BERNIE, O REDENTOR

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SÃO PAULO (vai pegar fogo) – Discordo de Bernie Ecclestone em um monte de coisas. Acho que boa parte dos problemas da F-1 se devem a ele e seus planos que colocam sempre o dinheiro à frente de qualquer coisa.

Mas concordo com ele em outro monte de coisas. Uma delas é sua cruzada contra os motores da categoria.

[bannergoogle] É preciso dizer que Bernie nada fez quando se decidiu por esse regulamento técnico. Entre outras coisas, porque o formato de gestão da F-1 hoje prevê, como ele diz, “democracia” na tomada de certas decisões.

Como Ecclestone não é nenhuma sumidade de engenharia, foi levado de roldão quando as discussões das equipes e montadoras apontaram na direção dos V6 turbo com motores elétricos auxiliares. Ele pode até ter achado uma besteira, mas não se preocupa muito com isso — desde que as questões técnicas não mexam em seu bolso, para ele tanto faz se os carros têm quatro ou oito rodas.

Mas está claro que essa linha adotada pela nova F-1 — aliar motores híbridos a uma preocupação com a eficiência no uso de combustível, famosa cascata para parecer ecologicamente correta — está trazendo prejuízos à categoria. Ela está chata, silenciosa e, sobretudo, cara e complicada. Cara a ponto de afastar novos investidores, de ameaçar a existência de algumas equipes, complicada a ponto de, no final do ano, uma empresa como a Red Bull simplesmente dela desistir porque sabe que, tecnicamente, é impossível vencer se não tiver o motor que precisa.

Ecclestone está disposto a rasgar o regulamento e promover a imediata volta dos V8 aspirados. Eu faria isso, se tivesse poder. Não sei se ele vai conseguir, apesar do poder que tem. O chefão tem sido muito influenciado pelo ex-presidente da FIA, Max Mosley, que sempre defendeu a existência de uma fabricante independente de motores, capaz de fornecer seus produtos a equipes menores. Max sempre cita a Cosworth como exemplo prático daquilo que acredita ser necessário para manter a roda da F-1 girando sem depender de um grupo muito reduzido de montadoras — no caso atual, Ferrari e Mercedes, que fazem os únicos motores decentes da categoria e têm a prerrogativa de decidir para quem vendê-los.

A Red Bull é a primeira vítima dessa “ditabranda” promovida por alemães e italianos. Não tem para onde correr. Os carros hoje dependem tanto da eficiência dos complicadíssimos sistemas de propulsão, que não basta ter um projeto interessante e criativo para andar na frente. Para complicar ainda mais, a FIA inventou o tal sistema de “tokens” para controlar o desenvolvimento das unidades de força. É uma maluquice incompreensível. Pior: inviabiliza a correção de rumos. Se uma fábrica, como são os casos de Renault e Honda, erra a mão num projeto, não tem como consertar. Morre abraçada com os maus resultados.

Não sei no que vai dar a tentativa de Bernie. Creio que em nada, tamanha a força de Mercedes e Ferrari no cenário atual. Mas já é um começo quando alguém como ele acena com a possibilidade de uma revolução. Quem sabe? Seria ótimo.

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Bruno D'Almeida
8 anos atrás

Acredito que essa história de introduzir motor vai além do que está sendo circulado. A parceria Red Bull-Honda pode então não acontecer com os motores atuais, e sim com a possível introdução do motor alternativo V6 biturbo de 2.2l, pois a Honda fornece esse motor na Indy e seria uma mina de ouro fornecer esses motores mais baratos não só para a Red Bull, mas a todas as equipes clientes do grid. Como essa ideia está sendo encampada por Bernie Eclestone e Jean Todt, e o velho Bernie também está intervindo pela permanência da Red Bull, acho que pode haver uma convergência de interesses: manter os rubro-taurinos, baratear os custos do esporte, motores potentes e de baixo custo, tirar o poder das montadoras e tornar o esporte mais competitivo e atraente para público, investidores e patrocinadores. Esse é o meu modesto palpite.

