FALA MUITO

SÃO PAULO (perguntaram, eu respondo) – Ando dando muitas entrevistas sobre futebol, ultimamente. Sinal de que a F-1 anda meio em baixa… E a Lusa em alta! Este papo aqui foi com o pessoal de um site sobre o glorioso Uberlândia E.C., mais uma vítima do futebol moderno que quer que o Brasil seja, sei lá, uma Espanha com dois times.

Não precisam comentar muito aqui. Pinguem os comentários no site da garotada alviverde, eles vão gostar.

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NÃO BASTA

SÃO PAULO (caras, as coisas) – É o que  na imprensa da Europa: Rory Byrne está voltando à Ferrari. Projetista dos carros que deram cinco títulos mundiais seguidos a Schumacher entre 2000 e 2004, o sul-africano fazia parte de uma espécie de “dream team” com Ross Brawn, Jean Todt e o piloto alemão.

Ocorre que o piloto alemão já não está, assim como o napoleônico Todt e o brilhante Brawn.

Que a Ferrari precisa de alguém que saiba mais do que as medidas-padrão de um carro, precisa. Mas desconfio que um Byrne só não fará verão.

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NO COMMENTS

Sapato Lamborghini. Dá para acreditar? O salto é de fibra de carbono. Catei a foto no facebook da Roberta “Corujinha” Amaral.

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FOTO DO DIA

O F-Júnior da Vemag com o Crispim empurrando de um lado e o Bird (de óculos), do outro. Sensacional.

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NOTURNAS (6)

SÃO PAULO (putz) – Acho que não fui tão sensacionalista assim… Massa foi, realmente, tirar satisfações com Hamilton. E foi, digamos, um ato de certa hostilidade. Desnecessária.

Não há dúvidas de que há algo errado com Hamilton. Sua vida pessoal é uma confusão, brigou com o pai, tem cometido erros e coisa e tal.

Mas essa imagem me diz que há algo mais errado ainda com Felipe, um rapaz normalmente afável e educado.

Era para tanto?

ATUALIZANDO…

Massa reclamou, com razão, de ter sua corrida prejudicada pelo furo do pneu. Mas o toque poderia ter acabado com a prova de Hamilton, também. Porque as consequências para ambos foram parecidas. E o desfecho do GP, para cada um deles, bem diferente.

Para vocês entenderem, quando os dois pararam, na volta 11, estavam em quarto e quinto, Massa na frente. Juntinhos. Houve o toque na volta de retorno dos boxes e na volta 12 Hamilton passou em sétimo, enquanto Felipe teve de se arrastar até o box e trocar os pneus, caindo para 17º.

Na volta seguinte, por conta do tempo perdido na parada, o brasileiro estava em 20º, sua pior posição na prova. Hamilton parou na volta 13 para arrumar o bico. Cruzou a linha em oitavo. Na volta seguinte, despencara para 16º. Felipe ainda estava em 20º. Na volta 15, Lewis parou de novo para pagar o pênalti. Caiu para 17º e, na volta 16, para 19º.

Àquela altura, Massa já estava em 17º. A recuperação de Hamilton, portanto, começou na volta 16 duas posições atrás do brasileiro. E até o fim da prova, ambos fariam as mesmas duas paradas.

Assim, o toque de Hamilton em Massa na saída do primeiro pit stop acabou prejudicando mais o mclariano que o ferrarista, considerando volta com carro arrebentado, trabalho de box, punição. E, ao fim da corrida, Lewis recebeu a quadriculada em quinto, 1min07s766 atrás de Vettel, o vencedor. Massa terminou uma volta atrás, em nono.

Olhando a tabelinha abaixo, feita nos mais modernos programas de design gráfico do mundo, dá para entender. E entende sem dar, também.

