CARRO DA FIRMA

Gente do céu, que coisa mais linda é essa que o Denisson de Angelis mandou? Onde está?

Fritex

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José Carlos Nascimento
4 anos atrás

Flavio e demais amigos. Bom dia. Talvez algum de vocês possa me ajudar bateu uma saudade imensa comecei a trabalhar com 12 anos com meu tio me lembro que acordar vamos 3:30 e 4 horas da manhã para irmos as feiras em diversos pontos da cidade de São Paulo para vender café moído na hora. Os meus 12 anos de idade e minha saudade é do furgão GMC da torrefação e moagem de café Tiradentes adaptado com motor na frente me lembro que eu ia sentado apertado próximo a porta do carona o teu motor tomava quase todo espaço passava uma fita que até o fundo do fogão quando nós chegar vamos na feira estacionado furgão e abrimos a porta de trás e era montar uma barraquinha e tinha duas marombas para moer o café na hora me lembro que tinha dia que fazia tanto frio que eu não conseguia abrir a mão para abrir os saquinhos para colocar o café aprendi a dirigir nesse furgão câmbio em cima gostaria muito de saber onde estão ou se ainda existem algum deles adaptado. Quem me dera que eu tivesse dinheiro para ter um desses. Deus abençoe desejar quem tiver alguma notícia me passe meu WhatsApp é (38) 98812-1352 pelo menos para eu saber.

Rogério Ferraresi
Rogério Ferraresi
8 anos atrás

Essa foto fui eu que fiz. E também a reportagem sobre esse furgão, publicada na revista Opala & Cia. Segue o texto:

SERVIMOS BEM PARA SERVIR SEMPRE

Texto: Rogério Ferrares

Os carros antigos já são uma mania nacional e, nos dias de hoje, a presença dos mesmos em nossas ruas e estradas já não é tão surpreendente. Mas ainda existem exceções, caso do furgão Chevrolet 3100 1951 de Odair Stamboni, de São Paulo, SP. O veículo foi adquirido especialmente para, durante a restauração, ser caracterizado como o veículo com que Odair trabalhou durante a sua juventude, época em que era funcionário da famosa fábrica de salgadinhos Fritex.
Os furgões 3100, de chassi curto, foram muito populares no Brasil. Equipados com motores de seis cilindros movidos à gasolina, eram denominados, na fábrica, tipo 3105. Foram importados completos ou desmontados (sendo, no último caso, montados em São Caetano do Sul pela General Motors do Brasil) e serviam como ambulância e camburão de polícia, sendo que viaturas do tipo podem ser vistas, por exemplo, em velhos filmes como “Quem Matou Anabela”, produção de 1955 da Companhia Cinematográfica Maristela com Procópio Ferreira no papel de comissário Ramos, que investiga o crime do título a bordo do utilitário da Chevrolet
Como veículos de entrega se mostraram insuperáveis, pois eram baratos, resistentes e de fácil manutenção, só sendo desbancados quando a Volkswagen lançou, em 1967, a Kombi com motor 1500, que finalmente tornou sua perua um produto confiável. Até lá os furgões Chevrolet foram muito empregados, na cidade de São Paulo, pela Doces Neuza (o carro chegou ser usado como o logotipo nas balas da marca) e pela Fritex, a qual, por sua vez, foi fundada em 1954 e, portanto, iniciou a sua frota com veículos seminovos.

