PRECISAMOS FALAR SOBRE INTERLAGOS

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SÃO PAULO (e logo) – O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, escolheu a palavra “privatização” como mote central de sua campanha, baseada na imagem que vendeu de “gestor”, e não de “político”.

Milionário, adorador do deus da iniciativa privada, curiosamente foi mesmo no setor público que Doria alavancou sua carreira, como presidente de dois órgãos governamentais: a Paulistur, na gestão do então prefeito Mário Covas, de 1983 a 1986, e a Embratur, de 1986 a 1988, no governo do presidente José Sarney.

[bannergoogle]Embora tenha tentado descolar sua imagem da política tradicional, portanto, Doria ocupou cargos públicos quando entrava na casa dos 30 anos. Na Prefeitura de São Paulo, acumulou a presidência da Paulistur com a função de secretário municipal de Turismo. Só depois de passar pelo governo federal é que engatou uma trajetória claramente vinculada ao ofício de lobista profissional — o que não é crime, diga-se. Suas atividades ligadas ao empresariado brasileiro, com a promoção de encontros, congressos e reuniões, não passam disso.

Com o uso do espaço que conseguiu em emissoras de TV para divulgar suas ações e dar espaço a empresários em seu programa de entrevistas, Doria acabou formando uma teia de relações que o colocou numa posição de “muso” da iniciativa privada. Ampliou seus negócios para áreas como marketing, promoção de eventos e publicação de revistas — a mais sensacional de todas, sem dúvida, chama-se “Caviar”, e é descrita como “uma sofisticada revista de LUXO, que trata com alta qualificação do mercado de luxo no Brasil e no mundo”.

Suas revistas são um sucesso, a julgar pela generosidade com que o governo do Estado de São Paulo as agracia com publicidade oficial. De julho de 2014 a abril de 2015, os contribuintes paulistas colaboraram com R$ 1,5 milhão de propaganda estatal nas páginas de sete de suas publicações. “Caviar” recebeu R$ 501,2 mil por anúncios em nove de suas luxuosas páginas — como se vê, quando a iniciativa privada não ajuda, vamos ao demonizado poder público, que ele garante.

Muito bem. Uma das promessas de campanha do prefeito eleito foi a de vender Interlagos. Sim, “vender”, não apenas “privatizar”. Recorro às palavras do próprio em artigo publicado ontem, dia 12, na “Folha de S.Paulo”. Os grifos são meus.

Pretendo, sim, colocar à venda o complexo do Anhembi e o autódromo de Interlagos. A modelagem dessas ações ainda não foi totalmente concluída e dependerá, é claro, de estudos e discussões. Mas tenho a convicção de que a desestatização será aprovada e gerará vantagens imediatas.

A primeira delas será uma economia de R$ 600 milhões em quatro anos. Esse é o valor que a prefeitura gasta ao longo de um mandato para manter, ainda que de forma precária, o estádio, o autódromo, o centro de convenções, o pavilhão de exposições e o sambódromo municipais.

A outra vantagem são os R$ 7 bilhões que deverão ser obtidos com a venda do Anhembi e de Interlagos. Esse valor, centavo por centavo, irá para saúde e educação.

A prefeitura ganha duas vezes. A primeira, ao deixar de gastar com a manutenção dos espaços. A segunda, ao vender suas propriedades.

Anhembi e Interlagos, hoje, são administrados pela SPTuris, uma empresa de capital misto que tem como uma de suas acionistas a Prefeitura de São Paulo. É sucessora da empresa municipal Paulistur, que Doria presidiu nos anos 80.

Alcino Reis Rocha, em entrevista à mesma “Folha” publicada hoje, dia 13, disse que os números de Doria não batem com a realidade. Segundo ele, presidente da SPTuris, “o município não repassa dinheiro para a manutenção do autódromo e do Anhembi”. O autódromo, para ficar no que nos interessa, geraria em quatro anos despesas de R$ 32 milhões. Mas notem: isso não é prejuízo, é custo. A previsão para 2016, é de que Interlagos feche o ano dando lucro de R$ 6 milhões.

[bannergoogle]É isso que o prefeito quer privatizar? O lucro de Interlagos? Por que cargas d’água o prefeito acredita que esses R$ 6 milhões serão mais belos se usados por algum amigo da iniciativa privada, em vez de ficar nos cofres da cidade?

Doria fala em arrecadar R$ 7 bilhões com a venda do Anhembi e de Interlagos. Não sei direito como chegou a esses valores. Fico me perguntando quem iria dispender tal quantia para comprar equipamentos que, na visão do prefeito, são um ônus para a cidade, um peso morto, uma fonte de prejuízos.

Não são. De acordo com a SPTuris, o Anhembi vai gerar um lucro para a empresa de R$ 18,7 milhões neste ano. No ano passado, o lucro foi de R$ 59,6 milhões. É um bom dinheiro. Considerando que a SPTuris tem capital misto e a Prefeitura é uma de suas acionistas, parte desse lucro ficou para a cidade.

Portanto, o argumento de que Anhembi e Interlagos dão prejuízo para São Paulo é falacioso.

Mas digamos que o prefeito eleito conheça esses números. Ainda assim, pode alegar que uma venda seria positiva para a cidade — afinal, R$ 7 bi poderiam ser usados para outros fins.

OK. Mas voltamos à pergunta inicial: quem pagaria R$ 7 bi por equipamentos que, juntos, dão lucro de R$ 25 milhões por ano? Numa conta besta, considerando os valores estimados pela SPTuris para 2016, quem colocar R$ 7 bi em Interlagos e no Anhembi levará 280 anos para recuperar o dinheiro investido.

Mas Anhembi e Interlagos são muito mal administrados, poderiam gerar muito mais dinheiro se estivessem nas mãos da iniciativa privada, alguém pode argumentar. OK. Digamos, então, que a fabulosa iniciativa privada consiga quintuplicar esses lucros com um estalar de dedos. De R$ 25 milhões por ano, Interlagos + Anhembi passariam a dar um lucro de R$ 125 milhões. Os R$ 7 bi voltariam em… 56 anos.

