Blog do Flavio Gomes
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Sabadão feliz

SÃO PAULO (torcida ajuda) – Saí do carro sábado com um sorriso de orelha a orelha. Terminei a quarta etapa da Superclassic em 14º na geral e em sexto na D1, resultado que não dá troféu, nem nada, mas fiquei feliz com o sentimento de dever cumprido. E com a certeza de que, nesse negócio […]

SÃO PAULO (torcida ajuda) – Saí do carro sábado com um sorriso de orelha a orelha. Terminei a quarta etapa da Superclassic em 14º na geral e em sexto na D1, resultado que não dá troféu, nem nada, mas fiquei feliz com o sentimento de dever cumprido. E com a certeza de que, nesse negócio de corrida, trabalho dá resultado. De quebra, minha torcida organizada dobrou nas arquibancadas! Na foto abaixo, membros dessa “ultra” lamentando a ultrapassagem que sofria na subida dos boxes.

Mas nunca meu carro andou tanto. Na sexta, vocês lembram, eu virei nos treinos em 2min37s. Só para situar, quando peguei esse carro, em 2003, ele era incapaz de dar uma volta em Interlagos em menos de 3min10s. Muitos motores e ajustes depois, no ano retrasado entrei na casa de 2min40s, virando 2min39s na melhor volta da minha vida, num evento do Auto Union-DKW Clube. Isso no fim de 2004.

Ano passado foi aquele lenga-lenga, 2min45s, 2min43s… Até essa troca de motor que me custou um jogo de pistões. O segundo motor novo não foi ao dinamômetro e ficou amaciando durante toda a quinta-feira. Na sexta, quando virei 2min37s sentando a bucha, fiquei animado. No sábado cedinho, classifiquei com 2min36s326, o melhor tempo que já virara em Interlagos de DKW. A média foi de 99,231 km/h e fiquei na frente de um Puma que veio do Rio. Na prova anterior, meu tempo de classificação foi seis segundos pior. Seis segundos! Cacilda, é um temporal.

Sem outros DKWs para brigar, minha briga é com o cronômetro, mesmo. E lá fui para a corrida, disposto a chegar, pelo menos, na frente do Puminha. Mas o piloto era experiente, o Alfredo Amaral, do Rio, e os tempos dele caíram de 2min38s na classificação para 2min31s na corrida. Fiquei um pouco distante, mas percebendo que o carrinho estava bem, melhor do que nunca. Era o bastante.

Depois do safety-car, na relargada, pude andar junto com o Puma e com o Fusca do Chicão, que estava com problema na bomba elétrica e não virava os mesmos tempos da classificação. Resultado: nas últimas voltas, cheguei a ultrapassar os dois (a dupla no Bico de Pato, essa jamais esquecerei), para depois ser ultrapassado na reta dos boxes.

O duelo com o Chicão foi inesquecível para mim. Cheguei a ultrapassá-lo de novo no Pinheirinho, pela grama, e não sei como meu carro aguentou o estilo de piloto de rali. Terminei atrás dele, meio segundo, mas não faz mal. Na lista das melhores voltas, minha mais rápida foi registrada em 2min35s672. Tornou-se um número mágico para mim, média de 99,653 km/h, estamos perto dos 100 e dos 2min34s que o Rodrigo Mendes conseguiu uma vez há dois anos com câmbio de Malzoni. Hoje, estaríamos andando juntos…

Pesei meu carro antes da corrida, 759 km, 830 kg com piloto, capacete e o escambau a quatro. Pelo regulamento, posso correr com 680 kg, e vou começar, agora, a arrancar peso do bichinho. Um pouco aqui, outro pouco ali, e se eu tirar uns 80 kg, já vêm mais uns dois ou três segundos.

O motor se comportou bem, não esquentou, pude brigar por posição, cheguei a fazer miolo e S do Senna empurrando carros da Divisão 3 (minha Deka é boa demais de curva), enfim, um sábado perfeito diante da quantidade de coisas que poderiam ter dado errado. No fim da corrida, até meu carrinho parecia sorrir.