DO TAXI PARA OS SALGADINHOS
O pai de Odair trabalhava fazendo carretos e teve diversos caminhões antigos, entre eles um velho International, com o qual o então rapaz aprendeu a dirigir. O veículo, em consequência, seria o responsável, indiretamente, pela entrada do hoje colecionador na Fritex e, muitos anos depois, pela montagem do carro aqui enfocado.
Em 1964, quando seu pai vendeu o International para comprar um DKW Belcar 1962 (o qual foi convertido em taxi), Odair completou 18 anos e teve de servir o exército, mas imaginou que seria dispensado, pois era arrimo de família. Entretanto, houve a revolução (ou golpe) e, como ele era o único do batalhão que sabia guiar, acabou ficando para servir de motorista para um coronel, tendo feito diversas viagens entre São Paulo e Rio de Janeiro, naqueles tempos turbulentos, ao volante do enorme Oldsmobile do militar.
Quando obteve a dispensa e voltou para a casa, tudo parecia ter melhorado para sua família. Mas era só impressão: dias depois atendeu dois homens engravatados, um oficial de justiça e um advogado, que ali estavam para executar a hipoteca do imóvel. Ele nada sabia até então, mas, além do dinheiro do caminhão, seu pai tinha feito um empréstimo para pagar o restante do DKW, dando a casa como garantia. Porém, a “praça” não estava rendendo o necessário e três prestações estavam atrasadas. Odair pediu um prazo de 48 horas, obteve o dinheiro, desfazendo-se de alguns investimentos ,e eliminou os atrasados.
Passou a trabalhar com DKW: seu pai dirigia o carro de dia e ele de madrugada. A estratégia funcionou, as outras prestações foram pagas e, no final de 1967, o carro já era da família. Com isso Odair não precisava mais trabalhar na “praça” e começou a procurar emprego. Descobriu, então, que a Fritex, uma pequena (mas famosa) fábrica de produtos alimentícios, necessitava de um motorista que também trabalhasse como vendedor e distribuidor de seus saquinhos de batatas fritas. O petisco era preparado em um dia e começava a ser vendido no outro, ficando o carro e o carregamento com o funcionário até que a maior parte do produto fosse vendida. Isso levava cerca de três dias para acontecer.
Na ocasião a Fritex, localizada na rua Pedralha 384, no Bosque da Saúde, tinha em sua frota três furgões Chevrolet 3100 1951 e outros veículos mais modernos, como as pick-ups Chevrolet C14, os caminhões leves Ford F350 e um grande caminhão Mercedes-Benz, todos com carroceria tipo baú. Os proprietários da Fritex, os portugueses José Pires e Armênio de Oliveira, entregaram ao jovem funcionário um dos furgões 3100. Odair arregaçou as mangas e, em pouco tempo, tornou-se um dos grandes vendedores da empresa, surpreendendo Pires e Armênio e obtendo deles grande respeito e admiração.
O colecionador explicou que, apesar de não ser um veículo de passeio, para quem aprendeu a dirigir em um surrado International, o Chevrolet 3100, mesmo tendo mais de dez anos de uso, era quase um carro de luxo. Outro ponto que sempre lhe agradou no furgão foi o fato do mesmo ser veloz, além de avesso a problemas mecânicos e ter manutenção muito simples. Esta última inclusive, sempre era realizada de modo preventivo: a Fritex cuidava bem de seus veículos e o próprio Odair, eventualmente, levava o veículo para a oficina quando considerava necessário.
“Eu passava graxa de sapato nos pneus e também mandei pintar os detalhes da grade em vermelho, pois fazia questão de circular com o furgão sempre impecável, pois era como se fosse meu cartão de visitas”, contou. Naturalmente que, para rodar tanto, o motor de seis cilindros não era dos mais econômicos, mas como a crise do petróleo ainda estava distante e a gasolina era muito barata, tal fato não se constituía em um problema.

ANTIGOS COMO HOBBY
No começo da década de 70, com a chegada de veículos mais modernos, Odair começou a notar que os mesmos eram entregues aos novos funcionários, enquanto ele continuava a rodar com o 3100. Decidiu então ir até o escritório do Sr. Pires e perguntou quando ele também receberia um veículo mais moderno. “Fiquei surpreso com a resposta: ele disse que ninguém cuidava tão bem dos carros da empresa quanto eu, que o furgão estava impecável e que se ele o entregasse a outra pessoa, esta iria destruir o Chevrolet, tendo em vista que não dispensaria o mesmo cuidado ao modelo mais antigo da frota”, explicou Odair.
Porém, todo esse cuidado foi reconhecido e, pouco tempo depois, ele recebeu uma C14 nova para trabalhar. O furgão 3100 foi entregue a um colega e, nessa ocasião, Odair quase se arrependeu: “Fiz um retrospecto de como aquele veículo havia sido importante na minha vida. Muitas vezes ele transportou a minha família, especialmente nos finais de semana, quando eu levava meus filhos para passear… Enfim, me separar do Chevrolet me doeu o coração”, contou Odair. E o que ele mais temia aconteceu: o tal sujeito acabou sofrendo um acidente com o furgão, evento ocorrido na Avenida Dr. Ricardo Jafet. Os danos foram consideráveis e, como o valor residual do Chevrolet já era pequeno, ele acabou sendo vendido para o ferro velho.
Pouco tempo depois, a contragosto dos proprietários da Fritex (com os quais manteve uma longa amizade), Odair acabou saindo da fábrica. Prosperou no ramo de transportes e, com o tempo, abriu sua própria empresa. Continuou sua incessante rotina até que, em 1997, sofreu um infarto. “Foi uma época muito difícil, mas, graças a Deus e a minha família, consegui me recuperar aos poucos e, quando já estava restabelecido, em 1999, acabei encontrado a miniatura 1:18 do furgão Chevrolet 3100 1951. Comprei duas e contratei um artista para pintá-las e decorá-las com os mesmos detalhes do veículo com que trabalhei, tendo como modelo as fotos da época”.
Quando as duas miniaturas ficaram prontas, tratou de procurar o Sr. Armênio (José já havia falecido) para presenteá-lo como uma das peças. Descobriu então que a Fritex tinha sido vendida para a Bauducco e, desgostoso com a situação, acabou guardando os dois modelos para sí. O fato o fez passar por um período saudosista e, atentos a este fato, nos dia dos pais de 2005, a esposa de Odair, Thelma,bem como os filhos do casal, Weslei, Wilton, Wellington, Mérin e Helen, deram-lhe um presente inusitado: um DKW cinza, igual ao que ele havia usado, como taxista, na década de 60.
Odair ficou maravilhado com o presente, mesmo porque seus filhos sequer sabiam como era o formato do carro e, em segredo, ficaram procurando-o durante meses. O empresário começou então a frequentar eventos de carros antigos e ficou maravilhado com o fato de que outras pessoas também estavam conservando os veículos do passado. Foi o que faltavam para tomar a decisão de replicar o furgão da Fritex, dessa vez em escala 1:1!

