Flávio, você não mencionou o terceiro motivo de não ter mais GP do Brasil no Rio de Janeiro.
Meu pai Ildesonso de Castro faleceu 45 minutos antes da largada. Estava na arquibancada setor J, pois um degrau da arquibancada caiu e meu pai teve uma queda de 40 metros de altura, ocasionando sua morte imediata.
Poxa! eu estava lá a poucos metros e presenciei essa tragédia. Em seguida os bombeiros fizeram uma vistoria e vimos que as tábuas estavam fixadas por simples arames! O retorno do autódromo foi outra coisa terrível, sem nenhum tipo de transporte… Até então eu tinha ido à todos GPs do Brasil e prometi a mim mesmo que jamais voltaria enquanto a F1 continuasse no RJ. Por sorte aquele foi o último lá!
Cristhian
5 anos atrás
Caramba, que história!
Nunca entendi o motivo da saída de Jacarepaguá do calendário. Achei que era uma mera questão de concorrência entre os autódromos.
Ninguém imaginava que aquele GP Brasil de F-1 1989 era o último do Rio.
Alessandro Seara
5 anos atrás
Salve, Flávio!
Para além de dizer que sempre passo por teu blog para ler e ver a maestria com que nos conta sobre este mundo do automobilismo, lembrei-me de outra fonte rica e interessante de informações sobre o acidente de Streiff.
Em 2013, o blog “Bandeira Verde” fez uma longa e interessante série de postagens contando a história da AGS, e tem dois capítulos que destrincham o que ocorreu neste caso. Seguem os links:
Me recordo que li, na época, ávido por informações por lembrar bem do quanto isso repercutiu… e meu queixo caiu com a tempestade perfeita de pouca/nenhuma segurança do carro + atendimento equivocado.
No mais, força sempre!
Arthur
5 anos atrás
Reparem nas chicanes antes do lago e laranjinha, do projeto original da reforma de Interlagos.
Aí sim…
Marcos Pereira
5 anos atrás
As luvas do Mansell não eram verdes e vermelhas?
Televino
5 anos atrás
O Streiff já não faleceu uns 3-4 anos atrás? Tenho quase certeza de ter visto a notícia aqui no seu blog (e vc aproveitou pra contar/relembrar essa história do acidente)…
Sobre a corrida de 89, lembro que foi num domingo de Páscoa (me entupi de chocolate) e foi a estreia do Faustão na Globo (que decepção para os fãs do Perdidos na Noite! Quem diria que esta merda de programa estaria no ar até hoje, 30 anos depois!). Era a estreia do Mansell na Ferrari, a estreia de um câmbio semi-automático, e tudo deu certo pra ele. A única graça da corrida foi o Gugelmim conseguindo seu único pódio e dando calor no Prost o tempo todo, brigando pelo segundo lugar. Senna bateu logo no começo; Piquet fez uma corrida bem chocha com a igualmente chocha Lotus-Judd, mas acho que chegou em quinto (até bom pras condições do carro).
Alain Prost ficou sem embreagem e só fez um Pit Stop, e por isso o Gugelmin conseguiu encostar nele algumas vezes não conseguindo ultrapassar por causa da força do motor Honda da McLaren.
Nelson Piquet não chegou em quinto, abandonou a corrida logo no início por causa da bomba de combustível com sua fraca Lotus-Judd.
Samuka
5 anos atrás
Minha primeira corrida. Ganhei ingresso num sorteio da Essó. Teve um acidente na arquibancada montada também no dia da corrida. Ela cedeu e um cara caiu bateu a cabeça, morreu e deixou o filho de dez anos sozinho. Foi bem perto de nós. .. Frequentei todas até 97 e sempre na de concreto em Interlagos.
Eu estava nessa arquibancada que caiu, mas ela estava sendo usada desde a sexta feira. Após a queda vimos que tinha sido montada e fixada com arames! uma verdadeira armadilha!!!!
Alexandre Neves
5 anos atrás
Acidente horrível com consequências trágicas. Me lembro de ter lido ou ouvido na época que o santo antônio da AGS era parafusado, e não fazia parte contínua do chassis; e que isso teria contribuído para a quebra. Não sei se é verdade, de todo modo me parece que depois disso todos os santo antonios passaram a ser integrados à estrutura do carro de forma contínua. È vero?
