VIVAM, RAPAZES
SÃO PAULO (sempre é tempo) – Quando vejo essas coisas, além de morrer de inveja fico fazendo planos. Quase nunca levo adiante — idade, emprego, compromissos, é incrível como tudo fica difícil na medida em que os anos passam… –, mas de vez em quando alguma coisinha parecida dá para realizar. Foi assim na Kombosa Trip, foi assim no périplo pelo Leste com Gerd, é um pouco assim nas pequenas aventuras com meus carros de corrida esquisitos.
Mas falta algo épico, como o Mongol Rally. Não tem regras, exceto uma: o carro tem de ter motor de no máximo 1.200 cc de cilindrada. Sai da Inglaterra — Goodwood — e termina em Ulan Ude, na Sibéria. Cada um faz o caminho que bem entender. Precisa arrecadar mil libras, doar metade para uma ONG definida pelos organizadores e a outra metade, para alguma instituição de caridade.
Tem um time brasileiro na disputa, formado por Clemente Gauer, Gérard Moss e Dietrich Batista. Disputa é modo de dizer. Não há um vencedor. Todos ganham.
Eles moram na França e compraram um lindo Citroën GS com 25 anos de uso e 85 mil km rodados. Pagaram 450 euros no carrinho. Estão na estrada, e podem ser acompanhados aqui, num blog no qual relatam tudo que estão vendo e vivendo.
É simplesmente demais. Todo mundo devia fazer algo assim na vida. Viver, em resumo.
Flávio, vamos organizar uma versão sulamericana desse rally?
Carros de até 1000 cc do século passado, largada em Porto Alegre e chegada em Caracas!
Que tal??
Ia ser divertido e mais acessível pros brasileiros e sulamericanos que quiserem participar!!
Acho uma excelente ideia.
Com parte da renda revertida ao instituto do Ingo… seria muito legal..
O problema é que em nosso país qualquer carrinho os caras estão pedindo milhões.. virou negócio e não paixão ou hobby.
Se não me engano, Dietrich Batista é irmão do Eike Batista. Pelo menos esse irmão está se divertindo, mesmo não sendo numa Ferrari ou Mercedes.
É ele mesmo. Esse está se divertindo!!!
Flávio, ano que vem você divulga o resultado?
Cara, da primeira vez que tomei conhecimento do Mongol Rally eu pirei. Claro que vou fazê-lo um dia. Tem outra equipe brasileira na disputa, digo, odisséia deste ano:https://www.facebook.com/yakinaroundteam?fref=pb&hc_location=profile_browser
Eles já estão na Sibéria, ontem chegaram a cidade de Omsk,
dá para acompanhá-los por aqui:
http://share.findmespot.com/shared/faces/viewspots.jsp?glId=0qcfkRvTRCm1DvxNPacQIfYuvvbEp5iTt
Vendo uma notícia desta, fico mais depressivo com minha vida sem graça. Talvez ainda tenha idade para estes passeio, mas me falta tempo e dinheiro. Quem sabe quando me aposentar? Eita inveja boa destes rapazes.
Se aceitar, basta arrumar mais um, pois eu estou dentro. Vamos ano que vem?
Flávio,
já percorreu a Transiberiana, ou já cogitou esta hipótese?
As regras são as melhores:
“Não existem regras! Apenas levante um mínimo de 1.000 Libras em doações para uma ONG e arraste-se até a chegada! Neste ano de 2015, a ONG escolhida será a http://www.coolearth.org .
Algumas ressalvas:
O seu carro deve ser simples e de preferência considerado “sucata”.
O motor não pode ser maior que 1.2l, evitando assim a participação de pequenos 4×4 japoneses (Samurai e Jimny), que outrora conferiram certa monotonia ao evento.
Não existe rota certa, cada um faz a sua.
Quem chegar primeiro não ganha nada!
Não existe qualquer suporte por parte da organização.
O rali não é de velocidade e tampouco de regularidade
Quanto mais seu carro quebrar, melhor!
Faça amigos.
Ficar perdido é cool!
GPS? Uncool!
Arraste-se até a chegada! “
Eu tenho o livro “Asas do Vento – A primeira volta ao mundo num motoplanador” de Gerard Moss, em depoimento a Margi Moss – Rio de Janeiro: Record, 2002.
O Clemente é um grande cara: aventureiro, polivalente, conhecedor do mundo e das realidades dele. Me encontrei com ele poucas vezes mas considero um bom amigo. Mora e trabalha no Brasil.
Tô ficando velho. Andava procurando um towbar pra levar meu Buggy de SP a Iguape engatado. Depois de ler essa postagem decidi ir guiando mesmo. Quem sabe não dou uma esticada até Cananeia, São Chico do Sul, Bombinhas, Bom Jesus da Serra, …?
Um amigo foi do Rio de Janeiro ao Mato Grosso de Buggy, me disse que era atração por onde passava.
Esse Gérard Moss, não fez uma matéria, em que pilotava um hidroavião coletando água no Brasil? Se for ele mesmo, é uma figura. Agora, 450 euros pelo carrinho? Menos de r$ 2.000,00, só na Europa mesmo.
Sim, ele também deu a volta ao mundo num motoplanador Ximango. Esse sabe viver.
Que coisa espetacular!
Estou planejando para o final do ano que vem minha primeira aventura, um tour saindo de Curitiba até o Uruguay voltando por Buenos Aires.
Ja escolhi o veículo provavelmente um C5 v6, se achar em bom estado um Xantia ou XM V6 também, conforto, confiabilidade e segurança para a família… todos aqui em casa estão ansiosos com os planos.