É O BAKU DA COBRA (3)

Hamilton passa direto: erro ao acionar o “botão mágico” sem querer

SÃO PAULO (tá bom demais!) – É melhor começar com as explicações, já que até agora ninguém entendeu direito por que Hamilton passou direto na relargada, perdendo um segundo lugar certo que o recolocaria na liderança do Mundial com 15 pontos de vantagem sobre Verstappen.

A Mercedes tem no volante — não sei se outras equipes também — um botão apelidado internamente de “mágico” que aquece os freios (e os pneus, de dentro para fora) antes da largada e quando é necessário andar atrás do safety-car em velocidades baixas. Basicamente, é uma configuração que transfere o calor do sistema de recuperação de energia cinética diretamente para as pinças de freio, aumentando a temperatura do conjunto. E atua principalmente nos freios dianteiros. Ou seja: quando ativado, o “modo mágico” praticamente joga toda a capacidade de frenagem do carro para as rodas dianteiras, deixando a traseira praticamente sem freio.

Assim que estacionou o carro hoje no Parque Fechado de Baku, enquanto Pérez, Vettel e Gasly faziam uma festa inesquecível pelo pódio inesperado, Lewis perguntou ao seu engenheiro Bonno Vox se o botão mágico estava “on”, ligado. Bonno respondeu que sim. “Eu jurava que tinha desligado”, o piloto explicou depois. “Mas esbarrei no botão quando estava do lado do Checo e liguei sem querer.” Reativado, o sistema jogou todo o freio para as rodas dianteiras. Por isso, quando ele pisou no pedal de freio para fazer a curva, elas bloquearam e seu carro foi reto. Hamilton ficou sem freio nas rodas de trás, grosseiramente falando. Não passou direto na curva 1 porque forçou a barra sobre Pérez na largada para as três voltas finais do GP do Azerbaijão. Foi porque esbarrou no botão errado. “Foi um problema de dedo”, descreveu seu chefe Pebolim Wolff. “Lewis não comete erros, isso é que vocês têm de lembrar.”

A explicação convence? Sim, por que não? Exime o piloto do erro? Não, de forma alguma. Erro é erro. Seja ao avaliar mal uma freada, uma ultrapassagem, seja apertando o botão quando não devia, ainda que de forma acidental. Isso faz de Hamilton um piloto pior do que é, lança dúvidas sobre seu enorme talento? De forma alguma. Isso apenas nos mostra como o esporte, mesmo um esporte em que a tecnologia muitas vezes se impõe sobre as habilidades humanas, é rico e emocionante. E depende das ações… humanas, ora bolas!

Pérez vence a segunda, primeira pela Red Bull: GP inesquecível

Santo botão, santos pneus que furaram mudando a história de um GP desenhado para Verstappen, que merecia a vitória e a viu escorrendo pela borracha de seu pneu traseiro esquerdo a cinco voltas do final. Ele abriria uma grande diferença sobre Hamilton na luta pelo título, e de repente se viu atrás de novo, porque um segundo lugar do inglês o colocaria de volta na ponta do campeonato. Mas Hamilton não pontuou, também, e tudo ficou igual: 105 a 101 para o holandês.

No fim das contas, considerando tudo, Max teve motivos até para comemorar um pouquinho ao final da prova. Segue líder e sua equipe acabou vencendo, com uma atuação belíssima de Sergio Pérez. O mexicano, quando chegou à Red Bull para substituir Alex Albon, no começo do ano, pediu cinco corridas para se adaptar ao carro e à equipe. Na sexta, venceu. Que história, tem esse cara… Estava desempregado no final da temporada passada. Começou o ano claudicante, cometendo erros, acumulando azares. Hoje vence seu segundo GP na carreira. E torna-se o primeiro — vejam bem, o primeiro — a ganhar corridas por equipes diferentes desde o início da era híbrida da F-1, em 2014. A vitória no anel externo do Bahrein em 2020 foi pela Racing Point, que o dispensou para colocar Vettel em seu lugar.

Vettel, segundo: 122 pódios dele, primeiro da Aston Martin

Vettel foi outra fábula desde domingo encantador no Azerbaijão. Com 41% dos votos do amigo internauta, ganhou o título de “Piloto do Dia” graças a um segundo lugar que vale tanto quanto qualquer uma das 53 vitórias que conseguiu até hoje na carreira. São 122 pódios desde aquele primeiro em 2008, vitória em Monza pela Toro Rosso. Notem: em todos os anos, desde então, levou um troféu para casa por todos os times que defendeu. Até no ano passado, temporada horrível pela Ferrari, com um terceiro lugar na Turquia.

