Blog do Flavio Gomes
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Gira mondo, gira (quinta)

SÃO PAULO (toma lá, dá cá) – Aqui: bancários entram em greve. Querem pouco mais de 7% de aumento real. Os bancos, que ganham pouco, tadinhos, querem dar 2,85%. Lá: Angola, depois de anos de guerra civil, entra no mundo de “Caras”. Aqui: Polícia Federal desbarata quadrilha de donos de frigoríficos que sonegaram, nos últimos […]

SÃO PAULO (toma lá, dá cá) – Aqui: bancários entram em greve. Querem pouco mais de 7% de aumento real. Os bancos, que ganham pouco, tadinhos, querem dar 2,85%.

Lá: Angola, depois de anos de guerra civil, entra no mundo de “Caras”.

Aqui: Polícia Federal desbarata quadrilha de donos de frigoríficos que sonegaram, nos últimos dois anos, pelo que entendi, 1 bilhão de reais. Mais de 100 presos na Operação Grandes Lagos, a maioria do interior de SP. Nem sabia que havia grandes lagos no interior de SP. São Paulo, a locomotiva da nação. Estado de sonegadores e picaretas em geral, com suas Hilux, Pathfinder e similares, que passam a vida reclamando do governo. Estado de um dos candidatos à presidência. Cana neles.

(Outro dia um amigo, corretor de seguros, contou um dos motivos dos prejuízos das seguradoras. Diz que tem muito fazendeiro por aí, mas muito mesmo, que compra essas Hilux da vida e as enfia no meio das suas fazendas de 100 km por 200 km de área, essas que têm pista de pouso, porteira eletrônica, jagunços e o escambau. Território proibido, sabe como é. Ninguém entra, ninguém sai. Lá, e pelas cidades próximas, circulam com seus jipões. Então, comunicam um roubo à seguradora. Claro que ninguém vai procurar o carro roubado dentro da casa do sujeito que deu queixa. Até porque os jagunços não deixam entrar. Assim, o seguro paga uma novinha. O sujeito fica com duas e dá risada. O carro “roubado” está lá na fazenda, no meio da soja e do gado, nas mãos do filhinho caubói e da menininha que se veste na Daslu. Muito bonito.)

Lá: Bush aprova e libera verba de 1,2 bilhão de dólares para construir um muro de 1.200 km na fronteira com o México.

Aqui: em Pernambuco, no dia da eleição, foram distribuídos “santinhos” com cola para a turma votar. Neles, aparecia a foto do presidente candidato à reeleição, favorito no Estado, ao lado do número 45. Muita gente votou no número errado.