Blog do Flavio Gomes
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Gira mondo, gira (sexta)

SÃO PAULO (vento, ventania, me leve sem destino) – O Planetário do Ibirapuera será reaberto depois de sete anos. Meu primo era o diretor, não sei se é ainda. Astrônomo de primeira, assim como seu irmão mais novo. Irineu e Paulo, os caras das estrelas. Estudei no Planetário. Lembro até do cheiro da sala de […]

SÃO PAULO (vento, ventania, me leve sem destino) – O Planetário do Ibirapuera será reaberto depois de sete anos. Meu primo era o diretor, não sei se é ainda. Astrônomo de primeira, assim como seu irmão mais novo. Irineu e Paulo, os caras das estrelas.

Estudei no Planetário. Lembro até do cheiro da sala de projeção, escura e silenciosa, da cor do carpete, das poltronas inclinadas, das viagens que fazia cada vez que as luzes se apagavam e o Zeiss começava a zumbir. Cheguei a fazer sonoplastia em sessões para escolas municipais, toca-fita de rolo (Akai? Nagra?).

É um prédio maravilhoso, e é inacreditável que tenha ficado tanto tempo fechado, só mesmo numa cidade decrépita como São Paulo. Bem, antes tarde do que nunca.

Não sei bem o que aconteceu no mundo hoje, resolvi escutar música no carro, entre por esta porta agora (Adriana), não me esqueça num canto qualquer (Chico), bem melhor.

E, depois, o evento mais importante do planeta já havia se consumado pela manhã, o mais novo que aprendeu a ler e escrever numa velocidade incrível fazendo lição, a tia pediu a cor favorita, verde, o time, portugesa, o prato, bife alinamesa, os filmes, caros e 24 hora lemans.

Podiam não crescer nunca…