700

SÃO PAULO (longa é a noite) – Com algum atraso, o link para a coluna Warm Up de hoje, que fala da McLaren. Uma equipe que soube crescer e ficar grande. O time completa 700 GPs neste fim de semana e é o que mais títulos deu a pilotos brasileiros, quatro: três de Senna e um de Emerson.

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MAIS UMA

SÃO PAULO (atrasadinho) – Esse negócio de Le Mans está começando a ficar legal. A Toyota anunciou hoje que vai disputar a corrida no ano que vem. Com Audi e Peugeot com suas equipes de fábrica, a volta da Porsche em 2014 (por que tanta demora?) e times privados fortes, a prova vai voltar aos seus melhores tempos. A deste ano já foi excepcional.

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ESQUECERAM DE MIM

O Dia das Crianças foi anteontem e ninguém me deu uma dessas.

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COREANINHAS (1)

SÃO PAULO (lá e aqui) – Enquanto a água caía lá na Coreia, outras águas batiam na janela aqui. Será um fim de semana molhado, creio, dos dois lados do planeta.

Essa corrida coreana parece encantada. Ano passado, quase metade com o safety-car, uma chuvarada desgraçada. Vitória de Alonso no fim, lembram? Quebrou o motor de Vettel, que ficou numa situação dificílima no campeonato. Mas virou o jogo espetacularmente nas duas provas finais. E salvo engano foi, essa corrida coreana de 2010, a do último pódio de Massa na F-1, terceiro lugar. O jejum está completando um ano.

O primeiro treino da sexta, ontem à noite para nosotros, teve chuva o tempo todo e pista muito molhada. Tempos acima dos 2min e Schumacher com a melhor volta.

A segunda sessão foi realizada com pista bem molhada ainda, mas secando aos poucos e os tempos caindo para a casa de 1min50s e uns quebrados. A McLaren dominou tudo com Hamilton e Button separados por 0s1 e deixando Vettel, o terceiro, a mais de 1s8. No seco, os tempos de volta em Yeongam ficarão na casa de 1min35, por aí, isso se houver pista seca em algum momento no fim de semana.

A destacar deste primeiro dia as arquibancadas completamente vazias no circuito que é bonito, mas travado que até dói. Tudo deserto, como as ruas de Pyongyang, um pouco mais ao norte. Onde garbosamente as coreaninhas orientam o trânsito tranquilo e silencioso com sua coreografia marcial, altiva e impecável.

Hoje à noite tem mais um treino livre, 23h, e às 2h a turma vai para a definição do grid. Como começa o horário de verão neste fim de semana por nossas bandas, a largada ficou para as 4h do domingo. Alguém aí aguentou acordado para ver os treinos?

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NAS ALTURAS

E assim a Red Bull vai conquistando o mundo, transformando uma latinha de uma bebida esquisita numa equipe de F-1 admirada e cheia de fãs.

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1991

SÃO PAULO (voou) – Daqui a exatamente uma semana o terceiro título de Ayrton Senna, último de um piloto brasileiro na F-1, completa 20 anos. A “Autosport” inglesa está fazendo um certo barulho por ter colocado no ar, depoius de tanto tempo, o vídeo da entrevista de Senna com o lendário Murray Walker na festa de premiação da revista no final daquela temporada. A entrevista em si não tem nada demais, nenhuma revelação bombástica — exceto a historinha de ter dado um capacete de presente a Balestre —, mas se observada com atenção mostra como Ayrton era respeitado na Inglaterra e como seu carisma e timidez exerciam um poder raro mesmo sobre audiências acostumadas a conviver com grandes nomes das pistas. Vale como documento histórico.

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MCLAREN, 700

SÃO PAULO (parabéns) – A McLaren completa 700 GPs domingo na Coreia do Sul. Abaixo, “wallpaper” da equipe com os carros das provas centenárias. Se alguém quiser baixar em tamanhos diversos, é só entrar aqui. Como se nota, as inscrições publicitárias com marcas de cigarro (Marlboro e West) foram apagadas.

A McLaren é uma equipe legal, apesar de certo ar arrogante de Ron Dennis às vezes. Mas é um time de verdade, nascido no esporte, que cresceu barbaramente e não se mete em nada que não seja ligado a automóveis. Uma das grandes há muito tempo, sobrevivente da era em que outros times com nome de gente reinavam nas pistas, como Brabham e Tyrrell. Muitas se foram, a McLaren ficou.

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TERRA PROIBIDA

SÃO PAULO (deu) – Ontem o governador de SP, Geraldo Alckmin, vetou o projeto de lei que liberava a volta das bandeiras aos estádios de futebol.

Em 1995, elas foram proibidas. Aconteceu uma briga monumental num jogo de juniores entre Palmeiras e São Paulo no Pacaembu e um rapaz foi morto a pauladas.

Não foi um mastro de bandeira que matou o rapaz. O estádio estava em obras e os irresponsáveis do governo de SP (que cuida da PM) e da Prefeitura (dona do Pacaembu) não se tocaram que aquilo era um arsenal gratuito à disposição de duas torcidas rivais e violentas. Em jogo sem cobrança de ingresso entre esses dois times, colocar suas organizadas dentro de um estádio cheio de entulho e material de construção deveria levar todas as autoridades à cadeia.