Candidatos?

Acreditar que tudo em que a iniciativa privada coloca o dedo vira ouro é um equívoco monumental, ainda mais num país como o Brasil. Vou reproduzir, na íntegra, o que escreveu o blogueiro “Cassius Regazzoni” nos comentários de post recente sobre Interlagos. É uma descrição precisa sobre esse embate privado x público no país:

Não sei porque fico espantado com manifestações como essa. Esses novos liberais de fachada parecem não saber nada sobre a história do Brasil. Vêm com um discurso datado, criticando uns que denominam de “socialistas” para encobrir muita ignorância e preconceito.

A verdade é que ignoram que a iniciativa privada no Brasil é uma grande merda.

Ignoram que a maioria dos grandes grupos empresariais brasileiros cresceu e fez fortuna às custas do Estado malvadão que sempre atacaram. Vide empreiteiras, bancos e etc.

Tudo de relevante neste país foi produzido pelo Estado. Petrobras, Vale do Rio Doce, Cia. Siderúrgica Nacional, infraestrutura aeroportuária, hidrelétricas, refinarias.

Aí, depois que está tudo pago e amortizado, vêm os filhos de uma puta falar de privatização, financiada pelo BNDES, para gerar receita para uma parcela de amigos abastados. Os caras acham bom, por exemplo, pagar o pedágio mais caro do mundo apenas para dizer que funciona porque é privado.

O empresariado brasileiro morre de medo de correr riscos e hoje vive de juros, pasmem, pagos pelo Estado brasileiro.

Sem a atuação do Estado na economia, o Brasil não teria sequer energia garantida ou boas universidades. Aliás, sem o Estado malvadão, Interlagos não existiria.

Alguém é capaz de encontrar alguma mentira no que o blogueiro escreveu? Aliás, se puder, “Cassius Regazzoni”, identifique-se. O que você escreveu merece assinatura.

Interlagos é patrimônio público. Foi construído na década de 40 por uma empresa privada, a Companhia Auto Estradas (que também fez o aeroporto de Congonhas), e desapropriada pelo município na década de 50 porque seus proprietários pretendiam transformar a pista num bairro planejado. Àquela altura, o automobilismo já tinha um papel importante na vida da cidade e a Prefeitura pegou o terreno e o autódromo para si, indenizando a família que construiu a pista.

Tudo que foi feito ali nesses anos todos saiu dos cofres de São Paulo. A F-1 chegou aqui em 1972, saiu por alguns anos para correr no Rio e voltou em 1990. De lá para cá, o autódromo passou por reformas e melhorias. A corrida traz divisas para a cidade e é o evento mais importante do calendário municipal em termos de geração de impostos.

[bannergoogle]Entre as funções de uma prefeitura está a de promover, fomentar e prover atividades esportivas para sua população, sem discriminar quem os pratica. Se é legítima a construção de piscinas, pistas de skate, campos de futebol, parques, quadras de basquete e futsal, é igualmente legítima a propriedade e manutenção de um autódromo. Não fiz nenhum levantamento, mas posso afirmar, pelo que conheço mundo afora, que a imensa maioria dos autódromos no exterior pertence a governos. Quando muito, são geridos por entidades privadas — como em São Paulo.

Tem muita gente que vive de automobilismo em São Paulo e no Brasil. Interlagos tem uma função social. Gera empregos e movimenta e economia. Por que, então, um patrimônio que é da cidade há mais de meio século tem de ser simplesmente vendido? E mais: quem vai comprar? Mais ainda: quem comprar vai fazer o quê com o autódromo? E de onde tiraram essa premissa que qualquer equipamento público tem de dar lucro para quem quer que seja?

Equipamentos públicos dão despesa, porque cabe a uma prefeitura bancar sua existência para que o público dele usufrua. Se as coisas não são como gostaríamos em Interlagos, isso se deve muito menos ao poder público do que a quem comanda o automobilismo em São Paulo e no Brasil. Estou falando de entidades como a FASP e a CBA e dos clubes cartelizados que ganham dinheiro com esse equipamento público. De certa forma, o uso de Interlagos já é privatizado. Ninguém usa aquilo de graça quando se fala de sua atividade principal, o automobilismo. Não é justo que se diga que a população paga para gente rica correr de carro. Ricos ou não, os que correm de carro pagam para usar o autódromo. E não pagam pouco.

Assim, essa história de que Interlagos tem de passar às mãos da infalível iniciativa privada para deixar de dar prejuízo e virar um oásis de qualidade e eficiência é conversa. Primeiro, porque não dá prejuízo. Segundo, porque só não é oásis de nada porque os usuários não cobram de quem deveriam — de novo, federação, confederação e clubes — aquilo que teriam direito de receber.

O problema de Interlagos não é ser de propriedade da cidade, nem o fato de ser administrado por uma empresa que tem participação acionária do poder público. O problema de Interlagos é a estrutura do automobilismo nacional e regional. Essa, sim, é um desastre. E, até onde se sabe, entidades e clubes não são públicos. São privados. Bem privados.

Apontem seus canhões na direção certa. É tudo que posso dizer.

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Pedro
Pedro
7 anos atrás

Perfeita análise, Flávio.

Quejo
Quejo
7 anos atrás

O maior problema é as pessoas defenderem as privatizações como se isso fosse garantia de redução de tarifas ou de melhorias de qualidade do serviço. Usam o exemplo da telefonia fixa, pois antes da TELESP ser privatizada as linhas eram caríssimas. As linhas eram caras pois tinham conotação de artigo de luxo, assim como os aparelhos de DVD, que quando foram lançados custavam quase R$ 2.000 e hoje saem por menos de R$ 90.

O ruim MESMO é achar que, segundo alguns, os impostos vão diminuir só porque o Estado gasta menos privatizando… Faz-me rir!

