O TEXTO DO EDGARD
SÃO PAULO (aí está) – Quando Edgard Mello Filho era colunista do Grande Prêmio, no início dos anos 2000, escreveu um texto histórico sobre sua experiência com Ayrton Senna numa perua Audi dando voltas em Interlagos no sentido contrário ao da pista.
O relato é espetacular e está na memória afetiva de muita gente. E, por isso, são recorrentes os pedidos de republicação. Mas o texto desapareceu no limbo da internet, já que os arquivos do site dos tempos do iG não foram mantidos integralmente. Muita coisa, de fato, sumiu.
Bem, recebi o texto de um blogueiro, Fábio de Souza, a quem agradeço de coração. Aproveitamos para republicá-lo no Grande Prêmio neste 1º de maio, com autorização do Edgard, e aqui está o link.
Deliciem-se. A história é, mesmo, maravilhosa e divinamente contada.
o Edgard é PHODA!!!!
tão bom comentarista como foi piloto: sou fã!!!!!!
forte abraço
muitos mil km mais… espero que vire esse velocímetro!
Quando ele contou a historia em outra oportunidade (audio), ele quase me matou de rir quando disse que o “Chefe” ia alucinando e o Edgar cutucando, até que disse “Kankunnen KKK faz” e Ayrton teria dito “Ah, é? Também faço!”. Não importa nem sé é exagero, já fico satisfeito em ver o Edgar nas segundas contando da sua forma as história sensacionais (como da mão dos técnicos da ELF manejando os galões de combustível). Aquilo não existe, mata qualquer um de rir! Tô esperando ele contar da Ellen Lohr, no DTM, quando a mesma quase deu um safanão, acho que no Palmer ou Warwikc ou outro ex-F1. Será que ele lembra?
Já li esse texto muitas vezes. Toda vez que eu queria reler eu digitava no google “faz o shakedown do onça” que o buscador me levava a ele. Excelente!!!
Excelente…!!
O texto é magnífico e a pilotagem do Senna deve ter sido algo realmente mágico naqueles momentos.
O Edgar é o melhor.
Adoro quando ele narra a Nascar..
Sensacional!
Sensacional!
Flávio,
Você pode apelar para o archive.org , lá eles tem cópias feitas em datas específicas onde podem ser recuperados estes dados:
https://web.archive.org/web/*/www.grandepremio.com.br
Vocês podem por exemplo procurar a última cópia feita antes da mudança de hospedagem, recuperando assim os artigos perdidos.
muito sortudo eu, acabei de ler o texto e na tv no FoxNitro tava lá o Edgard Mello F. foi ótimo.
Esse texto do “Professor” é um clássico da literatura automobilística, Flavio. Eu o tenho guardado desde quando foi publicado pela primeira vez no Grande Prêmio. Se soubesse que estava à procura, teria lhe enviado.
Pois bem, ontem viajei e me deliciei novamente nele ao vê-lo publicado novamente no site.
Aproveitando, e ontem, no Fox Nitro, o próprio Professor citou o “onça”, por onde andaria, se é que ainda existe em algum canto o opalão? Já pensou em tê-lo em sua coleção?
Pergunte ao Edgard se tem alguma notícia, poderia ser uma pauta para o Fox Nitro.
Abração, Flavio!
Obra-prima de texto. Nada mais a acrescentar…
Procurei esse texto algumas vezes. Uma obra prima ! Bom saber que faço parte dos que se encantaram por essa história e realizaram o desejo de poder lê-la novamente.
Muito obrigado !!!
O texto dele é como as grandes pinturas renascentistas que o próprio Edgard citou, tem detalhes (muitos), camadas, profundidade. Coisa linda de se ver. E ler. Aproveitando pra cutucar… Sério que você tentou impressionar o Edgard em Interlagos?
Edgard prá Academia Brasileira de Letras! Que texto!
Senna era diferenciado. Amem ou odeiem, endeusem ou endemoniem, era diferenciado. Acima da média. A razão (números) e a emoção (fãs) dizem isso.
E o Edgard também é. Dá tristeza quando um texto dele acaba. Se ele escrevesse detalhadamente cada uma das oito voltas eu leria o texto até o fim. Me deliciando calmamente, como quem toma como última refeição antes da execução o mais delicioso e divino néctar.
As tiradas dele são o momento em que você dá aquela respirada pra oxigenar o cérebro depois de um longo mergulho, com novo ânimo para mergulhar novamente. Sensacional.
Lembrava vagamente desse texto na época original. Ainda bem que esse texto saiu do limbo. Gratidão eterna ao arqueólogo virtual. Coisas assim não podem morrer.
Eu lembro da época em que o texto foi publicado originalmente. Pouco depois viria o TV GP. Esses vídeos se perderam também?
Bom dia Flavio.
Puxa vida, este texto do Edgard li há muito tempo e um dia destes achei via internet. Reli..
Cara a emoção que senti relendo foi a mesma do dia que me deliciei a primeira vez. Eu já era fã do Edgard e dali pra frente, nossa, tornei-me mais fã ainda. Dá pra gente sentir o que foi aquela volta, ainda mais quando o seu companheiro de Fox cutucou o Ayrton com vara curtíssima e ele inverteu o torpedo no final da subida do café e sentou a bota…
Sou sincero e admito, chegam a escorrer lágrimas lendo o relato.
Grande Edgar. Imenso Ayrton…saudades pra sempre.
Abraços e sorte.
É…
Melhor que o Edgard falando do Chefe, só mesmo quando ele falava do sapateiro dick vigarista (com todo respeito à sua lastimável condição).