Tem uma entrevista do médico Dino Altmann que fazia parte da equipe médica do autódromo que explica um pouco sobre a questão do acidente do Philippe Streiff. https://www.youtube.com/watch?v=CTbyW15w4PM
Bruno Mantovanelli
5 anos atrás
Muito engraçado ouvir o Edgard falando dessa proeza do Mansell.
Celso
5 anos atrás
– NÃO PRECISA PUBLICAR, É SÓ PRO SEU CONHECIMENTO
Como só resta você como memoria viva do automobilismo, no geral, já que outros acabam falando apenas de uma ou no máximo duas categorias, além de você estar sempre nos abastecendo GRATUITAMENTE com noticias e principalmente historias interessantes, relato abaixo fato ocorrido no dia do acidente, para somar ao seu baú de memorias.
Além da retirada no carro, o helicóptero que o levou para a Clinica, pousou no estacionamento do planetário, que fica na parte baixa do bairro da Gávea, e longe da clinica. Quando ele pousou nem a ambulância estava la, acredito que por não saber o local do pouso pois a clinica não tem heliponto.
Então temos que somar mais essa situação nessa trágica historia..
Acredito que não tinham logística para isso, pois o menos danoso e mais rápido seria pousar no campo do clube do Flamengo e atravessar a rua para o Hospital Miguel Couto. Inclusive esse campo foi utilizado pelo governo americano quando da visita do Obama, nos seus deslocamentos em helicóptero.
Uma pena as consequências do acidente do piloto francês, mas vale a recordação do terceiro lugar de Maurício Gugelmin, um resultado surpreendente de uma Leyton House, como será que está o Gugelmin?? Deve ter histórias incríveis para contar!!! Você sabe Gomes?? De alguma história boa dele?? Um abraço!!!
Sergio Lopes
5 anos atrás
Flavio, esqueceu de mencionar o heróico 3° lugar do Mauricio Gugelmin a bordo de um dos carros mais lindos de todos os tempos, o March Leyton House de 1989.
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Flávio, você não mencionou o terceiro motivo de não ter mais GP do Brasil no Rio de Janeiro.
Meu pai Ildesonso de Castro faleceu 45 minutos antes da largada. Estava na arquibancada setor J, pois um degrau da arquibancada caiu e meu pai teve uma queda de 40 metros de altura, ocasionando sua morte imediata.
Lamento muito a tragédia, Murilo. Mas mencionei, sim.
Poxa! eu estava lá a poucos metros e presenciei essa tragédia. Em seguida os bombeiros fizeram uma vistoria e vimos que as tábuas estavam fixadas por simples arames! O retorno do autódromo foi outra coisa terrível, sem nenhum tipo de transporte… Até então eu tinha ido à todos GPs do Brasil e prometi a mim mesmo que jamais voltaria enquanto a F1 continuasse no RJ. Por sorte aquele foi o último lá!
Caramba, que história!
Nunca entendi o motivo da saída de Jacarepaguá do calendário. Achei que era uma mera questão de concorrência entre os autódromos.
Ninguém imaginava que aquele GP Brasil de F-1 1989 era o último do Rio.
Salve, Flávio!
Para além de dizer que sempre passo por teu blog para ler e ver a maestria com que nos conta sobre este mundo do automobilismo, lembrei-me de outra fonte rica e interessante de informações sobre o acidente de Streiff.
Em 2013, o blog “Bandeira Verde” fez uma longa e interessante série de postagens contando a história da AGS, e tem dois capítulos que destrincham o que ocorreu neste caso. Seguem os links:
https://bandeiraverde.com.br/2013/08/07/as-agruras-da-ags-parte-8/
https://bandeiraverde.com.br/2013/08/09/as-agruras-da-ags-parte-9/
Me recordo que li, na época, ávido por informações por lembrar bem do quanto isso repercutiu… e meu queixo caiu com a tempestade perfeita de pouca/nenhuma segurança do carro + atendimento equivocado.
No mais, força sempre!
Reparem nas chicanes antes do lago e laranjinha, do projeto original da reforma de Interlagos.
Aí sim…
As luvas do Mansell não eram verdes e vermelhas?