A F-1 entrevista o “Piloto do Dia” durante a volta de retorno aos boxes para fazer uma graça, e quando a moça entrou no rádio da Aston Martin para falar com Vettel o alemão, com seu humor muito peculiar, respondeu: “Quem foi que te deu meu telefone?”. Sebastian foi abraçado por quase todo o grid enquanto comemorava junto aos mecânicos da equipe verde. É querido por todos. Merecia este pódio, por sua história. Era o 11º no grid. Fez uma boa largada, ganhou algumas posições, adiou sua parada e na volta 14 era líder de um GP pela primeira vez desde o distante GP do Brasil de 2019, pela Ferrari.

Foram quatro voltas em primeiro até parar para trocar os pneus e voltar em sétimo, numa prova que tinha um pódio praticamente definido, pelo andamento da corrida, com Verstappen, Pérez e Hamilton. Até ali, o que tinha acontecido? Leclerc, o pole, manteve a liderança na largada, Pérez subiu de sexto para quarto, Hamilton assumiu a ponta na volta 3, Max passou o monegasco na volta 7 — Charlinho não tinha como se defender dos carros mais rápidos da Mercedes e da Red Bull — e na janela de paradas Lewis perdeu a liderança. Seu pit stop na volta 12 foi lento (4s6). Verstappen trocou seus pneus na volta seguinte em 1s9 e voltou na frente. Pérez, que vinha atrás do inglês, também ganhou a posição do piloto da Mercedes ao sair dos boxes na 14ª. A Red Bull dava um show de estratégia e confirmava seu favoritismo numa pista em que o time alemão, definitivamente, procurava apenas minimizar o prejuízo. E um pódio para Hamilton estaria ótimo. Basta olhar o que fazia Bottas até ali: nada. Largou em décimo e lá permanecia firme e forte mesmo depois das paradas. Uma lástima.

Verstappen fura o pneu e bate: vitória escorreu pela borracha

E tudo parecia caminhar para um final razoavelmente previsível, até, quando o pneu traseiro esquerdo de Verstappen estourou no final da volta 46. Um pouco antes, na 31ª, algo semelhante acontecera com Lance Stroll, que fazia uma ótima prova e estava em quarto, depois de largar na última fila. Ainda não tinha parado porque largou com pneus duros e decidiu adiar o pit stop até onde desse. O mesmo traseiro esquerdo furou e ele bateu forte, no meio da reta, causando a entrada do safety-car pela primeira vez.

Hamilton, àquela altura, lutava muito para se aproximar de Pérez, sem conseguir. Seu carro era rápido nas retas, mas manco nas curvas, onde Checo conseguia abrir um pouco. Ninguém sabia, mas Pérez, já havia algum tempo, brigava com um problema de pressão hidráulica em seu carro que, segundo a Red Bull, poderia levá-lo a um abandono a qualquer momento. Como não quebrava, ele seguia em frente. Acho que todos perceberam que logo depois de receber a quadriculada a equipe mandou ele desligar tudo e parar onde estava.

A relargada aconteceu na volta 36 e aí Vettel começou a fazer aquilo que se espera de um grande campeão que, mesmo com um carro não muito competitivo, sabe dar espetáculo. Em sexto, partiu para cima de Leclerc, passou o ex-parceiro de Ferrari, avançou sobre Gasly, driblou o menino da AlphaTauri e subiu para a quarta colocação em duas voltas mágicas.

Ultrapassagens na relargada sobre Leclerc e Gasly: duas voltas mágicas de Vettel

Verstappen, com tudo sob controle, abriu mais de 3s sobre Pérez e deixou para o mexicano a incumbência de segurar Hamilton, se fosse preciso. Defendendo-se com categoria, Checo não permitiu ao britânico nenhum ataque real.

O abandono de Max foi trágico, pode-se dizer. A corrida estava ganha. Ele não se conformou com o pneu furado. Até chutou o pobre coitado. Não se machucou na batida, mas foi levado ao Centro Médico para averiguações. Era, como já dito, a volta 46 da corrida, que terminaria na 51ª. E a direção de prova resolveu parar tudo na 48 para limpar a pista. Poderia ter encerrado o GP ali mesmo, com medo de novos pneus estourando? Sim. Poderia ter concluído o percurso original atrás do safety-car? Sim. Mas a F-1 mudou desde que a norte-americana Liberty comprou a categoria. Em nome da emoção — nunca vão admitir isso, mas é claro que foi essa a razão –, o diretor Michael Masi mandou acionar a bandeira vermelha.

