N’AREIA (3)

SALVADOR (Halo-luia) – A melhor definição para o que aconteceu hoje no Bahrein veio de Antonio Giovinazzi: “Foi um milagre da tecnologia”.

Romain Grosjean não morreu por causa do Halo, do Hans, do Nomex de suas roupas, dos extintores de incêndio, da velocidade do Medical Car, da resistência do material de que é feito um carro de Fórmula 1. Graças a tudo isso, o saldo do pavoroso acidente na primeira volta da antepenúltima etapa do Mundial foram queimaduras leves nas duas mãos. Nenhum osso quebrado. Nenhuma costela trincada. Nada nos pulmões, nada na coluna, nada no pescoço.

E uma vida salva.

Uma batida como essa, sem a proteção para a cabeça do piloto introduzida na temporada de 2018, seria fatal. Grosjean se chocou contra o guard-rail da curva 3 do circuito barenita a 221 km/h. Seu carro partiu-se ao meio e explodiu. Ele ficou 27 segundos sob as chamas. Conseguiu soltar o cinto de segurança, sair do cockpit e, sem enxergar nada no meio da fumaça e com a viseira chamuscada, teve o caminho aberto para a salvação por um comissário de pista que disparou o extintor na direção certa.

Esse fiscal foi orientado com precisão pelo delegado-médico da FIA Ian Roberts, que chegou imediatamente ao local do acidente. Ele era um dos dois ocupantes do carro de apoio que, depois de todas as largadas na F-1, acompanha o pelotão na primeira volta para o caso de necessidade de uma intervenção rápida.

Roberts conseguiu ver entre as chamas Grosjean se levantando, aproximou-se da bola de fogo que consumia o carro e esticou o braço para retirar o francês do inferno. “Sua viseira estava opaca, praticamente derreteu”, contou.

Menos de um minuto depois da batida, que rasgou o guard-rail como se fosse uma folha de papel, o piloto da Haas já estava sendo atendido pela dupla do Medical Car — o sul-africano Alan van der Merwe, que guia o carro, foi o outro que ajudou o resgate. Dali ele foi para o centro médico do circuito e, depois, levado de helicóptero para o Bahrain Defence Force Hospital, onde passaria a noite. sob observação.

As imagens são aterrorizantes, e há algumas perguntas que devem ser respondidas pelos técnicos da FIA e da F-1, que fazem um permanente trabalho para aumentar a segurança de suas corridas. Duas delas são essenciais: por que o tanque de combustível do carro de Grosjean arrebentou, causando a explosão, e por que a barreira metálica se abriu ao meio. Romain teria sido degolado se não fosse o Halo. É algo, aliás, que já aconteceu algumas vezes na história da categoria. Foi assim que morreram François Cévert, em 1973, e Helmuth Koinigg, em 1974. Ambos vararam guard-rails em Watkins Glen, nos EUA.

Outras perguntas já foram respondidas. O aprimoramento, neste ano, do material de que são feitos macacões, balaclavas, meias, luvas e roupas de baixo que fazem parte da indumentária dos pilotos mostrou-se mais do que pertinente. Alguns pilotos chegaram a reclamar de certo desconforto das vestimentas, mais grossas, pesadas e quentes. Esse material se chama Nomex e resiste ao fogo por pelo menos 30 segundos. Ficou provado que desconforto não é nada diante da eficiência. Já o Halo, tão criticado há três anos por sua estética grosseira, jamais será contestado de novo. E o rigor da FIA nos crash-tests, menos ainda.

O cockpit calcinado de Grosjean: Halo salvou a vida do piloto

A imagem acima mostra que a célula de sobrevivência do carro da Haas, apesar da violência do impacto, resistiu bem. Nada se partiu. E a gaiola projetada para proteger a cabeça do piloto ficou intacta.

É quase inacreditável, e mais espantoso ainda quando se vê o estado em que ficou o guard-rail e o carro de Grosjean. Ele rachou na pancada, metade ficou de um lado da barreira e a outra metade atravessou a peça de metal, trespassando as lâminas que deveriam deter qualquer coisa que batesse ali.

A dinâmica do acidente, essa não é das mais misteriosas. Grosjean largou lá atrás, tentou um movimento brusco para passar Kvyat, bateu no carro do russo, apontou para a direita e se espatifou. A prova foi imediatamente interrompida antes de concluída a primeira volta, com Hamilton na ponta seguido por Verstappen e Pérez. Estes tinham largado bem e deixado Bottas, segundo no grid, para trás.

O inglês, heptacampeão mundial por antecipação, também fizera ótima largada, sem dar chances aos seus adversários de tentarem nada. Com pneus médios, como quase todos, tinha uma estratégia traçada para duas paradas — médios de novo no primeiro pit stop e duros no segundo, roteiro que acabaria cumprindo nas voltas 20 e 35, quando a corrida foi retomada.

Hamilton nos boxes, vendo as imagens pela TV: tensão absoluta no autódromo

Foi preciso esperar mais de uma hora para que o guard-rail pudesse ser refeito. A tensão no autódromo era imensa, apesar das boas notícias que chegavam sobre o estado de Grosjean. Os pilotos, porém, não tiveram como evitar as imagens, exaustivamente repetidas pela TV. Ricciardo, da Renault, achou “um desrespeito” mostrarem a batida tantas vezes. Vettel preferiu não ficar diante dos monitores. Hamilton, depois da corrida, disse que “estaria mentindo” se dissesse que depois de ver um acidente desses não passa pela sua cabeça a possibilidade de parar de correr — para, logo depois, dizer que não pensou nisso, que conhece os riscos do esporte que pratica e que “respeita seus perigos”.