O Streiff já não faleceu uns 3-4 anos atrás? Tenho quase certeza de ter visto a notícia aqui no seu blog (e vc aproveitou pra contar/relembrar essa história do acidente)…
Sobre a corrida de 89, lembro que foi num domingo de Páscoa (me entupi de chocolate) e foi a estreia do Faustão na Globo (que decepção para os fãs do Perdidos na Noite! Quem diria que esta merda de programa estaria no ar até hoje, 30 anos depois!). Era a estreia do Mansell na Ferrari, a estreia de um câmbio semi-automático, e tudo deu certo pra ele. A única graça da corrida foi o Gugelmim conseguindo seu único pódio e dando calor no Prost o tempo todo, brigando pelo segundo lugar. Senna bateu logo no começo; Piquet fez uma corrida bem chocha com a igualmente chocha Lotus-Judd, mas acho que chegou em quinto (até bom pras condições do carro).
Alain Prost ficou sem embreagem e só fez um Pit Stop, e por isso o Gugelmin conseguiu encostar nele algumas vezes não conseguindo ultrapassar por causa da força do motor Honda da McLaren.
Nelson Piquet não chegou em quinto, abandonou a corrida logo no início por causa da bomba de combustível com sua fraca Lotus-Judd.
Minha primeira corrida. Ganhei ingresso num sorteio da Essó. Teve um acidente na arquibancada montada também no dia da corrida. Ela cedeu e um cara caiu bateu a cabeça, morreu e deixou o filho de dez anos sozinho. Foi bem perto de nós. .. Frequentei todas até 97 e sempre na de concreto em Interlagos.
Eu estava nessa arquibancada que caiu, mas ela estava sendo usada desde a sexta feira. Após a queda vimos que tinha sido montada e fixada com arames! uma verdadeira armadilha!!!!
Acidente horrível com consequências trágicas. Me lembro de ter lido ou ouvido na época que o santo antônio da AGS era parafusado, e não fazia parte contínua do chassis; e que isso teria contribuído para a quebra. Não sei se é verdade, de todo modo me parece que depois disso todos os santo antonios passaram a ser integrados à estrutura do carro de forma contínua. È vero?
É.
Tem uma entrevista do médico Dino Altmann que fazia parte da equipe médica do autódromo que explica um pouco sobre a questão do acidente do Philippe Streiff. https://www.youtube.com/watch?v=CTbyW15w4PM
Muito engraçado ouvir o Edgard falando dessa proeza do Mansell.
– NÃO PRECISA PUBLICAR, É SÓ PRO SEU CONHECIMENTO
Como só resta você como memoria viva do automobilismo, no geral, já que outros acabam falando apenas de uma ou no máximo duas categorias, além de você estar sempre nos abastecendo GRATUITAMENTE com noticias e principalmente historias interessantes, relato abaixo fato ocorrido no dia do acidente, para somar ao seu baú de memorias.
Além da retirada no carro, o helicóptero que o levou para a Clinica, pousou no estacionamento do planetário, que fica na parte baixa do bairro da Gávea, e longe da clinica. Quando ele pousou nem a ambulância estava la, acredito que por não saber o local do pouso pois a clinica não tem heliponto.
Então temos que somar mais essa situação nessa trágica historia..
Acredito que não tinham logística para isso, pois o menos danoso e mais rápido seria pousar no campo do clube do Flamengo e atravessar a rua para o Hospital Miguel Couto. Inclusive esse campo foi utilizado pelo governo americano quando da visita do Obama, nos seus deslocamentos em helicóptero.
Publiquei. Porque é informação importante.
A simpática Laêne diria: “Ixe, nem era nascida nessa época…”
Video da perícia do carro da AGS de Streiff…. como eram as coisas na F1 de 89.
https://www.youtube.com/watch?v=wIOljz2S-40
Incrível.
Uma pena as consequências do acidente do piloto francês, mas vale a recordação do terceiro lugar de Maurício Gugelmin, um resultado surpreendente de uma Leyton House, como será que está o Gugelmin?? Deve ter histórias incríveis para contar!!! Você sabe Gomes?? De alguma história boa dele?? Um abraço!!!
Flavio, esqueceu de mencionar o heróico 3° lugar do Mauricio Gugelmin a bordo de um dos carros mais lindos de todos os tempos, o March Leyton House de 1989.
Acho que ele falou no vídeo