Todos foram para os boxes, e sob bandeira vermelha pode-se mexer no carro — inclusive trocar os pneus. Pérez, Hamilton, Vettel, Gasly, Leclerc (quer perdera a posição para o francesinho nos pit stops), Tsunoda, Norris, Sainz (que tinha rodado no começo, prejudicando muito sua corrida), Ricciardo e Alonso eram os dez primeiros naquele momento.

Max volta a pé: frustração pelo abandono, alívio com Hamilton depois

Quase todo mundo saiu do carro, foi tomar uma água, ver as mensagens no celular. Menos Vettel. O alemão ficou no cockpit da Aston Martin e avisou que dali só sairia para buscar um troféu. Verstappen, enquanto isso, era examinado pelos médicos, rotina em todo acidente. Quase meia hora depois todos alinhavam para uma nova largada, “uma corrida de duas voltas”, como disse Alonso, o décimo colocado no novo grid.

Max contou que tirava a pressão com um enfermeiro quando seu celular vibrou. “Eu conseguia escutar os carros largando, mas não sabia o que estava acontecendo”, contou. Assim que o exame terminou, puxou o smartphone do bolso e recebeu a informação de que Hamilton tinha passado direto na curva 1 depois da nova largada.

Lewis dá adeus ao pódio e aos pontos: Max soube pelo telefone

A corrida foi reiniciada na volta 49, e as duas finais foram alucinantes, com todo mundo tentando alguma coisa. Quem conseguiu brilhar, nessa hora, foram outros dois veteranos, Alonso e Raikkonen. Sobretudo o espanhol da Alpine, que ganhou nada menos do que quatro posições e recebeu a bandeirada em sexto — como Vettel, Fernandinho lembrou aquele craque do passado ainda capaz de dar um chapéu, um drible desconcertante, fazer um lançamento brilhante, um gol de placa. Foi, realmente, lindo de ver. Já Kimi conseguiu arrancar um décimo lugar a fórceps para marcar seu primeiro ponto no ano.

Gasly e Leclerc acabaram protagonizando o duelo mais acirrado da “corrida de duas voltas”, uma briga que valia pódio. Pierre, que tem pilotado de forma exuberante, chegou a perder a posição para o ferrarista, mas soube armar o bote para recuperá-la num ritmo vertiginoso. “Eu freava tão dentro que nem sabia se o carro ia parar, mas tinha de lutar pelo pódio”, explicou. A recompensa veio em forma de troféu, o terceiro dele na F-1.

Vettel, Pérez e Gasly: pódio feliz

E que pódio bacana… Que festa dos três primeiros, graças a um resultado absolutamente imprevisível em uma corrida que será lembrada por muito tempo.

Pérez, Vettel e Gasly receberam suas taças com sorrisos escancarados no rosto, seguidos por Leclerc, Norris, Alonso, Tsunoda, Sainz, Ricciardo e Raikkonen fechando os dez primeiros. Bottas foi o 12º. Hamilton, o 15º. Lewis pediu desculpas à equipe pelo rádio. Mas, pelo jeito, não abaixou a cabeça. Assumiu o erro e ponto final. Sabe que agora terá pela frente circuitos mais amigáveis. “Em pistas normais, eles vão voltar a andar forte”, prevê Verstappen. “Por isso era importante sair destas duas corridas com uma vantagem boa.” Ok, poderia ser maior se ele vencesse. Mas poderia, também, ter deixado o Azerbaijão atrás, se Hamilton terminasse a corrida em segundo. No balanço das horas, seu sentimento era de alívio. Talvez mais até do que de frustração pelo abandono.

Pérez disse que lamentou muito por Verstappen, mas é claro que não conseguia esconder a alegria. Depois da infelicidade ontem na classificação, amanhã vai ser outro dia, não é mesmo? Seu chefe Christian Buziner, num primeiro momento, quis enfiar a cabeça num buraco pelo abandono de seu primeiro piloto, mas depois entrou na festa. Sobre o pneu furado de Max, nenhuma explicação por enquanto. “Não deu nenhum sinal, estava tudo sob controle, talvez algum detrito”, especulou. Depois, dedicou a vitória a Mansour Ojjeh, que morreu hoje em Genebra aos 68 anos deixando todos no paddock consternados. Em 2013, ele tinha feito um transplante de pulmão.

