GRAZIE, VALE!

Pausa na F-1 para que todos possam render homenagens a Valentino Rossi, que hoje encerrou sua carreira em Valência. No texto de Juliana Tesser, tudo que esse piloto representou para a MotoGP. Digam vocês, agora.

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GP DE SP (11)

ITACARÉ (mandamos o sol pra SP) – Em ritmo telegráfico, algumas informações de última hora que chegam de Interlagos…

Raikkonen se despede de Interlagos largando dos boxes: não muda muito

DOS BOXES – Kimi Raikkonen vai largar do pitlane depois que a Alfa Romeo trocou sua asa traseira. Não fará muita diferença. Na classificação, sexta, o finlandês tinha conseguido um bom 13º lugar no grid. Mas na Sprint, ontem, foi quem mais perdeu em relação à posição original. Terminou em 18º.

BOTTAS = HILL – Ao marcar sua 20ª pole da carreira ontem, Valtteri Bottas igualou, nas estatísticas, a marca de mais um campeão mundial, Damon Hill. O finlandês está em 14º no ranking de poles. E já tem algum tempo que é o não-campeão com mais poles da história. Dos pilotos em atividade, Bottas só não tem mais poles que Hamilton (101), Vettel (57) e Alonso (22). Detalhe: Valtteri tem mais poles do que Hamilton neste ano: quatro contra três.

Bottas, 20 poles: nada mau para um não-campeão

REI DA SPRINT – Não sei se falei ontem, mas falo agora. Ao final das três Sprints deste ano, Bottas e Verstappen poderiam ser declarados campeões das minicorridas. Ambos fizeram sete pontos em Silverstone, Monza e Interlagos. Hamilton marcou dois. Ricciardo e Sainz, um cada um.

SAMBOU – Teve uma “corrida das estrelas” de Porsche agora há pouco e a vitória ficou com Ricardo Maurício, multicampeão da Stock Car. Rubens Barrichello chegou em terceiro. E, como de praxe, deu sua sambadinha no pódio.

PEGOU – O narrador Sérgio Maurício, da TV Bandeirantes, vive chamando George Russell de “Jorjão da Massa”, referindo-se à popularidade do piloto nas redes sociais brasileiras. A Williams, atenta, soube e postou no Twitter hoje uma foto do piloto chegando a Interlagos com a legenda: “Jorjão da Massa”.

Big George: popular no Brasil

ELE PAGA – Segundo Helmut Marko, Max Verstappen vai tirar do próprio bolso os 50 mil euros da multa aplicada pela FIA por ter apalpado a asa traseira de Hamilton na sexta-feira. O holandês ainda ironizou os dirigentes. “Espero que eles possam gastar num bom jantar com vinhos bem caros”, falou.

PERGUNTA, FELIPE – Saiu a escala do entrevistador oficial em Interlagos. Depois da corrida, os três primeiros colocados vão falar com Felipe Massa antes de subir para o pódio.

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GP DE SP (10)

A frase do dia, pelo menos até agora…

“Em Interlagos só entram pessoas vacinadas, então ele não poderia estar aqui.”

João Doria, governador de SP, sobre o traste que está em Dubai fazendo não se sabe o quê
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GP DE SP (9)

ITACARÉ (fechando o botequim) – Pensam que acabou o dia? Nada… Algumas coisinhas que acabei deixando passar no nosso pós-Sprint para vocês começarem o domingo do GP de São Paulo bem informados. Cheio de cores, claro. A propósito, vocês perceberam que as cores escolhidas para cada tópico fazem todo o sentido? Notaram a genialidade deste blog? Pois prestem atenção!

SPRINTÃO 2022 – Já se sabe que a Liberty pretende realizar seis Sprints na próxima temporada. A turma gostou da experiência. E a corridinha de Interlagos foi considerada a melhor das três deste ano. Mas estão estudando algumas mudanças. Uma delas: dar dez pontos para o vencedor, nove para o segundo, oito para o terceiro e assim por diante, até chegar a um pontinho para o décimo colocado. A sexta-feira seria reservada para a definição do grid, que seria o mesmo para a Sprint e para o GP. Ou seja, a corrida de sábado não serviria mais para definir as posições de largada no domingo. E as seis etapas Sprint comporiam uma espécie de campeonato paralelo, com pontuação independente.