Dú
7 anos atrás

Isso ai FG, e após ameaçarem lotear o autódromo, usando a pista como “ruas”, a Prefeitura pressionada pelos acidentes da Gávea e das provas de rua pelo mundo, desapropriou indenizando a Auto-Estradas S/A com escritura passada em 7 de Fevereiro de 1953. Sem essas de devolução, doação ou não utilização para esportes a motor. Essa papagaiada do Doria custou o * no calendário 2017, e como Bernie de trouxa nada tem, segundo o Lito, Tamas Rohonyi esteve em Brasília de mala e cuia com quanto a F1 fatura para o município. Já possuem as exigências que a MotoGP precisa para a reforma, e onde ela anda, a F1 também…
O fetiche pelas privatizações do Doria no caso de Interlagos, que fecha seu balanço no positivo deveria ser sim por uma administração técnica por parte da SPTuris, com pessoas envolvidas diretamente ao esporte a motor, entretenimento e sociais para elaboração de um complexo. Hoje com todas reformas, Interlagos não possui áreas exclusivas para alimentação, um ambulatório, um túnel onde carretas e ônibus não passam pela altura e coisitas mais… Um parque para a população, com arrendamento para exploração de restaurante e tal, exemplo parte do estacionamento e a velha pista de cross. Existe espaço suficiente para ser explorado pela iniciativa privada, em concessão.

Rafael
Rafael
7 anos atrás

Sério, vcs acreditam que a palavra “venda” foi escolhida de maneira aleatória ?
Flávio, as áreas em questão ( Interlagos, Anhembi, Ceasa) há muito são objeto de estudo do mercado imobiliário. O plano diretor da cidade e o zoneamento tratam destas áreas como zonas especiais, com critérios de aproveitamento que podem ser alterados em parecer de comissão municipal. Já tem maluco olhando interlagos com o mesmo olhar das pistas da Coréia e Sochi, ou seja de repente interlagos passa a ser um circuito de rua, cercado de aptos, shoppings, e escritórios. Interlagos tem aprox. 800.000,00 m² com potencial médio de vendas de 1,6 MI de m², ao preço de hj no mercado, criaria uma receita de R$ 8,00 Bi . Se parece insanidade isso, o que esperar de alguém que edita no Brasil uma revista chamada “Caviar”

Jorge Thompson
Jorge Thompson
7 anos atrás

Todo esquerdista adora ver o Estado inchado.
FG, função do estado se resume em 3 pilares, na ordem: Saúde, Educação e Segurança, Mais que isso é desculpa pra colocar apadrinhado, desviar dinheiro público e inchar a máquina estatal.
Deixe a iniciativa privada cuidar de Interlagos, Anhembi e tudo que não se refere aos 3 pilares acima.

Ricardo
Ricardo
Reply to  Jorge Thompson
7 anos atrás

Quando o prejuízo de grande iniciativa privada brasileira deixar de ser estatizado, como sempre é, talvez isso que você fala pode fazer algum sentido. Mas do jeito que é hoje, lucro privatizado e prejuízo estatizado (vide grandes setores como o sucroalcooleiro e automotivo, sempre socorridos, mesmo que mantenham seus lucros exorbitantes), essa ideia é ridícula.
Só pra te avisar, o 1º mundo é o 1º mundo porque não pensa como você.

Fernando
Fernando
Reply to  Ricardo
7 anos atrás

Então, como já disse, esse é o problema. Isso tudo acontece mesmo, mas eu nunca vi empresários com maçaricos arrombando os cofres do BNDES.

A “estatização” do prejuízo sempre acontece com a cumplicidade do setor público – como estamos vendo atualmente com muita tristeza -, porque a iniciativa privada simplesmente não é capaz de fazer isso sozinha.

Agentes do estado, funcionários públicos, de vários níveis atuam para que essa mamata se eternize. Porque a culpa é sempre e somente da iniciativa privada? E seus cúmplices? Os políticos? Os funcionários públicos? Os que tem a chave do cofre – agora vazio – são santinhos? Porque ninguém fala disso?

Tem muito mais coisa a ser levada em consideração além dessa “dicotomia” ideológica capenga. O que o Rafael escreveu lá em cima: “…O plano diretor da cidade e o zoneamento tratam destas áreas como zonas especiais, com critérios de aproveitamento que podem ser alterados em parecer de comissão municipal…”, e por acaso isso começou agora com o coxinha? Me poupem… Sempre foi assim.

Eu acho que o primeiro mundo é o que é porque se desenvolveu antes, experimentou no século retrasado o que estamos experimentando agora, e aprendeu quando as coisas deram errado, ao contrário daqui onde se repetem os mesmos erros durante séculos e nada muda.

Mas também existem muitos países liberais, com praticamente a idade do nosso, com Estado enxuto e forte, com níveis de desenvolvimento muito melhores do que o nosso, estão no primeiro mundo também, graças à iniciativa privada, à capacitação, educação, cultura, enfim, produtividade. O contrário é que é difícil encontrar, não me perguntem porque.

Giancarlo
Giancarlo
Reply to  Ricardo
7 anos atrás

Parabéns Fernando. Lúcido como tem que ser!

Paulo Leite
Paulo Leite
Reply to  Jorge Thompson
7 anos atrás

Jorge, voce nao entendeu patavinas do texto primoroso de FG nem dos argumentos de Cassius. Pára de falar merda de pilares em governo do PSDB, isso nunca existiu, seu cabeca oca.

Osvaldo Junior
Osvaldo Junior
7 anos atrás

Flavio, leio seu blog diariamente pois sou fã de automobilismo e o admiro como defensor e amante do mesmo automobilismo, além de artigos muito interessantes, mesmo discordando muito com seu posicionamento político o qual sempre ignoro e não leio para não estragar o que seu blog tem de melhor, automobilismo.
Mas nesse artigo não pude deixar de ficar muito contrariado e espantado.

Você ano passado desceu o cacete na SPTuris por demitir o Chico Rosa, e sempre faz duras criticas, as quais compactuo. Agora só porque alguém do partido de oposição ao seu quer fazer algo realmente produtivo, a SPTuris passou a ser lucrativa e boa? Poxa, você é um cara admirado e esse seu amor ao PT arranha e muito a admiração. Você deve estar lendo (se é que esta) e pensando… “foda-se, se não gosta não leia…. ou leia outra coisa, coxinha…” mas se realmente pensa isso me sentirei traído de acompanhar um excelente blog que luta e valoriza o verdadeiro amor ao automobilismo….

abraços…..