Ojjeh, empresário franco-árabe, era acionista da McLaren desde 1984 e foi o homem forte da equipe — ele que tinha a chave do cofre — nos seus melhores anos, no final da década de 80. O Grande Prêmio preparou um perfil completo dele, que está aqui. Antes da largada, um minuto de silêncio foi respeitado em sua memória, assim como em homenagem a Max Mosley, ex-presidente da FIA, que morreu no dia 23 de maio.

Ojjeh (esq.) com Zak Brown, da McLaren: figura histórica da F-1 moderna

Foi uma corrida “insana”, nas palavras de Gasly. “É como se estivesse andando na lua!”, emendou Vettel. “Estou muito feliz”, resumiu Pérez.

Talvez os três tenham definido bem, em poucas palavras, o que foi o GP do Azerbaijão. Daquelas corridas que lavam a alma, com um roteiro dramático de desfecho inesperado. Não são todas, a gente sabe. Mas quando elas acontecem é muito bom. Guardemos essa telinha aí embaixo no coração. Para a gente se lembrar sempre por que gosta tanto desse negócio de corrida de automóvel.

Resultado final em Baku: para guardar na memória e no coração

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Alexandre Hoelz
Alexandre Hoelz
2 anos atrás

Belíssima corrida! Belíssimo pódio!

Andre veloso
Andre veloso
2 anos atrás

Flavio, assistindo a prova, fiquei com a impressão que, pela trajetória, com ou sem botão errado o Hamilton não conseguiria fazer aquela curva, pois estava muito por dentro; e que teria de frear forte com risco alto de passar reto de todo jeito…qual sua opinião como especialista ?

Costa
Costa
2 anos atrás

Bom demais um pódio sem o perfeitinho, o namorado da Piquezinha e… como é mesmo o nome do outro piloto da MB? Acho que o Pérez deveria ter sido punido ao cruzar perigosamente à frente do perfeitinho, já que esse não erra. O certo seria todos os pilotos seguirem reto e acompanharem o mimizento.

Philipe Speed
Philipe Speed
2 anos atrás

Olha, gosto de mais de formula 1, vejo a tempos, modestia a parte entendo do que falo, do que vejo, mas mais do que isso, também sinto quando alguém pode se queimar pela arrogância, e este tem nome: MAX VERSTAPPEN

O cara é um show man!!! Torço para que ele vença o campeonato, enfim, derrube essa hegemonia que se chama Mercedes. Torça demais pelo cara, pela autenticidade, pelo arrojo, coragem e tudo mais… mas arrogância não né!!!

Li agora a pocoo que ele disse que “Seria mais rápido que Hamilton na Mercedes”… puts…. daqui a pouco vira um Mazzepin da vida misturado com Piquet, Kyle Bush e Emerson Leão!!!

Primeiro, Verstappen tem que entender que até agora de fato ele nunca ganhou porra nenhuma de campeonatos!!! Perdeu para Ocon na categoria de base e tirando apresentações majestosas, de fato não ganhou merda nenhuma até aqui!

Falar de um Hepta campeão, recordista de poles e vitórias e o escambal a quatro tem que ter no mínimo respeito pelos outros e pelos feitos dos outros!!! Se o carro Mercedes é de outra galáxia merito de quem acreditou!!! Agora esse palhaço fala da Mercedes e esquece que a equipe dele Red Bull está fazendo tudo que é possível para que ele tenha as mesmas condições do Hamilton, e o cara idolatra a Mercedes sem perceber que alguns do lado dele podem se ofender com s asneiras que ele diz!!!

Vou te falar viu… a gente até torce mas tem uns malas que forçam contra…

Portanto, acho que ele deveria enfiar a lingua dentro da boca e parar de falar merda dos outros!!! Ele que se ofereça para correr de graça na Mercedes então já que se incomoda tanto!!!

Cacete!!! Chorão demais!!!

Motta
2 anos atrás

Parabéns pelo texto. Excelente.

Bruno
Bruno
2 anos atrás

Gostaria, que me respondessem duas coisas:

1 – os acidentes que geram bandeira vermelha nos treinos e favorecem os pilotos que provocaram a interrupção, não poderia ser considerado que o piloto excedeu os limites da pista e levou vantagem com isso?

2 – Vamos imaginar que o problema do Verstappen fosse algo menos sério, só tivesse estragado o bico e o pneu. Ele poderia, no caso da bandeira vermelha, na corrida de ontem, ter seu carro consertado para a relargada? Se sim ele largaria na “pole”? já que me parece que é considerada a colocação da volta anterior.

