BAD, BAD NEWS
RIO (só piora) – Desolado, fico sabendo que em 5 de novembro o museu de Donington Park vai fechar. A família de seu fundador, Tom Wheatcroft, não explicou as razões. É uma coleção impressionante, a maior e melhor que já vi — e olha que estive lá uma única vez, em 1993. O blogueiro Boer, nos comentários, mandou a notícia. Inaugurado em março de 1973, nasceu do amor de Wheatcroft pela pista e pelas corridas quando pisou no autódromo pela primeira vez, no final da década de 30, para ver corridas de motocicletas e automóveis. Os monstrengos alemães da Mercedes e da Auto Union eram suas grandes paixões.
São cinco pavilhões com mais de 130 monopostos, além de motos e outros carros de competição. Todos rigorosamente históricos. Wheatcroft morreu em 2009. A informação sobre o fechamento foi dada por seu filho Kevin, que não falou nada sobre o destino do acervo.
Alguém na Inglaterra precisa fazer alguma coisa para impedir esse absurdo.
É lamentável.
Parte da historia do automobilismo de monoposto está indo para o ralo.
A perde é incalculável.
Tinha sensibilizar os bilionários como o Bernie Eclestone; o cara Virgin, ou mesmo o grupo que administra hoje a formula 1, para assumirem este museu. Pois se for para Leilão, depois jamais será possivel juntar essas peças raras que fizeram a história.
Este fato traz a tona esta questão da sucessão familiar, geralmente os filhos não se envolvem e todo o projeto são perdidos.
muito triste.
O lugar realmente é impressionante. Fui lá há dois anos e é incrível. Além do museu com carros de corrida, tem também o museu de guerra. Muito legal.
Tenho um álbum no meu facebook caso queiram conferir: https://www.facebook.com/bescarim/media_set?set=a.10206291433830900&type=3
Se lá no berço do automobilismo está assim, com certeza fora da Inglaterra esse museu já teria acabado há muito tempo.
Exelente comentário.
Quem quiser salva-lo… que pague por isso!
A Liberty, dona da F1, tem obrigação de comprar e manter essa joia. Já que hoje em dia só querem de ganhar bilhões e não darem nada em troca, poderia até fazer uma campanha no estilo toda a arrecadação do GP da Inglaterra e Itália vai para o museu. Acho que até atrairia mais torcedores. Alternativas há várias – o problema é vontade dessa gente que só quer saber de encher o rabo de dinheiro e não dar uma mísera migalha em troca.
Aproveitando o trocadilho, precisamos falar sobre Kevin. O interesse de Kevin Weathcroft como colecionador é, digamos, um tanto macabro. Acho que é bom que os admiráveis carros de corrida que o pai dele juntou sejam desvinculados desse sujeito. Tomara que encontrem outra casa. Sobre o Kevin, aqui vai um retrato bem assustador: https://www.theguardian.com/world/2015/jun/24/the-man-who-sleeps-in-hitlers-bed
Caraca, não tinha ligado o nome à pessoa.
Só para ver os carros que aparecem na foto já valeria a visita.
Que tal a própria F1 (Liberty) salvar isso? Criar seu próprio museu, que poderia ser em Donington. Ainda tem gente que assiste essas corridas hoje por causa dos momentos históricos. Se o campeonato tivesse nascido alguns anos atrás, já teria acabado. A categoria deve isso ao torcedor e ao seu passado.
Falou tudo.