SÃO PAULO (gente doida, sô) – O papa fez uma palestra semana passada, citou um texto medieval que criticava Maomé por disseminar a fé pela espada, essas bobagens, e pronto: dada a senha para os malucos barbudos espalhados pelo mundo 1) queimarem imagens do papa; 2) acusarem o papa de ofender o islã; 3) ameaçarem explodir o Vaticano; 4) exigirem desculpas do papa; 5) 3) prometerem invadir Roma e degolar todo mundo.
Se eu fosse o papa, mandava todo mundo à merda. Eu não seria um bom papa.
Falando em islã, acabei de ler “O caçador de pipas”. Parece que virou meio pop, best-seller, o que pode distorcer as críticas. Vão escrever que é cheio de clichês, uma fórmula fácil, etc.
É um bom livro, se é que minha opinião vale alguma coisa. Com um final muito bonito, do ponto de vista literário e estético.
Duas rápidas.
O Estado indiano de Kerala, governado por uma coalizão marxista, proibiu a venda de Coca e Pepsi-Cola (outros seis Estados haviam feito o mesmo depois que um grupo ambiental de Nova Déli acusou as marcas de refrigerantes de usarem pesticidas em sua composição). Agora, vai proibir a venda de softwares da Microsoft. Nas escolas, só vão usar Linux.
Detalhe: Kerala tinha índice de alfabetização de 55% em 1961. Em 2001, já sob a gestão comunista, o índice superou os 90%. A média da Índia é de 65%.
A segunda.
O presidente do Uruguai, Tabaré Vazquez, é oncologista. Uma vez por semana, todas as terças das 9h ao meio-dia, atende em seu consultório. O gabinete presidencial que espere.
Coisas de um país estranho como o Uruguai, com seus 3,3 milhões de habitantes, pequenino e aguerrido, civilizado e totalmente desconhecido de seu vizinho, o Brasil. Tirando o pessoal do Rio Grande do Sul, pela proximidade, e os malucos por carros antigos, não conheço ninguém que já tenha ido ao Uruguai.