Logo depois da nova largada, um novo susto deixou o ambiente ainda mais carregado. Num choque com Kvyat — de novo –, Stroll capotou o carro da Racing Point e, mais uma vez, o Halo cumpriu sua missão com louvor. O piloto saiu ileso e o safety-car foi acionado até a volta 9. O russo da AlphaTauri, nesse incidente, foi considerado culpado e tomou 10 segundos de punição da direção de prova.

Na relargada, mais um susto: Stroll capota depois de um choque com Kvyat

Dali em diante, após a relargada, a corrida se desenvolveu sem mais sobressaltos. E, para dizer a verdade, ninguém estava muito interessado em seu desfecho. As cenas terríveis da batida, explosão, incêndio e resgate de Grosjean não saíam da cabeça de ninguém. Provas assim, todos querem apenas que terminem logo. Mesmo que sejam boas, como acabou sendo o GP Bahrein. Se é verdade que Hamilton ganhou com tranquilidade — 95ª vitória na carreira, 11ª na temporada, quinta seguida –, não é menos verdade que alguns pilotos tiveram ótimo desempenho e merecem elogios. Foram boas disputas, ultrapassagens difíceis, recuperações vigorosas e até um drama no final, que custou o pódio a Sergio Pérez.

O mexicano, um desses que faziam uma bela corrida, viu seu motor estourar a três voltas do final, quando ocupava a terceira colocação. A posição foi herdada por Alexander Albon, que conseguiu seu segundo pódio no ano. Mas Pérez, apesar da infelicidade, não lamentou o ocorrido. “Um troféu a mais, um troféu a menos, isso não tem nenhuma importância. Importante, hoje, é saber que Grosjean ainda está com a gente”, disse.

Pérez quebra o motor: pódio perdido a três voltas do fim da corrida

Para Albon, o terceiro lugar caiu do céu. O tailandês vive um momento decisivo na carreira e seu futuro na Red Bull ainda é incerto. O time cogita trocá-lo em 2021 por alguém mais experiente, e o nome de Pérez, de saída da equipe rosa — será substituído por Vettel –, é um dos cogitados. O outro nome na restrita lista é o de Nico Hülkenberg. A taça que conseguiu hoje pode ajudar Albon a convencer a equipe a mantê-lo na próxima temporada.

Como Verstappen chegou em segundo, a Red Bull comemorou seu primeiro pódio duplo desde o GP do Japão de 2017 — naquela ocasião, Max também foi segundo e Ricciardo, terceiro. O holandês ainda fez a melhor volta da prova depois de colocar um jogo de pneus médios no fim, em seu terceiro pit stop, e assim subiu para 189 pontos na classificação. Ainda sonha com o vice-campeonato, já que Bottas teve mais uma atuação apagada. O finlandês furou um pneu logo depois da segunda largada, caiu lá para trás e terminou apenas em oitavo. Com 201 pontos, viu a diferença para Verstappen cair para apenas 12, a duas provas do encerramento da temporada.

Verstappen e Albon: pódio duplo da Red Bull depois de três anos

A corrida terminou com todos atrás do safety-car, que voltou à pista na volta 55 depois da quebra de Pérez. Depois do trio do pódio vieram, na zona de pontos, Norris, Sainz Jr., Gasly, Ricciardo, Bottas, Ocon e Leclerc.

A dupla da McLaren fez uma excelente prova, especialmente o espanhol, que saiu de 15º na largada para quinto no final. Com isso, a equipe laranja foi a 171 pontos no Mundial de Construtores, se descolando um pouco da Racing Point (154) e da Renault (144) na luta pelo terceiro lugar. Gasly foi outro que se destacou, completando a prova em sexto com apenas uma parada. “A gente estava discutindo se faria dois ou três pit stops, no fim consegui com apenas uma e foi um grande resultado”, disse.

Classificação final no Bahrein: quinta vitória seguida de Hamilton

Mas, como disse Pérez do alto de seu pódio perdido, nada disso tinha muita importância. Ao fim do GP, o que todos queriam era saber de Grosjean. E o francês acabou tranquilizando todo mundo ao divulgar um vídeo em suas redes sociais, direto do hospital. “Eu não curtia muito o Halo, mas acho que é a coisa mais importante que já nos deram na F-1, e sem ele eu não estaria aqui”, falou, com sinceridade. Depois, com bom-humor e as mãos enfaixadas, completou: “Obrigado pelas mensagens, obrigado a todos na pista, no centro médico, no hospital, e posso dizer que estou bem. Quer dizer… Mais ou menos. Apenas não posso digitar mensagens agora!”.

Grosjean no hospital: “Não dá para digitar mensagens”

Grosjean, muito provavelmente, não corre domingo que vem no anel externo do circuito de Sakhir, mas a Haas nem está pensando no assunto, ainda. Da equipe, a frase mais significativa da noite no Golfo Pérsico veio de seu companheiro Kevin Magnussen: “Ele sobreviver foi um milagre. E é tudo que posso dizer hoje. Estou feliz que nós ainda temos Romain”.

É isso. Estamos todos.

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Braga
Braga
3 anos atrás

Duas ótimas notícias: 1. Graças a Deus o Romain saiu praticamente ileso. 2. Graças a Deus que ele só vai participar de mais uma corrida. Esse cara já cruzou a linha da pilotagem temerária faz tempo.

Nelson da Silveira
3 anos atrás

Por favor, você poderia me dizer por quê acabou o programa (o melhor de toda a televisão brasileira) fox nitro ? Gostaria muito de saber. Agradeço muitíssimo a sua resposta. Grato

Paulo F.
Paulo F.
3 anos atrás

A velha e boa caixa de brita resolvia! E no lugar da barreira de pneus usaria a feita por toneis de água, a cada panca um espetáculo garantido (fora a vantagem de não ser combustível como os pneus e garantir uma dissipação de energia melhor e mais eficiente …).
Mas é um tilkodromo, então….

