PRIMEIRO DE MAIO
SÃO PAULO (poucos) – Pela primeira vez desde a morte de Ayrton Senna, um GP de F-1 será realizado num dia 1º de maio. Será domingo, na Rússia. E será apenas a quinta corrida da história disputada no Dia do Trabalhador.
É apenas uma curiosidade. Não creio que alguma homenagem ao brasileiro será feita. Afinal, já se vão 22 anos. Nenhum piloto do grid correu com ele. Pouquíssimos o conheceram pessoalmente. Três dos titulares da turma de 2016 nem eram nascidos quando Ayrton morreu — Wehrlein é de 18 de outubro de 1994, Sainz Jr. nasceu em 1º de setembro do mesmo ano e Verstappen é de 30 de setembro de 1997; Kvyat nasceu cinco dias antes do acidente de Imola.
A maioria dos que estão no grid era ainda criança quando Senna bateu na Tamburello. Mas é claro que tem muita gente ainda na ativa que conviveu com ele, e para esses a lembrança será forte. Especialmente seus ex-chefes Ron Dennis e Frank Williams.
Falando em Senna, quinta-feira vai ser lançado um canal chamado “Senna TV”. Suponho que seja no YouTube, mas não tenho mais informações.
O que me espanta é que parece que foi ontem.
Ele era O DEMOLIDOR!
Acho corretíssimo, lembrar, idolatrar, etc, seja um piloto, um atleta, um musico. É bom ter memória.
O que acho insuportável é a canonização do piloto como sendo um salvador das almas penadas brasileiras… mania essa cada vez mais utilizada pela TV na tentativa desesperada de ganhar alguma audiência.
No mais, que o Senna seja sempre lembrado e honageado, como um piloto fora de série que foi, como um campeão, um trabalhador da velocidade.
O resto é doença.
Schumacher foi o último piloto do grid (retirou-se definitivamente em 2012), que correu com Senna.
Isso me mostra como o tempo passa e como estou ficando velho.
Lembro como se fosse hoje eu com meus 15 anos de idade assistindo com meu pai a corrida no domingo de manhã. Quando vi Senna, ainda impressionado pelo que vimos no dia anterior (a morte de Ratzemberger) no chão já pensei no pior,..
Uma pena que aos poucos os futuros pilotos mal saberão quem foi Ayrton…
Espero que não tenha homenagem. É apenas uma data.
Além do mais, acho melhor homenagear os vivos do que os mortos. Ainda existe muita paixão em volta do nome Senna quando deveria ter mais homenagens á Emerson e Piquet, que ainda estão por aqui.
Sim, fui mega-fã de Senna quando era garoto, mas sei-lá……”TV Senna” soa como algo tão esquisito…
dia do trabalhador*
“Não creio que alguma homenagem ao brasileiro será feita. Afinal, já se vão 22 anos. Nenhum piloto do grid correu com ele. Pouquíssimos o conheceram pessoalmente”
façamos o seguinte exercício: Ayrton Senna nasceu em 1960, Fangio correu e conquistou os seus títulos nos anos 50, isso impediu Ayrton Senna de admirar Fangio ?
Sério Flávio Gomes ? você acha mesmo que qualquer piloto admira mais ou menos Senna por ser de geração posterior ?
Não crê que vá existir homenagens nesse dia no GP ? e dai ? porque não entra todos os dias no Facebook da Mclaren ? talvez perceba o que quero dizer.
Então só se admira quem se conheceu ou se viu quando já eramos vivos? ahahah…fica muita gente de muito valor em todos os campos da vida de fora…essa foi das melhores que ouvi.
O correto é “Dia do Trabalhador”. Até tu, Flávio Gomes?
Vi rapidamente a lista dos pilotos da temporada de 1994 e com algo de memória de quem eram os pilotos mais novos.
Dos que chegaram a correr com Senna naquele ano, os mais novos eram Barrichello (então com 21 anos, hoje 43), Jos Verstappen (22, 44) e Pedro Lamy (22, 44). Difícil imaginar qualquer um correndo ainda hoje.
1º de maio – Dia do Trabalhador!
Acabaram de lançar um documentário sobre a era Senna/Brundle no Reino Unido. Espero que coloquem nesse canal…
Fonte:
http://www.jamesallenonf1.com/2016/04/new-film-tells-dramatic-story-of-ayrton-senna-vs-martin-brundle-epic-f3-battle/
Site do filme:
http://senna-vs-brundle.com/
Hoje saiu um documentário sobre a rivalidade do Senna com o Brundle nos tempos da F3: http://senna-vs-brundle.com/
A morte do Senna também acabou perdendo uma parte de seu significado, que era de ser a última morte de piloto causada por acidente de corrida. Agora existe um presunto mais fresco, o Jules Bianchi, para jogar um balde de água fria nesse legado positivo para o esporte a motor, mas um tanto utópico, afinal, é um esporte radical.
Mto interessante como vossa pessoa ve, analisa e interpreta as coisas!! Mto interessante!!
Morre muito mais gente esquiando ou devorados por tubarões quando praticam surf. A fórmula 1 é super radical pela sua alta velocidade e mesmo assim é super segura sim. Mas, fatalidades existem, isso é fato.
Como se as mortes em outras categorias não fossem tão marcantes quanto as mortes na F1. Cito Henry Surtees (F2) e Justin Wilson (Indy).
Prezado Luis
Creio que o acidente de Rubens Barrichello em 29 de abril de 1994, a morte de Roland Ratzenberger em 30 de abril de 1994 e a morte de Ayrton Senna em 01 de maio de 1994, fizeram a Fórmula 1 investir muito em segurança de pistas e de carros. Tanto que Robert Kubica sofreu um forte acidente no GP do Canadá de 2007 e saiu ileso.
O que ocorre é que depois disto, a Fórmula 1 relaxou e não se preocupou com a única parte do piloto que ainda fica exposta: a cabeça. Assim, depois da morte de Jules Bianchi e de Justin Wilson, voltou a preocupação com segurança. Tanto que vimos testes com o Halo e com o Aeroscreen.
Todos estes quatro pilotos que perderam a vida, deixaram um outro legado quase invisível: o da melhoria da segurança.