Fernando Delucena
8 anos atrás

Tudo que a F-1 precisaria hoje seria de uma guinada radical dessa. Motores mais simples, limitação do rádio, por exemplo. Sem conservadorismo, mudar e pronto. Simplificaria as coisas, e resolveria o problema da previsibilidade.

O problema da F-1 é caretice demais!

JUNIOR
JUNIOR
8 anos atrás

Hoje o que existe de mais emocionante e espetacular nas corridas em todo mundo é a MotoGP, que tem sua melhor temporada dos últimos anos,
É a Fórmula 1 doas anos 80, com dusputas elétricas do início ao fim, e três gênios, o maior deles que ainda nos dá o prazer de vê-lo guiar , Valentino Rossi.

A F1 está morrendo lentamente, muito por causa do que o Flávio disse, DINHEIRO!

Eu não acordo mais pra ver F1 faz tempo, e até entendo quem fica até altas horas da madrugada assistindo por paixão, ou profissão.

O problema é que as novas gerações não estão nem aí pra F1, e se não houverem mudanças rápidas, pode se tornar irreversível o quadro de “quase coma”, estando ainda na UTI.

EduardoRS
EduardoRS
8 anos atrás

Não tem nada de errado nos motores novos – que estão SIM sendo introduzidos no mercado dos superesportivos, e em alguns anos estarão nos carros mais comuns. O que está errado é o regulamento. Essa história de congelar desenvolvimento e limitar número de motores é o que mata o espetáculo. Deixa os caras explodir motor! Deixa a Honda quebrar à vontade, deixa a Renault experimentar soluções novas pra ganhar potência! Tem que completar a corrida usando X litros de combustível, se quiser fazer um carro com 4, 6, 8, 12, 16 cilindros, à vontade, desde que fique dentro do limite imposto! 100% elétrico? Tá valendo também! Alguém lembra da Lotus-turbina dos anos 1970? Isso é Formula-1, experimentar tudo para andar mais rápido dentro de certos limites. O que não pode é limitar tudo como está sendo feito hoje. Formula-1 sempre foi tecnologia de ponta, e tem que continuar sendo.

Alvaro Jorge
Alvaro Jorge
8 anos atrás

O comentário do Winston sobre a aplicação das regras utilizadas na Moto GP está perfeito, bastam pequenas adaptações.
Mudar os motores atuais antes de 2017 não vai acontecer.
Para os motores atuais deve-se acabar com esta palhaçada de tokens que só servem para acessar banco pela internet.
Sugestão: O campeonato tem em torno de 20 corridas, para não mudar muito, inicia-se conforme a regra atual com os motores congelados a partir de 28/02/2016.
Após 1/3 do campeonato realizado, os motores que não conseguiram nenhum pódium passam a ter o desenvolvimento liberado em todas as partes, assim que conseguir um pódium passa a ficar congelado, com 2/3 do campeonato, novo levantamento, com isso que já tem motor bom tipo Mercedes e Ferrari não precisariam gastar tanto e Renault e Honda teriam que injetar grana até a bagaça andar.
Quem não tem competência não se estabelece.

João Ferreira
João Ferreira
8 anos atrás

Do jeito que tá, seria melhor forçar a Mercedes e a Ferrari “doar” seus motores para as outras equipes, sem restrição, limitação ou regra que enfraqueça ou desatualize os motores…