Gasly passa pelo Setor A: mais Sprints no ano que vem

SÓ ISSO? – A desclassificação de Hamilton após a definição do grid ontem ainda não foi bem digerida pela Mercedes. Segundo relatos da imprensa inglesa, Toto Wolff disse que a diferença do vão da asa móvel em relação ao limite de 85 mm foi apurada em 0,2 mm. Achei estranho, e acho que Toto quis dizer 2 mm, mas encontrei a informação em dois sites britânicos apontando esse valor. Não sei nem como se mede algo tão… milimétrico. Ainda segundo Wolff, essa diferença se verificou apenas num dos lados da asa, o lado direito. A parte central e o lado esquerdo estavam, como se diz, nos conformes.

RIGOR ESQUISITO – O chefe da Mercedes falou mais: que a asa foi danificada na classificação e que a FIA tem permitido pequenos reparos nesse tipo de coisa ao longo da temporada, mesmo em regime de Parque Fechado. “Mas, em vez disso, fomos citados imediatamente sem nem poder olhar o que tinha na asa.” A Mercedes, apesar da indignação, resolveu não recorrer. “Depois da corrida que fez Valtteri e da atuação de Lewis, a gente conseguiu recuperar a alegria aqui dentro e o melhor a fazer é deixar a política de lado.”

Max apalpa a asa a traseira de Hamilton: desconfiado mesmo

FUI VER MESMO – Max Verstappen não escondeu de ninguém que, ontem, fez um exame de toque na asa do carro de Hamilton por desconfiar que ela flexionava mais do que o normal. E que sua suspeita não tinha nada a ver com o espaço entre as lâminas do aerofólio quando é acionado o DRS. A Red Bull segue achando que tem alguma coisa de errado com a Mercedes. “Lewis foi 27 km/h mais rápido na reta hoje do que a McLaren”, trombeteou Helmut Marko. “A velocidade de reta deles é estonteante”, emendou Christian Horner. A imagem acima foi captada pela câmera instalada no carro de Hamilton. E usada para aplicar a multa de 50 mil euros no holandês por mexer onde não devia.

NO SECO – Previsão para amanhã em São Paulo: tempo firme, sol o dia todo, com temperatura na casa dos 25°C. Podem tirar seus cavalinhos da chuva, porque não vai ter pista molhada desta vez. Digo: podem deixar os cavalinhos na chuva, porque não vai chover. Vocês entenderam.

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GP DE SP (8)

Hamilton, de 20º para quinto: alucinante

ITACARÉ (olha…) – “Brilhante, Lewis! Que se fodam todos!” Assim Toto Wolff desabafou pelo rádio quando terminou a Sprint do GP de São Paulo, definindo o grid para a corrida de amanhã, 19ª da temporada. Valtteri Bottas venceu, marcou três pontinhos e larga na pole em Interlagos. Max Verstappen foi o segundo e Carlos Sainz, o terceiro. Hamilton, punido por irregularidade na sua asa traseira na classificação, largou em último. Chegou em quinto. Ganhou 15 posições em 24 voltas. “Não acabou ainda”, proclamou.

Eu realmente achei que tinha acabado, que Verstappen venceria as duas provas — Sprint e GP — e encheria o bolso de pontos no Brasil. No último post deste empoeirado blog, calculei que Lewis iria chegar entre oitavo e décimo hoje, para largar amanhã na segunda metade do pelotão e tentar uma quinta posição ao final, o que já seria muito bom. Mesmo assim, com todo o esforço do mundo, veria Max disparar na classificação, abrindo mais de 30 pontos na tabela.

Mas Hamilton larga em décimo (perde cinco posições no grid pela troca de motor na sexta-feira) e está com um carro espetacular. Motor novo, ritmo alucinante, apetite enorme. Se em 24 voltas foi capaz de sair de 20º para quinto, em 71 não se pode descartar, de forma alguma, a possibilidade de chegar ao pódio. Nem mesmo de vencer, se a Red Bull bobear.