Perez
Perez
2 anos atrás

Falam muito dos três primeiros mas não falam da reação do Russo. Terminou a frente do multicampeão Luiz Hamilton

Soares
Soares
2 anos atrás

Vettel fazendo História numa equipe histórica que necessitava de resultados.

cesinha
2 anos atrás

lEWIS SEMPRE NAVEGOU EM ÁGUAS CALMAS,MELHOR CARRO SEMPRE E COM UM COMPANHEIRO DE EQUIPE QUE NÃO INCOMODA.MAS,QUANDO ENFRENTA ADVERSIDADES SENTI O PESO DA PRESSÃO,FOI ASSIM NO ANO DE ESTREIA QUANDO ATOLOU NA BRITA NA ENTRADA DOS BOXS,EM 2008 SÓ LEVOU DO GRANDE MASSA POR SORTE E AZAR DO MASSA,CINGAPURA POR EZEMPLO,QUANDO TEVE ADVERSÁRIO NA MERCEDES PERDEU PARA NICO,E AGORA COM MAX ARREPIANDO,JÁ ERROU NA ITALIA E ONTEM,PRA MIM ,HAMILTON NUNCA SERÁ DO MESMO DE PIQUET,SENNA ,NIKI LAUDA ….VAI PERDER ESSE ANO PRO MAX

Luis Felipe
Luis Felipe
2 anos atrás

Ninguém ainda comentou, acho eu, mas essa vitória espetacular do Pérez dará ao piloto mexicano uns bons 6 meses de sossego do palavrório de Helmut Marko, sempre muito gentil com os pilotos da marca austríaca de energéticos. Só com isso, o que não é pouco, Pérez é bem capaz de ganhar mais corridas até o final desta temporada. Carro ele tem e confiança para guiá-lo no limite, como tão bem fez nas ruas de Baku, não parece mais problema. Vai, Checo!!!!!

Clayton Araujo
Clayton Araujo
2 anos atrás

E o Max já corre para o título. Jantou o Hamilton em Mônaco e jantou também em Baku, não fosse a cagada da Pirelli, seria uma vitória fácil pro piloto da Red Bull. A Mercedes já não é a mesma dos anos anteriores, até o pit stop é lento comparado aos rivais, o Bottas irreconhecível. Caso não tenha nenhum azar no resto do ano, a Red Bull será tranquilamente campeã dos construtores e o Max sairá campeão, pois o cara já domina as pistas sem sobra de dúvidas, rápido e consistente, em sem cometer as cagadas de anos anteriores jogando tudo no mato, está enfrentando o Hamilton como gente grande e já merece o título. Minha opinião.

Marcel
Marcel
2 anos atrás

6 primeiros de 6 equipes diferentes… a quanto tempo não acontecia!

Fernando
Fernando
2 anos atrás

Belíssimo pódio, um pódio respostas para muitas perguntas.

Perez eh um excelente piloto e merece muito não somente a vitória mas a possibilidade de guiar um carro como a RBR. Acertaram a mão na contratação do mexicano.

Vettel, tomara, se encontrou com o carro que tem. Até o Alonso foi cumprimentar ele. Segundo lugar arrancado no tapa.

Gasly tá guiando muito pela AT desde o ano passado. Ainda tem muito futuro na F1.
Destaque para Alonso também que fez uma corrida focada e ganhou 4 posições em duas voltas finais, baita pilotagem.

Bottas…ahhh Bottas. Que vergonha. Não merece o carro que tem, enquanto isso o Russel lá no fim do grid.

Antonio Seabra
Antonio Seabra
2 anos atrás

Eu leio sim, SEMPRE>
E prefiro 10 mil vezes mais os teus textos do que os videos e lives.
Não pare nunca !

Antonoi

Antonio Seabra
Antonio Seabra
2 anos atrás

Assim como nos treinos, se eu fosse escrever sobre a corrida não mudaria nenhuma palavra, nenhuma frase. Caramba. Abraço Antonio

RICARDO BIGLIAZZI
RICARDO BIGLIAZZI
2 anos atrás

Bela corrida, quem pediu a bandeira vermelha foi o próprio pessoal da RedBull avisando a administração da prova que o pneu estourou sem prévio aviso de temperatura, pressão ou vibração.

Gasly e Vettel foram espetaculares e o Alonso no sábado perdeu a chance ficar calado quando reclamou que parecia que os acidentes no treino eram joguinhos de equipe… logo ele a Virgem do Cabaré… quanta ironia do “Senhor Eu não Sabia”.