A. Coyote
A. Coyote
3 anos atrás

Yes, yes, yes.
Porém ter freado e travado as rodas ainda no asfalto e mantê-las assim até bater diminuiu o impacto, que ainda foi monstruoso.
O guard rail ter rompido parcialmente demonstra falta de segurança, mas a sua deformação amenizou o impacto e por isso o piloto não sofreu, além das queimaduras, os danos ao cérebro do Jules Bianchi. Aliás, ele desmaiaria e ficaria mto tempo no carro sob fogo e respirando fumaça agravando mto a situação.
Lembrando que Bianchi brecou o carro, mas sob chuva no asfalto e avançou sobre a grama molhada, ou seja, brecada de valor quase 0 para reduzir o impacto. E o mais grave: bateu em um trator que não sofreu deformação nenhuma e permitiu que a desaceleração descolasse o cérebro do pobre piloto dentro do crânio.
Lamentável.
E o Bottas… pelo amor de Deus. Sem comentários.

Simão
Simão
3 anos atrás

FG
Longe de desejar mal ao Grojean, muito menos um desse, mas demorou pra acontecer um susto grande. Desde que estreou na F1 esse cara faz besteiras em quase todas as corridas. Sempre me perguntei o que viram nele pra mantê-lo como piloto, por tanto tempo.
A cruzada insana que ele deu pra cima do Kviat foi mais uma das loucuras que ele costuma fazer nas primeiras voltas.
Felizmente não houve problemas mais sérios, mas ainda bem que vai se aposentar.
Abraço

Luiz Filipe Lopes Silveira
Luiz Filipe Lopes Silveira
Reply to  Simão
3 anos atrás

Se tu és motorista, deve saber que a reação dele, seria igual a tua diante de carros, repentinamente, mais lentos na frente, a reação mais comum e mais normal é jogar o carro para um dos lados e frear, não se tem tempo de olhar nos retrovisores, nem espichar o pescoço e olhar para os lados para ver se tem alguém. É uma reação normal. E foi o que ele fez.
Concordo que ele sempre foi um trapalhão nas pistas, mas crucifica-lo neste episódio me parece muito precipitado. Tem muitas variáveis a serem consideradas. Não sou advogado do Grojean, sou um simples engenheiro que tem por hábito analisar todas essas variáveis.
Não li todas as postagens, li algumas, mas só falta alguém querer que ele seja multado, como determina o regulamento, por não ter colocado o volante de volta no lugar.

Ricardo Bigliazzi
Ricardo Bigliazzi
3 anos atrás

Feliz pelo Grojean ter se salvado, prova que a F-1 vem fazendo a sua lição de casa muito bem feita.

Um carro de mais de 800kg (carro + gasolina + piloto) a 221Km/h gera mais de 40ton de impacto em uma área muito pequena… você acha mesmo que o guard rail devia resistir?

A grande questão é que a batida aconteceu num trecho onde os carros iniciavam uma reta o toque Alpha Tauri fez o carro bater quase que perpendicularmente.

Isso podia acontecer em interlagos naquela região que antecede a linha de chagada, um toque a mais de 290km/h seria trágico ali… e o acho que o guard rail também não iria resistir.

Uma coisa é certa, os Autodromos hoje em dia são espetaculares, mas como o Hamilton mesmo disse, o esporte carrega os seus riscos… que são os maiores riscos que podem existir… o de morrer “derrepentemente”.

Assombração
Assombração
3 anos atrás

Quando eu vi a pancada e a bola de fogo, lembrei imediatamente do acidente de Niki Lauda e fiquei estático, remoendo os piores terrores. Mas quando eu vi o piloto pulando o guard-rail em direção à segurança, respirei aliviado.

Grosjean, você tem sete vidas!

GenisonK
3 anos atrás

Só sei de uma coisa. Nunca mais falo mal do Halo.

Wolfpack
Wolfpack
3 anos atrás

Hamilton postou lembrando dos riscos que correm todas as corridas, se valorizando mais uma vez. Vettel mais sensato falou do guard rail e Riccardo da postura da F1 em mostrar o acidente para todos os pilotos. Hamilton se acho o perseguido e enquanto não pilotar um carro com um piloto competente ao lado, não merece o credito que a imprensa e a torcida Nutela lhe dá

CRSJ
3 anos atrás

Acidente que deixou todo Mundo de olho arregalado, muita sorte do Grosjean ter saído inteiro e com queimaduras leves nas mãos, tudo isso graças a tecnologia atual de segurança, em outras Décadas como as de 70, 80 e 90 o Grosjean não teria sobrevivido.

Wolfpack
Wolfpack
3 anos atrás

Guard rail mal construído. Deveria ter lâminas sobrepostas. Funcionou como lâmina de guilhotina. O que salvou o Grojan foi o Halo e ele mesmo. Se dependesse de ajuda externa estava morto. O carro se partir em dois dissipou a energia mas combustível, fogo e baterias de lítio é uma combinação explosiva. Esse Grojan levou muita sorte se fosse gordo igual ao Barrichelo ficaria preso no galo.

Celio Ferreira dos Santos
Celio Ferreira dos Santos
3 anos atrás

Viva o Halo , viva a vida , viva Grosjean e mais uma vêz viva a tecnologia .
Acho que esse acidente vai ajudar a melhorar mais ainda a F1 , esporte que tanto gostamos.
Os guard-rails precisam ser revistos…

Herbert Moont
Herbert Moont
3 anos atrás

Nasceu de novo.
Agradeça a Deus e a todos que estão envolvidos na segurança do carro.

GASTAO QUEIROZ
GASTAO QUEIROZ
3 anos atrás

Muita tecnologia, muita resistência, etc. Mas nada como a velha barreira de pneus.

