Blog do Flavio Gomes
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A minha janela

SÃO PAULO (gosto daqui) – De repente, do nada, vem um som meio surdo e distante, alguém gritando palavras de ordem. Aí, do nada, um mar de gente, com faixas, carros de som e alguém pedindo alguma coisa. Eu vejo tudo de camarote, sempre. Surpreendo-me com a capacidade de mobilização das pessoas. É bom. Isso […]

SÃO PAULO (gosto daqui) – De repente, do nada, vem um som meio surdo e distante, alguém gritando palavras de ordem. Aí, do nada, um mar de gente, com faixas, carros de som e alguém pedindo alguma coisa.

Eu vejo tudo de camarote, sempre. Surpreendo-me com a capacidade de mobilização das pessoas. É bom. Isso aí é a sociedade civil. Nem sempre entendo o que pedem, mas é importante pedir.

Hoje foram professores e estudantes, creio. Do alto, vi uma faixa da UMES e outra dizendo “NÃO À REPRESSÃO”. É meio retrô, admito. O cara do som estava desancando o Serra dizendo que ele acabou com as escolas, com os hospitais e, provavelmente, com o buraco de ozônio.

Atrapalha o trânsito, claro. E é um corredor importante, cheio de hospitais. Mas sempre defendi o direito de todos se manifestarem. E quando alguém quer ser visto, vem à Paulista. Faz algum sentido. Mas ouvi dizer que passeatas aqui estavam proibidas, que na Paulista só a parada gay, a festa de réveillon e não sei mais o quê. Três por ano.

Também não sei se essas passeatas resultam em algo. Deveriam, por sua magnitude. É gente que não acaba mais. Se tem tanta gente reclamando de alguma coisa, seria bom escutar.