Paulo Fonseca
Paulo Fonseca
2 anos atrás

Prezado F&G :Dois pneus furados mudaram a trama e panorama do final da corrida e à tabua de classificação. O melhor da corrida Sebastian Vettel, ressurgiu uma reação magnífica uma virada positiva na carreira ainda tem fibra e alegria e vontade de bons resultados, Sérgio Perez, mereceu o primeiro lugar superou L.Hamilton, Gasly dando um bom impulso em sua carreira. Destaque da corrida dois motores Honda no Pódio. O pior da corrida o jovem Rebelde Russel, no fim do pelotão. A corrida foi marcada pelos fatores sorte e azar.

Fabiano
Fabiano
2 anos atrás

Que corrida! Pódio sensacional.

CARLOS
CARLOS
2 anos atrás

A fala de Toto Wolff (“It cannot be called a mistake. It was a finger problem.”) para isentar Hamilton abre novas possibilidades para desculpas na F1:
-“It cannot be called a mistake. It was a hand problem.”
-“It cannot be called a mistake. It was a foot problem.”
-“It cannot be called a mistake. It was a vision problem.”
-“It cannot be called a mistake. It was a reflex problem.”
-“It cannot be called a mistake. It was a judgment problem.”

CRSJ
2 anos atrás

Hamilton tentou dar o pulo do gato e acabou se atrapalhando com um botão, com isso Sergio Pérez vence sob medida, porque mais 100 metros depois da linha de chegada numa outra volta abandonaria, dessa vez Deus foi Mexicano.
Verstappen sai da frustração com seu pneu furado no final para um Graças a Deus pelo erro do Hamilton na última relargada, melhor impossível para ele.
A Ferrari teve um gostinho amargo com o quarto lugar de Leclerc depois da Pole, e o oitavo lugar de Sainz que voltou a chegar atrás do Leclerc.
Vettel em segundo, parece que o pesadelo inicial dele acabou. Gasly em terceiro segurando Leclerc , já vale uma vitória para ele com esse pódio.
Bottas nem parece mais piloto da Mercedes fazendo outra corrida ruim, tudo indica que é o seu último ano por lá.
O último dos últimos Mazepin chegou na frente do Hepta Hamilton depois do seu erro na última relargada, não deixa de ser um prêmio de consolo para ele.
O que parecia desnecessário em parar a corrida para fazer uma relargada faltando duas voltas acabou sendo fundamental na alteração do resultado que parecia definido, quem fica mais agradecido com isso é o Verstappen.

Paulo Moreira
2 anos atrás

Foi uma corrida com um final bem inesperado. Ninguém imaginava, nem apostava que a pole iria ser do Leclerc e a vitória do Pérez.
Quando o Verstappen tinha a corrida mais do que na mão, aconteceu aconteceu aquele furo que o atirou contra o muro e para fora da corrida. Lewis Hamilton, tinha tudo para voltar ao comando do mundial, mas acabou por não aproveitar.
Agora vamos para França onde se espera nova luta entre Verstappen e Hamilton, com o Pérez ali à espreita.
E o Bottas? O que vai ser do finlandês? cada vez parece que esta mais apagado.

Abraço

visitem: https://estrelasf1.blogspot.com/

jeferson de araújo pereira
jeferson de araújo pereira
2 anos atrás

14º – Mazepin

15º – Hamilton

Daqui a uns 30 anos, Mazepin vai dizer que ” teve uma corrida, em 2021, que eu cheguei na frente do Hamilton”…

Mas acho que ele não contará os detalhes dessa chegada.

EGARLET
EGARLET
2 anos atrás

Tomara que o Hamilton erre mais algumas vezes, tire umas férias, saia de forma, vá para o puteiro mais vezes enfim, a F1 agradece.

bernardo oliveira
bernardo oliveira
2 anos atrás

O cara que gosta de motos 2 tempos, sabe muito da história da F1, fala “ding, ding, ding” no rádio (pra quem não sacou o coelho ricochete – desenho animado – falava isto), e ainda pergunta “quem te deu meu telefone ?” é o melhor do grid !

guest
guest
2 anos atrás

Mazepin > Hamilton

André Rodrigues Magalhães de Marco
André Rodrigues Magalhães de Marco
2 anos atrás