Allan Robert
Allan Robert
8 anos atrás

Acho que pouca coisa deve mudar no regulamento, que está ótimo. Deveria apenas dar um jeito de reduzir os custos para que a diferença das grandes equipes com as menores diminua consideravelmente. Isso daria oportunidade de engenheiros de times menores mostrarem seus trabalhos nos finais de semana, assim como o trabalho dos pilotos. Acredito que o V6-turbo-hibrido não saia de cena, já que se bem desenvolvido se mostra muito eficiente nas pistas. A médio prazo seu custo deve diminuir. A tendência é que Honda e Ferrari melhorem seus motores para a próxima temporada, diminuindo a diferença de desempenho p/ a Mercedes. A Renault deve pedalar mais um pouco (infelizmente). Quanto a RedBull, acho ela uma equipe modelo no que se diz respeito a administração e desenvolvimento de carros e pilotos (lembrem de tudo que ela ganhou nos últimos anos, e da maneira que ganhou). Se ela reclamou da Renault, é porque teve motivos: investiu muito no desenvolvimento junto a Renault e não teve o retorno esperado. Agora está tentando trazer um grande motor para seu carro, que é o que está fazendo a diferença. Ela tem grana e engenheiros excelentes. Isso justifica o receio de Mercedes e Ferrari venderem motores idênticos aos que utilizam para a rival. Acredito que a RedBull já tenha conseguido outro fornecedor, caso contrário já teria anunciado sua saída da categoria. Difícil, mais espero que seja a Volkswagen.

PS: Nos últimos anos, muitos falaram que Vettel só andava na frente por ter o melhor carro. Em 2014 e 2015 não ouvi isso do Rosberguinho (pra mim pilotinho de m%$da – Hulkenberg, Bottas, Ricciardo são muito melhores que ele). Salvem o Hamilton, que merece estar onde está. Assim como aconteceu com Vettel na RedBull, ele leva muito bem o bom equipamento que tem e mesmo quando o dele não é o melhor, ele briga pela ponta.

Abraços!

Paulo Pinto
8 anos atrás

Acordem! A F-1 não vai mudar para os V8, da noite para o dia. Os motores atuais consumiram muito dinheiro, estudo e trabalho.
Ninguém vai jogar pela janela toda essa custosa parafernália, porque alguns descontentes que ganharam muito no passado (Red Bull, Renault, McLaren, Honda), estão “chorando pitangas”.

Que corram atrás (no duplo sentido).

Kkkkk
Kkkkk
8 anos atrás

A redbull se fudeu, zero comprometimento com a categoria, além do Matercheatz ter sido burro. Pagou mais caro pelo Renault e apostou tudo em um só motor, vale lembrar a Toro usou motores Ferrari ate 2013. Agora era amenizar o prejuízo e cumprir seus acordos comerciais, foi jogar merda no ventilador e deu nisso. Bernie, não está preocupado com a categoria, é muita ingenuidade. Ele não apita mais nada ali.
A culpa não é dos motores, eu perderia interesse se a f1 desse um passo para trás em relação aos v6. Motor v8 é uma configuração arcaica. Qual categoria usa v8’s? Nascar, V8 australiana, e o que mais?? Nem na indy.
O que aconteceu foi:
1) A Mercedes já fez logo de cara um carro/motor muito superior aos demais;
2) O regulamento privilegiou quem fez o melhor trabalho logo de cara;
3) Isso, mesmo com a Ferrari tendo o segundo melhor carro, não permitiu que o campeonato desse ano fosse emocionante, quem sabe se eles ainda tivessem o espanhol, mas enfim, pra quem torce pro Vettel ao menos vão comemorar o vice e o fato de baterem o Kimi.

Paulo Pinto
Reply to  Kkkkk
8 anos atrás

Memória curta, Vicellez? A Ferrari teve o espanhol por cinco temporadas e o que ele fez? Nem roubando a vitória do Massa na Alemanha/2010, conseguiu levantar o título.