Rafael Prete
Rafael Prete
3 anos atrás

Antes de escrever li todos os comentários… E ainda fiquei surpreso que mesmo diante de tantos lembrando Cevert (e que há como listar também numa janela ‘intermediária’ do tempo, Marco Campos, Jeff Krosnoff, Gonchi, Wilson e Wheldon, entre outros…), o questionamento sobre o Halo.

Salvo a sorte de alguns – Gugelmin em Paul Ricard/89, Irvine e Brundle em Interlagos/94, Alesi e Irvine em A1-Ring/97, Coulthard com uma Williams na curva 3 em Melbourne sei lá qual ano… (2006?) A largada de Spa naquele strike em 2012 (e, ate considerando a quantidade de pneus voando, o strike em 1998) & qquer outro que eu não saiba – a lista poderia ser muito maior.

O perigo é constante e o risco muito alto, então, sob estes dois fatores nestas condições, simplesmente justificar via “fatalidade” é negligência. Além disto, quem diz que ‘faz parte’ não gosta de Automobilismo; o prazer está na velocidade e não porque pode-se morrer a qualquer momento… Senão, podem escolher coisas mais baratas pra se matarem.

Sem Halo o piloto estaria “freando” o carro com o capacete dele!

Tirando isto, outros pontos que posso falar sobre o acidente são sobre o i) incêndio e o ii) guard-rail.

i) Há poucos pontos de fixação entre o chassis e o powertrain – isto desde Colin Chapman, os ‘charutinhos’ e tals – e a força de impacto rompeu a meia duzia destes parafusos… Até aí “OK” porque o que não deve romper é o cockpit (ou ninguém lembra do Zanardi?). ‘Abrindo’ o carro ao meio você fica com o tanque de gasolina… Basicamente para ser a área mais protegida em qquer pancada que o veículo virá a ter; é feito de um compósito extremamente resistente a perfurações e, por ser flexível, é muito pouco provável que as chamas que vimos tenham vindo de lá – mas das linhas de alimentação! – pois, se fosse, contendo uma centena de litros, confundiriam o carro com um poço de petróleo.

Em adição a isto, lembremos que os veículos têm baterias, por isto desconfio que o fiscal hesitou em abrir o extintor porque caso o fogo fosse da energia alternativa… Nada poderia ser feito (e tudo seguiria enquanto houvesse combustível). Isto é algo que precisam aprender a lidar e a FIA precisa endereçar rápido.

ii) outra coisa que a FIA precisa endereçar com prazo pra ontem é o uso do guard-rail. São ‘fitas’ maleáveis que surgiram como opção numa época que o conhecimento tecnológico/industrial era bem mais pobre que hoje… Era fácil de instalar, reparar, não custava horrores, etc., e esqueceram da vida desde então. Mas eu acredito que não são compatíveis com autódromos por conta da velocidade dos veículos que andam la (e porque autodromos sempre estão sobre áreas fixas, ninguém vai inventar um circuito novo todo final de semana); e questiono se, com a mudança que a construção de carros teve no passar destes anos/décadas (vide Fusca vs Onix) isto também não deveria ser revisto em rodovias!

Afinal, basta olhar pro acidente do Kubica fazendo rally na Itália e perguntar se a mesma coisa não pode acontecer conosco guiando em qualquer canto por aí. Eu realmente acredito que as proteções precisam ser redesenhadas – guard-rail deve ter uns 5mm de espessura de metal bem mais duro que os 0.8mm do usado para fazer carros atualmente…

Concorda/m?

Wolfpack
Wolfpack
Reply to  Rafael Prete
3 anos atrás

O guard rail quase o matou, não o fogo. Tinha frestas de quase 1 com entre lâminas. Deveria ter outras lâminas atrás pra evitar o efeito Gillette. Combater fogo em baterias de Lítio somente com extintor classe D. Não é novidade mas não sei se a bateria acompanhou o cockpit para o outro lado do mortal guard rail. Grojan foi salvo por ele mesmo e o Halo

Nick B
Nick B
3 anos atrás

Eis me aqui, Fla.
O letárgico Nick dando o ar de sua (des)graça.
Quando vi o carro do Grojã pensei: ô aninho fdp!
Mas ainda bem que no final o moço só vai ficar uns dias sem instagramar, o que é ótimo para a humanidade.
Menos instagram, feice e afins e mais beijo na boca, abraço apertado e bolinho de chuva!

Bitocas.

Nick B
(Relembrando aqui Elvis Costello, Miracle Man , que você ouviu comigo a primeira vez e pirou no som quando assistimos The Godfather III, no Cine Comodoro. Lembrança inútil: sua insistência em repetir que é mais alto que o Al Pacino o filme todo).

Fernando Vieira
3 anos atrás

Uma coisa que pensei na hora que vi esse acidente foi porque o guard rail ali tem essa projeção. Se ele continuasse acompanhando o eixo da pista, a batida de Grosjean seria em um ângulo mais favorável. Graças àquela projeção, ele bateu quase que de frente. Ela está ali porque logo após existe um acesso para a pista, certamente para veículos de serviço e resgate. Ok, mas deveriam pensar em outras opções.

O que me leva a pensar naquela entrada dos boxes de Interlagos. Aquela entrada é talvez mais perigosa do que essa projeção do guard rail barenita

Amaral
Amaral
Reply to  Fernando Vieira
3 anos atrás

O que vc falou em relação à entrada dos boxes de Interlagos me fez lembrar a porrada do Oliver Askew em Indy nesse ano. O moleque deu uma sorte do cacete, mas depois a gente descobriu que ele ficou ouvindo em mono e sem full hd por um bom tempo. Tanto que o Helinho substituiu ele por um tempo. Bateu justamente ali. A sorte é que foi a segunda panca, já desacelerando, primeiro ele bateu no muro lateral.