Volta 10 – Massa P4 – Hamilton P5
Volta 11 – Massa P4 (box) – Hamilton P5 (box)
Volta 12 – Hamilton P7 – Massa P17 (box)
Volta 13 – Hamilton P8 (box) – Massa P20
Volta 14 – Hamilton P16 – Massa P20
Volta 15 – Hamilton P17 (box) – Massa P20
Volta 16 – Massa P17 – Hamilton P19

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NOTURNAS (5)

SÃO PAULO (azedou) – Quebrou o pau em Cingapura. Estou sendo meio sensacionalista, mas as informações dão conta de uma troca de socos e pontapés. Estou sendo sensacionalista de novo. Na verdade, um empurrão e um agarrão no braço. Algo próximo disso.

Falo de Massa x Hamilton.

O brasileiro não gostou nada do que aconteceu na corrida, o toque que furou seu pneu no começo da corrida. No sábado, Lewis já tinha arrumado treta com Felipe na classificação.

Frases do ferrarista: ele não usa o cérebro, ele vai causar um grande acidente, ele precisa ser punido em todas as corridas, eu falo com ele e ele não escuta, talvez seu pai possa fazer alguma coisa, ele não tem sido racional, a FIA precisa fazer algo para ele aprender.

Criou-se, de vez, uma inimizade.

Sobre hoje, como escrevi abaixo, acho que Hamilton se precipitou. Poderia esperar um pouquinho. Ele tem mania de querer resolver tudo em meia volta. Muitas vezes dá certo. Em outras, não dá. E paga o pato. Tem sido punido com frequência, vai mais às torres de controle do que às entrevistas coletivas.

Mas não vejo sentido em demonizar Hamilton. É um “pure driver”, tem currículo, ganhou o Mundial em sua segunda temporada. Vence corridas, porque luta para vencê-las. Lewis está entre os cinco melhores da F-1 atual, goste-se ou não disso. Felipe, não mais. Goste-se ou não disso.

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NOTURNAS (4)

SÃO PAULO (ah, o tempo…) – Vettel de ponta a ponta, nove vitórias em 14 corridas, 309 x 185 contra Button, 124 pontos de diferença com 125 em disputa. O título será definido no Japão para esse alemãozinho estupendo. Um décimo lugar lhe dá a taça, se Jenson vencer. E se o bonitão não ganhar, já era. Sebastião pode passar o fim de semana, sei lá, na Tailândia fazendo massagem.

Aliás, fica a dica.

A corrida de Cingapura esteve longe das melhores, mas também não foi uma porcaria. Sempre tem um Hamilton para animar.

Em tópicos, porque hoje o dia vai ser longo.

– Hamilton se precipitou sobre Massa no começo da prova, ansioso como sempre. Mereceu a punição. Às vezes Lewis parece maluco.

– Mesmo assim, com uma parada a mais, caindo lá para trás, chegou na frente do brasileiro, que novamente mostrou apatia durante a maior parte da prova, para tentar alguma coisa nas voltas finais. Hamilton foi o quinto. Felipe, que teve um pneu furado no toque do inglês, foi o nono.

– Schumacher errou com Pérez. O mexicano não fez nada de desonesto. E fez um pontinho suado. Bom, esse chiquitito. Já o veterano alemônico tomou um susto da porra.

– A Force India foi a equipe da corrida, com seus dois meninos nos pontos. Di Resta Um em sexto, parando menos que os outros, e Sutilezas em oitavo. A Force India, hoje, é uma equipe maior que a Williams.

– Button, hoje, é um piloto mais eficiente, sereno e melhor que Hamilton. Seu segundo lugar foi, novamente, muito bonito. No final, se aproximou bastante de Tião Alemão. Não iria passar, mas estava lá, na briga, para qualquer eventualidade. E mostra, a toda corrida, que não foi campeão por acaso em 2009 quanto teve, por algumas corridas, o melhor carro do grid.

Vão comentando aí que eu volto mais tarde.