Ahahahahaha lambe botas excluindo mais um comentário meu em 3…2…1…
Edgard deve ser bom falando até daquelas impronunciáveis siglas que simbolizam as partes do motor (?) de hoje. Imagina ele falando de MGU, ECU, TCU, AGU, MPF, ou sei lá o quê?
Putz…..Parabens por publicar esta magnifica parada
Pecado sumirem alguns conteudos geniais.
Por isso prefiro livros…eles ficam para sempre
Antes de ser representante Audi, ele só andava de Mercedes Touring. Lembro porque uma 300 dele foi roubada no estacionamento do centro de práticas esportivas da USP. Isso deve ter acontecido em 1988 ou 89. Parece que nunca foi recuperada.
Obrigado por compartilhar. Emocionante.
Nunca tinha lido essa volta espetacular de Audi. E por Edgar, só podia ser ele. Esse é fera, monstro do auto. Sabe tudo, sabe descrever porque viveu lá dentro. E pensar que a sorte bate na porta de alguns e temos que conviver quase 40 anos ouvindo um cara chato. Já faz um bom tempo quando vejo F1 está no mudo. Azar do Reginaldo obrigado a escutar e ficar quieto porque não deixam ele falar.
Poderiam inverter os papéis. O comentarista como narrador e o narrador como comentarista de bico calado. Seria um revival daquela campanha-boato-piada que rolou na internet, só que agora, “à vera”.
Que texto espetacular! Que delícia de ler cada palavra e sentir a emoção! Obrigado Flávio por compartilhar isso com a gente.
Flavio o seu capacete lembra o do Hulkenberg. Quem fez?
“Precisa ver se não pega ninguém, nenhum anu errante no contrapé da biaba.”
Mais Edgard que isso, impossível!
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No dia seguinte a morte de Senna, ele estava participando da transmissão da Manchete e coitada da repórter perguntou:
– Existe a hipótese de ele ter sofrido um infarto durante a corrida?
E o Edgard, sutilmente:
– Infarto quase tenho eu quando ouvi uma besteira dessa!
Flavio, por favor, traga o Edgar de volta para o Grande Premium…seria como contratar o Messi…
Li, no comentario, do meu comentario, do post original da foto…
Como vc diz FG… Com um complemento…
Foda pra caralho, puta que pariu!
Lí o texto de dentro do carro, quanta inveja,
Muito bom o texto. Digno de um profissional de gabarito, consegue demonstrar quem foi o “Chefe” com precisão. Gostaria de ter uma experiência igual. Os deuses sorriem para os iluminados.
– Sensacional relato! De uma profundidade que só mesmo o Mestre Edgard poderia traduzir.
E a verdade é que, mesmo depois de 23 anos, o “trabalhador do 1º de maio” incomoda muito comentarista anônimo. Explicação? Os heróis da velocidade simplesmente não morrem. É história.
” ‘… fazendo história’, expressão que abomino, mas não sei bem por quê. Até que faz sentido: fazer história. É, fez história. ”
Boa semana. Ano que vem tem mais, rs.
lindo mesmo, tão bom ver a forma apaixonada e ao mesmo tempo divertida que o Edgar conta.
saudade dele, eu cheguei a ver campeonato brasileiro de stock car com comentarios dele lá no começo dos anos 80, acho que a Bandeirantes transmitia.
Procurei muito esse texto na Internet e não achei. É uma delícia poder lê-lo novamente. Um dos melhores relatos que já vi. Quase dá para se sentir no banco do carona da Audi, curtindo o momento. Deve ter sido algo surreal.
Fiquei com uma curiosidade ao ler o texto. O que foi que ele perguntou sobre Donnington? E qual foi a resposta?
Li este texto muitos anos atrás, fechei os olhos e recriei mentalmente a cena, como quando eu fazia nas narrações do Edgard da Formula na rádio Bandeirandes. Tenho ele impresso.
Monstros quem viu viu
São momentos assim que valem uma vida!
E, eu vivi algo assim, com o Emerson Fittipaldi. Era aluno da escola do Expedito Marazzi (grande cara, faz muitafalta…)e, de repente o campeão chegou e sairam para conversar a sós. Ao retornarem, o Marazzi falou para a galera: “_ Quem tiver coragem, vai dar uma volta com o Emerson na pista!”. Foi por sorteio, pois não dava mais para competir por tempo de volta no carrinho da escola, já que havia acabado a aula e não tinha combustível na baratinha. Eu fui o primeiro a entrar no bólido e saímos… Não dá pra descrever a emoção de estar ao lado de um ídolo, e vendo o que ele sabe fazer melhor, ou seja, o motivo de ser O Ídolo! Isso foi em 1980… Parece que foi ontem…
Também andei lá com o Marazzi – que também era um “bota de primeira qualidade” – e, aprendi muito com ele. Ficamos amigos, conversávamos muito e, várias vezes ele me chamou para umas voltinhas pelo antigo traçado (saudades das curvas 1, 2, 3 e 4, Ferradura, Sol e Sargento…) dando dicas, conselhos, que muitas vezes eu nem ouvia, só pra curtir a arte de guiar pintada e bordada por ele.
Por isso, entendo a emoção do Edgard, mesmo ciente de que andar com ele, já deve ter sido o mesmo para o Flávio! Inenarrável, inesquecível, indelével!
Sensacional.
Comentei, dias atrás aqui no blog, que os 2 primeiros textos que li no site foram um seu – “Ímola, 1994” – e o outro, do Edgard. Era esse!
Sensacional!
Li o texto de cabo a rabo , uma delícia , a linguagem etc…. muito legal
Senna era realmente diferenciado…
Um belo texto, uma linguagem de quem sabe para quem sabe. Um dos melhores.