás.

Paiva
Paiva
9 anos atrás

O seu texto disse tudo. Antes o piloto podia usar o pneu como bem entendia;fazia parte do espetáculo. Li há alguns anos na F1 Racing que Bernie Eclestone estava ouvindo fãs durante a elaboração de algumas regras,principalmente no final de 2008.Entretanto é fácil concluir que ao invés do Bernie ouvir fãs de verdade, ele ouviu um bando de nerds bronheiros.

Clayton Moura Belo
Clayton Moura Belo
9 anos atrás

No post de domingo, F.G., eu pedi que você ajudasse a salvar o mundo (nosso mundo). Obrigado! Eu só gostaria que este post fosse parar nas mãos de alguém ligado à FIA. Além disso, acho que este post bateu o recorde de comentários (e olha que não estamos falando do “dèrriere” da Kim kardashian). Parabéns, FG

Ariel
Ariel
9 anos atrás

Parabens FG, ótimo texto, falou e disse tudo. Se tivesse um pouco de boa vontade (basta isso) já resolveria muita coisa e, se não quiserem mudar nada, façam o que voce sugeriu em uma oportunidade passada. Acabar com comunicação com o box, é piloto, maquina e, como diria Nick Lauda no filme Rush, que ganhe quem tiver a melhor bunda!

Osny Benelli
9 anos atrás

Acompanho a F1 desde 1981 e sinto a mesma coisa descrita no texto. O golpe de misericórdia será quando a F1 sair da TV aberta e ficar na TV a cabo. Será o fim e está perto a hora disto acontecer.

Marcelo Pesão
Marcelo Pesão
9 anos atrás

E para nós, brasileiros, além da mediocridade da própria F1, ainda temos que suportar o circo armado da “glóbulo” e de seu fantoche número um “Gavião” piorando ainda mais o que já não tem mais , ou achávamos que não tinha, o que piorar, naquela transmissão sofrível!

Paulo Pinto
Paulo Pinto
9 anos atrás

Nem todo mundo quer olhar para trás. Alonso é um deles. Se o espanhol olhar para trás, vai ver a “piaba” que Vettel botou nele, durante quatro anos seguidos.

Rafael Wuthrich
Rafael Wuthrich
Reply to  Paulo Pinto
9 anos atrás

O que uma coisa tem a ver com a outra? E mais: quem garante que, tendo equipamentos equivalentes, Vettel teria a facilidade toda? Que eu saiba, tomou uma naba do novato no ano passado.

Paulo Pinto
Paulo Pinto
Reply to  Rafael Wuthrich
9 anos atrás

A F-1 nunca teve equipamentos equivalentes. O “novato”, até o ano passado, já acumulava quatro temporadas disputadas.
Na abertura desta temporada, o “novato” levou “pau” de um estreante com uma Sauber.

Cansei de ver “brilharecos” na categoria. Ricciardo pode ser mais um (torço para que não seja).

Rodrigo Mota
Rodrigo Mota
9 anos atrás

acho que a coisa deveria ser mais flexivel em alguns pontos, mais prática em outras…

1) poténcia limitada a 1000HP com fluxo ilimitado de combustível e volta do abastecimento.
número de cilindros a escolha, V2,V4,V8,V10? Turbo? Hibrido? dane-se. o limite é 1000HP. assim cada equipe pode ter o motor. motores com menos cilindros e mais econômicos vão durar mais corridas e vão permitir um “stint” maior o que pode dar uma chance as equipes pequenas (ganhar por ficarem mais tempo na pista)

2) pontuação padrão NASCAR. ponto para “pole position” e até o 10 lugar, ponto pra quem ficar mais tempo na liderança, pra quem fizer a volta mais rápida…

3) aerodinâmica simplificada. sem apendices…

4) teto máximo de gastos

5) permitir que equipes pequenas corram com apenas 1 carro

6) permitir que equipes corram somente em determinadas provas (como na NASCAR e F-Indy) ou que equipes regulares corram com mais de 2 carros em determinadas provas…

7) adoção de provas “premium” (como Daytona-500 e Indy-500) mais longas com possibilidade de pontuação dobrada (Spa, Inglaterra)

8) composto único de pneus para pista seca

9) transformar o Q3 em um “mini GP” de 10 voltas e com 50% da pontuação da corrida

10) permitir uso de chassis de até 2 anos anteriores para equipes pequenas

11) adoção do padrão NASCAR/F-INDY de equipes. sem franquia. quem quiser entrar entra. sem licitação. tem grana pra correr só 50% da temporada? beleza. manda brasa…

Marcel Willy Favoretto
Marcel Willy Favoretto
9 anos atrás

Sou um completo apaixonado pela formula um. Não tenho 40 ou 50 anos, tenho 31 mas fui inserido neste “mundo paralelo” pelo maior de todos.Vejo corridas de hoje para lembrar o que via com 5, 6 anos.Assisto corridas dos anos 70 e 80 e do inicio dos anos 90 e me emociono com um formula um que era a mais pura paixão por correr. Tenho esperança que essa emoção ainda volte mas como o esporte é uma metáfora da vida, quem não presta assistência abre concorrência. Acompanho modalidades a motor para compensar essa falta de emoção, como formula Indy e Narcar.

Stefan
Stefan
9 anos atrás

Caramba, Flávio. Acho que um dos melhores textos que vc já escreveu no seu blog. Está de parabéns. Tenho 33 anos, mas desde muito pequeno sempre gostei muito de acompanhar a F1, minha família sempre foi muito fã, e não só por causa de Piquet/Senna, mas ao longo dos últimos 15 anos percebo que cada vez mais fui tomado por uma grande indiferença mesmo.

