SUPERTERÇA (1)
SÃO PAULO (a ver) – Vendo o peixe que comprei. De bons vendedores, diga-se. Existe uma possibilidade, de acordo com o mui bem informado colunista Daniel Castro do “Notícias da TV”, de a Bandeirantes não transmitir nem os últimos GPs da temporada, tamanha a crise no Morumbi. O link está aqui. A saída do executivo Walter Zagari, ex-SBT e Record, teria escancarado a situação na emissora, que está sem dinheiro para investir e não encontra muito entusiasmo no mercado publicitário.
O Grande Prêmio avança um pouco no caso aqui, já que entrou no assunto na semana passada. Inicialmente, a Liberty estaria prestes a romper o contrato com o canal paulista, que termina no final de 2025, por falta de pagamento. A Bandeirantes (já disse e repito: me recuso a usar “Band”, acho horrível) comprou os direitos de transmissão no final de 2020, quando a Globo decidiu não mostrar mais a categoria depois de mais de quatro décadas de parceria. Teve algum sucesso em 2021, pela novidade e porque o campeonato ajudou, mas parou por ali. A negociação foi intermediada e conduzida por Jayme Brito, que chegou à F-1 em 1992 como produtor da Globo sediado na Europa. Ele foi casado com a repórter Mariana Becker de 2008 até o começo deste ano. Os dois vivem em Mônaco.
Hoje, as corridas têm índices de audiência na TV aberta que oscilam entre 2 e 3 pontos no Ibope — que agora se chama Kantar Ibope. As sessões de classificação e os treinos livres (estes só transmitidos pelo canal a cabo Bandsports) se aproximam do traço. Nacionalmente falando, cada ponto representa cerca de 658 mil indivíduos.
Na Globo, como se sabe, os GPs tinham índices bem mais altos, coisa de cinco vezes mais. Entre outros motivos, porque a emissora carioca, na média, tem muito mais audiência que sua coirmã. Isso não significa necessariamente que a F-1 tenha perdido popularidade. A sensação, na verdade, é de que ganhou. Mas é preciso considerar que hoje há outros meios e plataformas para assistir às provas, como se sabe. A comunicação tem mudado muito e muito rapidamente. A multiplicação de perfis em redes sociais que falam de F-1 é uma realidade. O cenário de 2021, primeiro ano da Bandeirantes, não é o mesmo de 2024. Que não será o mesmo de 2025. Outros “players” entraram em cena, como os streamings da vida, o YouTube e a própria adesão da F-1 às redes sociais estimulada pela Liberty.
O grupo da família Saad perdeu muito dinheiro nos últimos tempos. O investimento mais alto que deu água foi com o apresentador Faustão. Muita gente foi contratada, gastou-se uma fortuna com estúdio e infraestrutura, e o programa, diário, não vingou. Os Saad são muito ricos, mas sua emissora não é.
No fim de semana de Monza, chamou a atenção a insistência do narrador Sérgio Maurício em afirmar, mais de uma vez, que a F-1 estará no canal em 2025. Uma clara resposta ao diz-que-diz dos dias anteriores. O que eu já soube, de gente que trabalha em televisão, é que o SBT andou se informando sobre valores. O grupo Globo, isso parece público, também. O caminho natural seria voltar, mas para transmitir a temporada toda no cabo em seu braço esportivo, o Sportv. O canal aberto poderia mostrar uma ou outra corrida. Há uma negociação envolvendo também a Globoplay.
Tem GP em Baku nos dias 13, 14 e 15 de setembro. Aconteça o que acontecer, não demoraremos muito para saber.
Mariana Becker e Jayme Brito não são mais um casal desde o começo deste ano.
https://revistaquem.globo.com/entrevistas/noticia/2024/05/mariana-becker-sobre-desafios-e-machismo-no-trabalho-o-ambiente-da-formula-1-e-espinhoso.ghtml
Muitas pessoas não entendem as exigências para a manutenção dos direitos de transmissão de uma categoria como a F1. A Liberty não vai querer perder dinheiro. Ela vai para onde for melhor para ela.
Não importa para onde for- SBT , Cultura , Globo – mas que se arrume um narrador que não fique falando por cima dos outros, interrompendo apenas para mandar um abraço, um beijo “no coração” para o querido (a) que está assistindo a corrida com seu filhinho de sei lá quantos anos . Para mim só tem dois caras muito bons. Everaldo Marques e o Romulo Mendonça
Essa mania de mandar beijo e abraço do Sérgio Maurício, lacrador supremo da Band, é uma das coisas mais irritantes nele, além das piadas das quais somente ele acha graça. Deveria se preocupar apenas em fazer o que precisa ser feito: narrar o que se passa na pista. Para narração, gosto do nome do Everaldo como opção. Se a Globo resolvesse chamar o Gefferson Mern, que narra a Indy na TV Cultura, seria bacana também. O carabé muito bom.