Paulo Moreira
3 anos atrás

Foi um susto grande para todos, mesmo, acredito, para nós que vemos todos os domingos a F1 na TV.
O Grosjean bem pode agradecer a todos os equipamentos mas principalmente ao Halo, que continua a não deixar os monolugares de F1 bonitos, mas mostrou a sua eficácia.
Agora é analisar o que correu mal, porque o carro partiu daquela maneira e porque o rail rasgou.
Fica o alivio e a satisfação de ver que o Grosjean esta bem, o que é incrível depois de ver como ficou o carro e a dinâmica do acidente.

Abraço

visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/

D
D
3 anos atrás

Eu também era contra o Halo, mas já salvou a pele de alguns pilotos desde que foi introduzido. Mas vou levantar uma bola por curiosidade apenas, não é crítica nem nada, são apenas percepções que me ocorreram analisando o resultado desse acidente:

– A cruzada da FIA para manter os bicos dos carros baixos, que resultou nos bicos de pato em 2012 e depois nos bicos de mamilo A partir de 2014, aliados a introdução do Halo de titânio transformou os carros em uma cunha “afiada” e resistente o suficiente para perfurar guardrails.

– O peso da unidade de força (motor, sistema híbrido e baterias) aliada ao ângulo, velocidade e ao fato de o monocoque ter se alojado no guardrail podem ter contribuído para uma separação diferente das previstas em crash tests podem ter contribuído para o rompimento da célula de combustível que não evoluiu ou não leva em consideração essas características dos carros atuais?

– Agora com todos aliviados e felizes por Grosjean ter sobrevivido ninguém vai falar do tamanho da cagada (mais uma) que ele fez e levou ao acidente.

RS
RS
3 anos atrás

Foi apavorante, mas graças à Deus Grojean tá bem.

Agora é aguardar a Netflix em janeiro…rs

Vai ser de chorar.

rafaelle
3 anos atrás

Minha expressão na hora foi, (putamerda) morreu… Que alívio foi ver o R. Grosjean saindo vivo, (mas tinha que ser “o maluco da primeira volta” sic M. Webber).
Caramba e os pés dele, a sapatilha que ficou, deve ter ficado presa nos pedais, o Grosjean ainda trocou o pé no pulo do guard-rail (tinha que ser o SAFER Barrier da Indy), eita cara de sorte, cockpit não ficou no meio da barreira e ele pode sair.

Cláudio Cruz
Cláudio Cruz
3 anos atrás

Prezado Flávio, concordo com todas as suas considerações, o halo, o material do macacão, o Hans, etc. Mas, para mim, a grande sorte do Grosjean foi não ter apagado com a pancada, pelo o que disseram foram muitos “g” de força. Não seria surpresa se desmaiasse. Felizmente conseguiu sair com ferimentos leves, diante do quadro da colisão.
Uma coisa que me deixou pasmo, foi o carro se partir ao meio. No meu entender, não deveria ter se partido, concorda?
Mas, felizmente, dos males o Menor…

FBugre
FBugre
3 anos atrás

Pode ser que a deformação do guard rail tenha ajudado a salvar o GRO. Se a proteção não tivesse se entortado toda absorvendo parte da energia, o impacto recebido pelo piloto seria muito maior e ele poderia ter ficado desacordado no meio das chamas. Foi um milagre tecnológico mesmo.

Sérgio Santana
Sérgio Santana
3 anos atrás

Fazia muito tempo que não ficávamos tão apreensivos. Uma das coisas mais horríveis que já presenciei ao vivo, em uma corrida de F1. Assustador, pavoroso, terrível… não há adjetivo que explique o que foi este acidente. Um piloto sair andando de dentro de seu carro, após tudo o que aconteceu, só mostra o grau de evolução e eficiência alcançadas na categoria.
Tive a impressão que o motivo de repetirem tanto as imagens, foi a intenção de mostrar a segurança dos bólidos. Se tivesse sido uma batida fatal, não haveria esta mesma repetição.

Alex
Alex
3 anos atrás

Houve um acidente fatal, semelhante, mas anterior aos de Cevert e Koinnig, e que poucos ouviram falar. Foi em Tarumã em 1971, em um torneio internacional de F-2. O italiano Giovani Salvati morreu praticamente degolado quando se chocou com um guard-rail após perder o ponto de freada numa disputa com Wilsinho Fittipaldi e sair reto em um curva.
Adivinhem quem já deu todos os detalhes sobre o caso…
https://rodrigomattardotcom.wordpress.com/2013/07/31/direto-do-tunel-do-tempo-112/

Fernando
Fernando
Reply to  Alex
3 anos atrás

Sim, acidente terrível. O do Peter Revson também foi parecido, e Regazzoni andou passeando por baixo dos rails em Mônaco, 1968, esse foi milagre também.

Willian
3 anos atrás

E quando o Verstappen ou algum piloto falou que “o carro estava inguiável”…Tristes memórias..

Luiz AG
Luiz AG
3 anos atrás

É impressionante.
Ter um acidente que foi a soma dos acidentes de Senna (bateu velozmente contra uma barreira) , François Cévert (o Guard Rail abriu) e Niki Lauda (ficou entre as chamas) e só ter as mãos chamuscadas é para todos nós agradecermos todos os dias. Não foi só Grosjean que sobreviveu. Sobreviveu o esporte, tão criticado de um lado pelo politicamente correto e do outro pelos aqueles reacionários que não entendem uma evolução. Sobreviveram cada um de nós, que nos transportamos, com todas lições aprendidas e que serão aprendidas daqui para frente com o acidente para transportar todos nós com mais segurança.
Sobreviveu a solidariedade, da grande maioria só se preocupar se Gosjean estava bem.