Glauco Tavares
Glauco Tavares
8 anos atrás

A F1 é onde a industria automotiva se desenvolve, correto?!!
Então que se libere para que cada um faça oque bem entender… turbo, aspirado, hibrido, V6, V8, V10 ou V12 movido a gasolina, etanol, diesel, hidrogênio, casca de frutas ou esterco não importa! cada um faz oque achar melhor!! A FIA deve apenas se ocupar em equalizar a potencia e garantir uma disputa limpa e justa. meios para isto não faltam, limite de rpm, consumo de combustível, quantidade de energia consumida por Km rodado… enfim arrumem um jeito, estes caras ganham muita grana para fazer um campeonato decente, não esta porcaria que assistimos apenas por costume e ou vicio mesmo. Já que o prazer em ver a F1 é coisa do passado.

Alessandro neri
Alessandro neri
8 anos atrás

Assistimos ao pior momento da História da categoria sob todos os aspectos. Ou muda ou acaba engolida pela MOTOGP.

Paulo Fonseca
Paulo Fonseca
8 anos atrás

Prezado F&G: para o bem da F-1 e sua sobrevivência ( custos operacionais), a ideia de Bernie é muito interessante e inteligente,além dos motores V8-, poderia também promover a volta dos garagistas como na origem mais equipes,mais talentos.

Carlos Albuquerque
Carlos Albuquerque
8 anos atrás

“Ditabranda” foi foda…

Winston
Winston
8 anos atrás

A solução esta pronta e em uso na MOTOGP, será que é muito difícil copiar a receita?

Pedro JHenrique
Pedro JHenrique
8 anos atrás

Flávio,

Hoje o Presidente da Fia deu uma declaração falando do alto custo desses motores híbridos…. Por que eles não se entendem e abandonam essa ideia recolocando os motores v8 de volta? Eles custam 5 milhões de dólares em vez de 20 milhões das unidades v6. E custavam isso com o fornecimento de 8 motores por temporada e não 4 como é hoje…

David Santos
David Santos
8 anos atrás

Eu acho que a questão não éh “banir” os v6-híbridos. A filosofia da F1 sempre foi: o conjunto melhor carro & piloto. E pra isto, era permitido o desenvolvimento dos carros como também dos motores. Acho que a única solução éh liberar o desenvolvimento dos motores (ou Unidades-de-Potência) para que a Renault e Honda possam em médio prazo brigar com as Mercedes e Ferrari. Acho que os v6-híbridos chegaram pra ficar.

Francês
Francês
8 anos atrás

Estão colocando toda a culpa em Mercedes e Ferrari, por terem desenvolvido motores imbatíveis, que envolvem novas tecnologias.
Isso é absurdo. O fato é que esse velhinho inglês está cansado de ouvir o hino alemão e italiano. Os ingleses estão realmente mordidos, e jogando a toalha.
Forçar a volta de tecnologias passadas, pode ser um tiro no pé. Quem garante que os alemães não farão um motor imbatível novamente. O que impediria isso.
Então fazemos assim, a F1 para de evoluir, e vamos todos desenvolver novas tecnologias na FE, até a F1 virar um campeonato jurássico para saudosistas.

Murillo
Murillo
8 anos atrás

Dificil ser aprovado, teria que:

1-) Colocar no regulamento que os V8 aspirados teriam menos potência que os V6 Turbo/Hibrido, caso isso não seja especificado Ferrari e Mercedes não aprovariam;

2-) Caso aprovem a desvantagem também não poderia ser grande para que desta forma uma Red Bull (Com motor V8) pudesse compensar a “desvantagem” com um carro mais bem equilibrado.

Marcos Ferreira
Marcos Ferreira
8 anos atrás

Flavio, assim como os atuais V6 Turbo e seus complexos de sistema de recuperação de energia estão acabando com a F1, tanto no quesito emoção quanto no financeiro. Isso pode também acontecer com o WEC? O Bernie Ecclestone pode matar o WEC politicamente antes que ele “roube” a F1?

Marques
Marques
8 anos atrás
Danilo
Danilo
Reply to  Marques
8 anos atrás

Bravo! Tiro o chapéu!
A melhor texto sobre a conjuntura da F1 que eu já li.