Luis
Luis
9 anos atrás

Meu deus, como essa Benetton com o nariz alto era bonita!

João
João
9 anos atrás

Ótimo texto. ´Você disse exatamente o que penso a respeito. Espero que a F1 volte a emocionar.

Danilo
Danilo
9 anos atrás

Infelizmente, esse texto é uma verdade. Quando nós, os antigos fãs, deixarmos de acompanhar a F1, ela estará fadada ao fracasso, pois não há atrativos para as futuras gerações.

Ed
Ed
9 anos atrás

Perfeito o texto. Exatamente o que penso tambem. No ultimo domingo quando vi que so tinham 11 carros na pista desliguei a TV. Ja sabia que ninguem iria arricar ultrapassagem e perder pontos… Monotona corrida, esta dificil de continuar seguindo…

Kallel
Kallel
9 anos atrás

Sensacional, sem mais !

Carlos K
Carlos K
9 anos atrás

Sou mais um desses antigos fãs na faixa dos 40, ou quase. Eu tinha 8 na primeira temporada do Senna. Lá começam as minhas lembranças. Fui um dos privilegiados que cresceram acompanhando a F1 daquela época. Como era bom. Meu interesse pelo esporte oscilou com o passar do tempo, mas continuei gastando as madrugadas nele. Até que, no início deste ano, desisti. Não vou assistir nenhuma corrida. A principal razão: muito negócio pra pouco esporte. Quando Bernie e sua filosofia saírem, talvez eu volte. É um movimento que faço não por falta de interesse, mas pela convicção de que não vale a pena apoiar isso aí. Pra dar certo, deixei de acompanhar teu trabalho e o GP. Tipo manter distância pra não cair em tentação. Até que vi a chamada na capa do UOL… Bem, espero ver o renascimento da F1. O que estão oferecendo hoje, eu passo.

Antonio JS
Antonio JS
9 anos atrás

Eu sou um dos cinquentões que assistiu desde pequeno corridas de F1. Hoje o nível economico entre as equipes é muito elevado impossibilitando o uso de criatividade e sim de alta tecnologia que esta longe das equipes menores. Talvez algumas soluções da F Indy de hoje seja melhor solução para atrair novas montadoras, fornecedores de motores, cambios, pneus, possibilitando surgimento de equipes e que consigam durante o ano competitividade e brigando de igual para igual com as grandes. Que venham os difusores, efeito asa, exaustores, motores v12 v8 e v10, chassis maclaren, ferrari, renault, mercedes, pneus firestone, goodyear, michelin, Yokohama, patrocinadores diversos e por fim competição que foi perdida há muito tempo.

FREITAS
FREITAS
9 anos atrás

No brasil depois do super senna a F1 já era!! Ficou mais sem graça do que dançar com irmã, ainda mais com esse sempre horroroso massa. Quantas saudades nos domingos ver o nosso eterno senna pregar os ferros nos gringos. Aquilo lavava a alma dos brasileiros!

J.Rubens
J.Rubens
9 anos atrás

Confesso que sempre fui INDIFERENTE à Fórmula 1, exceto no que diz respeito à genialidade de Ayrton Senna, única razão que me levou a, algumas vezes, assistir a essas “corridas”. Por falar em INDIFERENÇA, trata-se de uma poderosa estratégia (em lugar da VIOLÊNCIA) que poderia ser utilizada em benefício de plurais setores da sociedade, como, por exemplo, no intuito de banir programas televisivos pífios, demonstrar aos governantes nosso inconformismo relativamente a todo esse cenário apodrecido do Brasil, por efeito do qual os cidadãos de bem deste país poderiam, COM TOTAL INDIFERENÇA E COLETIVAMENTE OU EM MASSA, a título de veemente e irresistível protesto, deixar de pagar os extorsivos tributos, deixar de pagar IPVA, deixar de pagar IPTU, deixar de declarar e de pagar IMPOSTO DE RENDA, deixar de pagar contas de LUZ, deixar de pagar contas de ÁGUA etc. Imaginem se tudo isso fosse feito DURANTE UM CURTO ESPAÇO DE TEMPO, DIGAMOS, DE SEIS MESES!!! A República Verde-Amarela implodiria, viria abaixo, os corruptos e inúteis se veriam em irremediável embaraço e as mudanças pró-sociedade se concretizariam com naturalidade e… EFICAZ INDIFERENÇA.

Realista
Realista
9 anos atrás

A F1 já morreu e os outros esportes estão no mesmo caminho, é só uma questão de tempo. A culpa é da mídia que vende uma imagem fascinante de tudo que não presta e a manada alienada aceita. É tudo negócio, agora assistam novelas…

Carlos
Carlos
9 anos atrás

Flavinho, o problema maior que vejo é a absoluta falta de identidade principalmente das equipes, que a exceção da Ferrari mudam demasiadamente a cada temporada. Mesmo as tradicionais que restaram como Willians e McLaren perderam totalmente o “glamour”, pode parecer inocência mas quando falamos em Ferrari enxergamos exatamente aquele carro vermelho; já as demais, ninguém mais sabe. Essa identidade deveria tentar ser mantida, quem dera houvessem outras Ferrari´s, a Lotus preta, a McLaren vermelha e branca, a Willians, amarela e azul, e por aí vai. Abraços.