Luis Felipe
Luis Felipe
3 anos atrás

Eis que em 2020, ano de tantas desgraças, aconteceu ontem um acidente que pensávamos não mais existir na F1: um carro transformando-se em uma carruagem de fogo partindo ao meio um guard-rail. Este parecia feito de metal barato, daqueles de que são feitas as latas de ervilha. Não pontifico nada aqui, mas pelo impacto não poderia ter acontecido aquilo. “Ah, mas foi o fogo!” Não foi. De novo: não pontifico nada, mas é fundamental entender pormenorizadamente o porque de o guard-rail ter se partido daquele forma. Sim, o halo foi fundamental. Mas tão importante quanto foi a reação instantânea do piloto francês em bater no cinto e pular como uma lebre para fora do carro. Caso tivesse demorado um pouco além teria sido carbonizado pelas chamas. Com Nomex e tudo.
Ontem foi um dia feliz para a F1. Feliz pela vida de um dos seus que se salvou. Ano passado, na F2, um outro piloto francês morreu em Spa. Escapamos por muito muito muito pouco de coisa igual no dia 29 de novembro de 2020.
Como diria o Kotscho, vida que segue.

Gus
Gus
3 anos atrás

O carro do Grojâ virou uma escultura surrealista, incrustado no guard-rail de tal modo que parece que nasceu do ventre da barreira…tétrico, impressionante – esse acidente será comentando por vários anos ainda, e será a prova definitiva da imensa segurança que orbita os F-1 atuais. Essa categoria, apesar dos pesares, nunca deixará de ser fantástica!

Bebop Playlist
Bebop Playlist
Reply to  Gus
3 anos atrás

Caramba, fera, como vc escreve! Já pensou em ser poeta?

Costa
Costa
3 anos atrás

Tem de mostrar sim! 800 vezes! Tem muito imbecil que acha que automobilismo é coisa para crianças de 17, 18 anos…

FRANCÊS MAL HUMORADO
FRANCÊS MAL HUMORADO
3 anos atrás

Um assunto em OFF. LECLERC tentou rachar o carro de Vettel ao meio nas 2 largadas. O alemão tirou nas duas, perdendo várias posições. E reclamou na segunda. Agora bastante óbvio a imaturidade de Leclerc, e o protecionismo ao redor dele, despertando um lado bastante arrogante. A FERRARI terá sérios problemas com ele e SAINZ ano que vem. O espanhol certamente não terá a atitude de Vettel (que é muito mais velho). Os dois vão se matar em 2021. Eu até dei risada, parecia eu com meu filho de 16 anos em casa. Leclec revoltadinho, querendo quebrar tudo, e papai Vettel não deixando ele se machucar. Essa FERRARI está uma total PIADA. DESASTRE total. O alemão, que só estará mais em 2 corridas, evitando choques e prejuízos para a equipe. é bem ridículo ao meu ver a Ferrari está com uma gerência desastrosa.

Vanni Rebonato
Vanni Rebonato
Reply to  FRANCÊS MAL HUMORADO
3 anos atrás

Concordo plenamente com a sua ultima linha !
Os últimos chefes bons que a Italia teve chamavam-se Giulio Cesare, Marco Aurelio, Adriano ……
O Marchionne, que de italiano talvez so tinha o passaporte, teria dado certo mas… ja foi !
Um ferrarista, triste… e italiano !
Vanni Rebonato

Bebop Playlist
Bebop Playlist
Reply to  FRANCÊS MAL HUMORADO
3 anos atrás

Olha, o que todos os analistas sérios dizem sobre o Leclerc é justamente o contrário, a maior parte vai até mais longe e diz que entre ele e Verstappen, o posto de próximo piloto dominante é justamente do monegasco. Quanto ao Sainz, excelente piloto, muito rápido e líder da McLaren hoje, mas não tem a estrela do Leclerc e sabe que chega pra ser segundo, sem problemas.

Luis Eduardo
Luis Eduardo
3 anos atrás

Ontem a bruxa dos anos 70 baixou na F1, para lembrar que segurança nunca é demais. O acidente teve a dinâmica do de Peterson em 1978, o choque no guard-rail lembrou Cevert e Koinigg em 1973 e 1974, o incêndio do carro lembrou o de Niki Lauda em 1976. Ainda teve uma capotagem (Stroll) e um fiscal de pista com extintor atravessando a pista na frente do Lando Norris, fazendo lembrar o que aconteceu com Tom Pryce, em 1977. Essa sequência de incidentes lembrou também San Marino, em 1994 – uma desgraça chamando outra. Mas graças a Deus, a segurança era de 2020. Os pilotos citados, além de outros que partiram depois, merecem todas as homenagens, porque seus sacrifícios contribuíram para que Grosjean sobrevivesse.

Amaral
Amaral
Reply to  Luis Eduardo
3 anos atrás

Se por acaso o fiscal fosse atropelado, certamente morreria ou sofreria ferimentos gravíssimos… Mas é quase certo que o extintor seria amparado pelo Halo. Não faço ideia da magnitude de uma batida dessa… É possível que a pancada fosse tão forte que o Halo sofresse algum dano. Mas provavelmente salvaria o piloto de ter um destino tão trágico como o do Tom Pryce, em que a imprudência de um fiscal acabou levando a vida dele próprio, que foi brutalmente atropelado, e do piloto.
A propósito. Não procurem as imagens do acidente do Pryce. Falo por experiência própria. Se a curiosidade bater muito forte, se contentem com os relatos escritos.

lagerbeer
lagerbeer
Reply to  Luis Eduardo
3 anos atrás

disse tudo … acrescentaria Antonio Castro Prado … mas pensando bem, dele foi um pouco diferente

Vitor Viegas
Vitor Viegas
3 anos atrás

As imagens foram terríveis, logo vieram à mente aqueles acidentes com os carros incendiários dos anos 70. Felizmente, graças à tecnologia, como bem lembrou o Gomes, o desfecho foi diferente do que costumava ser no passado.