Mas atenção. Essa chance, de vitória, parece remota em condições normais de temperatura e pressão. Se é verdade que Hamilton precisou de apenas 24 voltas para ganhar 15 posições, também é verdade que Bottas e Verstappen, primeiro e segundo, precisaram das mesmas 24 voltas para ver a bandeira quadriculada com uma gigantesca vantagem de 20s para o britânico. Assim, que ninguém imagine a repetição ipsis litteris de sua exuberante atuação numa corrida de verdade, com quase duas horas de duração, disputada em horário diferente e provavelmente com condições climáticas bem distintas. Vai ter de remar muito, e ainda contar com infortúnios pouco prováveis do rival.

Mas é Hamilton. É Mercedes. Está em décimo no grid, não em 20º. Que ninguém descarte nada. Eu que não vou me meter a fazer previsões.

Verstappen, segundo na Sprint: melhor ficar atento

Lewis, destaque absoluto do sábado, agradeceu aos torcedores brasileiros e disse que sentiu uma energia especial vindo da arquibancada, com a plateia vibrando a cada ultrapassagem. “Não podemos desistir nunca”, falou. “Amanhã vai ser um pouco diferente, vai estar um pouco mais quente, pode ser um pouco mais difícil, mas tenho de manter a cabeça erguida e seguir em frente.”

A diferença entre ele e Verstappen subiu para 21 pontos com o segundo lugar do holandês — 314,5 x 293,5. Max herdou a pole da Sprint com a desclassificação de Lewis, mas não segurou a ponta na largada. Com pneus médios, partiu pior que Bottas, que escolheu os macios para a corridinha de meia hora. O finlandês assumiu a liderança e aguentou o tranco no fim, com a borracha já começando a abrir o bico. Max chegou a perder mais uma posição na largada, para a Ferrari de Carlos Sainz — que também estava de pneus macios. Mas já na terceira volta passou o espanhol e saiu à caça da Mercedes #77. Não se esforçou muito, porém. Terminou a 1s1 de Bottas sem querer dar uma de herói. Melhor dois pontos na mão e um segundo no grid amanhã do que uma chance de acidente só para ganhar uma corrida curta de importância bem relativa.

Como sei que vocês gostaram dos tópicos coloridos desta semana (mentira, só eu gostei; ninguém mais lê o blog e ninguém falou dos tópicos coloridos), segue um resuminho policromático da minicorrida, para quem não conseguiu assistir.

ESCALADA – Hamilton passou quatro carros na largada antes de chegar à freada do S do Senna: os de Mazepin, Schumacher, Russell e Latifi. Na segunda volta, estava em 14º. Na sexta, em 12º. Depois superou Alonso (8), Ricciardo (13), Vettel (15), Ocon (16), Gasly (17), Leclerc (20) e Norris (24). Mas como já destaquei lá em cima, recebeu a bandeirada 20s872 atrás de Bottas. Foi rápido para escalar o pelotão, sem dúvida. Mas os dois que chegaram em primeiro e segundo também foram bem rápidos para abrir uma diferença muito grande para ele.

MACIOS FOFINHOS – Não houve unanimidade na escolha dos pneus para a Sprint. Nove pilotos se decidiram pelos macios — entre eles Bottas e Sainz — e 11 optaram pelos médios — casos de Verstappen, Pérez e Hamilton, por exemplo. A escolha dos macios deu muito certo para Bottas e Sainz. Ambos largaram muito bem com a borracha mais aderente e conseguiram sustentar suas posições até o fim.

MÉDIOS MAIS OU MENOS – Max reconheceu que os pneus médios não ajudaram muito na largada. “Mas meu ritmo estava bom e amanhã a corrida acontece em outro horário, provavelmente mais quente. E Bottas estava muito rápido nas retas”, falou, justificando o fato de não ter atacado o finlandês em nenhum momento.

Bottas: vitória na Sprint e pole em Interlagos

POOOOOOLE! – Bottas comemorou muito a pole no Brasil. Foi a 20ª de sua carreira e a quarta no ano. Em três Sprints, Valtteri somou sete pontos, como Verstappen. Foram os que mais aproveitaram as minicorridas criadas neste ano — as outras foram em Silverstone e Monza. Hamilton fez apenas dois.

DON’T TOUCH – Assim que estacionou no Parque Fechado, Hamilton foi alertado pelo rádio por seu engenheiro Bono Vox: “Não encoste em nada!”, referindo-se à polêmica de ontem depois que Verstappen foi cutucar a asa traseira de seu carro. Vettel, quando parou, falou pelo rádio: “Vou lá mexer na asa traseira do Lewis!”. Seu engenheiro pediu para não fazer aquilo, “é muito caro”. “Então vou mexer na asa dianteira, talvez seja mais barato, uns 25 mil euros.” Vettel anda muito engraçadinho. Max levou uma multa de 50 mil euros por apalpar a traseira de Hamilton.