H Menon
H Menon
Reply to  Marques
8 anos atrás

Uma das poucas coisas boas que tem nos comentarios sao as dicas de outros sites e blogs (pouquissimos nas linguas que sei ler sabem do que falam ou escrevem). Obrigado por compartilhar essa.

André
André
8 anos atrás

E esse esquema de ter aprovação de todas as equipes para mudança de qualquer coisa. Isso não existe. Nunca vai ter aceitação 100% de qualquer coisa

Marques
Marques
8 anos atrás

Bernie tentando desviar a atenção depois de ter dado uma entrevista falando bem de ditaduras e enaltecendo Puttin (não faço nenhum juízo de valor, só apenas comentando o que aconteceu) e pegou mal lá fora. Não vai fazer nada, se ele está ameaçando processar a Red Bull caso a mesma saia da F1 você acha que ele iria rasgar contratos caríssimos em nome de tal revolução? Realmente eu acredito que ele deseje uma fornecedora de motores meio coringa como a Cosworth, mas entre ele querer e a realidade há uma grande diferença. E os regulamentos não são tão restritivos quanto pensam. Do ano passado para esse podia-se mexer em quase toda a unidade de força, a Ferrari trabalhou e conseguiu arrumar no negócio. Já a Reanult mosqueou e deu no que deu. A Honda então nem se fala, apostou em uma unidade demasiada pequena para ganhos aerodinâmicos (assim como a Ferrari em 2014) e se estrepou. A Red Bull está colhendo o que plantou. Bateu de frente com todo mundo todos esses anos, não aceitou fazer concessão nenhuma, pelo contrário, fez de tudo para se favorecer e ferrar os outros (vide pneus em 2013), brigou com a Renault achando que as outras se obrigariam a lhe fornecer algo, se ferraram, e vão ter de voltar pra Renault com o rabo entre as pernas, pq sair da categoria vai custar pra Didi uma grana gigantesca e acredito que ele não goste de rasgar dinheiro.

Fernando
Fernando
Reply to  Marques
8 anos atrás

Concordo.

Cristiano
Cristiano
8 anos atrás

Realmente gastaram uma fortuna para que a categoria ficasse pior. O que acaba com muita corrida é o piloto ter que andar a corrida toda preocupado mais com consumo de combustível (e até o fluxo) e desgaste, aquecimento e pressão de pneus, poupar motor para aguentar 4 ou 5 corridas, tudo é prioritário no lugar de desempenho. Quem quer endurance assiste o WEC e outras categorias que tem por aí que são mais interessantes, F1 tem que ser velocidade em primeiro lugar, não resistência.

Danilo
Danilo
8 anos atrás

Os V6 turbinados com injeção direta e híbridos são modernos e acredito que vieram pra ficar.
A F1 finalmente evoluiu no aspecto “motor” assim como já havia evoluído os chassis (adoção de fibra de carbono, aerodinâmica hiper-mega-complexa, etc).
Em menos de dois anos de adoção, estes motores já estão fazendo tempos de volta similares aos dos “dinossauros V8” (em alguns casos mais rápidos).
Acostumem-se (ao som, à complexidade e às regras)…e parem de choramingar.
Em minha humilde opinião, as regras que engessam o desenvolvimento dos motores e propiciam esse monopólio de algumas marcas NÃO são consequência direta do formato técnico do motor, mas da política e do dinheiro envolvidos no esporte.

Martinho
Martinho
8 anos atrás

Não consigo entender a lógica da F1. Criou esses motores para se alinhar ao que “seria” produzido pela indústria de automóveis. E o que vemos?! Motores que custam vinte milhões de dólares às equipes e que poucos conseguem construir, ou sequer compreender seu funcionamento. Pilotos insatisfeitos, público idem, corridas monótonas….etc, etc.
Estou louco pra ver uma dessas “unidades de potência” em um carro popular. Já posso até ver o anúncio: “Novo Pálio, agora com 345 tokens de atualizações no motor”.
Estão acabando com a F1. Enquanto isso, a MotoGP realizou uma corrida inesquecível no último domingo.

