FOTO DO DIA
Essa Ferrari aí embaixo, para muita gente, não existia. Parece que foi encontrada no Japão. E existiu. A história, enviada pelo blogueiro Leonardo nos comentários, está aqui. Adora esses carros empoeirados que voltam à vida. Conhecem o modelo?
O evaporador do ar condicionado é igualzinho ao da minha Toyota Bandeirante. Devido ao seu posicionamento, debaixo do porta-luvas, é apelidado de gela-tcheca.
Ja vi um GTB Daytona vermelho escuro como esse junto a uma testarossa da decada de 0 em aguas de sao pedro numa exposição
Caro Flavio,
estava esperando faz algum tempo a oportunidade de te escrever justo sobre este tema. No mundo inteiro existe os “barn find” – achados em celeiros. Japão, EUA, França, Itália, Inglaterra, Alemanha etc todos têm casos de preciosidades (ou nem tanto) encontradas ao acaso ou caçadas metodicamente. Quem curte antigomobilismo conhece inúmeros casos assim. Basta dar uma olhada na internet que está cheia de páginas de gente restaurando as nossas amadas velharias, muitas de uma situação de quase perda total passam a ser elemento de desejo novamente, independente do valor. Se for um Jaguar, Bugatti ou Ferrari vira notícia e eventualmente vai a leilão em empresas especializadas com a RM, Sotheby’s entre outras. Mas pode ser um prosaico fusquinha, Belcar ou 147, não importa. Todos são exemplares encontrados parados há muito tempo, seja por que o dono morreu e os herdeiros não se interessaram pelo veículo ou justamente por considerá-lo valioso não entraram em acordo sobre quem ficaria com o mesmo. E isso pode levar anos antes de iniciar o processo judicial do inventário. Também tem a situação daquela pessoa que vai ficando sem condições de dirigir mas não se desfaz do carro para manter a ilusão de que pode se recuperar (sei quem PAGOU R$ 50 para uma pessoa remover uma Vemaguete). No mundo inteiro é assim.
Exceto no Brasil.
O CONTRAN, mais avançado que seus congêneres no restante do mundo, emitiu uma resolução que acaba com a possibilidade de um carro que tenha passado muitos anos (10) sem pagar o licenciamento volte a circular, servindo apenas para virar prego ou similar, pois a baixa passa a ser automática, não poderá mais emplacar. De que adianta o sujeito passar anos restaurando um carro e ele só poderá andar em cima de um reboque? Na Expoclassic (Novo Hamburgo) havia uma Alfa Montreal que levou 7 anos para o próprio dono completar o restauro. Tenho um conhecido que está lentamente recuperando (reconstruindo) 2 fuscas. Ele pretende rodar com eles. Pobre iludido.
Lá fora vira manchete internacional, aqui só pode virar prego ou parafuso.
Você sabe se a Federação Brasileira de Veículos Antigos, clube ou alguma outra entidade está gestionando para suspender isso? Só recebi uma circular justamente com a informação citada mas não sobre alguma atuação para evitar esse absurdo.
Vou tratar de ver a situação das minhas Romi-Isettas.
Olá, bom dia, estou em uma situação parecida, possuo uns carrinhos que gostaria de guardar, mas esses licenciamentos estão me fazendo mudar de idéia. Será que em outros países (desenvolvidos), existe isso desta maneira?
Não entendi. Este carro tem no Brasil, já vi até teste em site especializado.
Parece ser uma Daytona… Mas, os faróis deixam dúvidas…
É uma Daytona!
Lembra muito uma Ferrari Daytona. Se for a Daytona, diz a lenda que essa Ferrari era um carro com comandos pesados, direção dura e letárgica, câmbio difícil, mas ao passar dos 280Km/h as coisas começavam a faiscar e tudo se transformava quando o ponteiro pingava nos 330km/h…
Vi em outras bandas que é uma Daytona toda de alumínio, e a única das 15 feitas que foi destinada as ruas e não as pistas. Pra mim, de todas as ferraris antigas uma das mais feias.
Como é que o cara se desapega de um carro desta forma? Traz o carro da Itália pro Japão e não se preocupa mais com o investimento, não se lembra que é una Ferrari, que é antiga, e que estas coisas tem um mercado (e grande). Nem levo em conta o fato dela ser única, talvez o proprietário ignorasse este fato, mas que era uma Ferrari, e antiga, não, né. Tudo muito estranho.
A única 1969 Ferrari 365 GTB/4 Daytona construída com carroceria de alumínio para uso em vias públicas.
1969 Ferrari 365 GTB/4 Daytona