COMPANHEIRIO RENASCIDO
O primeiro passo, é claro, foi procurar um furgão igual ao empregado pela Fritex. Localizou alguns, mas bastante modificados, como motores diferentes e caixas de câmbio com alavanca no assoalho (originalmente eram na coluna de direção). Após quatro anos Odair localizou, com a ajuda do sobrinho Juninho, o furgão ideal, que servia a uma loja de autopeças de Goiania, GO, e ainda com botão de partida no assoalho e outros itens raros ainda originais e em bom estado.
Após a aquisição o veículo foi despachado para uma oficina em Valinhos, SP, e lá começou a restauração e caracterização. O processo deveria ter sido feita em três meses, mas demorou um ano e meio para ficar pronta. O proprietário aproveitou para dar um ar mais “luxuoso” ao 3100, instalando parasol externo e providenciando estofamento em couro legítimo, além de acabamento acarpetado para os pés do motorista e do passageiro (ou seria ajudante?). De resto, tudo permaneceu original, caso do volante de três raios e dos instrumentos do painel, composto por dois mostradores, sendo que o da esquerda engloba marcador do nível de combustível termômetro, voltímetro e manômetro de óleo, enquanto que, a direita, encontra-se o velocímetro graduado até 120 km/h. Até mesmo o limpador de párabrisas movido a vácuo foi mantido.
O Chevrolet foi repintado na tradicional cor verde garrafa, mas o teto é bege. Nas laterais foram aplicadas, além do desenho com o detalhe da bandeira de Portugal, as frases “Em coocktails, festas e aniversários experimente Fritex, deliciosos salgadinhos” e “A Lisboense (Fritex era o nome fantasia da empresa), servimos bem para servir sempre”. As portas também contam com inscrições: “Matriz – S. Paulo, R. Pedrália, 384, fone 43 6976, filial – Rio de Janeiro, R. Franz Liszt, 416 A”.
Curiosamente, após terminar o carro, Odair reencontrou Duarte Pires, filho de José Pires. Este último, quando o leitor saiu da Fritex, ainda era um garoto de 15 anos e a experiência, segundo o empresário, foi muito emocionante, fazendo as lembranças dos velhos tempos se reavivarem ainda mais. Assim, fica o registro da história de Odair e seu companheiro de trabalho, veículo com a pitoresca característica de relembrar uma São Paulo que não existe mais, a qual permanece, apenas, na memória daqueles que viveram as décadas de 60 e 70, quando os furgões Chevrolet da Fritex, carregados de gostosuras, trafegavam agilmente pelo transito da capital bandeirante.