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NOTURNAS (3)

SÃO PAULO (um pontinho, tá bom) – Entrevista forte, essa do Hamilton ao “The Sun” — que sempre carrega nas tintas, mas não costuma mentir muito. Diz que não aguenta mais perder, precisa ser competitivo, as coisas precisam melhorar logo, ou então vai “procurar outros caminhos”.

Hamilton é um pilotaço que em quase cinco anos de F-1 teve dois brilhantes, 2007 e 2008, e três dando murro em ponta de faca, mas conseguindo vitórias aqui e ali, brigando até o limite (extremo) de suas forças.

Talvez tenha de aprender a exercer a paciência. A história da F-1 está cheia de temporadas como a deste ano, em que um conjunto equipe-carro-piloto domina. Faz parte. É chato, mas faz parte.

E lá pelas tantas, Hamilton usa Barrichello como exemplo daquilo que não quer para sua carreira: correr por correr, só por estar na F-1.

Foi ele que disse, não eu. Portanto, não me encham.

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NOTURNAS (2)

SÃO PAULO (bico) – Vamos lá, aos números, porque a essa altura são os números que importam para Vettel. Mais uma pole, a 11ª dele no ano em 14 corridas. A Red Bull segue com todas na temporada. Chegou a 26 na carreira e está em sétimo nas estatísticas, empatado com Mika Hakkinen.

Fui escrevendo ao longo do treino de Cingapura, porque daqui a pouco saio para Bragança para ver a Lusa, que é muito mais importante. Então, sigamos.

No Q1, Bruno Senna conseguiu se livrar da degola no finalzinho, deixando o vexame para Petrov, que está merecendo uma temporada na Sibéria. Deixar o Lada preto fora do Q2 é inaceitável. E noto, ainda no pelotão nanico, que Ricardinho anda vestindo Tonho da Lua com alguma frequência. O resto foi o resto, com a Lotus verde na frente dos virginianos que, por sua vez, ficaram na frente dos hispânicos. Nada de novo aí. Na frente, Tião Alemão virou 1min46s397 e enfiou 0s559 em Button.

O Q2 teve Kobayashi decolando de novo numa zebra, causando uma bandeira vermelha breve. Não faz um bom campeonato, nosso mítico japa. Começou bem, teve uma sequência de seis provas nos pontos entre Malásia e Canadá, mas nas últimas cinco anotou meros dois pontos. Di Resta Um foi o destaque tirando Perez do top-10 aos 44 do segundo. Barrichello ficou em dôzimo, seguido por Maldonado, Buemi, Senninha, Alguersuari e Koba-mito que, obviamente, como diria com propriedade Luciano Burti, nem andou. Com 1min44s931, Ffffêttel foi novamente o mais rápido. Qualquer coisa que não fosse uma pole para o rubrotaurino de capacete cintilante seria uma enorme surpresa.

E deu até dó. Na primeira bateria de voltas rápidas, Fffffêttel fez 1min44s381. Foi quase meio segundo mais rápido que Hamilton. Massa abortou sua volta. E a Mercedes optou por apenas uma tentativa com Rosberguinho e nenhuma para Schumacher, para poupar pneus. Assim como Lewis, que nem saiu para a segunda volta rápida. Os forceindianos sequer deixaram os boxes. Foi o Q3 mais sem disputa de todos os tempos. Porque na segunda volta rápida Ffffffêtel tirou o pé, sabendo que ninguém chegaria perto dele.

Nas três primeiras filas, as duplas das grandes, o primeiro piloto sempre à frente: Vettel-Webber na primeira, Button-Hamilton na segunda, Alonso-Massa na terceira. Na quarta e na quinta, de novo duplinhas, mercêdicos e indianos. Tudo arrumadinho e bonitinho. A notar que Alonso foi quase 1s mais rápido que Felipe.

O alemãozinho deve vencer a prova amanhã. Mas sigo achando que o título se decide matematicamente no Japão. Por um pelinho.

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Joe Cocker, Woodstock, 1969.

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