Claudio
Claudio
Reply to  Martinho
8 anos atrás

Acho que uma coisa tem pouco a ver com a outra, a complexidade de um fórmula e muito superior, além do mais, na MotoGP Honda e Yamaha ganham TODAS as provas desde 2011, e uma equipe que não seja de fábrica não vence desde 2006, comparar uma prova avulsa é fácil com relação a um todo

Helton Fernandes
Helton Fernandes
8 anos atrás

Tenho que citar o Mauro Forghieri, que outro dia disse que o regulamento deixa a Fórmula 1 tão chata e acaba com a criatividade que se pintarem todos os carros do grid de branco ninguém reconheceria nenhum.

Num mundo mais bacana acabaria o congelamento de motores quanto a cilindros, cilindrada e sistemas hibridos, Não dá pra balizar a coisa no limite de potência e rotações?
Já teve 4 em linha, V6, V8, V10 e V12… Em alguns tempos houve até coexistência de motores diferentes.

Clovis
Clovis
8 anos atrás

De repente, não seria interessante deixar o quesito motor em aberto? Exemplo: cada um vai do jeito que quiser…V8? Pode. V10? Pode. V6 Turbo, sem traquitanas? Pode. Como era antigamente.

luigi
luigi
Reply to  Clovis
8 anos atrás

O seu comentário é um dos mais sensatos ,pois não é o número de cilindros que definem um motor em ser bom ou ruim ,quando Nelson Piquet foi campeão com uma Brabham B M W (a equipe pertencia a Bernie) o motor era um 4 cilindros (bloco derivado de motor de produção) que em classificação poderia atingir atém 1200 H P e nesta época o regulamento previa motores 1500 cc turbo ou 3500 cc aspirado sem a estúpida normalização da arquitetura do motor e também era livre a quantidade de cilindros ( até 12 se não estiver enganado ) e cada um que escolhesse o caminho que queria andar por sua conta e risco ,havia motores em V ,flat ,linha de 4 a 12 cil. . E houveram muitos fabricantes que tentaram produzir motores de competição e não tiveram exito ,tais como : Lamborghini , Ilmor , Yamara ,Alfa Romeo ,Gurney-Weslake.
Nesta época os melhores motores eram o B M W( 4 turbo em linha ) ,Cosworth D F V ( 8 em V ) Ferrari (12 flat e depois V 6 turbo ) e Renault ( V 6 turbo ). portanto dizer que o V 8 é a melhor arquitetura de motor é no minimo uma visão muito americanista de automobilismo. Na minha singela opinião ;poderia-se normalizar a capacidade cúbica ,o consumo máximo (que acho estúpido tratando-se de uma competição de velocidade , má vai lá!!!!!!!!!.) mas o restante por conta e risco de quem o produzir,cada um que coloque quantos cilindros e em que posição quiser. Perguntem a Flavio Gomes se ele acha o Três cilindros ,dois tempos da D K W um motor ruim .

Marcos Pereira
Marcos Pereira
Reply to  luigi
8 anos atrás

Concordo com o Luigi, mas acho que temos que ter este sistema hibrido na F1, a fórmula 1, sempre foi referência em novas tecnologias mecânicas e aerodimânicas no mundo automobilístico, o turbo foi prova disto, então na minha opinião tem que ter toda essas traquitanas, mas devia ser mais flexível como foi por exemplo no inicio dos anos 80, motor turbo e aspirado andando junto, limitados a sua respectiva cilindradas.

JP
JP
8 anos atrás

Fala, fala e no final, se rende ao dinheiro, à Ferrari, à Mercedes, ás montadoras e à grana dos asiáticos e árabes

Fabiano
Fabiano
8 anos atrás

Puta patacoada !!! o Bernie fala, fala, fala e não vai mudar nada.

