Murilo Medeiros achou umas fotos no Facebook postadas por José de Paula Reis, que trabalhou como operador de telex (sensacional!) da Embratel no GP do Brasil de 1976. Numa folguinha do trampo, saiu clicando seus heróis. Escolhi essa abaixo, do James Hunt com seu Chevette GP cedido pela GM aos pilotos naquela corrida. Que tempos maravilhosos, senhoras e senhores! Imaginem se esse Chevette falasse… E por onde andaria o pequeno automóvel?
RIO (e como se aprende…) – Vivendo e aprendendo… O Anderson Grzesiuk conta que no Uruguai, nos anos 70 e 80, uma empresa chamada Esposito S.A. produziu carros de fibra de vidro sobre a plataforma do Chevette brasileiro. Detalhe: eles tinham portas de aço. Saíram em três versões: picape (como a Chevy 500), perua (idêntica à Marajó, que viria anos depois) e Sport (um lindo cupê). O nome escolhido para a família foi Grumett. Nunca vi isso por lá. Vou prestar mais atenção quando for de novo.
Me fizeram lembrar as fantásticas séries especiais do Chevette no Brasil, como o País Tropical, o Jeans, o Ouro Preto, o GP, o S/R, o Júnior… Devo ter esquecido algum, mas desses aí tenho dois — saudades deles.
SÃO PAULO (coisa fofa) – Ando meio apaixonado por Chevette, e neste vídeo aqui o Alexandre Badolato conta a história do carrinho, com detalhes muito interessantes — vocês sabiam que foi o primeiro carro mundial da GM, e que, incrivelmente, foi lançado aqui antes de em qualquer outro país?
O vídeo tem o mérito nada desprezível de apresentar aquele que pode ter sido o primeiro Chevette de todos. Badolato, maior colecionador de Dodges do Brasil — quiçá do mundo –, anda numa “fase Chevrolet”. Pelo que entendi, adicionou recentemente o Chevette ao seu acervo. Ele pertencia à coleção da GM que, por sua vez, era cedida em comodato no Museu da Ulbra, fechado alguns anos atrás. Os carros do museu foram leiloados e estão espalhados por várias coleções. A GM pegou os seus de volta e também leiloou tudo.
Folgo em saber que este Chevette foi parar em ótimas mãos. Aliás, não só ele. Badolato arrematou também o primeiro Corsa fabricado no Brasil. O vídeo está aqui, e conta a história do museu da GM que acabou não saindo do papel. Esse cara merece aplausos de pé.
Comentários (23)Do nosso amigo Francis “Poeira na Veia” Trennepohl, com a mensagem: “Bom dia FG! Achei essa foto legal pra caramba. Creio que seja de 1988. Não sei quem é o piloto (ou melhor, quem são), mas me chamou a atenção a D-20 rebocando o belíssimo Chevettinho na corda até Interlagos. Espírito “garagista” (ou garageiro) total! Outros tempos… É mais um registro do fabuloso acervo herdado do genial fotógrafo Alex “Xerife” Fernandes. Se quiser utilizá-la, fique à vontade!”. Tá usada!
SÃO PAULO (queria voltar no tempo…) – Recomendo vivamente o texto do Bruno Vicaria em seu blog sobre o Chevettinho de Edgard Mello Filho, dos tempos em que o “Promessinha” era um dos maiores pilotos de Turismo do país. Registro delicioso sobre um momento muito especial da vida de um dos ídolos deste blogueiro — e olha que são pouquíssimos (os ídolos, claro).
Fora que o carrinho é um desbunde.
Comentários (21)Metade está a caminho. O Turiscar é projeto não muito distante. E tem de ser esse modelinho aí. Eu sei o nome, vocês sabem?
Com emblema da Mesbla Veículos no porta-malas e adesivo da Pompéia (sim, com acento, porque era assim na época) no vidro é sacanagem… O ano, alguém arrisca?
SÃO PAULO (eu ri) – O Carlos Braz, nosso colega da Classic Cup, postou esse vídeo para zoar nossos pilotos chevetteiros, especialmente o ex-presidente-coxinha André Mello. É engraçado pacas. O pessoal que fez é de um canal do YouTube chamado Turboleks. Pelo jeito, vão fazer coisas boas. O texto é ótimo e não aguento essa voz do Google. Ficaremos ligados.