Diogo
Diogo
7 anos atrás

NEM 8 NEM 80, Flávio.

Dizer que a privatização é insensata, com argumentos insensatos, ajuda pouco.
Veja que você mesmo lembra que Interlagos e Congonhas foi feito por particulares e cita na defesa da sua tese um artigo que tenta enaltecer o estado como o grande benfeitor. Aceitar que a Prefeitura não repassa dinheiro ao autódromo, é no mínimo ingenuidade. Em 2016 está entregando R$321 milhões dos cofres à SPTuris, que por sinal, é a primeira vez que vejo alguém acreditar que está não seja uma estatal (só é registrada como “mista” para viver sob leis mais brandas). Ainda, o balanço que a SPTuris apresenta para Interlagos, é semelhante a um rascunho. Não dá para confiar.

O ponto onde concordo é que não se pode falar em privatizar Interlagos, que equivale a um parque público. Mas, sim, estudar conceder sua exploração a profissionais capazes, que entendam o automobilismo e demais usos cabíveis alí,

mario aquino
mario aquino
7 anos atrás

Conheci este João Doria em 1994, dando golpe em sua sócia na produtora, Recebia carros em permuta pela Veiculação de propaganda da GM e escondia da sua sócia, até que esta o massacrou na justiça, tendo o mesmo que abaixar as calças, tutto buona genti.
Vai esperar o que de um sujeito destes que depois se traveste de bom sujeito, de bom moço e de empresário bem sucedido.

juli boschetti NP
juli boschetti NP
7 anos atrás

povo burro vota em Doria e PSDB!! pros ricos será uma maravilha!! vão continuar lucrando com o dinheiro público e comendo caviar!! pros debioloides que são pobres e votam na direita, dizer o que?? chupa!!
P.S. Quando digo pobre digo aquela classe média estúpida que chupa as bolas do patrão rico, este de verdade.

Everton Pope Nazario
Everton Pope Nazario
7 anos atrás

Conforme consta em seu post, em dois momentos distintos:

Alcino Reis Rocha, em entrevista à mesma “Folha” publicada hoje, dia 13, disse que os números de Doria não batem com a realidade. Segundo ele, presidente da SPTuris, “o município não repassa dinheiro para a manutenção do autódromo e do Anhembi”. O autódromo, para ficar no que nos interessa, geraria em quatro anos despesas de R$ 32 milhões. Mas notem: isso não é prejuízo, é custo. A previsão para 2016, é de que Interlagos feche o ano dando lucro de R$ 6 milhões.

Tudo que foi feito ali nesses anos todos saiu dos cofres de São Paulo. A F-1 chegou aqui em 1972, saiu por alguns anos para correr no Rio e voltou em 1990. De lá para cá, o autódromo passou por reformas e melhorias. A corrida traz divisas para a cidade e é o evento mais importante do calendário municipal em termos de geração de impostos.

O que sai e o que não sai dos cofres da Prefeitura? Pois quando eu leio “Tudo que foi feito ali”, eu penso que também se inclui a manutenção ao autódromo.

Saima
Saima
7 anos atrás

Pergunte a qualquer profissional se ele prefere, nas mesmas condições salariais, trabalhar na iniciativa privada ou no serviço público. O mesmo para qualquer estudante de 18 anos, se ele prefere USP, Unicamp ou federais ou uma faculdade particular.

Ataliba
Reply to  Saima
7 anos atrás

Iniciativa privada sem dúvida nenhuma pois nela as chances de crescimento profissional são muito maiores.

Oliveira
Oliveira
7 anos atrás

Excelente texto Flávio! Na minha modesta opinião “privatizar” Interlagos e o Anhembi não está relacionado com a função que exercem: os afortunados “gestores” os exergam como excelentes investimentos imobiliários, por este motivo a conta não fecha. Ambos contam com excelente localização, próximo à vias de grande circulação, etc. Por um tempo mantêm funcionamento, mas vão aos poucos sucateando até “a conta não fechar” e aí fica por conta do mercado. Mas isso é minha modesta opinião…

Gabriel Olveira
Gabriel Olveira
7 anos atrás

Acho que a situação é complicada, opino como cidadão, não como amante do automobilismo. Infelizmente as leis brasileiras “elegem” clubes que lembrem devem ser sem fins lucrativos e Federações detentores do esporte, somente com sua anuência alguém pode praticar o automobilismo. E é caríssimo. Pessoas que apenas visam o lucro, não fomentam o automobilismo. E realmente não fiscalizam. Vai ver quanto custa “homologar” uma categoria. Por que não uma empresa não pode criar e gerir uma categoria?

Quanto ao autódromo creio que se for uma bem público como uma praça sem a finalidade de gerar lucro, ok, então libera-se para o uso dos cidadãos, como parque como pista. Lembro-me que no governo da Luiza Erundina, só não acabaram com o autódromo, pois quem dependia do automobilismo se uniu em abaixo assinado e mostrou quantas famílias dependiam do autódromo. Tenho certeza que desde aquela época até hoje o automobilismo encolheu e muito. Creio que quem deve gerir empresas, é o privado, não e papel do dos governos gerirem empresas. Interlagos ou é praça pública ou dá lucro se for para perder dinheiro que seja vendido. Com dor no coração.

Fred Flintstone
Fred Flintstone
7 anos atrás

Bom, uma vez que o autódromo/terreno pertence ao Município, e Interlagos integra o patrimônio histórico e cultural respectivo (além de dar lucro, trazer benefícios aos setores de turismo – que se reverte à população, de projetar o nome da cidade – inclusive internacionalmente), logo, a conclusão clara é a de que é caso de Ação Popular (com pedido para garantir que o patrimônio continue vinculado ao Município, e, em qualquer hipótese, reservado exclusivamente ao fim da prática de automobilismo. https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_popular

Fernando
Fernando
7 anos atrás

Bem, temos aqui mais de 160 postagens, e uma enorme coleção de bobagens (eu andei escrevendo as minhas também em outros posts). Tanto o Estado como a iniciativa privada são capazes de administrar qualquer coisa, de forma desastrosa ou eficiente, o que significa que esta é a discussão mais estúpida possível. A questão não deveria ser colocada ideologicamente, politicamente, porque é técnica.