Muito bom o texto, muito boa corrida. Torci demais pelo o Pérez! 😁

MARCIO KAJIMA
MARCIO KAJIMA
2 anos atrás

Flávio, pela descrição q vc deu do sistema de aquecimento da Merça, é muito parecido como microondas daqui de casa! Se ele tivesse dado um “plim” quando estivesse pronto, acho q o Lewis não teria esquecido! Acho q vale falar para eles instalarem no deles! Aqui perto de casa deve instalar por uns R$ 50,00!!! Hahahahaha… abs!!

lagerbeer
lagerbeer
2 anos atrás

Amanhã vai ser outro dia … Checo Buarque de Guadalupe

murilo
murilo
2 anos atrás

Pra mim esse GP marca a derrocada do Bottas. Não dá mais, o carro dele tem que ir pro Russel urgente. Lá pela volta 40 o Giovinazzi deu um passão no Bottas… ok, ele tava com pneus novos, mas quem pensaria que uma Mercedes levaria um passão de uma Alfa?

CARLOS AUGUSTO HENNING LAURINDO
CARLOS AUGUSTO HENNING LAURINDO
2 anos atrás

Show de texto Flavinho…. não vai falar que ninguém mais lê blog. Abraço e até daqui a pouco no F Gomes.

Zuza
Zuza
2 anos atrás

Será que o Hamilton sentiu a pressão? Não tinha porque tentar ganhar a corrida. Era só levar a criança para casa. Aguardemos os próximos capítulos.

Júnior
Júnior
2 anos atrás

Cadê o pessoal que vinha aqui e ficava dizendo que Vettel estava acabado e tinha que ir para casa? O mesmo pessoal que também ficava dizendo que Alonso nem deveria voltar?
Cadê?

Tales Muniz
Tales Muniz
2 anos atrás

Não consigo me empolgar com o traçado de Baku, a despeito da arquitetura histórica da cidade. Acho bem monótono e chamaria até de insosso. Contudo, devo confessar que estou começando a ter simpatia pela pista, já que – dos momentos recentes de que me lembro – vem tendo corridas não só imprevisíveis, mas loucas também. Que venham mais!

Gus
Gus
2 anos atrás

Muito legal o pódio, todos felizes e grande merecedores, acho que (quase) todo o circo gostou desse final. Max poderia ter saído com mais vantagem se a sorte o ajudasse, mas é importante lembrar que ele sai moralmente bem fortalecido dessa prova. Sua condução foi impecável e quem errou – novamente – foi o Hamilton, provando que o inglês é tão humano como qualquer outro, “apenas” imbuído de mais talento que a maioria absoluta do grid. Ou seja, não é invencível não, Max pode sonhar com o título se for perfeito como foi até o estouro do pneu, ou como dirigiu em Mônaco.

Markonikov
Markonikov
2 anos atrás

Agora enche de comentário racista e de gado no uol e no instagram … Massss foi foda kkkkk, fiquei quatro horas esperando a consagração, quebrei o controle da TV …

Al Eagle
Al Eagle
2 anos atrás

Ocon foi super valorizado na Alpine por andar na frente de um Afonso que não guiava um F1 há 2 anos, foi só o espano se acostumar com o carro e já passou o Francês no campeonato. Toto foi esperto dando sinais que Ocon estava na luta pela vaga na Mercedes, os franceses já ofereceram um contrato de 3 anos pro cara, tendo Gasly “disponível” e sendo muito mais piloto que o Ocon.
Uma pena a casa de Maranello ser uma cosa-nostra. Fosse uma equipe decente e chutavam o Binoto de lá, foi o cara que mandou fazer tramoia nos motores que custou a desgraça da equipe e trocou Vettel por Sainz. Não merece vaga nem como passador de pretinho nos pneus.

Michel
Michel
2 anos atrás

Baita corrida dos três! Mais uma volta e… Vettel venceria, hein? Tendo em vista os problemas hidráulicos do Sérgio. Será? Baku sempre Baku <3

Antonio Fernando Souza da Cunha
Antonio Fernando Souza da Cunha
2 anos atrás

Daquelas para lembrar que corrida deve ser acompanhada até o final. Quem muda de canal antes achando que está monótono e com tudo definido, pode perder momentos memoráveis.