Grid embaralhado: só dois mantiveram posições

MEXE-MEXE – O resultado final da Sprint não mudou as posições de largada de apenas dois pilotos: Nicholas Latifi e George Russell, que largaram e terminaram em 16º e 17º. Os outros 18 tiveram suas colocações originais embaralhadas — oito ganharam posições e dez perderam. Além de Hamilton, que subiu 15 posições, o que mais lucrou foi Sainz, de quinto para terceiro. Os que mais perderam foram Raikkonen (de 13º para 18º), Gasly (de quarto para oitavo), Ricciardo (de oitavo para 11º), Alonso (de nono para 12º) e Tsunoda (de 12º para 15º).

PRIMAVERA – A boa nova da Sprint foi a volta da coroa de flores para os três primeiros, que tinha substituída por uma medalha ridícula em Monza. A medalha — marca do patrocinador — foi entregue de novo. Mas quase desapareceu no meio das flores colocadas em volta do pescoço dos pilotos.

E é isso. Daqui a pouco, às 19h, tem “Fórmula Gomes” no meu canal no YouTube para a gente falar de tudo que aconteceu em Interlagos neste sábado de casa cheia e cidade respirando F-1 de novo. Ô coisa boa!

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GP DE SP (7)

ITACARÉ (previsível) – Lewis Hamilton perdeu seus tempos da classificação e larga em último daqui a pouco na Sprint. Terá 24 voltas para ultrapassar gente e, ao final, somará cinco posições àquela em que terminar a minicorrida para saber qual sua posição no grid do GP de São Paulo. O problema foi uma irregularidade na asa móvel de seu carro ontem. Resumidamente, ela abriu mais do que os 85 mm permitidos pelo regulamento. Nas extremidades, não no centro da lâmina.

A Mercedes argumentou que a asa e seu mecanismo de acionamento foram testados o ano inteiro e que nunca apresentaram problema nenhum. A equipe, da mesma forma, isentou Verstappen — não usou como argumento para se defender a possiblidade de as apalpadelas do holandês terem afetado o equipamento. Os comissários reconheceram que o time não tentou burlar as regras e aceitou a justificativa simplória de que “algo deu errado”. Mas isso não elimina o fato de que a asa estava irregular. E regras são regras. Não teve conversa. Hamilton foi desclassificado da classificação.

Lewis é bom, mas não faz milagre. Vai chegar na Sprint entre oitavo e décimo, se tudo der certo. Aí, amanhã, parte na segunda metade do pelotão porque terá de pagar o pênalti de cinco posições no grid por troca de motor. E Verstappen deve ganhar ambas, marcando pelo menos 28 pontos. Já tem 19 de vantagem na classificação. Se Hamilton, digamos, chegar em quinto amanhã, o que seria um belo resultado para quem larga atrás, essa diferença vai para a casa dos 37 pontos a três provas do fim da temporada.

Acho que o campeonato acabou por causa dessa asinha aí.

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GP DE SP (6)

ITACARÉ (a primeira…) – Saiu a decisão sobre Verstappen: 50 mil euros de multa por enfiar a mão onde não deve. Em regime de Parque Fechado, ninguém deve encostar no carro de ninguém. No texto, os comissários dizem que analisaram um monte de imagens e concluíram que o exame de toque de Max na asa de Hamilton não foi suficiente para, digamos, “contaminar” o equipamento. E admitem que esse negócio de apalpar os carros dos outros é comum e não tem sido devidamente fiscalizado. Mas, mesmo assim, é uma infração prevista no regulamento.

A Mercedes, segundo Helmut Marko, iria alegar que o holandês danificou a asa. Mas, até agora, não se ouviu nada da equipe alemã sobre a asa móvel que, segundo o delegado-técnico Jo Bauer, abriu mais do que deveria ontem na classificação. Punição ao inglês pode sair em instantes.

