Blog do Flavio Gomes
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Gira mondo, gira (segunda)

SÃO PAULO (plúmbea e fria, uma Londres dos anos 50) – Paulo Henrique Amorim virou meu colega no iG, Conversa Afiada migrou do UOL (é o melhor título que existe para um bate-papo de comentarista político), Garotinho perdeu 5,7 kg em uma semana (daqui a pouco venderá seu método infalível na TV), um acidente com […]

SÃO PAULO (plúmbea e fria, uma Londres dos anos 50) – Paulo Henrique Amorim virou meu colega no iG, Conversa Afiada migrou do UOL (é o melhor título que existe para um bate-papo de comentarista político), Garotinho perdeu 5,7 kg em uma semana (daqui a pouco venderá seu método infalível na TV), um acidente com um monomotor matou o campeão brasileiro de acrobacias em Atibaia (ironias desta vida e desta morte), o Bradesco lucou R$ 1.530.000.000,00, o que quer dizer um bilhão e meio, e a única saída para o país seria o presidente da república chamar os donos desses bancos (bancos têm donos), com seus balancetes à vista, e determinar: vou sugerir que 20% de tudo que vocês lucram seja destinado a obras sociais e de infra-estrutura, ninguém será obrigado a fazer nada, mas serão convidados publicamente, e quem não fizer vai pegar muito mal. Seu Bradesco, deste primeiro trimestre pegue 300 milhões e construa 300 escolas, o senhor mesmo contrata os pedreiros, compra tijolo e cimento, só quero as 300 escolas prontas em três meses. Senhor Itaú, pegue seus 300 milhões e neste trimestre faça dez hospitais, o senhor mesmo faz, da mesma forma. Senhor HSBC, por favor, aplique os seus 300 milhões deste trimestre para urbanizar a favela de Heliópolis.

E assim seria, com todos os bancos, a cada trimestre um pacote imenso de obras e reformas financiadas pelo dinheiro mais fácil do mundo, esse produzido pelo mercado financeiro. Isso sim seria uma revolução.

Eu seria um ótimo presidente.