
Vocês sabiam que a Lamborghini nasceu fazendo tratores em 1948? E que só em 1963 começou a fabricar carros porque seu fundador teve uma treta com Enzo Ferrari? Gostei do tratorzinho. Dos carros, menos.

Quando até a Lamborghini lança um (uma?) SUV, pode parar o mundo que eu desço no próximo ponto. Se bem que lá nos anos 80 os caras fizeram algo assim. E a LM002 me parecia bem mais interessante.
RIO (figura) – Não sei bem quem é que acha que um papa vai andar de Lamborghini por aí, mas o fato é que um modelo Huracan foi dado de presente a Francisco. Que, obviamente, não pretende dirigi-lo pelas vielas do Vaticano. Ele autografou o carro e ele será leiloado.
RIO (adoráveis malucos) – A história abaixo explica o vídeo acima. O Nelson Barreiros Neto, de Piracicaba, mandou. Leiam primeiro, vejam depois.
Flavinho, boa tarde. Aqui quem lhe escreve é um leitor assíduo de seu blog. Faz algum tempo que não colaboro com nada, o tempo está curto e o ano complicado (o aninho pra gente esquecer hein??)… Mas li a história de Ken Imhoff, que decidiu construir seu próprio Countach 1982 depois que assistiu ao filme “Cannonball Run”, e simplesmente ficou obcecado. A história é longa e confesso que quando comecei ler não tinha visto fotos do carro e só continuei porque sou apaixonado pelo Countach, qualquer um deles, o segundo carro mais lindo de todos os tempos (o primeiro é o Jaguar E-Type), mas mesmo com grande ceticismo continuei lendo e o resultado final é simplesmente inacreditável. O que um cara apenas com grande talento pra trabalhar com alumínio e mecânica, um sonho (obsessão segundo ele) e completamente sem grana conseguiu fazer. Na reportagem dizem que ele estava à venda no eBay porque segundo o Sr. Imhoff, o carro lhe custou 17 anos e quase sua família (o cara ficou realmente maluco). O carro, embora sem confirmação, dizem que foi vendido por 89 mil trumps… Dá uma olhada quando tiver tempo e se gostar da reportagem, por favor, mostra para nossos companheiros do blog, seria uma grande honra ter uma contribuição minha no melhor blog do Brasil.
É, realmente, uma história incrível. E o trabalho ficou fantástico. Tem outro vídeo aqui. Vender o carro, porém, é algo que me espanta. As pessoas são estranhas.
Ainda bem.
[bannergoogle]SÃO PAULO (e roncava…) – O Museu da Lamborghini, em Sant’Agata Bolognese, abriu uma mostra que tem Ayrton Senna como tema. Entre os carros exibidos, um McLaren MP4/8 totalmente branco igual ao que foi testado pelo piloto brasileiro no Estoril, depois do GP de Portugal de 1993. Eu estava lá e vi o tal teste. Como a maioria que ficou na cidade depois da corrida, achei tudo esquisitíssimo — o carro todo branco e o acerto com a Lamborghini que, sabia-se, não daria em nada.
Mas há que se fazer a ressalva: o carro que está no museu é uma réplica, porque a McLaren, evidentemente, não cedeu o chassi para ninguém. Apenas tinha armado esse treino com a fábrica italiana, e foi o brasileiro o responsável por ele — embora já estivesse assinado com a Williams para o ano seguinte.
Ron Dennis colocou Senna para andar quase como um castigo. Tudo que ele não queria naquela semana era andar de F-1 num carro de uma equipe da qual estava de saída com um motor que não seria usado. E, para piorar, logo depois de seu grande rival Alain Prost conquistar seu quarto título mundial. Mas, profissional que era, fez o trabalho sem reclamar.
A McLaren acabaria fechando com a Peugeot para 1994, parceria que iria durar apenas uma temporada — isso depois de alguns anos de conflitos com a Ford, que tinha na Benetton sua equipe preferida. Em 1995, migraria para a Mercedes. O resto é história, como se diz.
Reproduzo o que o Roberto Albuquerque, que mandou o vídeo, escreveu: show de horrores.
SÃO PAULO (achei caro) – A quem interessar possa, dois Lamborghini que pertenceram a Rod Stewart — um Miura 400S que ele comprou em 1971 (na foto) e um Diablo VT Roadster 1999 — estão à venda. Se barganhar, com 1,5 milhão de dinheiros da rainha dá para levar para casa. Os detalhes estão aqui. O primeiro lembra o Malzoni. O segundo, um Dardo com motor maior.
SÃO PAULO (que legal) – A moça com duas crianças num Siena foi fechada por um cabra que se mandou e acabou batendo num Lamborghini que estava parado. O dono do Lamborghini socorreu a menina, que se feriu levemente, e só quando tudo estava resolvido foi embora, sem gritaria, sem culpar ninguém, na boa.
Aconteceu hoje em João Pessoa. A foto é de Luis Calixto.
É fácil viver bem. Imagino isso aqui em SP, terra de neuróticos.
Sapato Lamborghini. Dá para acreditar? O salto é de fibra de carbono. Catei a foto no facebook da Roberta “Corujinha” Amaral.
Tem de custar caro, mesmo. Enviado pelo André Merguglios.
Pelo jeito o chinês não gostou muito do carro. E escolheu o 15 de março, Dia do Consumidor, ontem, para dar seu recado.
SÃO PAULO (putz) – O Ricardo Divila me mandou o link. O cara está vendendo 25 Ferraris, mais umas Lambos, uns Porsches e outras coisas do naipe. Na Nova Zelândia. De acordo com as informações da página, estão todos sem registro, em estado de zero. Uma coleção inacreditável. E sempre que vejo essas coisas, fico me perguntando… O que leva alguém a comprar tantos carros para, um dia, vender tudo sem usar?