As duas “partes”, Estado e iniciativa privada são complementares, não antagônicas, e o percentual de atuação de cada uma na sociedade não é fórmula que exista, não é ciência exata. As informações que o Flavio postou esclarecem muitos aspectos do fato, mas ainda não permitem que se tome alguma posição com segurança, posição de boa fé, não politicamente tendenciosa e/ou preconceituosa. Aconteça o que acontecer com Interlagos só saberemos se foi bom no futuro.

E o que é isso??? “…a iniciativa privada no Brasil é uma grande merda…”!!!! Algo do que o blogueiro escreveu procede, mas é quando os empresários estão “associados” com agentes públicos… faltou esclarecer isso… e aí é caso de polícia não de política… O Grande Prêmio é “iniciativa privada”, sim, estamos aqui contribuindo para o sucesso de um negócio, negócio capitalista, privado, e muito bom! Não dói!

E já que politizaram a coisa toda também vou escrever minhas bobagens. Eleição é boa quando a gente ganha e quando perde, como agora, o povo sabe votar quando a gente ganha “bonito” e quando a gente perde “feio”, de lavada, como agora, mas eleição não é tudo, é apenas uma parte do longo processo de aprender a democracia, a pluralidade, precisamos aprender isso, matar e enterrar o sectarismo que tomou conta de nós ultimamente. E torcer para Interlagos, para um Interlagos melhor, para todos, não importa de quem será ou quem vai administrar, desde que funcione.

E tem mais, já passou pela cabeça de alguém que tudo isso pode não passar de papo furado do coxinha?

Bruno Laporta
Bruno Laporta
7 anos atrás

Sinceramente não sei o que será de Interlagos, mas não será privatizado, duvido muito. Nenhuma empresa por mais megalomaníacos e assombrosamente geniais sejam os planos para o autódromo chegaria a fazer um investimento deste. As ideias ficariam nos travesseiros dos executivos e lá somente. Também precisaria de uma revolução no automobilismo para que tivéssemos um final feliz garantido, até porque a população como o Flávio já elucidou muito aqui no blog já não se interessa pelo assunto como antes. O que eu acho mesmo é que alguma empresa deveria bancar um piloto brasileiro na F1, nem que seja fazendo um concurso ou “reality” para promover o sujeito. Por que não a Globo, já que vende a F1 como um produto seu? Qualquer esporte precisa de material humano para fazer sucesso!! Foi assim com a F1, o tênis, o MMA nos últimos anos no Brasil. Precisamos produzir pilotos, rápido! Só não sei como! No fundo, ninguém vai querer vender ou destruir o “S do Senna”, que ficou maior que Interlagos, só precisamos de um Brasileiro para segurar a bandeira por lá vez ou outra. Se fosse na Itália, bastaria uma Ferrari, aqui precisamos de uma pessoa! Digo mais, os carros precisam voltar a ficar barulhentos e alimentarem a atmosfera de espetáculo para a ocasião, já estão pensando nisso. Mais ainda, é uma questão de tempo para os politicamente / ecologicamente / modernamente corretos perceberem que carros autônomos, por exemplo, são uma grande furada já que “lí uma matéria com um executivo da Mercedes” os carros autônomos quando estiverem em uma estrada e tiverem que escolher em atropelar criancinhas atravessando a pista, bater de frente com um caminhão que vem na mão oposta e jogar o carro do penhasco ao desviar para direita, vão para cima das crianças para protegerem o passageiro do veiculo. Não há advogado no mundo que não vá ter como objetivo de vida fechar uma multinacional com um dilema desses. E carros, assim, sempre serão carros. E continuaremos guiando enquanto pudermos. Só falta um piloto para o Brasil na categoria máxima, numa boa equipe, para correr em Interlagos. Se o mesmo fosse realizado a tempo no Rio, Jacarepaguá estaria aqui ainda para contar suas histórias…

Romero
Romero
7 anos atrás

Flávio, faltou citar na matéria que o atual prefeito tentou vender a anhembi, mas não houve comprador interessado em dar o lance inicial de 1 bilhão de reais. Ou seja, apesar de ser uma das bandeiras principais da campanha de Dória, a privatização de equipamentos públicos não é assunto novo por aqui.
Concordo que, se não está dando prejuízo aos cofres públicos, não precisa necessariamente ser vendido; mas não dá pra demonizar a prática em si. Temos diversos exemplos de empresas (inclusive as citadas na matéria como Petrobrás e Vale do Rio Doce, além da Embraer, apenas para citar as mais conhecidas) que cresceram exponencialmente após se tornarem parcialmente privadas.

Guilherme
Guilherme
7 anos atrás

Texto espetacular Flavio Gomes!
Parabéns pelas colocações e pela citação.
Um abraço!

Tiago
Tiago
7 anos atrás

Flávio lega seu ponto de vista, eu gostaria de expor o meu apenas dessa forma, como mais um ponto de vista, mas considero válida a ideia de vender Interlagos, Anhembi também, acho que enquanto houver questões como educação e saúde na precariedade que temos hoje, não faz sentido cuidar disso, até porque no geral o automobilismo é formado por um público de bom poder aquisitivo é que poderiam se organizar, é isso. Abraço

Bruno Taiar
Bruno Taiar
7 anos atrás

Opa, Flavio. Só consegui ler agora o texto.

Parabéns.

Essa reflexão sobre como nossa iniciativa privada é patrimonialista e sínica precisa ser aprofundada mesmo.

Grande abraço!