Eu acho isso uma puta de u mi-mi-mi dos incompetentes, a Ferrari acertou o motor de um ano pro outro, a Mercedes acertou a mão sempre… A culpa dessa bosta de motor Honda é da Honda e da bosta do Renault é da Renault. Dizer que o problema é que os motores são complicados é a muleta dos incompetentes…

É a mesma coisa que dizer que temos que abaixar o nível das escolas para aumentar a quantidade de formandos.

E outra coisa, se ficam choramingando que não tem potência, basta liberar mais consumo de combustível e pronto.

AS
AS
8 anos atrás

Posso assistir 2 corridas com relativa facilidade, mas depois que ouvi essa aberraçao hibrida, nao assisto mais…. Forza Bernie !!

Eduardo_SC
Eduardo_SC
8 anos atrás

Bernie até esteve certo de levar a F1 para outros mercados por que a Europa está falida. Por pior que sejam as corridas, o público e os tilkódromodos, a F1 precisa prosseguir e precisa estar onde está o dinheiro. E tirem essa merda de motor elétrico de uma vez, que só enche o saco. Saudade dos V12 que tremiam a arquibancada! Solução mesmo para a Red Bull, só o v8 zuado de 2013.

Felipe
Felipe
Reply to  Eduardo_SC
8 anos atrás

Os custos com logística devem ter aumentado com essa expansão. Não foi a Lotus que não tinha dinheiro pra pagar as taxas para levar os carros de Singapura até o Japão. Tira esses autódromos chatos, China, Abu Dhabi, Singapura, Bahrein e volta pra Europa, como França, Portugal, Turquia…

Felipe
Felipe
Reply to  Eduardo_SC
8 anos atrás

Os custos com a logística dos equipamentos devem ter aumentado bastante também. A Lotus teve dificuldades para levar seus carros de Cingapura até o Japão. Se tivéssemos mais corridas na Europa, acredito que as equipes menores não teriam tantos problemas. Fora Abu Dhabi, Cingapura, entre outros

Christian - Do Niva
Christian - Do Niva
8 anos atrás

A F1 é o único esporte onde o atleta é proibido de treinar.

Isto é um absurdo.

Que voltem os V8, V10, V12, o reabastecimento, a disputa entre os pneus, os treinos e tudo mais que for possível.

Quanto aos custos, cortem os motor-homes suntuosos, os bailes de gala e etc.

Antonini
Antonini
8 anos atrás

Os carros híbridos são sem dúvida o futuro do automóvel e, portanto, a F1 deveria sim usá-los como está usando.

A F1 se destaca por estar no extremo tecnológico, por isso, proibir os híbridos seria Nascarizar a F1 e olha que gosto da Nascar, mas são categorias com propósitos diferentes, por sinal, para conter custos a Nascar liberou a injeção eletrônica na sua categoria principal faz poucos anos, as outras ainda usam carburador e todas usam câmbio manual de quatro marchas….

Por ser a categoria mais tecnológica do mundo também acho que o regulamento deveria ser bem mais flexível, que se limite o consumo e a vazão máxima de combustível do motor, mas que se libere o resto, como é na WEC e se libere também as atualizações e testes., são lidas as brigas no WEC entre Audi Porsche e Toyota, cada um com uma tecnologia diferente..

Se querem realmente nivelar um pouco que se obrigue as fornecedoras de motor de vender suas unidades de potência, de última geração, por um preço máximo razoável, igual para todos, para quem quiser comprar e as gerações anteriores por preços substancialmente menores.

Sobre o Bernie, nada a declarar, todos conhecem seus intere$$e$ e se a F1 custa o que custa hoje e quebra as equipes pequenas com um esquema de Robin Hood às avessas, isso tem seu nome. Talvez aqui, na distribuição do bolo, uma Nascarização fosse importante…

Acarloz
Acarloz
8 anos atrás

Ou muda ou morre.

