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Elly é que era mulher de verdade

SÃO PAULO (Tolice é viver a vida assim, sem aventura) – Lembrança que eu não poderia mesmo deixar passar, e agradeço ao Luis Fernando Ramos, o grande Ico, que avisou. Semana passada, no dia 30 de maio, completou 100 anos Elly Beinhorn, viúva do meu maior ídolo automobilístico, Bernd Rosemeyer. Elly tinha 21 anos quando […]

SÃO PAULO (Tolice é viver a vida assim, sem aventura) – Lembrança que eu não poderia mesmo deixar passar, e agradeço ao Luis Fernando Ramos, o grande Ico, que avisou. Semana passada, no dia 30 de maio, completou 100 anos Elly Beinhorn, viúva do meu maior ídolo automobilístico, Bernd Rosemeyer.

Elly tinha 21 anos quando aprendeu a voar, foi pioneira em algumas longas travessias e quebrou vários recordes da aviação aventureira dos anos 20 e 30. Aos 24 anos, por exemplo, foi da Alemanha à Austrália. Sozinha.

Virou uma celebridade depois de várias peripécias semelhantes e, em 1935, convidaram-na para entregar os prêmios no pódio do GP da República Tcheca. Rosemeyer havia vencido. Um anos depois, estavam casados. O casal perfeito para o que desejava a grandiloquência nazista em termos de propaganda: um piloto de carros com uma piloto de aviões, ambos destemidos, bem-sucedidos, heróicos.

Rosemeyer morreu em janeiro de 1938, dez semanas depois de nascer seu filho Bernd Jr. que hoje é ortopedista na Baviera, onde vive também sua mãe Elly.

Tenho uma biografia de Rosemeyer escrita por ela, que comprei em Silverstone anos atrás, maravilhosa. Mais sobre esta grande mulher você encontra neste blog dedicado a elas, mulheres.