Felipe de Almeida
Felipe de Almeida
7 anos atrás

Espetacular e lúcido como sempre, Flávio. Aqui no Rio é que está pior. Elegeram vereador o cara que acabou com o autódromo do rio, construiu o elefante branco da cidade da musica, Estou aguardando a construção do novo autódromo até

Karina Lima
7 anos atrás

Das duas, uma: ou Doria está supervalorizando essa venda através de declarações em que informa valores que não correspondem à realidade, a fim de conseguir uma maior aceitação da população (afinal, “são 7 bilhões pra investir em saúde e educação!”), ou quem está comprando o complexo não tem a mínima intenção de revitalizá-lo, visto que não seria rentável o suficiente, neste formato, para recuperar o que foi investido…. Torço pela primeira opção.
Agradeço pela excelente análise. Eu já estava pessimista quanto ao assunto e só fiquei ainda mais, entretanto, você tocou em pontos em que eu não tinha pensado.
Ah! Eu já disse que sou sua fã, né?
Abraço!

Paulo
Paulo
7 anos atrás

O bom jornalismo, como segundo etapa, entrevistaria o candidato e apresentaria os numeros, levantamentos e o colocaria contra a parede.
Vejo muitas noticias infundadas, na famosa guerrinha “direita x esquerda”. Nao estou afirmando que a reportagem trata-se disso, mas para abrilhantar, o ideal seria ouvir o futuro prefeito.

ADILSON
ADILSON
Reply to  Flavio Gomes
7 anos atrás

Desculpa Flavio, mas aí eu acho que você está errado. É importante o confronto de ideias e partidarismo, mas não acho correto, dentro da premissa do bom jornalismo, basear-se no “ele escrrveu então é opinião absoluta”. Acho que tanto os números do Doria quanto os seus são questionáveis e por isso devemos discutir. Ao mesmo tempo, acho que defender Interlagos como espaço público é louvável, devemos também ponderar como esse espaço é usado hoje e se traz benefícios para a cidade como um todo.

Rafael
Rafael
7 anos atrás

Autódromo nas mãos do Estado, na pior das hipóteses está protegido de especulação imobiliária. Caso venha a ser vendido/privatizado, na primeira oportunidade, vão lotear tudo aquilo. Com certeza geraria muito mais lucro, que é o que a iniciativa privada busca, estão cagando litros para o automobilismo.

Barry
Barry
Reply to  Rafael
7 anos atrás

Interlagos não pode virar condomínio.
Quando a família Sanson(Criadora do Autódromo) cedeu Interlagos à prefeitura de SP, foi feita uma cláusula que, se o Autódromo fosse ter outra finalidade ou moradia, automaticamente a propriedade retornaria aos herdeiros da família Sanson.

Entendam que, Intelagos NÃO PODE VIRAR CONDOMÍNIO como pode vir a ser com o AIC no futuro.

SAMUEL
SAMUEL
7 anos atrás

Lixo é o que resulta da operação de enfileirar letras quando você está num computador. Se as universidades brasileiras têm seus problemas, é EVIDENTE que, na média, as públicas são melhores que as particulares. Pode consultar qualquer indicador: rankings internacionais, citações em publicações relevantes, quantidade de mestres e doutores formados… o próprio ranking que você cita não tem NENHUMA universidade particular brasileira. Antes de falar merda por aí vai pesquisar.

Dartha
Dartha
7 anos atrás

Olha, tem um tempinho que não leio um artigo certeiro em suas colocações.
Parabéns!
E vamos torcer pro Dória não conseguir se desfazer desse patrimônio.

Sergio
Sergio
7 anos atrás

Há um equívoco fatal nessa análise receio. Ela não considera o custo de oportunidade — o retorno do que deixou de ser feito com os milhões que são gastos com despesas de manutenção do autódromo (não sei se o número do artigo inclui folha salarial do pessoal ocupado com o lugar) e a receita tributária adicional (que pode ser maior do que o lucro obtido hoje segundo as contas do artigo) se o lugar for melhor explorado comercialmente. A regra de “se der lucro não precisa ser privatizado”, é simplesmente errada pra decidir se o governo deve ou não se manter à frente da provisão de um bem/serviço.

Razor
Razor
7 anos atrás

Prezado Flávio,
Tem um fator legal que está sendo neglicenciado nessa estória da privatização: o terreno do autódromo não pertence à prefeitura. Pertence a uma família cujo decano entregou a área para a construção do autódromo com a condição que a área fosse usada com essa finalidade, senão a terra volta à posse da família.
Assim, a prefeitura tem a posse e o usufruto, mas não o domínio. Falta a escritura do terreno…
Não pode vender o que não lhe pertence.
Talvez possa arrendar a posse a terceiros, se chegar a um acordo com essa família.
Mas vender o autódromo, ela simplesmente não pode.

Chupez Alonso
Chupez Alonso
7 anos atrás

Uma dúvida que sempre me vem à cabeça é: quanto custa para um mero mortal usufruir da pista de Interlagos, já que é um espaço público?

Qualquer um pode fazê-lo gratuitamente ou tem que ser um privilegiado financeiramente para correr lá?

Jean Rul
Jean Rul
7 anos atrás

Tenho certeza que SP tem outras prioridades que mereceriam a atenção do novo prefeito do que começar a privatizar suas posses. Mas, já que ele se diz um administrador tão fantástico pq não arranja uma forma de fazer estes dois lugares darem lucro ao invés de se desfazer deles?

Gabriel P.
Gabriel P.
7 anos atrás

Perfeito Flávio.
Esses canalhas e abutres da Elite e boa parte do “empresariado” nacional, não constroem nada para nação, vivem para mamarem nas tetas do governo e se apropriarem de tudo que o estado constrói com dinheiro público, ou seja o nosso.
E Dória foi candidato e eleito pelo apoio da Elite e empresariado “amigo” exatamente com este propósito, que é entregar para os “amiguinhos” lucrarem com tudo que foi construído com dinheiro público.
Essa gente vai pegar grana do BNDES (que também é do estado, ou seja nosso) para pagar por algo que nos pertence e faturar com isso.
Aliás é o que mais estes tucanos do PSDB sabem fazer, entregar rodovias e outros para os “amiguinhos” faturarem.
E o povo, muito burro, paga para fazer e depois paga para usar. Aliás é por isso que se investe tão pouco em educação e se desvaloriza professor, exatamente para poder manipular e explorar ainda mais o povo.