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GP DE SP (5)

Alonso na frente: pista foi palco de seus dois títulos

ITACARÉ (sol em SP) – O segundo treino livre para o GP de São Paulo começou sem que os comissários esportivos tivessem anunciado qualquer decisão sobre os eventos de ontem à noite, a saber: asa móvel de Hamilton abrindo mais do que 85 mm, o que não pode, e Verstappen cutucando o aerofólio do rival no Parque Fechado, o que também é proibido.

Com sol, céu azul tingido aqui e ali por nuvens de algodão e temperatura gostosinha, 18°C, a sessão foi dedicada exclusivamente a acertos para corrida(s), já que a programação em fim de semana de Sprint é um pouco diferente — tem uma prova de 100 km daqui a pouco e o GP para valer amanhã. Assim, ninguém fez tempos muito impressionantes e, para ser sincero, as atenções estavam mais voltadas à papeleta que em algum momento sairia da torre de controle do que propriamente ao que acontecia na pista — que animava apenas o público, saudoso de carros de F-1 em Interlagos.

Sol com nuvens: nunca a definição foi tão precisa

A Mercedes, estranhamente, desperdiçou 20 minutos de treino com seus carros parados nos boxes. Quando faltavam menos de 40 minutos para final da sessão, o time soltou Hamilton e Bottas e começou suas simulações com tanque mais cheio, mais vazio, pneus assim, pneus assados.

Pela manhã, enquanto Verstappen, primeiro, e Hamilton, depois, davam suas explicações aos comissários, nos fundos da garagem da McLaren Lando Norris comemorava seu 22º aniversário com dois bolos enormes. Festinha de fim de ano meio sem graça, porque a equipe deu uma despencada no seu rendimento e começou a ver cada vez mais distante a possibilidade de chegar em terceiro no Mundial de Construtores.

Alonso, que conquistou seu bicampeonato em 2005 e 2006 em Interlagos, foi o mais rápido do último treino do fim de semana com 1min11s238. Hamilton, ontem, virou 1min07s934 no melhor tempo da classificação. Aliás, vale uma comparação aqui para demonstrar o quanto os carros de F-1 ficaram mais rápidos nos últimos anos. A primeira pole anotada no traçado atual de Interlagos, de 1990, foi feita em 1min17s277. Senna conquistou a posição de honra com o McLaren MP4/5B equipado com um Honda V10 de 3,5 litros.

Classificação do TL2: todo mundo de olho na corrida

Agora, é só esperar para saber o que irão decidir sobre Hamilton e Verstappen. Já enrolaram bastante. Mas agora não tem jeito de esticar mais o assunto. Qualquer resolução terá de ser divulgada antes do início da Sprint.

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GP DE SP (4)

Lewis na frente para a Sprint: tentativa de tirar a diferença

ITACARÉ (uau) – Lewis Hamilton larga na frente amanhã na Sprint, a corridinha de meia hora que definirá o grid para o GP de São Paulo, 19ª etapa do Mundial de F-1. “Let’s go!”, disse pelo rádio assim que fechou a volta que lhe deu a pole-que-não-é-pole.

Foi o primeiro passo para tentar descontar os 19 pontos que o separam da liderança do Mundial, provisoriamente nas mãos de Max Verstappen. E, também, uma demonstração de força da Mercedes, que faz questão de avisar: ainda não está morta no campeonato.

O holandês da Red Bull terminou a classificação em Interlagos em segundo e disse que não ficou “chocado” com o resultado. “Quando se tem um motor novo, sempre vem alguma coisa”, disse, referindo-se à troca da unidade no carro do rival. “Domingo é que importa e vai estar mais quente”. Ele aposta num tempo um pouco mais camarada para tentar reverter o quadro. No frio, a Mercedes melhora bastante seu rendimento.

ATUALIZAÇÃO (0h20): Às 19h15, a Mercedes foi chamada à torre porque o comissário técnico Jo Bauer observou que a asa móvel de Hamilton estava abrindo além da medida máxima de 85 mm. O piloto corre o risco de, ainda hoje, perder seus tempos da classificação, o que significa que poderá ter de largar em último amanhã na Sprint. Até as 20h30, nenhuma decisão havia sido anunciada. Fiquem ligados no Grande Prêmio, que está em Interlagos aguardando eventual punição. Enquanto isso vejam este vídeo precioso de um leitor do site, Frederico Monteiro, que flagrou Verstappen, no Parque Fechado, “inspecionando” a asa traseira do #44. As imagens já estão correndo o mundo. E chegaram à FIA. Por volta das 22h, a entidade decidiu que só vai tratar do caso da asa móvel de Hamilton no sábado de manhã. E ao tomar conhecimento do vídeo de Monteiro, enviado ao Grande Prêmio, também resolveu convocar Verstappen para explicações. A sexta-feira do GP de São Paulo, em resumo, ainda não acabou.