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Ano: 1984. Combustível: álcool. Na mesma família desde 1986 (falei com o motorista, claro). Lindinho.
Um blogueiro anônimo enviou. Pelo menos, nesse caso, acho que não machucou ninguém. Como é que tem tanta gente pra ver essas porcarias?
Comentários (51)Essa chegou via Twitter pelo André Nascentes. Carro de arrancada, claro. O pessoal de Curitiba deve conhecer. E eu que sou o chato…
Comentários (217)SÃO PAULO (teria todos) - Sedãs que nasceram sedãs. É importante que um carro, quando sai da prancheta de um projetista, não seja apenas uma emenda, um pedaço acrescentado para agradar o mercado (como vocês verão na próxima categoria). Depois eles podem até dar origem a outros modelos. Mas com parcimônia, critério.
Voyage, Corcel e Chevette são os escolhidos. Por quê? Porque sim, ué.
SÃO PAULO (coisas do passado) – Viram o Opala Summer aí embaixo, alguns posts atrás? Pois vejam o que o Marcelo Giacomin me mandou: o anúncio da Dipave, de Curitiba, que cortava Chevette, também. Demais, não? Nunca vi um desses. E a Dipave, existe ainda?
SÃO PAULO (tome poeira) - Sou meio negligente com rali neste blog, reconheço. É uma modalidade deliciosa, cheia de heróis anônimos, aventuras inesquecíveis, histórias de solidariedade e superação. Isso no mundo inteiro, vale para qualquer provinha.
Mais de um blogueiro me mandou hoje, por alguma razão, o vídeo acima e este link aqui do Mundo Rally. Como aqui não tem dia ou hora para matar as saudades de outros tempos e fazer homenagens a quem merece, aí está.
O vídeo foi feito pela GM para o Salão do Automóvel, informa o VocêTubo. Celebra o título brasileiro de rali de 1984 pela dupla Sady Bordin (ativo até hoje, creio) e Tuca Cunha. O astro do filmete, porém, é o carro: um Chevette do Touring Rali Team (eu adorava o Touring Club; já fui sócio, mas não sei hoje como andam as coisas por lá), espalhando o pó pelas estradas do nosso país caboclo.
A narração do vídeo é do Leo Batista. Legal demais. Obrigado aos que mandaram a dica.
Comentários (35)SÃO PAULO (ah, o trânsito…) – Ainda não editei o videozinho do Meianov da corrida de sábado, nem sei quando terei tempo. Mas tem outros, claro! Esse aqui é ótimo, do André Mello e seu super-Chevette, que largou em 35º e passou meio mundo. Dá para ter uma ideia de como nossa prova foi legal.
Comentários (18)A foto está meio distante, mas o Chevettinho merece a homenagem. Branco (adoro carro branco), placa preta, calotinhas brilhando. Parabéns ao dono.
SÃO PAULO (como pode?) - O blogueiro Rafael Bruno e sua família estão desesperados. É que ontem, dia 22, o Chevette deles foi roubado em São Paulo na r. Major Maragliano, na altura do número 300, na Vila Mariana.
Os canalhas conseguiram tirar a trava e em menos de meia hora levaram o carro. Ele é dourado, 1978, modelo L, placas CWF-1813.
Não é um carrinho que ande por aí sem chamar a atenção. Portanto, fica o pedido para que a blogaiada de SP e redondezas abra o olho. As rodas não-originais são uma boa referência. Quem conhece Chevette vai estranhá-las e batendo o olho vai saber que é o carro do Rafael. E ele vai nos avisar aqui do andamento das investigações.
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SÃO PAULO (não percam!) – Raul Moreira foi um dos grandes amigos que fiz na F-1. Lá pelo fim dos anos 90, ele viajava o mundo cobrindo o Mundial para rádios de todo o Brasil e para jornais da Bahia. “Baiano” era seu óbvio apelido. Mas era um cara diferente. Um intelectual, escritor, cineasta, que se casou na Itália e escolheu a F-1 como pano de fundo para seu objetivo maior que era, simplesmente, ver o mundo. E por isso era, e é, tão bom.
