SÃO PAULO (demais da conta) – Do Bruno Vicaria em seu blog, e é imperdível — e foi o Bruno Mantovani que deu a letra: o GP do Japão de 1989 inteirinho na on-board de Senna.
(Nunca sei se on-board se escreve com hífen, sem hífen ou separado. Temos on-board, onboard e on board. Já escrevi das três formas e deveria ter aprendido. Espero instruções de Victor Martins.)
Não sei se todos terão tempo para ver as duas partes da corrida — são dois vídeos. Mas se posso recomendar alguma coisa, vejam o segundo a partir dos 15min, quando Prost aparece pela primeira vez na alça de mira de Ayrton.
A partir daí, é uma caçada implacável. E muito difícil, porque em alguns momentos Alain escapa, Senna comete erros, freia um pouco além, vê o rival abrir um pouco, depois encosta de novo, até a tentativa na chicane e o toque com o francês.
[bannergoogle]As imagens mostram o brasileiro pedindo aos comissários japoneses para empurrar o carro, depois a troca do bico, depois a ultrapassagem sobre Nannini, até a vitória — que depois de muita discussão na torre seria dada ao italiano da Benetton, em decisão contestada até hoje pelos fãs do piloto.É incrível como os carros dos anos 80 eram mais difíceis — e maravilhosos, desconfio — de guiar. A McLaren ainda não tinha borboletas atrás do volante para trocar as marchas, algo que a Ferrari introduziu naquele ano. Ayrton guia feito um alucinado para pegar Prost. O francês, se pudéssemos ver sua câmera, provavelmente estava fazendo o mesmo.
Enfim, uma lição de pilotagem e um thriller espetacular a partir dos tais 15min do segundo vídeo, para tentar adivinhar quando Senna dará o bote. É demais. Ganhamos a noite.