Claudius
Claudius
7 anos atrás

Coincidentemente, o último grande piloto brasileiro também foi o último a aprender a pilotar no traçado antigo da mais completa pista da história do automobilismo.
Alguns podem não achar, mas duas vezes vice-campeão Mundial faz de Barrichello um grande piloto.

Mauro Santana
Mauro Santana
7 anos atrás

Esses políticos de merda, só pisam em Interlagos no GP Brasil de F1, para se deliciarem nos HC.

joel lima
joel lima
7 anos atrás

Enquanto ainda estamos nessa discussão, a China virou a potência que é seguindo o seguinte provérbio há pelo menos 40 anos =” Pouco importa a cor do gato, desde que ele coma o rato”. Ou seja, pouco importa se é feito pelo estado ou pela iniciativa privada. O que importa é que o país tenha uma estrutura que garanta a qualidade dos serviços. Aqui, dois exemplos de setores que fazem o que bem querem com o consumidor, pois o governo não fiscaliza como deveria = telefonia celular e planos privado de saúde (que contam com uma bancada que os defende no congresso e que até pouco tempo tinha como maior defensor o doce Eduardo Cunha ). Ah, e outro exemplo que mistura os dois – a tal PPP [parceria público privado] = desde 2004 foi adotada pra fazer a linha amarela e esta não foi terminada e sabe-se lá quando será concluída. O problema é o modelo? Não, o problema são os tucanos Serra e Alckimin, que desde 2004 mandam por aqui. Se a China tivesse esses dois como dirigentes desde 2004, provavelmente estaria hoje atrás do Brasil em termos de PIB [rs]

Paulo F.
Paulo F.
Reply to  joel lima
7 anos atrás

” Pouco importa a cor do gato, desde que ele coma o rato”

Só esqueceu de dizer que quem manda na China são os comunas!
E eles dizem que é glorioso enriquecer , mas desde que beneficie primeiro a Grande Mãe China!
E lá a economia é centralizada e planejada, característica do sistema comunista de produção.

Gabriel P.
Gabriel P.
Reply to  joel lima
7 anos atrás

Bom voce citar a tal linha amarela do Metrô de S.Paulo, pois agora a tal “concessionária” está cobrando do governador Alckmim uma boa grana por ele não ter feito as estações e a tal concessionária não teve o lucro que desejava.
Muita, mas muita cara de paú e canalhice, pois vão faturar com algo construído com grana pública(nossa grana) e sacanamente cobram uma “multa ” que se paga, será também com nosso dinheiro.
É muita sem vergonhice dessa gente que com apoio da mídia, manipula e impede que Paulitas se revoltem. (Aliás, até se manifestem)
Aliás é bom lembrar também, que tanto o Metrô SPaulo, as rodovias e a tal controlar de S.Paulo foram concessões para a Odebrecht (a mesma da lava jato)

Alvaro Wanderley
Alvaro Wanderley
Reply to  joel lima
7 anos atrás

O irônico é a China ser uma potência de viés…comunista?! rs…

Garret
Garret
Reply to  joel lima
7 anos atrás

A China virou potência porque a cultura deles se resume a uma palavra ; “trabalho”. Já viu chinês mendigo? Aqui o lema é” se dar bem, não importa como”.

Paulo Travaglini
Paulo Travaglini
7 anos atrás

Belíssimo arrazoado, Flávio.
Espero que alguém da administração do Dória se mova para responder cada ponto.

Só um senão: é perigoso afirmar que tudo que é bom foi feito pelo Estado, pois coincide em grande parte em dizer que foi feito pela ditadura militar,

alex
alex
7 anos atrás

Sabe o que é Flávio? É mais fácil privatizar… Não precisa pensar! Não precisa montar equipe de governo de primeira, entendeu? Privatizar qq manezinho com pinta de economista faz ! Contratar gente que pensa, para fazer o negócio funcionar mais e render mais grana para o Estado, aí eles não querem… Dá trabalho.!

Silvio Gouveia
Silvio Gouveia
7 anos atrás

Flávio e bloguerios automotivos ( e lusos),

Num país em que basta ter convicção sem provas para fazer julgamento público, precisa falar mais o que sobre o João “trabalhador” Dólar?
Compartilho um comentário sobre convicções fortes sem provas que levou a eliminação física de ciganos, homossexuais, lésbicas, comunistas e (não posso esquecer…) alguns judeus: o dono das convicções chamava-se Adolfinho…

Fernando Monteiro
Fernando Monteiro
7 anos atrás

Já vivemos em uma ditadura, só não vê quem não quer. O Brasil todo será vendido por esses canalhas!!!

Clayton
Clayton
7 anos atrás

Não consigo acreditar que São Paulo elegeu um cara desses. O Rio está indo no mesmo caminho com o Crivella. E são apenas dois exemplos nesse mar de horrores que foram as eleições municipais.

Se brasileiro fosse dinossauro votava no meteoro.

Costa
Costa
Reply to  Clayton
7 anos atrás

Já ouviu falar em alternância de poder? Pois é, o Brasil se endireitou e cansou da esquerda…

Wallace
Wallace
7 anos atrás

Flavio,
Isso tudo está montado no BNDES….. Acaba com ele e vamos ver se existirá “empresário” no Brasil. Esse é meu sonho. É como você vender o seu carro e dar um cheque seu pro cara te pagar…. assim basta ser amigo da panela… fácil né.

Roberto
Roberto
7 anos atrás

Desculpe, mas a UFRJ é melhor que a UNICAMP.

Sergio
Sergio
7 anos atrás

As federais são e sempre serão as melhores Universidades do país. Por dois motivos simples: Tem os melhores alunos e os melhores mestres. Não tem centenas de outros mimos que as instituições privadas oferecem, mas são o grande celeiro de idéias e espaço genuinamente democrático.