Mas o que foi feito? Proibiram as bandeiras. Faz 16 anos.

Quem tem hoje menos de 20 nunca frequentou um estádio em SP com bandeiras. Os estádios de SP são de uma tristeza atroz. Tudo é proibido. É proibido pintar o rosto. É proibido levar cornetas e rádios de pilha. Instrumentos de sopro, das velhas bandinhas, não entram. O prefeito acabou com as barraquinhas com sanduíches de pernil. Cerveja não pode, também.

Aliás, ontem eu fiz uma listinha de coisas que os sucessivos governos estadual e municipal andaram impondo em SP nos últimos tempos.

Não pode fumar em bar. Há uma perseguição às barracas de pastel nas feiras. Radares controlam nossas vidas: não fez a inspeção veicular? O radar te fotografa. Pegou um congestionamento e ficou preso no trânsito no horário do seu rodízio? O radar te fotografa. Às 11h a maioria dos botecos fecha suas cozinhas, porque à 1h reina o silêncio e o estado de sítio. Luminosos de néon desapareceram. Não pode usar celular dentro de banco. Não pode usar sacola plástica em supermercado. Não pode isso, não pode aquilo. Já não sei mais o que pode e o que não pode.

Mas fiquemos nos estádios e nas bandeiras.

Frequento estádios há 40 anos. Nos últimos 20, para arredondar, as torcidas uniformizadas viraram gangues. Marcam brigas pela internet, se pegam nas estações de metrô e nos terminais de ônibus. Nunca ninguém morreu atingido por um bambu ou por um cano de PVC dentro de um estádio. Mas as bandeiras se transformaram nas grandes vilãs. Proibimo-las, e a paz reinará no futebol.

Não há briga dentro de estádio. Quem já sentou a bunda numa arquibancada sabe disso. As brigas acontecem fora, e são anunciadas, agendadas com dia, hora e local. Mas as autoridades de segurança, incompetentes e preguiçosas, se abstêm de evitar que ocorram. Não prendem ninguém, morrem de medo. Proíbem as bandeiras, é mais fácil. Há 16 anos não temos mortes causadas por bandeiras, é capaz de dizer um desses. O governador Alckmin, talvez.

Meus filhos, que frequentam estádios, nunca viram bandeiras em SP. Quando assistem a jogos de outros Estados e países pela TV, acham tudo lindo. Ficaram felizes da vida quando eu disse que um projeto para liberar as bandeiras tinha passado na Assembleia. Perguntam todo dia quando vão poder levar bandeiras ao Canindé. Faltava só o governador sancionar a lei. E o cara veta o projeto por questões de segurança. Não tem a mais remota ideia do que está falando e fazendo, mas fala e faz. Tira a cor e a alegria dos estádios, e que se foda. Não discute a questão, não ouve ninguém, não tem o menor contato com a realidade. Incapaz de prover segurança à população, joga nas bandeiras a responsabilidade por sua incapacidade. Não há, repito, problema algum dentro de estádio de futebol. Faz tempo. Hoje as torcidas são separadas, há limite de ingressos para visitantes, as merdas todas acontecem bem longe e nada têm a ver com o futebol em si, com os jogos, com os eventos. De novo: são gangues conhecidas e identificadas, é só ir atrás, prender, processar, julgar.

Mas isso dá um trabalho… Então, proíbem as bandeiras.

Essa gente, como disse um amigo, está precisando de um banho de povo.

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AMPELMANN, 50

SÃO PAULO (sobreviveremos) – O Ampelmann faz 50 anos hoje. No dia 13 de outubro de 1961, o psicólogo de trânsito (!) Karl Peglau aprovou junto ao governo da DDR o bonequinho que virou símbolo de Berlim Oriental. Foi adotado como padrão nos semáforos para pedestres do país e quase desapareceu com a unificação das Alemanhas. Aí, em 1994, um cara batalhou pela sua manutenção, criou uma campanha que teve enorme adesão popular e conseguiu que as autoridades alemãs voltassem atrás na ideia de trocar os sinais luminosos pelo padrão usado no lado ocidental e no resto da Europa.

O bonequinho de chapéu, que tem toda uma lógica alemã por trás, altivo, decidido, virou cult, foi parar em uma enorme linha de produtos, ganhou lojas e fãs.

Eu sou fã do Ampelmann e estou a fim de tatuar os dois, o verde e o vermelho. Na verdade, estou a fim é de morar em Berlim. E não vai demorar muito. Ninguém aguenta mais SP. Eu, pelo menos, não aguento.

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SUPERPICARETAS

SÃO PAULO (bizarro) – Ah, a Fórmula Superliga… Ah, os pilantras internacionais… Olha lá que beleza. A categoria, aquela dos times de futebol, que depois virou uma espécie de “Copa das Nações”, informou que cancelou as etapas asiáticas. Seriam duas na China e uma na Coreia. Problemas com as autoridades locais, informa o site oficial. Já tinham cancelado a corrida no Brasil, uma ficção, e a da Nova Zelândia. Assim, o campeonato teve duas rodadas, uma na Bélgica e outra na Holanda, e já acabou.

Os detalhes estão aqui.

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