SÃO PAULO (piora?) – Estou falando da TV. Everaldo Marx, fabricante de sombreiros residente em Tegucigalpa, mandou este vídeo de 1980, GP da Holanda, em Zandvoort. O nome do Brasil na F-1 era Piquet. Galvão Bueno tinha deixado a Globo e, naquele ano, a Bandeirantes transmitiu o Mundial de F-1. Ele narrava.
São quase nove minutos de imagens, com comentários, acho, de Wagner Gonzalez. Pelo menos foi uma das vozes que identifiquei. A outra é de Giu Ferreira, a quem não conheci.
Galvão narra com precisão e sobriedade. Melhor do que hoje. Carlos Eduardo, a quem adoro, não precisa aparecer mais do que o evento que transmite, comandar a torcida, dizer “vamos fazer o seguinte” o tempo todo.
Basta narrar. Isso ele faz bem pra cacete. Tem voz, entonação, sabe dosar emoções. Se sabia, ainda sabe. Não é preciso vender ilusões baratas, cair na demagogia, forçar barras. Deveria assistir a isso aqui. Um Galvão anos 80 seria muito mais útil à TV brasileira do que o Galvão de hoje.
Mas continuo adorando ele, embora já tenha algum tempo que ele não me paga jantar nenhum!