JURACY
JURACY
3 anos atrás

Saudações Favinho Gomes ! Que coisa…

Na hora me lembrei das mortes nos anos 70, Roger Williamson, Piers Courage, Swede Savage, o acidente do Lauda e do filme o exterminador do futuro…
Grosjean nasceu de novo e agora, vamos de Pietro, que considero bem despreparado para pilotar este carro da Haas…
Vou esperar o Fox Nitro !!!
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Abs

Amaral
Amaral
Reply to  JURACY
3 anos atrás

Pietro não é o melhor piloto do mundo. Além de tudo, faz poucos testes, e tem o azar de pegar a pior Haas dos últimos anos. Mas… ´É o reserva da equipe. Acho natural a escolha.
Mas admito que não estou empolgado com a estréia dele. Até porque nenhum piloto gostaria de estrear por essas circunstâncias. Se por acaso fizer mais do que o Magnussen, já estará num belo lucro.

Perez
Perez
3 anos atrás

Acidentes podem acontecer, é do esporte. A tecnologia esta ai para evitar tragédias, foi o que aconteceu ontem. O nosso Andrea de Cezaris contemporâneo pode ter feito sua ultima corrida pela F1, terminara como iniciou, batendo muito.

Clayton Araujo
Clayton Araujo
3 anos atrás

E ainda tem que seja contra o hallo, que deixou o carro feio e coisa e tal. Sem o hallo, teriamos uma tragedia horripilante, pois o Grosgean teria sua cabeça arrancada pelo guard rail. Viva ao hallo, viva a tecnologia. Espero que depois dessa ele caia fora do circo da F1 pois o cara é uma bomba acesa.

Victor
Victor
3 anos atrás

Esse GP poderia ter sido chamado de “GP Ricardo Salles” por tanto fogo.

SINCERO
SINCERO
Reply to  Victor
3 anos atrás

BURRO

Edu Zeiro
Edu Zeiro
Reply to  Victor
3 anos atrás

Hahahahahahaha, boa!

JURACY
JURACY
Reply to  Victor
3 anos atrás

Melhor comentário ! e eu que me achava inteligente…abs

Daniel
Daniel
3 anos atrás

Vale lembrar que o carro medico chegou tão rápido porque o acidente aconteceu durante a largada e o carro medico parte atrás. Caso tivesse acontecido na segunda volta pra frente o carro medico nao estaria tao rapido no local do acidente.
Foi uma junção de fatores de sorte, não era o dia do rapaz.
Mais uma observacao: Guard-rail não serve pra proteger quem bate nele, serve pro proteger o que está por trás dele, ale deveria ter barreiras de pneus ou aquelas de espuma mais modernas que vemos em alguns circuitos.

jader
jader
3 anos atrás

E mais uma vez o Grosjean e sua irresponsabilidade quase o matam. Acho que esse cara já deu na F1 e no automobilismo. Simplesmente cortou a frente do Kyviat e perdeu o controle do carro, indo bater direto no guard rail.

ALBERTO TADEU SIMON
ALBERTO TADEU SIMON
Reply to  jader
3 anos atrás

Jader, você levantou um ponto bem interessante, que obviamente está sendo eclipsado pela monstruosidade do acidente e pela felicidade de todos os sistemas de segurança terem ajudado.
Não é novidade pra ninguém que acompanha F1 que Romain Grosjean é um piloto que não amadureceu muito no quesito afobação, e a tirada dele desconsiderando totalmente a possibilidade de ter alguém ao lado – ou até mesmo uma certa arrogância do tipo se-tiver-alguem-que-recue – apenas adiciona à fama.
Entendo que 2 coisas precisam ser investigadas com rigor nesse caso:
1 – Porque o guard-rail se abriu daquela maneira. Essa questão tem que ser endereçada com urgência já para o ano que vem.
2 – Porque os comissários ainda não comentaram nada sobre o comportamento de Romain Grosjean? Será que estão deixando pra lá por conta do acidente ter sido bastante gráfico? Ou porque ele deve ter feito sua última corrida pela F1? De qualquer maneira, algo deveria ser dito/feito para desencorajar comportamentos como esse.

CHAGAS
CHAGAS
3 anos atrás

Ao fim dessa corrida, após o acidente de Grosjean sem maiores danos a saúde, o resto é apenas o resto.
Vida longa a Grosjean.

murilo
murilo
3 anos atrás

Bottas dando mais uma prova de que não está a altura do carro que tem. Basta comparar com os números do Rosberg, que quando teve um carro competitivo (três anos, de 2014 a 2016) ganhou 20 corridas, foi duas vezes vice e uma vez campeão correndo contra o mesmo Hamilton. Bottas corre o risco de nem ser vice em 2021.

Costa
Costa
Reply to  murilo
3 anos atrás

Coitado do Borra. O Totó tira 800 cavalos dele na largada e ainda põem a culpa no finlandês. Tudo para não ofuscar o mimadinho…

CHAGAS
CHAGAS
Reply to  murilo
3 anos atrás

Em um corrida com um acidente infernal e você vem falar de Bottas.
Na boa, compra logo a aliança e vai pedir ele em casamento.

Silvestre Zanon
Silvestre Zanon
3 anos atrás

Pelas imagens internas do Kvyat, a impressão que dá é que o francês jogou o carro pra direita pra não bater nos da frente que bruscamente diminuíram o ritmo. Aí tocou no russo.

