GP IN BARÇA (5)
RIO (tardou mas não falhou) – Os tempos não querem dizer muita coisa. Por pior que seja, claro que o FW42 não será 8s por volta pior que o primeiro colocado em qualquer folha de cronometragem. O que as 23 lentas voltas que a Williams completou hoje em Barcelona indicam outra coisa. Mostram que a equipe, simplesmente, não tem um carro pronto. Essa fase, de voltas de instalação, checagem de componentes e funcionamento de sistemas, deveria ter sido cumprida na fábrica. Para, na sequência, ser repassada em meia dúzia de voltas na pista na manhã do primeiro dia de testes.
Já foram três, dos oito. E a equipe, na prática, não sabe o que tem nas mãos.
A breve visita de Russell ao asfalto foi o evento mais importante do dia em Barcelona. Comovidos, os jornalistas até aplaudiram na sala de imprensa quando ele saiu dos boxes. A Williams ainda goza do carinho de quem gosta de F-1. Não sei se merece. É muita iniquidade com um nome tão importante. E a sabotagem é interna e voluntária. Enfim, vamos ver o que dá.
Kvyat em primeiro foi uma ótima notícia para a Red Bull. Os tempos foram bons, assim como os da Alfa Romeo. A Mercedes segue lá atrás e deu um sinal de preocupação: as declarações de Hamilton, de que será a temporada mais “desafiadora” do time nos últimos tempos. Mas convém aguardar mais um pouco antes de instalar alguma crise na turma prateada.
Amanhã termina a primeira semana de testes. Depois, mais quatro dias e vamos para Melbourne. Por enquanto, dá pra dizer que as coisas andam bem para a Ferrari e, digamos, estranhas para a Mercedes. O que é bom para quem torce pelo fim da mesmice.
Detalhe é que o tempo que Bottas fez hoje foi o mais rapido dos que utilizaram o composto C3 de pneus. É um baita indicio de que a Mercedes está apenas seguindo sua tradição de esconder o jogo. Em Melbourne a gente vai saber qual é a real…
Não acredito em nada que o Hamilton disse.
O conjunto é sólido (chassi e motor) e ainda contam com o melhor piloto do grid.
Qualquer questão aerodinâmica não será um bicho de sete cabeças para a Equipe.
Que o resto não se iluda com esses 4 primeiros dias de testes com “baixo desempenho” da Mercedes.
Me dá curiosidade saber o que diriam do Massa se ele estivesse no time hoje.
Fora de tópico.
Um F1 2008 cortado ao meio, explicado parte a parte.
https://youtu.be/F9WVtZHYjds
A Mercedes aprendeu com Ross Brawn a treinar sempre abaixo da capacidade máxima. No mínimo, treina com mais combustível que seria esperado.
Quanto a sua afirmação de “sabotagem interna e voluntária”, compartilho da curiosidade do leitor Arnilha.
A Mercedes está escondendo o jogo, como sempre faz. O Hamilton acabou de rodar agora abaixo de 1m18s fácil, para desespero de todos nós….
:(
Mercedes segue fazendo o trabalho de avaliar o comportamento do carro sem usar 100% do motor e nem DRS. Nos últimos anos fez isso sempre. Não é esconder o jogo, mas acumular conhecimento sobre o funcionamento do carro e de varios set ups.
FG, desculpe o desconhecimento, mas pq a sabotagem da Williams é interna e voluntária? Abraço
Tenho o mesmo questionamento em mente….
Também gostaria de saber. “Sabotagem interna e voluntária” são termos muito fortes para uma equipe com esse legado… se puder elaborar mais a respeito…
O que o Flávio quis dizer, é que a “sabotagem”, por assim dizer, parte da própria gestão desastrosa da Claire Williams, em um GP às 10 passado ele explicou isso direitinho.
Difícil, viu…
já viu aqueles times que assim que cai o técnico, milagrosamente voltam a jogar bem?
Será que o 2019 da Mercedes vai ser como o 2005 da Ferrari? Né possível…