SÃO PAULO (pois é) – Em semana de GP do Brasil, tenho a impressão que nada mais acontece no mundo.
Nada mais falso.
Ficarei num único tema. A revelação, por “CartaCapital”, de que o delegado do dossiê convocou jornalistas para entregar as fotos do dinheiro, pedindo aos jornalistas que dissessem aos seus chefes que haviam roubado as imagens dele, o delegado. Que é da PF. E que as fotos saíssem no “Jornal Nacional”, claro.
Meus colegas aceitaram.
Paulo Henrique Amorim tem a gravação da negociação entre o delegado e os jornalistas. Assombroso, o diálogo. Mino Carta comenta tudo no seu blog. Uma verdadeira aula de jornalismo, o blog do Mino.
Mais até do que saber de onde veio o dinheiro, a pergunta neste momento é: porque assessores da campanha de Serra e Alckmin chegaram à PF antes dos jornalistas, como também revela “CartaCapital”, quando da descoberta da venda do dossiê?
Meus colegas jornalistas aceitaram a proposta de mentira do delegado. Mentir, na nossa profissão, é o maior dos pecados.
Ainda bem que há Mino e Paulo Henrique Amorim, e alguns outros.
Ah, Datafolha de agora há pouco: Lula 57% x Alckmin 38%. Nos votos válidos, 60% x 40%.
De novo, sem juízo de valor algum.
De novo, não precisa.