A próxima etapa do campeonato está marcada para o dia 13 de maio, sempre em Interlagos. Estão todos convidados a engrossar a torcida do #96. Preciso bolar algo para agradecer essa turma da arquibancada. Vou pensar no que fazer…

SUPERCLASSIC – 4ª ETAPA – GRID DE LARGADA
1) César Carloni (D2/Porsche Spyder), 2min03s537 (125,569 km/h)
2) Edson Furrier (D2/Puma), 2min04s172
3) Evaldo Luque (D3/BMW AP), 2min05s653
4) Nivaldo Almeida (D3/DKW AP), 2min06s693
5) Adriano Griecco (D2/Puma), 2min08s378
6) Ricardo Magnusson (D3/Bianco AP), 2min09s832
7) Serbastião Gulla (D2/Puma), 2min10s960
8) Henry Shimura (D3/Karmann-Ghia AP), 2min13s649
9) Marcelo Lima (D1/Fusca), 2min15s120
10) Walter Brunelli (D1/Fusca), 2min15s596
11) Walter Lapietra (D1/Fiat), 2min16s822
12) Waldevino Jr. (D2/Puma), 2min17s507
13) Renato Giordano (D1/Corcel), 2min17s913
14) Du Lauand (D1/Fusca), 2min20s225
15) Aroldo Teixeira Jr. (D2/Puma), 2min22s267
16) Marcio Araújo (D1/Corcel), 2min22s682
17) Alberto Reis (D1/FNM JK), 2min26s436
18) Marcelo Giordano (D1/Fiat), 2min30s979
19) Francisco Bensuaski (D1/Fusca), 2min31s005
20) Flavio Gomes (D1/DKW), 2min36s326
21) Alfredo Amaral (D2/Puma), 2min38s009
22) Anuar Askari (D2/Miúra), sem tempo
23) Luis Finotti (D3/Topolino AP), sem tempo

SUPERCLASSIC – 4ª ETAPA – CLASSIFICAÇÃO FINAL
1) César Carloni (D2/Porsche Spyder), 14 v em 32min05s659, melhor em 2min04s759
2) Evaldo Luque (D3/BMW AP), a 2s698 (2min05s448)
3) Nivaldo Almeida (D3/DKW AP), a 13s690 (2min07s407)
4) Walter Brunelli (D1/Fusca), a 1min16s646 (2min15s762)
5) Walter Lapietra (D1/Fiat), a 1min19s383 (2min15s336)
6) Henry Shimura (D3/Karmann-Ghia AP), a 1min37s306 (2min17s169)
7) Renato Giordano (D1/Corcel), a 1min50s560 (2min19s672)
8) Waldevino Jr. (D2/Puma), a 2min05s854 (2min18s168)
9) Edson Furrier (D2/Puma), a 1 volta (2min04s776)
10) Alberto Reis (D1/FNM JK), a 1 volta (2min27s173)
11) Luis Finotti (D3/Topolino AP), a 2 voltas (2min09s379)
12) Alfredo Amaral (D2/Puma), a 2 voltas (2min31s588)
13) Francisco Bensuaski (D1/Fusca), a 2 voltas (2min33s941)
14) Flavio Gomes (D1/DKW), a 2 voltas (2min35s672)
15) Marcio Araújo (D1/Corcel), a 2 voltas (2min23s928)
16) Anuar Askari (D2/Miúra), a 4 voltas (3min03s069)
17) Marcelo Lima (D1/Fusca), abandono (2min17s707)
18) Du Lauand (D1/Fusca), abandono (2min21s004)
19) Aroldo Teixeira Jr. (D2/Puma), abandono (2min22s694)
20) Ricardo Magnusson (D3/Bianco AP), abandono (2min13s693)
21) Sebastião Gulla (D2/Puma), abandono (2min24s692)
22) Adriano Griecco (D2/Puma), abandono (2min38s676)
23) Marcelo Giordano (D1/Fiat), não largou