Alessandro
Alessandro
7 anos atrás

Flávio, meu caro: análise no alvo.

Sem mais.

Fabio
Fabio
7 anos atrás

E quantas universidades privadas brasileiras estão no ranking mundial? Zero, né? O que o rapaz falou é a pura verdade: sem o Estado, não há universidade que preste no Brasil. Só um idiota não vê isso.

Jean
Jean
7 anos atrás

Eu penso que uma administração pública deveria cuidar de três coisas: educação, segurança e saúde.

Corridas de carro não são necessidades para a maioria da população.

Mesmo eu gostando de automobilismo, acho que entretenimento deveria ficar com a iniciativa privada.

Gabriel P.
Gabriel P.
Reply to  Jean
7 anos atrás

Em outras palavras, pobres não tem direito a entretenimento., isso é coisa de ricos e de quem pode pagar.
Pensamento mais coxinha e elitizado, impossível..
E tem mais, porque pobres tem que pagar imposto para asfaltar ruas de bairros de ricos, pagar segurança para eles e ainda mais educação (visto que maioria que estuda na USP é rico)???????
É a merda da Elite desse país que se acha dona do país e por isso O Brasil é uma bosta desde sempre e vai continuar assim enquanto esse gente não desaparecer desta terra.
Precisamos urgente de uma Revolução Francesa por aqui, para que o povo que ama o país, o assuma.

Alexandre Maroto
Alexandre Maroto
Reply to  Gabriel P.
7 anos atrás

No lugar de Revolução Francesa não seria melhor termos eleições ??? Ops, já tivemos e o povo o elegeu. Para ficar melhor o voto não deveria ser obrigatório. Aqui no Rio de Janeiro o povo decidirá também, e pelo jeito seguirá a mesma tendência da imensa maioria do Brasil, isto é um sinal de mudança. Será boa essa mudança ??? Tudo indica que sim. E se for boa, será um problema ??? Claro que não. A cobrança deve ser constante e coerente. Caso não façam bons governos, basta retirá-los e existem mecanismos para isso.

Costa
Costa
Reply to  Gabriel P.
7 anos atrás

E hoje os pobres vão a Interlagos?

Gabriel
Gabriel
7 anos atrás

Artigo brilhante, Flávio. Parabéns pela lucidez em tempos tão sombrios.

Andrei Spinassé
7 anos atrás

Veja só uma reportagem sua sobre a história de Interlagos de 22 anos atrás que encontrei, Flavio: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/3/27/esporte/18.html

Giovanni
Giovanni
7 anos atrás

A Prefeitura está adotando uma estratégia para gerar caixa a fim de aplicar na educação e saúde. Levando em consideração a importância da saúde e educação, não vejo com maus olhos. O problema são os argumentos sem fundamento.

Em vez de usar argumentos falsos dizendo que o valor da estrutura é muito maior do que na realidade, bem como gera prejuízo, quando na verdade gera lucro, seria muito mais digno argumentar que, “…embora o Anhembi e Interlagos gerem lucro, a venda destas estruturas permitirá um significativo aumento do caixa da prefeitura de tal forma, que contribuirá para sanar problemas primários, tais como saúde e educação”.Assim, ficaria claro a sua posição frente ao governo e a estratégia adotada pela sua gestão. Só que não! O cara se enrola e não tem o mínimo de transparência e ainda usa argumentos duvidosos, pra não dizer falsos. Como ter credibilidade dessa forma?

PS: Há muitas pessoas que não sabem, mas nem tudo que é público, é gratuito, ok? Interlagos, por exemplo, é público, porém NÃO É GRATUITO.(assim como as universidades norte-americanas). Ou seja: como foi dito no texto, quem gerencia já é o setor privado, que cobra pelo uso, que no fim gera lucro pra cidade.

Gabriel P.
Gabriel P.
Reply to  Giovanni
7 anos atrás

Vai nada, a grana vai sumir tanto como sumiu na tal CPMF que diziam era para saúde, que continua a mesma droga de sempre.
Na verdade essa gente paga com gordas verbas publicitárias para midia enganar e manipular a opinião pública.
E qualquer um que tenta se manifestar é desmoralizado, quando não, espancado pela polícia. Simples assim.

Paulo Sergio
Paulo Sergio
7 anos atrás

Flavio, em 1o. lugar, embora seja a favor da privatização de diversas empresas, algumas delas, e incluo Interlagos e Pacaembu entre elas, como empresas, creio que devam permanecer sob o controle do Estado, pois pelo seu histórico e tradição pertencem ao povo. Dito isso, a maneira como você escreve as vezes passa a impressão de que a iniciativa privada seja um demônio, o que me parece incoerente, uma vez sendo você empregado de uma empresa multinacional e empreendedor privado, ativo, que gera empregos e ao que me consta, sem nenhuma ajuda estatal. Repito, não quero que Interlagos seja privatizado, mas imagine-o sendo adquirido por um cara como você. Certamente você o administraria de forma a dar lucro e ao mesmo tempo ser o melhor autódromo possível para quem é ligado ao automobilismo.

Heverton Elias
Heverton Elias
Reply to  Paulo Sergio
7 anos atrás

“uma vez sendo você empregado de uma empresa multinacional e empreendedor privado, ativo, que gera empregos e ao que me consta, sem nenhuma ajuda estatal”

Aqui no Brazil, 11 de cada 10 empresas jornalísticas dependem de anúncios de Governo Federal, Estadual e Municipal. E o Flávio Gomes foi certeiro ao dar o exemplo da revista Caviar. É só fechar a torneira dos anúncios estatais pra ver o que acontece com as empresas jornalísticas brasileiras, que já andam mal das pernas há pelo menos duas décadas.

Robson Leandro da Silva
Robson Leandro da Silva
7 anos atrás

Flávio, em outros países onde a F1 corre como funcionam os autódromos. Não quero aqui fazer comparação, entendo que as realidades são diferentes, mas foi uma dúvida que surgiu assim que essa história começou a ser discutida. Abraço.