BOX
ADVANCE DESIGN
Após a II Guerra Mundial a General Motors, nos EUA, só lançou uma nova linha de carros de passeio em 1949. Os utilitários de carroceria redesenhada, porém, chegaram ao mercado dois anos antes, sendo conhecidos pela denominação “Advance Design”. Lançados em 28 de junho de 1947, só foram substituídos em 25 de março de 1955, data da apresentação dos novos “Task Force Series”, aqui apelidados de “Marta Rocha”.
Os “Advanced Design” (pick-ups, furgões de carga, furgões janelados e caminhões) Eram produzidos nas plantas da GM de Flint, Tarrytown, St. Louis, Kansas City, Oakland, Atlanta, Norwood, Baltimore, Los Angeles e Janesville e foram os utilitários mais vendidos nos EUA em sua época, incluindo os furgões fechados, denominados “Panel Truck”. No primeiro ano a alavanca de câmbio ficava no assoalho e, no capô, em conjunto com os emblemas “Chevrolet”, existiam aqueles que identificavam o motor utilizado, “Thriftmaster” ou “Loadmaster”.
Somente no ano seguinte a alavanca do cambio de três marchas passou para a coluna de direção e, em 1949, surgiu um emblema com numeral, também aplicado no capô, para definir a capacidade de carga (3100, 3600 e 3800), eliminando a designação dos motores. O motor básico, de 216 polegadas e (3.500 cm3), desenvolvia 92 cv (SAE) e era alimentado por um carburador Rochester.
Em 1950 os amortecedores de alavanca deram lugar aos modelos telescópicos de dupla ação. Pequenas mudanças se seguiram em 1951 e 1953, mas, em 1954, o párabrisa passou a ser feito em peça única, enquanto o volante e o painel de instrumentos foram redesenhados. O mesmo ocorreu com a grade do radiador e o motor 216 saiu de linha, ficando apenas os 235 (3.900 cm3) e 261 (4.300 cm3), também de seis cilindros em linha, enquanto que a transmissão automática se tornou opcional. Outros itens optativos raros eram os bancos em couro e o aparelho de barbear elétrico, enquanto a grade do radiador cromada, a tampa do tanque com chave e o estojo de ferramentas eram mais comuns.

marcos andre rj
marcos andre rj
8 anos atrás

Esta belezura encontrei no encontro de lindoia e no encontro de campos do jordão

Brito
Brito
8 anos atrás

Didi Mastershits

Claudio Bassi Elias
Claudio Bassi Elias
8 anos atrás

Ele está sempre no evento de antigos da Estação da Luz. Quando não está com o furgão, está com o DKW Taxi.

paulo
paulo
8 anos atrás

Carro da firma, ou esquisitice?
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Zé Zanine
Zé Zanine
8 anos atrás

Lindo furgão chevrolet 1951, me lembro desse e de outros andando pelas ruas e alamedas de São Paulo, no início dos anos 60, o da Lisboense, tinham os da Bela Vista, da Confiança, da Campineira, entre outros, eram a alegria da garotada, eram sinal de que aqueles “doces” estavam chegando nos ármazens, empórios e barzinhos da época.
deu saudade!

Antonio Luiz Siqueira
Antonio Luiz Siqueira
8 anos atrás

Meu Pai do céu…….deu até tontura de tão bonita.

Farid Salim Junior
Farid Salim Junior
8 anos atrás

Onde está essa jóia, eu não sei… Mas, ela é linda! E, quanto ao endereço do Rio, posso dizer que fica no bairro do Jardim América (bairro situado à direita da Av. Brasil, na entrada para a Rod. Pres. Dutra), bairro onde morei de 1972 a 1982. Mas, não me lembro dessa conhecida empresa – fabricante de batatas fritas – ter existido lá…

Bruno Lombardi
Bruno Lombardi
8 anos atrás

Por falta de um adjetivo melhor: lindo!

Reynaldo Scalco Jr.
Reynaldo Scalco Jr.
8 anos atrás

Flávio, este furgão pertence ao Sr. Odair, um amigo do meio do carro antigo. Ele trabalhou na empresa e resolveu fazer um igual e, ao terminar a reforma, levou para a família a qual a empresa pertencia ver a obra. O mais interessante (você vai adorar), é que ele tem um DKW caracterizado táxi, igual ao que ele e seu pai dirigiam, mas aí é outra história….

Wagner Bastos
Wagner Bastos
Reply to  Reynaldo Scalco Jr.
8 anos atrás

Já li uma reportagem com ele na Classic Show.

Daniel Granja
Daniel Granja
8 anos atrás

FG, esse carro pertence ao Sr. Odair. Ele também é dono daquele Belcar cinza caracterizado de taxi. Ele é amigo nosso lá do “Três Cilindros”.

Abraço

Jayme
Jayme
8 anos atrás

No bairro em que morei muitos anos tinha um da cia Confiança de doces, era todo verde escuro.

Antonio
Antonio
8 anos atrás

Eu vi esse carro uma vez, em Águas de São Pedro, uns 5 anos atrás.