Hamilton domina a classificação: Mercedes forte em Interlagos

A sexta-feira foi daquelas típicas de São Paulo, do jeito que o time alemão queria: cinzenta, com garoa e frio. Os termômetros marcavam 15°C quando começou a classificação para a Sprint, alta umidade relativa do ar — 79% –, mas sem chuva. Como já acontecera em Silverstone e Monza, apenas os pneus macios estavam liberados para a sessão. Os dois carros da Ferrari foram os primeiros a ir para a pista, com medo de vir água. Não veio.

Hamilton, que já fora o mais rápido no primeiro treino, fez uma ótima primeira volta cronometrada em 1min08s824, colocando mais de meio segundo em Verstappen no primeiro tête-à-tête da classificação. Depois, baixou para 1min08s733. Nada como um motor novinho em folha que não bate saia, não engasga, não fica rateando. Lewis fechou o Q1 em primeiro, seguido por Bottas, Sainz, Leclerc, Pérez e Verstappen nas seis primeiras posições.

Stroll, Latifi, Russell, Schumacher e Mazepin foram os eliminados. Até aí, normal. Nikita até chorou com a péssima colocação — a volta do russo da Haas foi muito ruim, mesmo. Mas a surpresa foi Latifi. Pela primeira vez na vida conseguiu se classificar na frente de Russell. O inglês-prodígio, que no ano que vem será o companheiro de Hamilton na Mercedes, só tinha ficado atrás de um companheiro de equipe no grid quando correu no Bahrein no lugar de Lewis, no ano passado — Bottas ficou à sua frente.

Latifi na frente de Russell no grid: milagre do canadense

Do primeiro ao 16º, no caso Stroll, apenas 0s930 separaram os pilotos, mais um reflexo da pequena extensão de Interlagos — 4.309 m, perdendo apenas para Mônaco, Zandvoort e Hermanos Rodríguez.

No Q2, Hamilton de novo começou bem virando na casa de 1min08s, mas seu primeiro tempo foi cancelado por exceder os limites de pista na Curva do Lago. Max, na sequência, mostrou algum poder de reação e fez 1min08s567. O inglês nem foi para os boxes e, com o mesmo jogo de pneus, fez uma segunda volta rápida em 1min08s386, 0s181 melhor que o holandês. A Red Bull começou a se preocupar. E era para se preocupar mesmo. Com um jogo de pneus novos, Lewis melhorou ainda mais e cravou 1min08s068, deixando Verstappen a 0431 de distância. Os degolados: Ocon, Vettel, Tsunoda, Raikkonen e Giovinazzi.

Lewis excede os limites da pista: no Lago, rigor dos comissários

A pergunta era: será que Max estava guardando alguma coisa para o Q3? Lewis, sabendo que irá perder cinco posições no grid de domingo, faria tudo para largar na pole da Sprint para tentar alguns pontinhos extras no fim de semana. Para quem não lembra, o vencedor da minicorrida leva três pontos, o segundo marca dois e o terceiro, um.

Os boxes foram abertos no Q3 e ninguém quis ser o primeiro a ir para a pista. Ficou um olhando para a cara do outro como a perguntar: “E aí? Vai andar não?”. Até que Leclerc se mandou. Sainz veio atrás dele. Foi a senha para os demais: todos no asfalto para ver no que ia dar. Lewis bateu o cronômetro em sua primeira saída em 1min08s107. Max virou 0s265 pior e reclamou que na metade da volta seus pneus “morreram”.

Na segunda saída, Hamilton colocou-se à frente de Bottas para dar o vácuo ao finlandês. A intenção era clara: tentar ganhar a posição de Verstappen, então segundo colocado. O rubro-taurino abriu sua volta e na primeira parcial foi mais de 0s2 pior que Lewis. Já era. Não melhorou. Lewis enfiou o pé e fez uma volta espetacular em 1min07s934. Seu parceiro finlandês não acompanhou o ritmo e ficou onde estava, em terceiro. Pérez, Gasly, Sainz, Leclerc, Norris, Ricciardo e Alonso fecharam os dez primeiros lugares.

