Blog do Flavio Gomes
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Gomes no Salão (15)

SÃO PAULO (fim) – Meio da tarde, calor pacas, era hora de ir embora. Então dei de cara com um veículo que de mim arrancou o seguinte comentário: até que enfim alguma coisa que presta. No stand da Volkswagen, uma Kombi pintada por um artista. Ficou bárbara. Como nem tudo é perfeito, era um modelo […]

SÃO PAULO (fim) – Meio da tarde, calor pacas, era hora de ir embora. Então dei de cara com um veículo que de mim arrancou o seguinte comentário: até que enfim alguma coisa que presta.

No stand da Volkswagen, uma Kombi pintada por um artista. Ficou bárbara. Como nem tudo é perfeito, era um modelo novo, com esse lamentável motor refrigerado a água. Por isso só bati foto da traseira, me recuso a olhar para aquele radiador anômalo.

Saí enquanto o mundo entrava. A saída do estacionamento foi também complicada, porque àquela hora só entrava carro, ninguém estava indo embora. Assunta aqui, troca uma idéia ali, e me mandei. Mas o tour não acabou. Estava ali pela Barra Funda e lembrei de um e-mail que me enviou o Pandini outro dia, sobre um DKW jogado na rua tal.

Fui à procura e achei. Estacionado sobre um recuo de calçada, ao lado de mais duas sucatas. De longe vi se tratar de um modelo bem antigo, no máximo até 1960, com frisos no porta-malas. Desci, tinha um cara do lado. Quando cheguei perto, quase chorei. Estava todo queimado.

O cara me contou que na madrugada de sábado uns sujeitos saíram do boteco lá perto e tacaram fogo no DKW e num outro carro onde ele deixava seus cachorros dormindo. Morreram os cães e queimou o DKW. Sobrou muito pouco. Abri o capô, raspei a plaqueta, e era mesmo um 1960. Raríssimo.

Um a menos. Isso me deixou deprimido e vim embora. Mas no caminho ainda achei o cara que vai fazer a capota nova do meu Candango e comprei duas baterias de 6 volts.

Na Barra Funda a gente acha tudo.