RICARDO
RICARDO
2 anos atrás

😂

Valmir Passos
Valmir Passos
2 anos atrás

Que corridaço!
Realmente Flávio, que pódio feliz. Eu comemorei pacas o 2o lugar do Vettel. O cara merece.
Teve de tudo nesse GP maluco, e no fim das contas, acho que até que o resultado final foi justo, mesmo nos imprevistos. Pelo menos Max e Hamilton seguem como estavam antes da prova.
Que venha a próxima!

jeferson de araújo pereira
jeferson de araújo pereira
2 anos atrás

Tudo, literalmente, tudo que aconteceu nessa corrida inesquecível já está relatado no seu texto. Comentarei apenas dois detalhes.

1- Sérgio Maurício tem o péssimo hábito de mandar abraço para alguns amigos (que só ele conhece!!!). Hoje foram dois, em sequência: um para um moleque de 10 anos – aniversariante – e outro para um cara que mora em Araraquara. No meio desses dois “importantíssimos” abraços, surgiu o áudio de um rádio do Verstappen.Ninguém conseguiu ouvir o que o piloto da Red Bull falou, pois, claro, os dois abraços eram mais importantes. Por outro lado, deixo bem claro: não tenho nenhuma saudade das narrações do Galvão, Cléber e Luís Roberto, mas o Sérgio Maurício é veterano e já deveria ter entendido que jornalismo esportivo é uma coisa séria. Em tempo: tenho saudade da narração do Everaldo Marques na F-1. Salvo engano meu, ele narrou apenas duas corridas, mas foi um trabalho nota 10 com louvor: uma narração incriticável.

2- Não consigo entender porque Toto Wolff terá que esperar 2022 chegar para substituir o Bottas pelo Russell. Por que não substituir já na próxima corrida? Será que ele pensa que isso seria, digamos, falta de educação? Falta de cavalheirismo, de civilidade? Sobre o tema “passa no RH para dar baixa na carteira”, Toto Wolff precisa bater um papo urgente com Helmut Marko, um cidadão que já tem pós-graduação nessa matéria.

Luciano
Luciano
2 anos atrás

Sorte que o Sobrenatural de Almeida transformou em emocionante uma corrida chata

Zé Maria
Zé Maria
2 anos atrás

Mais uma vez valeu o mantra:
“Só acaba quando termina.”
Verstappen foi o mais beneficiado, saiu de um prejuízo imenso para um “ficou tudo como estava”, com menos uma prova até o final da temporada.
Estava tão aliviado que até participou da festa da equipe por Perez, jamais faria isso caso ainda não fosse líder na tabela.
No caso de Hamilton, embora muitos possam julgar o contrário, o prejuízo foi colossal, esses pontos podem fazer falta sim, principalmente num ano em que as MB não são tão dominantes.

Alexandre Neves
Alexandre Neves
2 anos atrás

Hamilton pode ter errado, mas se fosse outro piloto, menos experiente, menos talentoso, menos cerebral, desconfio que forçaria a barra para fazer a curva, sabe-se lá com quuais consequências. O cara é top até quando erra!
De todo modo: que corrida, que podium, e que campeonato!!!

Leandro martins
Leandro martins
2 anos atrás

Rosberg tem razão….se apertar o sir Hamilton ele peida na farofa!!!!

Marcus
Marcus
2 anos atrás

Melhor corrida de 2021 até agora. Vettel foi o melhor do dia, mas o Stroll merece uma menção honrosa, junto com o Raikkonen. Hoje pode ter sido para Hamilton o que Monaco-88 foi para Senna – não pelo domínio da prova, que não teve, mas pelo erro até bobo.

Al Eagle
Al Eagle
2 anos atrás

Assinatura da F1 TV = $79.00
Pipoca para assistir a corrida = $2.00
Ver o Vettel dar um passão num carro do Binoto e a cara do Marko com o Gasly e Perez no pódio e queridinho dele no cercadinho = Pricele$$
Que corridaço.

Jean
Jean
2 anos atrás

Grande Vettel! Piloto do dia, merecidíssimo. Que bom é vê-lo de volta ao pódio.

Eduardo
Eduardo
2 anos atrás

Verstappen deu muita sorte de não guinar a esquerda com o furo do pneu. Poderia ter sofrido uma colisão frontal na proteção de pneus da entrada dos vocês. Teria sido um impacto muito violento por causa da velocidade.

Luis Fernando
Luis Fernando
2 anos atrás

Prezado Flávio, na verdade não é um comentário e sim uma dúvida. Hoje ocorreu a perda de controle de dois carros diferentes por problema no pneu traseiro esquerdo. O mesmo aconteceu com Mansel na Williams porem ele conseguiu controlar o carro. Essa diferença se deve ao piloto ou ao tipo de carro adotado na F1 atual?
Abraço