Ariel Alexandre Lobe
Ariel Alexandre Lobe
3 anos atrás

Neste momento os detratores do Halo devem ficar completamente calados.

Hoje, ele se mostrou a peça mais linda do carro de F1.

Saima
Saima
3 anos atrás

Não entendi por que havia ali um guard rail sem qualquer proteção, no lugar de uma mureta com pneus. Ou então o guard rail nem deveria estar ali.
Na hora do acidente, lembrei justamente do Cevert e também do Ronnie Peterson, pela forma como o carro explodiu. Nem me toquei do halo, e achei que o Grosjean morreria.
Sempre acreditei que o halo era uma merda. Hoje, é absolutamente necessário e ponto

Marcel Masteguin
Marcel Masteguin
3 anos atrás

Há uma foto da Reuters mostra do o local do impacto e um funcionário do circuito limpando o local. Nesta foto, em minha opinião, é possível ver com clareza o local onde o Halo atingiu as placas de metal do guard-rail, protegendo a cabeça do piloto. O Halo deixou uma espécie de “V” de cabeça para baixo na lâmina superior da proteção. Nao fosse ele, essa lâmina teria atingido o Grosjean a 200km/h…

Leandro Batista
Leandro Batista
3 anos atrás

Os fantasmas do passado voltaram a assombrar a fórmula 1. Se não fosse pelo Halo e pela perícia do Lando Norris, teríamos a reprodução de dois acidentes horrorosos que ocorreram num passado distante. A começar pela batida do Grosjean, que teve a vida salva pelo halo e por não ter desmaiado na pancada e ficado preso entre as chamas. Quando é que irão abolir de vez o guardrail da fórmula 1?
E no fim, quando Pérez resolveu ignorar a quantidade enorme de fumaça que saia do seu carro e parou só quando começou a pegar fogo, um fiscal atravessou a pista com extintor de incêndio nas mãos. Por sorte o Lando Norris viu a tempo e conseguiu frear.

Reginaldo Pola
Reginaldo Pola
3 anos atrás

Já estamos todos tensos por uma serie de razões da atualidade e assistir um acidente desses foi mais que penoso,
Que bom que milagres existem.
Certamente essas “proteções” de guard rail, terão de serem repensadas, ou pelo menos em locais onde há maior possibilidade de impacto frontal, talvez pneus e/ou outros que absorvem melhor os impactos.
Fazia tempo que não via um carro ficar de ponta cabeça depois de um acidente.
Com toda a certeza fica uma lição para todos: – O fato de nunca ter acontecido, não quer dizer que nunca acontecerá e prevenção é tudo nesta vida.

Zé Maria
Zé Maria
3 anos atrás

Além de todos os fatores citados pelo Flavio, não morreu também por conta do preparo físico, tanto para suportar a pancada como para se desvencilhar daquele inferno de fogo.
Primordial a ajuda da equipe do Medical Car.
Ridículo e completamente impróprio especular sobre o substituto.
Intuir que seja o Pietro beira as raias do insano.
Disse em outro lugar, repito aqui, Grosjean, naquela que foi sua última prova na categoria, recebeu o troféu mais valioso, a chance de sair com vida de um acidente pavoroso.

Amaral
Amaral
Reply to  Zé Maria
3 anos atrás

Já anunciaram que o Pietro será o substituto, sim.
O que seria a escolha mais lógica, não quer dizer que seja a melhor, mas é a mais lógica, afinal, é o reserva, tem super licença, já tem as medidas do macacão e do banco dele.
https://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/haas-confirma-fittipaldi-no-lugar-de-grosjean-em-sakhir-e-brasil-volta-a-ter-piloto-na-f1/

Macario
Macario
3 anos atrás

Antes da introdução do halo, a F-1 teve alguns acidentes potencialmente perigosos – especialmente depois de largadas -, mas que por acaso não trouxeram grandes consequências. Me lembro que alguém voou e passou a centímetros da cabeça de Alonso em um destes. Por isso, sempre fui a favor do halo. Nunca havia imaginado um acidente desses, me lembro de Cevert, mas também me lembro que sempre falaram que os guard rails haviam mudado muito desde então. Além do desfecho feliz, espero que esse acidente enterre para sempre os ridículos argumentos de alguns fãs, que falavam que o halo era “mimimi” e que sentiam saudade do “automobilismo raiz”, imbecilidades que cansei de ler por aqui. Eu não sinto nenhuma saudade disso e não quero ver nenhum piloto degolado ou paralítico na minha manhã de domingo. Bendito seja o halo.

Garagista
Garagista
Reply to  Macario
3 anos atrás

Quem voou e passou a poucos centímetros da cabeça de Alonso foi o próprio Grosjean, que a partir de então, ganhou o apelido de “maluco da primeira volta”.

Macario
Macario
Reply to  Garagista
3 anos atrás

Eu tinha quase certeza disso, mas não quis ser leviano…rs Agradeço a você e ao Rogério pela lembrança.

Rogerio
Rogerio
Reply to  Macario
3 anos atrás

Por uma dessas coincidências, o acidente ao qual você se referiu com o Alonso foi com o próprio Grosjean.

Goiabada
Goiabada
3 anos atrás

Passado o susto e com a boa notícia do estado clínico de Grosjean, posso dar uma tirada (em homenagem ao atirado piloto) para descontrair:

Ô, “maluco”! Tinha que ser na “primeira volta”?

Zé Maria
Zé Maria
Reply to  Goiabada
3 anos atrás

Ainda bem que foi na 1ª volta.
Caso contrário, o Medical Car não estaria tão próximo.
Dessa vez o Grosjean escolheu certo, ‘se é para fazer m&rd (mais uma. . .), deixa eu fazer logo”.
Salvou a vida batendo na 1ª volta.