Eu tenho muitas dúvidas se pra Globo vai ser interessante uma temporada tão inchada como está agora. Os caras, quando tinham o produto ainda, já não estavam mais transmitindo os classificatórios pra dar lugar pra aquele programa chato pra caramba de sábado e cortando os pódios no domingo… Espero que outra emissora se interesse, mas do jeito que andam as coisas, acho que tv aberta já era…
Como eu odeio esse programa de sábado. Quando tiraram a Fórmula 1 ainda era o programa dos apresentadores reservas da casa. Agora nem isso mais. Acho que aquilo só passa ainda porque a Globo não tem o que botar no ar no lugar.
E um programa que vai de 8 a meio dia pode ceder uma hora e meia para um quali ou uma sprint. Tomara.
Essa mudança pode ser mais um sinal de que Bortoleto irá realmente para a Audi? Globo + piloto BR = pachequismo exacerbado.
A turma da Bandeirantes é muito mais “pachequinha” do que era na época da Globo. Tenham mais senso crítico.
Prezado Flávio.
Data venia. É um zero a zero terrível. Fora as previsões das Mães Dináh de plantão de quando teremos um piloto brasileiro na F1 de novo.
Negócio é assinar F1 TV, enquanto ainda é permitido.
Faz muito tempo que o grupo Bandeirantes não consegue emplacar um sucesso contínuo na televisão (Masterchef?). E a F1, que era novidade, virou mesmice. Continuarei acompanhando, seja onde for.
eu li
Sendo sem Galvao Bueno, para mim… o Reginaldo anda confundindo um pouco as coisas, o Max eu gosto, o Giaffone nao me faz falta e gosto (muito) das participacoes da Mariana, na versao atual ela ficou mais a vontade, com mais liberdade, mas nao sei se ela nao para no fim desse ano.
O Reginaldo anda dando umas bolas fora esse ano. Foi comentar sobre Ralph Schumacher sem qualquer contexto para aquilo e no GP de Monza ele me resolve começar a falar na introdução do hino italiano.
Mas deve-se muito respeito a ele, eu não consigo criticar um cara que faz isso desde antes de eu nascer. Espero que ele perceba esses deslizes e continue.
Já sobre o Giafone eu gosto dele. Prefiro ele ao Max Wilson
Infelizmente, a idade chega para todos. Acho que os deslizes são resultados do envelhecimento natural da mente e da lentidão de raciocínio. Respeito muito também o passado dele, mas entendo que o tempo dele passou (como acontecerá com todos nós, em todas as profissões). Não sou eu que define isso, é ele, mas os sinais de que a aposentadoria é o melhor caminho, até para não “manchar” o legado dele, estão claros.
Sei que minha opinião não tem relevância alguma, mas depois de 2021 eu não assisti mais F1. E olha que eu era um fanático, desde criancinha (nasci em 1980). Cansou a politicagem, cansou a mesmice, mas cansou acima de tudo essa americanização da Liberty. Trocentas corridas por ano, um monte de pista ruim em lugares sem história ligada ao automobilismo, a grana acima de tudo. Pô, não tem corrida na Alemanha! Enfim, 2, 3 pontos no Ibope é o que a F1 tá merecendo mesmo. Ainda mais numa emissora que paga pau pra sujeito da laia do Piquet.
“Off Topic” (saudade do tempo do off topic): encontrei meu exemplar d’O Boto do Reno autografado pelo autor, que comprei acho que em 2020 e, numa reforma aqui em casa, havia desaparecido sem que eu sequer pudesse iniciar a leitura. Começarei ainda esta semana!
Abraço!
Tá na hora de comprar o ÍMOLA 1994, não?
Sem dúvida.
F1 de volta na Globo com o Everaldo Marques narrando seria bom demais. Tomara que tragam de volta o Reginaldo Leme, o Max Wilson, a Mariana e o Giaffone junto.
A única coisa boa da F1 na Globo seria justamente o Everaldo. De resto vai ser aquilo que era antes: Sem classificação por causa daquele chatíssimo “É de Casa” e corrida só quando for de manhã e se não tiver jogo da Série C. A tarde esquece.
E é óbvio que a corrida o sinal entra na largada e sai na bandeirada. Entrevista, antessala, pódio? Esquece. Isso se a Globo não fazer o que fazia com a Stock: Transmitia a largada e umas três voltas. Aí voltava pro Esporte Espetacular que passava matéria sobre campeonato de embaixadinha. Aí voltava pra mostrar a chegada.
Com exceção do Giaffone que sempre nos traz muito boas informações e comentários, os demais não farão falta alguma.
Eu gosto da transmissão da Band , simples e despojada das
frescuras da Globo, porem quando a grana acaba ? Os donos
da F1 só enxergam $$$$$ vai daí eu acho que melou mesmo.
Despojada não precisa ser sinônimo de groselha o tempo inteiro e de informações erradas durante a transmissão.
A transmissão deixa a desejar.
As vezes é melhor assistir pela F1Tv do que pela Bandeirantes.
O Cêtah-lôko-akeleabrassuh realmente enfatizou que transmitiriam até o final de 2025 diversas vezes. Mistério.