Bom, eu gostei dessa Daytona aí embaixo. Parece um SP2. Pena que ela já foi vendida…
SÃO PAULO (busca refinada) – Oh, o que fazer? São tantos modelos clássicos, objetos de desejo, brinquedinhos de milionários, itens de coleção… Mas vamos ser francos. Esportivos de verdade são três: Ferrari, Lamborghini e Porsche. O problema é que essas marcas resolveram ampliar demais sua gama de produtos nos últimos anos. Já nem sei qual é a última Ferrari na praça. E a Lamborghini, com seus modelos impronunciáveis como o Morciféretro? A Porsche deu até para fazer furgão para enganar americano.
Sendo assim, optei pelos três modelos que qualquer ser humano minimamente instruído teria em sua garagem: a Dino, o Miura e o Carrera.
O resto, para ser sincero, não me fala alto ao coração.
Amanhã, mais cinco categorias nesta que é a maior eleição já realizada em todos os tempos em todos os lugares.
SÃO PAULO (são lindos) – E o Velopark recebe a GTBR neste fim de semana, com grid cheio de quase 30 carros. Vai ser uma festa danada para a gauchada e espero que lotem as arquibancadas e o parque todo. Já estou com saudades do delicioso fim de semana que passamos por lá com a turma da F-Classic.
E aproveitando a presença dos carrões, meu brother Roberto Muccillo Torino pintou uma tela com um Lamborghini que, como de hábito, ficou espetacular. Estará exposta no prédio VIP do Velopark, ao lado de outras obras que têm sempre a velocidade como tema principal.
O trabalho do Beto Torino, desenvolvido nos últimos anos no Brasil e na Europa, pode ser visto em detalhes no seu site, neste link aqui.
SÃO PAULO (mais de 15) – O Eric Lambovich mandou esta foto. Nem é tão rara assim. O episódio é até razoavelmente conhecido. Foi o dia em que Ayrton Senna testou um McLaren com motor Lamborghini no Estoril. Mas aproveito o ensejo para recordar daquele fim de semana português. Dois dias antes desse teste, Alain Prost conquistou seu quarto título mundial. No sábado (ou teria sido na sexta?), anunciou que ao final daquela temporada penduraria o capacete. Foi uma das coletivas mais concorridas a que fui, numa sala apertada do autódromo, que já não era grande coisa. Um calor desgraçado, gente saindo pelo ladrão, e o Prost falando com aquela voz que mais parecia um sussurro, um horror.
O anúncio do francês levava à conclusão óbvia que Senna, no ano seguinte, iria correr na Williams em seu lugar. Já era um daqueles segredos de polichinelo, que só não podiam ser revelados por questões contratuais.
Ron Dennis, obviamente, sabia de tudo. Mesmo assim, obrigou Ayrton a se apresentar no autódromo para andar com esse carro. No ano seguinte, a McLaren acabaria trocando os motores Ford de segunda linha por um contrato com a Peugeot, que durou apenas uma temporada.
Estávamos no final de setembro de 1993, dia 28, uma terça-feira. Aliás, apareço nessa foto aí em cima. Sou o cara de calça vermelha, pochete e óculos escuros do lado de um grandalhão. Normalmente eu voltaria ao Brasil na segunda-feira, mas na escala de revezamento dos grandes jornais brasileiros era minha vez de fazer uma exclusiva com Senna, e fiquei. Cada um tinha uma por ano: “Folha” (eu), “Jornal do Brasil” (acho que era o Mário Andrada e Silva), “Estadão” (se não me engano, Mair Pena Neto) e “O Globo” (Celso Itiberê). No começo do ano a assessoria de imprensa fazia um sorteio, marcava as datas e eu fiquei com a última delas.
Depois desse treino, Ayrton me recebeu no motorhome. Não havia muito o que falar sobre o teste, é claro. Primeiro, porque a McLaren jamais iria usar motores Lamborghini. Queria uma montadora grande, e não lembro bem por que resolveu andar com aquilo. Depois, porque Ayrton já não tinha muito mais a falar da McLaren. Nem estava puto com o teste, até porque depois do GP de Portugal ele iria ficar alguns dias por lá mesmo, com a Adriane Galisteu, na quinta do Braguinha lá perto. Foi, andou, e pronto.
No motorhome, me recebeu de maneira cortês, como sempre, olhei para a cara dele, ele para a minha, e falei, bicho, temos de falar da Williams, do que mais dá para falar? O Prost ganhou o título anteontem, você vai sair da McLaren, tem de falar da Williams, uai. E ele: Flavio (era o único que não me chamava de “Flavinho”), não posso, você sabe. E eu: tudo bem, eu seguro a entrevista pro dia em que sair o anúncio oficial, senão tô fodido, vai ser a pior entrevista exclusiva de todos os tempos, você não vai dizer nada de importante.
O cara estava se divertindo com minha aflição. Deu risada e falou, liga o gravador aí, vai perguntando, mas de Williams eu não posso falar. A entrevista ficou uma droga, conto essa história nesta coluna aqui. Que, por sua vez, foi escrita na itália em 2004 ou 2005, sei lá, quando Jean Todt, em Madonna di Campiglio, revelou que algumas semanas antes desse teste tinha acertado com Senna para ele correr na Ferrari dali a dois ou três anos.
Ocorre que na entrevista, lá pelas tantas, Ayrton falou sobre um “plano secreto para o futuro”, e foi o que usei como título da matéria. Mais de dez anos depois fui descobrir, afinal, qual era o tal de plano secreto. Era correr pela Ferrari e encerrar a carreira ali, depois de conquistar mais dois títulos pela Williams e igualar Fangio.
Mas não deu tempo.
Por essas e outras, nunca terei um Lamborghini.