Raul terminou recentemente um curta, “Dagoberto vai ao Paraíso”, que foi exibido em Brasília recentemente. O filme “retrata o drama de um Chevette Hatch 1983 que não mais reconhece o mundo e o mundo muito menos o reconhece. Por isso, ele pede ao seu proprietário que o sacrifique num ferro-velho, na fantasia de que poderia haver um paraíso, pois Deus não seria tão injusto”.
O enredo promete. Hoje, na Sala Walter da Silveira, às 20h, em Salvador, o filme será exibido e, depois, haverá um debate com a participação do diretor, do ator Lula “Meteorango” Martins e do filósofo Milton Almeida. Nesse debate serão discutidas questões como “o escorrer do tempo e a ditadura da jovialidade no Brasil”. É 100% Raul Moreira, a escolha dos temas.
Vocês aí de Salvador não podem perder. Ah, e entrem no site do filme, para conhecer melhor o roteiro e o Raul. Espero que ele traga uma cópia para SP.
Comentários (7)SÃO PAULO (imagine isso hoje…) – O blogueiro Joaquim Arnês abriu o baú e ajuda a desvendar parte do mistério dos Chevette que a GM dava aos pilotos de F-1 para bundarem durante a semana do GP do Brasil. As fotos que enviou provam que em 1978 isso aconteceu, e no Rio. Vejam o carrinho emprestado ao Mario Andretti estacionado em Jacarepaguá. Mas creio que antes, em SP, isso foi feito também. A conferir.
E tem mais: a GM emprestava umas Caravans também, para uso das equipes. Na foto, a da Merzario/Palazzoli. Finalmente, a foto em P&B é de Interlagos/1974. O famoso banho de caminhão-pipa (um FNM!) na arquibancada que esturricava sob o sol da zona sul.
Geniais.
SÃO PAULO (daqui a pouco tem mais) – A brincadeira das fotos antigas de circuitos brasileiros está rendendo… O Paulo Guedes, veterano de autódromos, começou a desenterrar coisas valiosas de seu baú. Começo com estas duas fotos de GPs do Brasil de F-1. A primeira é a melhor foto que já vi, a que melhor mostra como era assistir a uma prova dessas em Interlagos.
O ano: 1974. Passando pela curva 2, a Ferrari de Lauda. Mas detenham-se nos detalhes… O andaime de madeira montado na carroceria da pick up Rural. A poltrona que os caras trouxeram de casa. O sofá para a família! Mas o máximo dos máximos é a piscininha infantil, com a churrasqueira no canto direito e o vira-lata esperando uma carninha… Demais, um negócio inimaginável nos dias de hoje.
A outra, de 1976, mostra as barracas ao longo do Retão, uma característica marcante dos primeiros GPs em Interlagos. O pessoal acampava uma semana, curtia a corrida de cabo a rabo, gente se conhecia, amizades nasceram ali, quem sabe paixões…
Esse GP de 76, salvo engano (e pelo outdoor da GM fazendo propaganda do Chevette), foi aquele em que todos os pilotos ganharam da Chevrolet um Chevette GP para ficar durante a semana em SP. Diz a lenda que um deles não foi devolvido. O piloto teria detonado a caranga num poste.
Sei lá se é verdade. Nem tudo é verdade.
* Por erro meu, as fotos originais publicadas junto a este post desapareceram (eu devo ter gravado outras fotos com o mesmo nome de arquivo). Se o Paulo Guedes achar este post perdido no passado, por favor envie as imagens de novo!
Comentários (26)SÃO PAULO (que falta faz um marzinho…) – Lembram da brincadeira das fotos dos anos 70/80? Pois vamos zerar os Dodges e Chevettes. A primeira foto abaixo é de Nelson Marcílio, de 1974. Vejam a beleza que era Interlagos há 30 anos… Nelson é pai de Flávio Marcílio, que corre de pick up com uma… Dodge Dakota, claro! A foto foi enviada pelo Leandro Sanco.
Marcelo Gios mandou a do Chevettinho na frente do Fusca, também de 74. A querida, lindíssima e gatona Ana Ziviani da Matta mandou a dos Passats. Seu tio Toninho, pai do Cristiano, arrebentava a boca do balão com eles.
Recebi muitas outras, e agradeço a todos. Vamos agora de Fiat 147? Podem mandar para [email protected]