Diferença de quase meio segundo: Red Bull preocupada

A diferença entre Hamilton e Verstappen foi de 0s438, e como já falamos é muita coisa para uma pista com a de Interlagos. “Estou superfeliz com o resultado. Um cara até me falou para eu usar mais vezes as cores do Senna no meu capacete que dá sorte”, relatou, sorrindo. “Sei que tenho um pênalti para pagar domingo e é provável que Max saia na pole, mas vou dar tudo de mim.”

Sorriso de um lado, cara feia do outro, amanhã tem mais. E à noite, no meu canal no YouTube, chegamos ao vivo para analisar a bagaça toda no “Fórmula Gomes”! Ativem aquele diabo daquele sininho, começa às 19h!

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GP DE SP (3)

As casinhas no fundo: só Interlagos tem

ITACARÉ (aqui 30,5°C, sol) – Começou, e a primeira notícia importante do dia: a Mercedes confirmou que trocou o motor do carro de Hamilton, o motor a combustão, e por isso ele perderá cinco posições no grid. No grid da corrida, e não da Sprint.

Vamos aos tópicos coloridos da primeira metade do dia, então.

Mercedes trocou motor do inglês: mais 5 posições no grid

POR QUE TROCOU? TROCOU POR QUÊ? – Porque neste momento a Mercedes precisa de 100% de potência e zero deficiência se quiser encarar a Red Bull de frente. O V6 retirado do carro do inglês já estava cansadinho. Em Interlagos dá para ultrapassar. Se ele fizer a pole e tiver de largar em sexto, não é o fim do mundo. E viva Osmar Santos!

SEI… – Depois da troca, Hamilton assumiu um discurso esquisito. “Quero ser campeão, claro, mas quero mesmo que a Mercedes seja campeã entre as equipes. O título de Construtores é mais importante por causa das pessoas que trabalham na fábrica e no time”, disse.

Hamilton na frente: bom desempenho na primeira sessão

P1 NO TL1 – O primeiro treino livre, que terminou agora há pouco, teve Hamilton na frente com 1min09s050. E ficou muito na frente de Verstappen: 0s367. Quase quatro décimos de segundo numa pista curtinha como Interlagos é muita coisa. Para Pérez, o terceiro, a diferença foi de 0s442. E Bottas, o quarto, ficou a pouco mais de meio segundo. Mas é só treino livre. E como começou a garoar agora (14h) em Interlagos, pode ser que a classificação não tenha nada a ver com o primeiro treino do fim de semana.

OS OUTROS – Gasly, em quinto, voltou a andar bem e se colocou como “primeiro dos outros”. Na sequência vieram as duplas de Ferrari e Alpine. Circuitos de pequena extensão têm disso, pilotos da mesma equipe fazem tempos muito próximos. Foram cinco duplinhas no resultado do primeiro treino: Red Bull, Ferrari, Alpine, Alfa Romeo e Williams. A McLaren andou muito mal. Norris foi só o 15º e Ricardão ficou em penúltimo. A equipe papaia desandou.

Norris: patrocínio da Rappi não fez o carro mais rápido (péssima, essa)

TERRA DA GAROA – Faz frio em São Paulo hoje, temperatura na casa dos 17°C, e durante o treino livre alguns pilotos chegaram a reportar pelo rádio “alguns pingos”. Quando terminou a sessão baixou aquela névoa que a gente conhece e ficou tomo mundo olhando para o céu. Mas a pista não molhou. Ainda.

SEM LIMITES – A direção de prova avisou, primeiro, que não teríamos em Interlagos a história dos “track limits”, os limites de pista que não podem ser excedidos sob o risco de punição ou de anulação de voltas. A liberdade de ação se explica. No autódromo paulistano, quando um piloto ultrapassa os limites da pista acaba tendo de escalar zebras que, normalmente, fazem com que se perca tempo. Então, não faz sentido punir ninguém. A punição vem no cronômetro e no assoalho do carro. E é automática, digamos. Mas, pouco antes do início da classificação, avisaram que na curva 4, a Curva do Lago, vão ficar de olho. Lá não vai poder abusar.

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