Paulo F.
Paulo F.
8 anos atrás

Tio Bernie não rasga dinheiro!
V-oitão já (pode ser da Cosworth !).
Acho que ele comprou uma fábrica de motores e está desovando a produção!!!!!!

Aliandro Miranda
Aliandro Miranda
8 anos atrás

Não, os V8 não vão voltar em 2016.

Podem até voltar, mas não no ano que vem. A brincadeira é cara demais para estes tipos de mudanças súbitas.

DIEGO - FLORIPA/SC
DIEGO - FLORIPA/SC
8 anos atrás

Acho que pirou de vez ou só está fazendo média para o povo. É claro que isso é inviável e não vai acontecer.

Entregaram o poder nas mãos dos montadoras, agora aguentem.

A F1 atingiu, entre 2000-2013, seu auge, jogaram tudo fora para agradar as mercedes da vida. Paciência.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
8 anos atrás

Sempre pensei assim (já até tinha escrito no blog essa questão de “errar de mão”). O regulamento de motores é uma merda. É tão ruim que impede um dos melhores fabricantes de motores de corrida do Mundo (diga-se Renault) consertar uma cagada que tenha feito. Os franceses da Renault podem não saber fazer um carro como um todo, mas na questão de motores eles não devem nada a ninguém.

luigi
luigi
Reply to  Ricardo Bigliazzi
8 anos atrás

Você esta coberto de razão Ricardo , os motores modernos só conseguem atingir estes limites de giros altíssimos graças ao mecanismo de comando de válvulas variável de comando eletro pneumático (molas pneumáticas e controle de graus e levantamento) criado pela Renault que depois todo mundo copiou.

Mario Gasparotto
Mario Gasparotto
Reply to  Ricardo Bigliazzi
8 anos atrás

Na hora que você vê uma Honda e uma Renault sem conseguir resolver o problema de suas “unidades de potência” é que o problema não esta na Renault ou na Honda, mas no regulamento. Simples assim. Assim como se a coisa fosse inversa! Ferrar e Mercedes também não devem nada a estas outras duas, que aliás, são as marcas que dominam a Fórmula 1 a pelo menos 30 anos.

Carlos Tavares
8 anos atrás

Olha que o improvável pode ser possível.

A saída da Red Bull implica na da Toro Rosso, e Jean Todt já sinalizou que ajudaria na permanência das equipes do Didi.

Agora com o Bernie soltando essa, vejo uma luz no fim do túnel.

Mustavo Gaia
Mustavo Gaia
8 anos atrás

Seria muita surpresa se ele criasse um nova categoria, mas simples, depois de concretizar a venda da F1?
Claro, no caso da venda deve ter cláusula de não conconrrência, mas ele mais que ninguém deve saber que há espaço para uma categoria com carros simples batendo roda em circuitos tradicionais. Ele ainda deve ter umas Brabhams estocadas, chama o Piquet, o velho, de volta e jogo que segue…

rodrigo botana
rodrigo botana
8 anos atrás

Pelo bem da formulaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 1, bernie eclestone, se aposenta ,saia do comando da f-1, um cara que é contra ter corridas da f-1 no you tube, na internet, tá atrasado no tempo, eleições já para o comando da fom, já passou sua época bernie eclestone, vá curtir sua vida com a sua bela mulher, que brasileira é diga -se

Robertom
Robertom
Reply to  rodrigo botana
8 anos atrás

O velhinho safado não quer largar o osso, e tem apoio dos atuais e dos futuros detentores do controle acionário da FOM.
Esquece, que só vamos nos livrar dele quando estiver sepultado ou cremado…

Renato
Renato
8 anos atrás

Se colocasse o motor Renault aspirado na atual RBR como ela andaria frente às Mercedez? É claro que com algumas modificações no chassis e habitáculo do motor que é diferente hoje(2015) em relação a 2013.
Seria interessante a existência de ambos motores turbos e aspirados em diferentes equipes!